… ele limpou 4 eleições e só perdeu 1 nos últimos 30 anos, tendo um desempenho que ninguém consegue igualar.
Pode ser um bocado parolo, mas é neste momento o primeiro dos muitos parolos que temos por cá.
E eu sou daqueles que, apesar de habituado a fazer parte de minorias minoritárias, acham que é burrice quando algumas elites iluminadas apoucam a maioria sem pensar bem nas razões que levam a que assim seja, década após década.
Teorias da conspiração não chegam.
Muito menos aquelas que partem daqueles que, falando tanto em nome do povo, depois amesquinham as decisões desse mesmo povo.
Março 16, 2015 at 9:27 pm
Limpou..é tipo renova black..limpas mas não se vê a bosta que limpa..só por acumulação fica à vista.
Março 16, 2015 at 9:57 pm
Portugal é um país de parolos, portanto… está explicado!
Março 16, 2015 at 10:08 pm
João Carlos Espada afirma que a escola pública está completamente enfeudada ao politicamente correcto de estilo Bloco de Esquerda.
http://www.publico.pt/politica/noticia/o-regresso-dos-extremos-na-europa-1689229
«Se estes dogmas politicamente correctos forem espalhados em doses maciças por um sistema de ensino estatal centralizado que não permite às famílias a escolha das escolas e dos projectos educativos; se esses mesmos dogmas forem reproduzidos uniformemente por um sistema universitário e de investigação também eles profundamente estatizados e centralizados; se, ao mesmo tempo, crescer significativamente a presença de imigrantes com fortes identidades culturais não europeias; se tudo isto acontecer simultaneamente, como está a acontecer, estão criadas as condições para uma revolta das comunidades nativas — sobretudo em zonas mais desfavorecidas em que a presença de comunidades imigrantes é mais patente.»
Março 16, 2015 at 10:12 pm
#3,
O JCEspada? O profeta de Popper na Terra para desgraça do dito?
Aquele que escreve os mesmos três artigos há 20 anos?
O que sabe ele da escola pública lá do alto do gabinete da Católica?
Quanto mais ele escrever essas vacuidades, melhor… só revela que anda no mundo das luas de Saturno.
Março 16, 2015 at 10:19 pm
Não adianta “apoucar” seja quem for, a democracia é assim e terá sempre, como é evidente, as suas limitações.
Agora se as pessoas votam e elegem este e não outro, evidentemente têm aquilo que quiseram.
Não é o meu presidente, pois este, ao contrário dos antecessores, não faz o mínimo esforço para representar todos os portugueses, limitando-se a tentar agradar à área política que o elegeu e aos grupos de interesses que lhe pagaram as campanhas, e nesse sentido sinto-me à vontade para o criticar de uma forma como nunca critiquei o Sampaio, o Soares ou o Eanes.
De resto, a perplexidade maior nem vai para quem vota num espécime deste calibre para a presidência, que sempre haverá gostos para tudo e os meus sempre foram tendencialmente minoritários, mas sim para os que, abstendo-se, permitem que todos sejamos representados pelo parolo que fizemos eleger.
Que os parolos elejam um dos seus pares, perfeitamente normal.
Que tanto a direita dos interesses e dos negócios, moralista e revanchista, como a pseudo-esquerda oportunista dos vitorinos e dos socratinos, das negociatas do regime, das trafulhices e das maçonarias, vejam em Cavaco um valor seguro na chefia do Estado, também é fácil de perceber.
Que estes dois grupos formem a maioria eleitoral que vai decidindo o futuro deste desgraçado país, isso é que custa a engolir…
Março 16, 2015 at 10:19 pm
Pois, essa medalha dourada tem um reverso bem sombrio: Cavacuidade Silva é o rosto principal deste regime que conduziu o país ao estado que sabemos.
Quando foi PM, o “bom aluno” Cavacuidade afastou o país (até quando?…) da busca do desenvolvimento sustentável: tornou-nos uma república de patos bravos (cimento, PPP, etc.) e de especuladores (o BPN dos amiguinhos…). E onde, desse modo, a democracia ficou refém do austeritarismo.
Para se ter bem a noção da obscenidade do que representa o cavaquismo – as suas concepções económico-financeiras – para Portugal, atente-se nisto:
Em 2013, os encargos do país com 120 parcerias público-privadas corresponderam a 5,12% do PIB nacional. Ou seja, pagamos mais com a dívida contraída, em nosso nome e sem supervisão, por um punhado de ministros, empresários, banqueiros e advogados, do que com o serviço da dívida pública (estimada em 4,3% do PIB, em 2014).
Mas Cavaco ganhou eleições: lembram logo muitos. Curiosamente, vários desses são os mesmos que apoucam ou desconsideram o… governo do Syriza.
A democracia está longe de ser um regime perfeito – Cavacuidade é uma das suas melhores provas. O que se soluciona com mais e melhor democracia (não com menos democracia, como pretendem os messianismos – como o de PC – e populismos ou os autoritarismos – dos eurocratas, por exemplo), quer dizer, com a procura de alternativas que se imponham pela sua credibilidade e consistência.
Março 16, 2015 at 10:31 pm
Que os problemas da democracia se resolvem com mais democracia, nunca com menos – concordo!
Março 16, 2015 at 10:42 pm
Jogo de esconde-esconde, enquanto o comum mortal vai esgotando as suas energias a segurar o ganha-pão cada vez mais difícil.
Discordo que seja parolo.
Março 16, 2015 at 10:43 pm
E há uma questão raramente abordada, que é a da dialéctica, chamemos-lhe assim, entre a liberdade e a democracia.
A democracia antiga não era liberal, a liberdade individual não era para os gregos um valor em si mesmo, mas antes uma condição necessária ao bom funcionamento da democracia e como tal condicionada aos interesses superiores do Estado.
Já na democracia moderna, verifica-se que a liberdade liberal antecedeu a democracia e sobrepõe-se a ela, como qualquer liberal honesto deverá ser capaz de reconhecer.
E assim, enquanto a liberdade da burguesia foi conquistada de supetão com as revoluções liberais, a democracia foi sendo ganha a conta-gotas, à medida que, com o crescimento progressivo das classes médias, os burgueses instalados no poder foram alargando progressivamente o direito de voto que inicialmente só os mais ricos detinham.
Em suma, só quando o povo lhes pareceu suficientemente pacato, alienado e submisso para escolher cordatamente entre os cavacos disponíveis, um da sua preferência, é que a democracia se consagrou em toda a sua plenitude.
Mas há sempre uma ameaça que paira no ar, que é a de o povo votar mal, levando a burguesia a sentir-se “oprimida” nas suas liberdades, coisa rara na Europa mas que tem acontecido regularmente na América Latina. E aí, adeus democracia…
Março 16, 2015 at 10:58 pm
“E há uma questão raramente abordada, que é a da dialéctica, chamemos-lhe assim, entre a liberdade e a democracia.”
Síndroma de kü. Mas mais erudito na pontuação.
Março 16, 2015 at 11:11 pm
Este país nem um presidente merece ter.
Março 16, 2015 at 11:14 pm
Isso já vem do soares velho, um que ainda anda por aí à solta.
Março 16, 2015 at 11:14 pm
Tredecim!
Março 16, 2015 at 11:35 pm
Temos tido o que merecemos.
Março 16, 2015 at 11:46 pm
… o que pode dizer muito do homem mas pouco (ou talvez muito, também) do país.
Março 16, 2015 at 11:48 pm
Já que o rei vai nu, ponham lá o Pio 😉
Março 17, 2015 at 12:31 am
Ele anda é com soltura.
Março 17, 2015 at 12:39 am
O Dr. Cavaco é, por isso mesmo, um 1º responsável do estado a que isto chegou, como é óbvio!
Março 17, 2015 at 8:40 am
Para o António Duarte, quem votou no Cavaco é parolo. E quem se absteve contribuiu para a eleição do parolo.
Para mim, quem votou no Cavaco considerou que ele era o melhor (ou o menos ruim) dos candidatos. E quem se absteve contribuiu para o aumento da abstenção.
Enfim, são formas de ver as coisas.
Mas que não deixam de explicar, de certa foram, o motivo pelo qual o PCP não sai da cepa torta: para os vermelhos, a culpa do seu insucesso é sempre dos outros.
Março 17, 2015 at 9:09 am
Também há, pelos vistos, lampiões que votaram Cavaco. São os que acham que as “arbitragens” têm sido isentas.
Março 17, 2015 at 11:23 am
#20,
A dor de corno é lixada…
Março 17, 2015 at 11:51 am
Nada. Acho é estranho que tenham tanta pressa em entrar na Europa para depois serem os primeiros a sair. Já o Cavaco também era assim. Lá está, outra prova de que votar Cavaco e ser vermelho não é contraditório.
Março 18, 2015 at 10:10 am
Básicos chulos, empreiteiros da treta e patrões dos fundos europeus há muitos, assim como os que querem ser com eles
Março 18, 2015 at 10:14 am
#3 por falar em parolos…
Março 18, 2015 at 5:06 pm
#19
Ora bem, se falei em “parolo”, um termo que não uso habitualmente, foi para seguir a linha de raciocínio sugerida no post. Mas posso retirá-lo, se alguém se sente ofendido.
Do resto, pouco me interessa se o PCP ou outro qualquer partido entra ou sai da cepa torta, o que constato é uma realidade que é indesmentível:
Presidenciais de 2011, 9,5 milhões de eleitores inscritos, 2,2 milhões elegeram o Cavaco à primeira volta e mais de 5 milhões não foram votar.
Sendo para mim insondáveis as razões que levaram a maioria dos votantes a deitar naquele que era, na minha opinião, o pior dos seis candidatos, e suspeitando que muitos deles serão casos incuráveis de clubismo político-partidário, parece-me que a mudança necessária só poderá acontecer quando os que não votam começarem a votar. E a fazer escolhas diferentes das que têm sido feitas até agora, mesmo que elas não sejam as do nosso inteiro agrado.