… para efeitos do PET e o Iavé concorda e obriga os professores portugueses a fazer formação específica para esse efeito?
Há sempre novos patamares de humilhação e o senhor Iavé deveria era dizer-nos que raio de certificação é que obteve para coordenar isto.
Não chega ir de visita lá ou patrocinar idas de jornalistas, penso eu de que.
(acho que começa a ser tempo para reconsiderar a filtragem a palavrões mais fortes nos comentários…)
Março 6, 2015 at 11:07 pm
Este governo gosta de ser tratado como lacaio e fazer dos cidadão lacaios.
NC, em particular, revela uma grande vocação para tal: desde contentar-se com cortes orçamentais para além de qualquer razoabilidade até rebaixar as suas bandeiras de “exigência” e “rigor” para níveis ridículos, passando agora – entre outras… – por genuflectir provincianamente perante a soberba de Cambridge.
Já vão escasseando palavras (e apetecem mas é palavrões) para classificar toda esta palhaçada!
Março 6, 2015 at 11:26 pm
Março 6, 2015 at 11:29 pm
É uma vergonha o que se está a passar e parece que os professores estão anestesiados com tanta humilhação. Não basta ter um certificado, mestrado ou doutoramento tirado numa universidade portuguesa, ou ter 30 anos de serviço, os patamares de “exigência” para corrigir uma prova de nono ano terão que estar ao nível de sua excelência o Cambridge. Uma vergonha e uma humilhação. Verguemo-nos senhor, mais uma vez aos ingleses e a uma política de repressão e sem rumo.
Março 7, 2015 at 12:35 am
Não está na legislação que é obrigatório. É barro atirado à parede para ver se pega.
Para os exames nacionais a conversa é sempre a mesma:: “O serviço de exames, que engloba as provas finais de ciclo do ensino básico, os exames finais nacionais e as provas de equivalência à frequência, é de aceitação obrigatória, abrangendo os professores vigilantes e coadjuvantes, os gestores dos programas informáticos de apoio à avaliação externa, os elementos dos secretariados de exames, os técnicos de apoio à realização das provas e os professores classificadores, relatores e especialistas.” Por acaso isto está na legislação do PET? Não!!!
Março 7, 2015 at 1:07 am
Mas se é assim…porque raio é que não mandam os exames para Inglaterra e os corrigem lá?
Ou arranjam eles os corretores? Podiam também ser os professores das escolas de Cambridge em Portugal a corrigir… Mas alguém vai concordar em fazer a certificação exigida por Cambridge para poder ser o corretor???
Março 7, 2015 at 1:12 am
Os classificadores são pagos e o MEC quer mão-de-obra gratuita.
Março 7, 2015 at 5:31 am
https://oduilio.wordpress.com/2015/03/07/a-experiencia-do-ingles-no-1ociclo-vale-180-dias-a-contrato/
Março 7, 2015 at 8:54 am
A cotação da vaselina deve estar bem alta, por todos os lados é cada vez mais necessária.
Março 7, 2015 at 10:15 am
E que tipo de formação vão dar? Às três pancadas… tipo aos fins-de-semana… Eu não ponho lá os pés! Podem vir com as ameaças que quiserem. Vão-se catar todos. Já chega de tanto enxovalho. Tenham vergonha na cara.
Março 7, 2015 at 10:18 am
Humilham os professores porque estes aceitam ser humilhados.
E há quem aceite sacrificar-se e humilhar-se em mil e uma “formações” da treta apenas para tentar ser reconhecido como melhor do que os seus colegas.
Março 7, 2015 at 10:22 am
Onde está a APPI???!!! Para que serve uma associação de professores de Inglês??? Muita promiscuidade entre o MEC e as associações de professores, é o que é. “You scratch my back and I scratch yours”.
E as universidades portuguesas que formam professores de Inglês, nem um pio? Todos os dias o MEC chama as universidades portuguesas de incompetentes: primeiro a PACC,agora este PET… Já nem falo das ESEs, mas e as Faculdades de Letras de Porto, Coimbra e Lisboa?
Nos anos 80 por muito menos as universidades portuguesas reagiam na rua. Estão anestesiadas também?
Tornaram-se todos uns “petzinhos”…. Baixem as orelhas, baixem. Batam-me que eu gosto. É só o começo.
Março 7, 2015 at 11:10 am
Nem vale a pena stressar. Não é obrigatório, por isso é continuar com a vidinha normal. Ninguém é prejudicado por dizer NÃO a este abuso. Informem-se!
Março 7, 2015 at 11:33 am
Claro que há situações em que se torna obrigatório. Em escolas pequenas em que há apenas 2 ou 3 colegas no grupo, e o diretor tem que obrigatoriamente nomear 2 professores, como é o caso da minha, torna-se obrigatório. E se o diretor não nomear, a escola e os alunos são penalizados. Uma verdadeira repressão, um escândalo. Onde estão as associações que nos representam? E as universidades que nos deram os cursos? Estou perplexa, vamo-nos deixar humilhar e espezinhar de novo?
Março 7, 2015 at 11:48 am
Se os alunos são penalizados temos pena. A responsabilidade não é nossa. Metam isso na cabeça. O negócio é entre o MEC e o Cambridge, não é nosso.
Março 7, 2015 at 2:34 pm
É uma pouca vergonha gigante mas a Maria (#14) tem toda a razão: se a U. de Cambrige não gosta das nossas licenciaturas, pouca sorte, entenda-se com quem lhe encomendou o serviço.
Março 7, 2015 at 3:53 pm
Atenção que o sacana aqui não está em Cambridge. Acho perfeitamente admissível que eles queriam garantir a qualidade do serviço.
O grave aqui é que o MEC aceitou as condições impostas para que os exames fossem corrigidos por profissionais que não trabalham com eles. Aceitou a humilhação do exame, a obrigatoriedade da formação, provavelmente pós-laboral ou ao fds, para não não gastar nada com um serviço que é (bem) pago.
Março 7, 2015 at 4:06 pm
Cambridge não reconhece as licenciaturas portuguesas, Angola não reconhece as cartas de condução,…, ao menos o portugalzeco, pela via dos nossos politicozecos, reconhece tudo de todo o lado… até mudamos a nossa língua para melhor servir interesses de outrém…
País de mer**, roubado por (des)governantes e (in)capazes decisores, servos e serviçais de interesses que lhes enchem as medidas, garantem a descendência e a hipótese de uma vida em pleno cá ou noutro lado qualquer.
Março 7, 2015 at 4:18 pm
E, não se fala no desassossego da vida nas escolas públicas que deveria seguir com as suas aulas dentro da normalidade… alunos que ficam sem aulas que uns professores vão vigiar provas, outros que os professores vão classificá-las, outros que é necessário garantir silêncio e calma, …, cumprimento de programas/metas – que se dane,… nada disto interessa a estas hierarquias que desorganizam a escola pública: as aulas/ a aprendizagem/ a normalidade…
… acrescentem, e por exemplo, as vigilâncias das provas dos 1º e 2º ciclo que são professores que deveriam estar a dar as suas aulas nos outros níveis e não o farão que vão vigiar…
Isto é vergonhoso!
Eles querem lá saber da escola enquanto instituição de ensino e de aprendizagem… interessa-lhes apenas e enquanto reais e potenciais negócios.
Março 7, 2015 at 4:30 pm
Colegas,
Acho que não estão a encarar a questão com o devido sentido de humor que ela implica; senão vejamos:
1. Somos obrigados a fazer uma certificação? Como? Eu cá nem sei trabalhar com computadores… Mesmo que me tentem obrigar a fazê-lo, ficarei toda atrofiada só com a ideia de ter que lidar com estas modernices tecnológicas e irei certamente necessitar de terapia especializada para conseguir superar o trauma… e não conseguirei adquirir a tão almejada certificação;
2. E se, por artes milagrosas, o todo poderoso Cambridge decide validar as nossas qualificações académicas e profissionais? Bom, aí terei supostamente que cumprir a minha missão. Só há um pequeno problema: não tenho veículo próprio para me deslocar às outras escolas (ainda sou daquelas antiquadas que trocou a mula pelas duas pernas com que nasci, graças à crise que grassa). Mas mesmo assim, antevejo desde já um problema sério: a minha vetusta idade, aliada à ciática, aos bicos de papagaio e afins obrigar-me-à certamente a percorrer os caminhos deste Portugal mais ou menos profundo devegarinho, muito devagarinho para ter a certeza que não darei uma queda com consequências irreversíveis. Assim sendo, haverá uma probabilidade muito forte de chegar ao meu destino após o término das avaliações agendadas (com muita pena minha, diga-se).
Resumindo e concluindo, sou e serei sempre uma cumpridora fanática das minhas obrigações, estejam elas legisladas ou sejam elas uma ideia brilhante de alguém que nos tutela. Venha daí um reconhecimento das minhas habilitações, um chaufeur para as deslocações, um lanchinho para recuperar as forças (já não exigo um pagamento por respeito para com a crise e a bem amada Troika) e sou “game” para todo o serviço.
Março 7, 2015 at 4:31 pm
Errata: “exijo”
Março 8, 2015 at 11:04 am
Vou nessa CC #19! Obrigado!
Março 8, 2015 at 12:12 pm
Um pormenor, que poderá ter escapado: de acordo com o ponto 1 do art. 14º, muitos professores, os que não têm as certificações mencionadas no ponto 3, terão de realizar o Cambridge English Placement Test. Este instrumento de avaliação é “the fast, accurate, reliable way to place your students on English language courses”, nas palavras do Cambridge English Language Assessment. “Se bem me lembro”, isto é o equivalente, no séc. XXI e na terminologia comunitária (“Common European Framework…”), ao que alguns de nós fomos submetidos quando, na meninice, entrámos no Instituto Britânico para fazer o tal “Proficiency”. Só que, nessa altura, não éramos ainda licenciados em Filologia Germânica, por exemplo… Mas eles até nem são muito exigentes: os professores só têm de demonstrar “Effective proficiency” (C1), nem sequer “Mastery” (C2). Depois da PACC, continua a grande ofensiva para provar que os professores portugueses não estão “à altura”…