… ou os 50 tons de castanho.
Não são todos iguais, mas ficam no mesmo espectro.
Quando se escolhe a comunicação social como alvo é porque se anda de cabeça perdida.
Ao ponto de se dizer este disparate acerca de alguém que tem um dos cargos mais importantes num regime democrático.
Passos considera que questões fiscais são de «natureza pessoal»
Não… neste caso não são de natureza pessoal, muito menos em quem se afirmou um enorme moralista das contas públicas e as andou sempre a equivaler à economia doméstica.
Devem ser públicas e são mesmo de interesse público.
Se não percebeu isso, deveriam explicar-lhe que o cerne das democracias liberais também passa por aqui e não apenas pelos chavões d”os mercados”.
Março 3, 2015 at 5:43 pm
Está passado de todo (como o seu chefe demente), é óbvio que são de interesse público, por isso é que existe a obrigatoriedade de entrega da declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional.
Demissão era pouco para esta besta
Março 3, 2015 at 5:48 pm
AHHH!!!! PRONTOS! TÁ EXPLICADO!
Passos: “Ninguém espere que eu seja um cidadão perfeito”
Passos Coelho atribui as notícias sobre a sua dívida à Segurança Social ao “desespero” daqueles que pensavam que as legislativas podiam “ser um passeio”.
“Tenho as minhas imperfeições. Quem quiser remexer na minha vida não precisa de se dar ao trabalho porque pode ter a certeza de muitas vezes me atrasei em pagamentos. Mas sempre que fui instado a pagar, paguei”, proclamou Passos. Para depois concluir: “Ninguém espere que eu seja um cidadão perfeito”.
O primeiro–ministro apontou de seguida baterias para o combate político, dizendo que se quiserem continuar a investigá-lo vão “encontrar multas de trânsito” ou atrasos. Mas deixou uma certeza: nunca usou a função de primeiro-ministro para “esconder ou ocultar, ou ter um tratamento diferente de qualquer outro cidadão”.
No sábado, o jornal “Público” deu conta de que Passos tinha em atraso o pagamento das contribuições à Segurança Social referentes ao período entre 1999 e 2004. Na segunda-feira, o primeiro-ministro reagiu à polémica, afirmando que desconhecia a obrigação de pagar estas contribuições.
Contra a “chicana”
“Eu e a minha família estamos preparados para este ano de eleições enfrentar tudo”, disse Passos, esta terça-feira, nas jornadas do PSD.
“Estou preparado para enfrentar este ano eleitoral nos termos em que ele se está a desenhar. Preferiria que pudéssemos centrar a discussão na política, mas, quando os nossos adversários têm pouco para oferecer, alguma chicana política pode favorecer [as suas pretensões]”, diz.
Num ataque sem nomear os alvos disse ainda que “nunca verão nada” que indicie que tenha protegido “alguém de maior ou menor dimensão”, que tenha “traficado influências” ou pressionado “jornalistas para que certas notícias apareçam ou desapareçam”.
Passos garantiu ainda que todas as decisões nesta legislatura não se guiaram por “outro padrão de aferição que não fosse o do interesse nacional”.
E mostrou-se confiante: “O trabalho que estamos a fazer não é em vão”. “O futuro não é de facilidades. E O PSD e o CDS não terão um discurso de facilidade.
Portugal vale mais do que o tacticismo partidário.”
Março 3, 2015 at 6:59 pm
Para quem fez do moralismo uma arma de arremesso político-ideológico – como estratégia legitimadora da sua agenda anti-PREC -, lançando contra a sua população uma campanha que visava amesquinhá-la e condicioná-la (para a tornar mais “macia” e “maleável”), em que o arremesso de epítetos como “piegas”, “viviam acima das possibilidades” se tornaram comuns – não deixa de ser irónico que invoque agora a moral (que, por natureza, não é privada…) para se defender, ainda por cima pelo incumprimento de obrigações fiscais básicas para qualquer cidadão.
Março 3, 2015 at 7:26 pm
E não só! É que este governo tem-se demonstrado IMPLACÁVEL para com aqueles que não cumprem as supostas obrigações fiscais!!! Ao ponto de por causa de não se conseguir pagar o IMI e agora as portagens…a AT penhorar os bens dos contribuintes!!!
A ORDEM É CUMPRIR …PAGAR…CUSTE O QUE CUSTAR!!! e ninguém quer saber de esquecimentos…nem de dramas pessoais…nem de tragédias gregas!
Março 3, 2015 at 7:33 pm
Pois é, as éticas e os moralismos, tão bons para arremessar aos outros, são tramados quando se viram contra nós.
O que o lixa é que se investigarem a fundo provavelmente descobrirão coisas bem mais graves do que multas de trânsito por pagar.
Março 3, 2015 at 8:00 pm
Passos não sabia? Então não preencheu a declaração de IRS?
BE lembra que, como trabalhador independente, Passos tinha de apresentar o Modelo B da declaração de IRS. E preencher o anexo H, onde se lia: “contribuições obrigatórias para a Segurança Social”.
O Bloco de Esquerda levantou esta terça-feira uma questão importante para se perceber o imbróglio sobre as contribuições para a Segurança Social que Pedro Passos Coelho devia ter pago e não pagou entre 1999 e 2004. Nesses cinco anos, Passos era apenas trabalhador independente e, por essa razão, tinha de apresentar o modelo B da declaração de IRS e preencher o anexo H. Ora, nesses anos, no quadro 9 do anexo H os contribuintes tinham de preencher o valor pago em “contribuições obrigatórias para a Segurança Social”. Obrigatórias.
Daí a estranheza mostrada pela deputada do BE Mariana Aiveca: se entregou as declarações de IRS nesses anos, e se as preencheu devidamente, Passos Coelho não tinha como ignorar que, sendo apenas trabalhador independente, tinha de pagar as “contribuições obrigatórias para a Segurança Social”. Se já é estranho alguém nas circunstâncias de Passos invocar o desconhecimento desta obrigação, esta achega histórica torna tudo ainda “mais estranho”, diz o BE.
Em vez de perguntas, papéis
Num requerimento apresentado esta terça-feira de tarde na Assembleia da República, os bloquistas optaram por não fazer perguntas a Passos Coelho mas, tão somente, pedir-lhe documentação. A saber:
“1. O registo contributivo do cidadão Pedro Passos Coelho entre 1999 e 2004.
2. Toda a documentação trocada com o Instituto da Segurança Social, notificando o cidadão Pedro Passos Coelho dos valores em falta e sobre a existência ou não de montantes em falta no seu histórico contributivo.”
O BE defende que, neste caso, “não estamos perante matéria do foro privado”, pois “as obrigações fiscais e contributivas são um dos principais deveres de cada cidadão”.
http://expresso.sapo.pt/passos-nao-sabia-entao-nao-preencheu-a-declaracao-de-irs=f913328
Março 3, 2015 at 8:54 pm
«Há jornalistas que querem expor episódios da minha vida fiscal apenas com o propósito de querer sugerir que somos todos iguais».
E pronto, fugiu-lhe a bocarra para a verdade: o nosso primeiro não se acha igual ao resto dos tugas. Já agora, senhor Primeiro Ministro, se não se sente bem a ser inspeccionado pelas suas calotes pode sempre emigrar para os confins do inferno.
Março 3, 2015 at 10:09 pm
Aliás… Somos todos iguais…mas há uns mais iguais que outros! É simples!