São os do costume (aqui e aqui), fingem que a prova foi aplicada aos professores que estão a leccionar e não a aspirantes que muito poucas aulas deram. Escamoteiam que estes candidatos profissionalizados à docência são o produto dos cursos criados ou certificados pelos seus ídolos no MEC (ou será que não foram, na sua larga maioria, formados já à bolonhesa neste milénio?) e que dificilmente se pode considerar que são os que estão a ensinar “os nossos filhos” nas escolas (que eles indicam ser sempre as públicas, pois não sabemos o que resultaria de uma PACC aplicada no ensino privado).
Eu poderia adjectivar estes senhores, mas eles sabem bem o que penso deles e da sua postura de arrogância pseudo senatorial num caso ou, no outro, de “investigador” que nada fez até ao momento que justifique a atitude de condescendência para com toda uma classe profissional que ele parasita nas suas diatribes.
Os textos que escrevem não ofendem apenas aqueles que fizeram a prova, pois são feitos de modo a lançar publicamente dúvidas sobre todos os professores. É esse o seu objectivo, voluntário, recorrente.
Podem dizer que não e até argumentar que “eu até tenho muitos amigos professores” ou “tenho professores na família”, mas já sabemos que nesses casos são todos bons, excepto uns conhecidos deles da Faculdade que eram idiotas e foram para professores. E também temos sempre aqueles exemplos dos alemães do pós-guerra que até tinham imensos amigos judeus nos anos 30.
É tudo treta, da mais rasteirinha.
Em nenhum momento eu produzi aqui um texto sobre “os (maus) jornalistas” ou “os (maus) investigadores” só por este ou aquele palerma ser um lamentável exemplo para o jornalismo ou a investigação. O chuveirinho de lama que esta gente com rosto produz procura achincalhar todos os professores e, repito, é algo deliberado e nascido de um preconceito de “linhagem” pacóvia como a prova que exaltam e não sei se saberiam fazer.
Quero lá saber se depois tuítam pelas costas ou produzem anátemas nas suas tertúlias sobre mim e a minha “arrogância” como já aconteceu com outras luminárias de alguma comunicação social de “opinião” (as câncios, as rolos duartes, os queriduchos de um lado, os insurgentes e blasfemos do outro). A verdade é que me sinto realmente muito superior, exactamente por ser professor, a esta cambada de desocupados, que vive das conexões e conhecimentos e muito raramente das verdadeiras capacidades ou competências. E não tenho dúvidas que milhares e milhares de professores são imensamente superiores do ponto de vista intelectual e ético a quem sobre eles opina na base do achismo ou da investigação por encomenda.
Porque a melhoria dos resultados dos alunos portugueses é facilmente mensurável, enquanto o declínio de outras actividades é bem evidente.
Janeiro 29, 2015 at 9:43 am
Pensava que só não gostavam de professoras.
Janeiro 29, 2015 at 10:23 am
Em poucas palavras: http://lishbuna.blogspot.pt/2015/01/a-pacc-tal-como-existe-e-um-absurdo.html
Janeiro 29, 2015 at 11:44 am
Caro Paulo, este post até peca por ser bonzinho demais. Esta corja é inútil e como todos os inúteis, fomentam a inutilidade para sobreviverem.
Estes e os maus jornalistas(mais de 90% fazendo a estatística “eu até tenho amigos jornalistas e alguns são familiares e a amostra é pikena mas”) e os maus investigadores(por sinal os piores escrevem muito e comentam muito e aparecem muito nos m3rdia4 ao contrário dos melhores porque será? ) são farinha podre do saco nacional. Uma corja que nem skills têm para atender um pedido no McDonalds.
Sobre esta PACC já dizimei a pandilha da Unidade de Investigação ligada à Educação aqui do uniburgo, A qual, tem um ou dois elementos da pandilha tudologa mas que foi rejeitada no recente concurso para unidades de investigação da FCT. Nem à 2ª fase passam estes sim, estes incompetentes.
Janeiro 29, 2015 at 11:51 am
Não vale a pena enterrar a cabeça na areia.
Claro que há muitos professores competentes em Portugal.
Mas a experiência direta de 40 anos de serviço mostra-me que essa não é, possivelmente nunca foi e, conforme estão as coisas, provavelmente não será tão cedo a regra.
A maldita prova pode não apurar quem está preparado para ser professor.
Mas certamente apura quem não está.
É um primeiro filtro.
Na atual situação, pouco mais se pode fazer, em termos imediatos.
Se necessário fosse, seria capaz de manter aqui, por muito tempo, uma crónica diária de episódios ilustrativos do que digo.
Acabemos de vez com a postura corporativa.
Porque já não convence ninguém.
Janeiro 29, 2015 at 12:11 pm
Eu tenho mais que fazer do que aturar Brutos Johns mas…filtro????
E que tal fazer uma prova de acesso à política em que basta não mencionar qual foi o 23 rei de Portugal é excluído automaticamente?
Ou de engenharia se não souber o que é um beam forming não direccional?
E o que é um teste F em regressão linear ortogonal? Quem não souber não pode ser economista.
Pode ter o filtro que quiser que posso eliminar 95% dos candidatos ou apenas 5%. É uma decisão subjectiva. Mais, gostaria de saber quantos das iluminárias que já não convencem ninguém escreve sem usar o corrector. Ou que saibam combinações e permutações para estabelecer diferentes maneiras de organizar conjuntos.
Ou que saibam ler gráficos. Isso ai, desde que vi um professor em Sociologia a pedir agregação e a não saber ler uma escala log-log. Se fosse comigo despedia logo a besta!
Eu tenho algo a dizer para quem fala em postura corporativa. Não há ninguém mais corporativo do que quem fala em filtro para aceder a uma profissão. É uma forma de proteccionismo e de ostracismo.
Janeiro 29, 2015 at 12:21 pm
#4 EH EH EH EH
O primeiro filtro para coisa nenhuma.
O primeiro filtro para uma criatura que nem sequer trabalhar vai.
Por falar em primeiro filtro, esses 40 anos de que fala, será precisamente o tempo médio que demorará a que os com 5 anos ou mais, agora em serviço, abandonem a profissão. Portanto, o caro “amigo” vive confortavelmente bem com isso.
O imporante é ir filtrando nos próximos 40 anos. Quando forem de facto precisos nas escolas, já irão bem filtradinhos. Entretanto, vamos levando com as calinadas nas actas, cadernetas de aluno, pedidos e ofícios, etc. Há de tudo e para todos os gostos. Se são maus professores por causa disso? Sei lá. Diga-me você.
“ah seus malandros, vocês não podem generalizar dessa forma!”
Ai não? Não é isso que tenho lido/ouvido/visualizado.
“Na atual situação, pouco mais se pode fazer, em termos imediatos.” Poder pode… não há é (ai como se diz…) tomates?
“crónica diária de episódios ilustrativos do que digo” sim, são os malandros que saem agora das ESE’s sem saber ler nem escrever. São esses! Enforcamento público já.
Janeiro 29, 2015 at 4:02 pm
Henrique Monteiro, da extrema-esquerda albanesa, onde foi compagnon de route do inefável Crato, à direita liberalesa e anti-eduquesa, ou da arte de bem cavalgar em toda a sela…
Quanto ao homem-de-cristo, um conselho de amigo…
Janeiro 29, 2015 at 4:45 pm
Henrique Monteiro… Não sei… Será que foi vítima de bullying na escola? Tanto ressentimento… Por outro lado, um certo ar de… presumido? Chamar-lhe o que se quiser? Mas porque se julga o homem no direito de ser apodado?
Janeiro 29, 2015 at 5:56 pm
Janeiro 29, 2015 at 7:20 pm
Já agora digam ao Henrique Monteiro que não se diz “um número elevado ao quadrado”…
Janeiro 29, 2015 at 9:19 pm
* 10 Se fosse só essa…
Janeiro 30, 2015 at 12:41 am
Estou na fase em que c*** nas criticas e maledicência (tal como os dirigentes políticos e elite c**** na opinião pública que os trucida…), sendo uma demanda quixotesca conseguir alterar isso. Contudo, a profissão é degradada quando são decisores com essas opiniões, mas os alunos serão os mais afetados a longo prazo com essa prática…
Janeiro 30, 2015 at 12:14 pm
[…] sei que, para o Paulo Guinote e o João José Cardoso, é muito mais estimulante insultar e difamar o mensageiro quando não […]
Janeiro 30, 2015 at 12:22 pm
Desde que apareceu um governo na Europa capaz de colocar compromissos com os eleitores acima dos compromissos com os especuladores dos paraísos fiscais, estes insugentes andam num desvario insane. Em vez de carpirm para o “mercado doméstico”, poderiam carpir junto da Frau dos seus contentamentos.
Janeiro 30, 2015 at 12:28 pm
#5
Não é preciso ir tão longe. Que tal perguntar o que é um “número”?
Aposto singelo contra dobrado que 95% dos economistas falhava.