Não é preciso gostar-se um bocadinho sequer do engenheiro para se desgostar de igual forma desta entrevista, hoje, com nada para dizer a não ser repetir vacuidades e tentar explicar de forma canhestra aquela declaração do “os políticos não são todos iguais“.
Desnecessária hipocrisia num timing verdadeiramente deplorável.
(sim, eu sei que em tempos achei que este tipo poderia ser outra coisa que não está programado para ser… livrar-nos do outro é a única coisa que posso encontrar em sua defesa… )
Novembro 27, 2014 at 9:57 pm
Só com :
Novembro 27, 2014 at 10:03 pm
Livrar-nos do outro à custa da mentira, colocou-o, só por isso, a um nível idêntco ou pior…
Novembro 27, 2014 at 10:03 pm
Quem na realidade nos livrará do outro serão os investigadores, procuradores e juízes, se conseguirem provar os crimes de que é acusado e o condenarem a pagar por eles.
Pelo contrário, se não tivesse havido esta interposição do poder judicial, talvez não faltasse muito para que o desgoverno actual acabasse por aos fazer do socratino num Desejado, naquela lógica do “atrás de mim virá quem de mim bom fará” tão ao estilo português suave e de memória curta.
Pois os três anos e tal que tivemos de passismo-relvoso não são muito diferentes de um socratismo sem sócrates e sem dinheiro para gastar.
Novembro 27, 2014 at 10:03 pm
Sócrates foi endeusado por muitos os que saíram dos almoços de negócios e dos escritórios de advogados, das recepções e inaugurações, dos gabinetes e dos telefonemas, onde o frequentavam e incensavam, para agora o tratar como demónio vivo. Eu li milhares de palavras sobre como Sócrates era o representante de um “novo” socialismo moderado, aberto ao mercado e aos negócios, cujos esforços para corrigir o défice deixado por Santana Lopes, era notável e apoiando-o nalguns dos conflitos corporativos mais duros que o seu governo teve, como o dos professores. Havia igualmente a tese, que sempre combati, de que Sócrates tinha tirado “espaço político” ao PSD, governando como um social-democrata e que isso marcava um ponto sem retorno ideológico e político. Passos Coelho, então desenvolvimentista contra Manuela Ferreira Leite que dizia que “não havia dinheiro”, estava muito próximo de Sócrates na visão, nem mais nem menos, … das grandes obras públicas. Estão todos esquecidos, não é verdade?
Mas há mais: quando o nome de Sócrates começou a aparecer em todas as trapalhadas, suspeitas, histórias e negócios, do curso às marquises, do Freeport à Cova da Beira, do bizarro contrato com Figo à tentativa de controlar os media, a TVI em particular, usando a PT, quando se conheceram detalhes da iniciativa dos magistrados de Aveiro de processar Sócrates por abuso do poder, somaram-se as declarações em sua defesa de Passos e Miguel Relvas, queixando-se que lhe estava a ser movido um “ataque pessoal”. Este par do PSD protegeu Sócrates quanto pôde das consequências que podia ter o inquérito parlamentar, considerando que não se devia ir mais longe, de novo porque isso seria um “ataque pessoal”. Isto vindo do mesmo homem, Passos Coelho, que há uma semana, referindo-se claramente a Sócrates numa insinuação disse: “Não possuo riqueza acumulada nem tenho em nome de tias, filhos e primos quaisquer bens”. Estamos conversados.
É por isso que eu não aceito o “argumento Sócrates” em 2014 e espero que o “argumento Sócrates” se transforme no “argumento Sócrates-Passos Coelho-Portas”, identificando-se assim a tripla que, desde pelo menos 2008, e até antes, ajudou a destruir Portugal, a destruir a sua economia e finanças, a por em causa a sua independência, a alterar profundamente os equilíbrios entre grupos sociais, a dividir os portugueses atirando-os uns contra os outros e aprovar muitas medidas iníquas, que minaram a boa-fé que deve presidir à actuação do estado em democracia. E que ajudaram a que a democracia portuguesa conheça um crise de representação muito grave.
Sócrates e Passos Coelho não destruíram os mesmos aspectos, não destruíram as mesmas coisas nem da mesma maneira, não actuaram de modo igual, mas deixaram um rastro demolidor de que o país muito dificilmente se vai livrar tão cedo e vai condenar muitos portugueses a passar os últimos anos da sua vida sem esperança nem destino que não seja empobrecer e ficar cada vez pior. Ambos mostraram pouco apreço pela lei e pelo estado de direito, actuando no limite ou para além da legalidade, ambos se rodearam de cortes interessadas e interesseiras com origem nos seus partidos, permeando os lugares de estado com os seus boys, numa exibição de prepotência com base nas suas maiorias absolutas. Um esbanjou sem controlo milhões e milhões em projectos “bandeira” e em “má despesa pública”, outro dividiu os contratos entre os de primeira (PPPs e swaps, tributos aos credores) e os de segunda (reformas e pensões, acordos colectivos de trabalho, compromissos laborais, etc.), criando desequilíbrios que fazem com que os frutos do trabalho e da riqueza sejam hoje pior distribuídos. Ambos permitiram a captura do sistema político pela banca, com os resultados que o caso BES revela em todo o seu esplendor. E ambos usaram e abusaram dos poderes do estado para colocarem os cidadãos no seu sítio, quer fosse com o fisco, com a inversão do ónus da prova, quer fosse a ASAE a multar restaurantes por causa dos galheteiros. Ambos foram total e completamente anti-liberais, no plano económico, social e político.
Sócrates e Passos Coelho são muito diferentes, mas são também muito iguais. Aquilo em que foram e são mais iguais é na amoralidade que introduziram e reforçaram na vida pública, aqui também com a prestimosa ajuda de Portas. A moralidade na vida pública não se nota quando existe, mas torna-se um monstro que inquina tudo quando não existe. Ambos usaram do dolo, do engano como método de governar, utilizando todas as técnicas das agências de comunicação e marketing, as novas formas de propaganda. Ambos desconhecem o seu país, não gostam do seu povo, não prezam a sua independência, fazem gala de não precisar da História para nada e são incapazes de aprender, embora sejam muito capazes de se adaptar, sem memória, nem honra, nem compromisso com a verdade. Em suma, eles marcaram a chegada ao poder de uma geração de governantes muito iguais entre si, gente mal formada, mal preparada, mal-educada, mal instruída e mal-intencionada. De gente como Sócrates e Passos Coelho.
É isto que o “argumento Sócrates” me lembra. Nunca o utilizarei a não ser em tandem com o “argumento Passos Coelho”. Até porque, convém recordar, que quem está no poder é o segundo e não o primeiro. E quanto a António Costa eu só posso desejar que não repita os erros trágicos de Sócrates e que não repita os erros trágicos de Passos Coelho. Até, porque, realisticamente, não é impossível que venha a repetir mais facilmente os erros de Passos Coelho do que os de Sócrates. Vamos ver.
Jpp
Novembro 27, 2014 at 10:06 pm
#3
… mas se fosse em rublos…
Novembro 27, 2014 at 10:27 pm
Outro Oportunista Sem Ideologia.
Magistral
Novembro 27, 2014 at 10:41 pm
Vivemos momentos de intenso sectarismo, onde o clubismos e a partidarite dificilmente deixam escutar a reflexão. Quem não é por PC é por Sócas e quem não é por Sócas é por PC.
Todavia…
Sócas fez da delinquência uma forma de fazer política: como nenhum antes dele, entregou as rédeas da governação aos interesses inconfessáveis das oligarquias (política, económicas e financeira), com a impassividade de consciência dos que não têm ética nem ideologia, e com a audácia do arrivista que se viu com a auréola de um predestinado.
PC tornou a governação um instrumento de delinquência política e social, com a violência determinada de um fanático ideológico. Fez-se apóstolo de um austeritarismo moralista e vingativo que pretende castigar o povo português por ter tido a veleidade de supor que a democracia lhe poderia trazer prosperidade, bem-estar e dignidade, longe do jugo das famílias plutocratas que dominavam o país.
Duas faces da mesma moeda: a partidocracia, a soldo das oligarquias dominantes, que enterrou o país na miséria e na desesperança.
Novembro 27, 2014 at 10:42 pm
Passos não me preocupa tanto como Sócrates, do ponto de vista político. O atual é apenas incompetente, o anterior era hábil manipulador. E por isso muito mais autocrático e menos democrático. Noutros tempos, um pensamento diferente do líder começava a ser tratado como um estigma.
Novembro 27, 2014 at 10:47 pm
Esta é dedicada ao hipócrita:
“Grândola, Vila Morena” – Grupo Coral do Sindicato dos Mineiros de Aljustrel
Novembro 27, 2014 at 10:48 pm
“Sócas fez da delinquência uma forma de fazer política”
Nem o mérito de inventar esse sistema lhe podemos atribuir. Tem milénios.
Novembro 27, 2014 at 10:48 pm
Novembro 27, 2014 at 10:49 pm
Vampiros
José Afonso
No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas Pela noite calada
Vêm em bandos Com pés veludo
Chupar o sangue Fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada [Bis]
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios Poisam nas calçadas
Trazem no ventre Despojos antigos
Mas nada os prende Às vidas acabadas
São os mordomos Do universo todo
Senhores à força Mandadores sem lei
Enchem as tulhas Bebem vinho novo
Dançam a ronda No pinhal do rei
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
No chão do medo Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos Na noite abafada
Jazem nos fossos Vítimas dum credo
E não se esgota O sangue da manada
Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhe franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Novembro 27, 2014 at 10:50 pm
Os vampiros estão no governo.
Novembro 27, 2014 at 11:05 pm
” hipocrisia num timing verdadeiramente deplorável.”
Simplesmente vergonhoso:
Passos Coelho: «Nunca é possível evitar que alguém se porte mal»
Primeiro-ministro comenta caso Sócrates em entrevista à RTP, dizendo que «ninguém está acima da lei» e que confia «totalmente» na Justiça. Para além disso, quis estabelecer uma divisão clara entre o anterior Governo e o atual em matéria de transparência e independência do Estado. Executivo de maioria PSD/CDS-PP está «coeso» e estes anos de governação criaram um «cimento», mas ainda é cedo para falar em coligação nas próximas eleições
Por: Redação / VC | há 1 hora
O primeiro-ministro teceu esta quinta-feira maiores comentários sobre a detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates. Numa entrevista à RTP, que estava agendada já há cerca de um mês, Passos Coelho disse que «ninguém está acima da lei» e que «nunca é possível evitar que alguém se porte mal». Ao mesmo tempo, diz que as pessoas são «transitórias» nos cargos que ocupam. As instituições, essas, são permanentes.
«Não posso, na posição em que estou, fazer nenhum comentário sobre isso e não farei», começou por dizer, embora a maior parte da entrevista tenha acabado por se centrar no tema da corrupção e, por via indireta, em José Sócrates e no Partido Socialista.
«Ninguém está a acima da lei», seja o comum cidadão, «seja alguém com um alto cargo (…). Ao longo dos temos vindo a criar mecanismos mais perfeitos (…) mas nunca é possível evitar que alguém se porte mal ou infrinja a lei».
Por isso é que, alegou, o seu Governo procurou «que existisse um sistema legal, a chamada criminalização de certo tipo de práticas mais próximas da corrupção e do enriquecimento ilícito. «É altura de não baixar os braços e ser consequente (…) Esse deve ser um objetivo que merecerá atenção de todos os partidos políticos. O que eu desejo é que os portugueses sintam confiança na justiça».
O primeiro-ministro quis sublinhar, por várias vezes, essa questão: que as instituições «funcionam», que a Justiça «está a fazer o seu trabalho». E foi assertivo ao fizer que confia «totalmente» na Justiça:
«As pessoas são importantes nas funções que desempenham, mas são transitórias». Já as instituições são permanentes e têm «provado que funcionam».
Admitindo que a detenção e prisão preventiva de um ex-primeiro-ministro constituem factos «pouco vulgares, para não dizer inéditos», não teme, no entanto, que a imagem de Portugal lá fora saia manchada: «Ninguém diz que as democracias estão em perigo se as instituições funcionam».
Caso PT, um exemplo de como evitar «batotas» e haver «melhor transparência» do que antes
Aproveitou para reforçar que o seu Governo deu provas no combate à corrupção, nos últimos anos. «Ao longo doa anos temos vindo a criar mecanismos mais perfeitos». «Não direi que [as medidas] são suficientes» e que o sistema seja «perfeito», mas «quando alguma coisa não corre bem, quando alguém comete algum ilícito e desafia aquilo que é o sistema em vigor, que a Justiça possa atuar de modo a que não sobrem dúvidas na sociedade».
O chefe de Governo entende que quando a justiça «investiga aquilo que deve» deve ser «motivo de satisfação».
E, depois, deu um exemplo claro em que quis separar os seus anos de governação em relação aos de José Sócrates, quando disse que o facto de o Estado não se «envolver em negócios privados» como o da PT (Sócrates, no seu tempo, usou da golden share), garante «melhor transparência».
A intervenção do Estado em empresas «pode potenciar más decisões» e «levar a duvidar se o interesse público é efetivamente salvaguardado ou não. Ao estarmos a separar claramente as águas de que Estado não se deve intrometer nessas matérias, julgo que garantimos melhor transparência». «Ninguém poderá dizer sequer em privado, que o Governo, o primeiro-ministro ou ministro em causa prefere que seja a empresa X ou o investidor Y a comprar a PT, ou se se são estes fundos ou aquelas empresas. Não é da nossa responsabilidade. É uma das diferenças importantes que trouxemos ao longo dos anos para tornar mais transparentes e mais independentes as funções do Estado»
Para além desse argumento, invocou outro: «O Estado não deve intervir pela simples razão que se tivesse de o fazer seria com certeza para nacionalizar a empresa. Seria utilizar poder dos contribuintes para uma questão privada». «A PT não tem de ter exclusivo. Não tem de ter preferência. O Estado não intervém no processo».
Sublinhou que não quis, com isso, dizer que quem intervém em empresas o faça «de forma ilícita». «O que estou a dizer é que desincentiva essas práticas ter mais transparência. Quando não intervimos, não há nebulosa», evitando «práticas que trazem batota para aquele jogo, pessoas mais próximas por estarem mais próximas do Governo», atirou.
«Vou seguir o congresso do PS»
Questionado sobre se vai acompanhar o congresso do PS durante este fim-de-semana, prontamente Passos Coelho respondeu que sim: «Vou seguir o congresso do PS porque é o principal partido da oposição», um partido que «viveu vários problemas, parece que finalmente está a chegar a um período em que os resolveu». «Para nos é importante também. Precisamos de contar com o melhor lado». Daí surgiu um apelo ao líder socialista:
«Espero que o doutor António Costa que na sua própria moção [assume querer] compromissos entre sociedade portuguesa e os partidos sobre matérias criticas, não tenha de esperar pelas eleições» para os concretizar, que «possa ser consequente e não tenhamos de esperar um ano pelas eleições para poder dialogar com os socialistas».
O primeiro-ministro voltou a insistir na palavra «diálogo», ao dizer que espera «um diálogo construtivo com o maior partido da oposição, na perspetiva de trabalhar em conjunto como os portugueses merecem».
«Governo está coeso», mas falar em coligação para as próximas eleições ainda é cedo
Já entre portas, no seio do Governo de maioria, que lidera, Passos Coelho não responde se o PSD vai concorrer às eleições do ano que vem em coligação com o CDS. Começa por dizer que «no tempo apropriado» se tomarão essas decisões, querendo sublinhar que o Governo está «coeso», «apesar de todos os problemas» que enfrentou. Foram «superados».
«Os partidos que compõem o Governo, ao contrário de outros, comprometeram-se muito para que esta fase do país fosse ultrapassada e isso cria um cimento», mas «não quero não criar factos políticos artificiais que desviem a atenção do que devemos fazer»
Algo irritado pela insistência sobre a eventual coligação com o partido de Paulo Portas, disse que «não há nenhum tabu» em relação a isso e que não há «divergências» com o seu vice-primeiro-ministro sobre os impostos.
Também não quer antecipar o seu futuro na liderança do PSD, caso venha a perder as eleições. O seu foco está, primeiro, em vencê-las:
«Sabe, eu não tenho por hábito fazer análises políticas ou cenarização política. Compete aos governos respeitar os partidos e os resultados das eleições e (guiam-se) por esses resultados. É razoável quem esteve no governo este tempo possa pedir aos portugueses a oportunidade para fazer o que falta fazer. Há muito por fazer e em condições menos severas do que aquelas que nos couberam e aos portugueses». «Bater-me-ei nas eleições para as ganhar e com estabilidade suficiente para oferecer aos portugueses».
Acabou por utilizar, também, o verbo slogan da campanha de António Costa, ao dizer que haverá «condições para mobilizar os portugueses para o futuro».
Qualquer que venha a ser o resultado, nas urnas, garante: « Respeitarei decisão dos portugueses (…)
não porque entenda que tenha direito divino para governar e porque há dever de gratidão pelo que fizemos, mas pelo país».
http://www.tvi24.iol.pt/politica/entrevista-rtp/passos-coelho-nunca-e-possivel-evitar-que-alguem-se-porte-mal
Novembro 27, 2014 at 11:06 pm
Fala com o teu chefe:
Pires de Lima diz que detenção de Sócrates não deve ser arma no combate político
Lusa
27/11/2014 – 18:31
(…)
Ler mais:http://www.publico.pt/politica/noticia/pires-de-lima-diz-que-detencao-de-socrates-nao-deve-ser-arma-no-combate-politico-1677683
Novembro 27, 2014 at 11:07 pm
Simplesmente nojento.
Novembro 27, 2014 at 11:07 pm
És cá uma virgem, ó Passos Coelh0!
Novembro 27, 2014 at 11:16 pm
Cala-te, ressabiado!
Sindicato denuncia «situação vergonhosa» no centro regional de Lisboa da Segurança Social
Publicado hoje às 22:06
O Sindicato da Função Pública do Sul denuncia que num piso foram feitas entrevistas para enviar os trabalhadores para o sistema de requalificação e, ao mesmo tempo, noutro andar, estavam a ser feitas entrevistas aos desempregados candidatos aos contratos de emprego e inserção.
Em declarações à TSF, o sindicalista Alcides Teles diz que «No Instituto da Segurança Social, ao mesmo tempo que se prepara o despedimento de 700 trabalhadores, está a ser feita a seleção para recrutamento de trabalhadores vindos do centro de emprego para trabalhar no mesmo instituto, nas mesmas funções, nos mesmos postos de trabalho».
Para o sindicato a «situação é imoral a todos os títulos» porque «é imoral despedir os trabalhadores, sobretudo quando fazem falta, é imoral o recurso sistemático aos trabalhadores candidatos aos contratos de emprego e inserção» e «é imoral a degradação propositada dos serviços da segurança social».
O Instituto da Segurança Social (ISS) tem em curso um processo com vista à colocação de 697 trabalhadores considerados excedentes em situação de requalificação (ex-mobilidade especial).
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=4265375
Novembro 27, 2014 at 11:18 pm
Arranja uma ponte e atira-te ao rio!
«Portanto, como primeiro-ministro, não farei rigorosamente nenhum comentário sobre aquilo que tem estado sob o foco da atenção pública em processos judiciais».
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=4265330
Novembro 27, 2014 at 11:37 pm
Saltamos da frigideira para o fogo. A entrevista é mais um acto neste festival de teatro e encenação que começou a semana passada. Qual a surpresa???
Novembro 28, 2014 at 5:55 am
Há quem tenha, mesmo antes de Passos Coelho chegar a chefe de governo, metido o homem e Sócrates no mesmo saco. E que faz questão de continuar a meter ainda hoje.
Discordei na altura e continuo a discordar.
Sócrates é um canalha; Passos é um incompetente-vaidoso metido a salvador da pátria.
E discordo do António Duarte: quem nos livrou do canalha foram todos os que consideraram um imperativo tirar Sócrates do poder. Porque se ele lá ainda estivesse, nunca seria apanhado pela justiça.
Aliás, espero que este caso fique resolvido rapidamente ou que o PS não ganhe com maioria.
Por motivos óbvios.
Novembro 28, 2014 at 9:06 am
Continuar a desejar o mal menor é o fado, ou o cante, de portugal.
A passividade, o ressentimento, a falta de coragem, são o nosso património cultural.
Novembro 28, 2014 at 10:03 am
#4 e é isso…
Novembro 28, 2014 at 10:28 am
# 4 premear por Premiar….
Novembro 28, 2014 at 11:02 am
Caro Paulo
Não Podes dizer que o Coelhinho não tem ideologia.
Não tem grande formação, é certo.
Mas leu uma página de uma sebenta ultra-neo-liberal e foi quanto lhe bastou, como se vê por todas as empresas públicas que já vendeu ou se prepara para vender, e como se confirma pela ignara obstinação em não intervir na PT.
É, como o outro, uma mula sem cabeça.
Mas enquanto o outro compensava a ignorância com pragmatismo e voluntarismo; este limita-se a aplicar cegamente as três linhas que, á falta de cérebro, se lhe fixaram não sei se no estômago se na vesícula biliar.
Novembro 28, 2014 at 11:03 am
#21
Tem calma. Desconheces. Conhecerás.
Novembro 28, 2014 at 11:08 am
O Coelho não tem aparelhagem conceptual para abarcar a realidade do mundo em que vive. Mas tem ideologia. Anunciou-a assim: o modelo económico em que vivíamos era gerador de desemprego, mesmo quando Portugal recebia fundos da Europa em grandes quantidades. Agora estamos a resolver o problema do desemprego.
Novembro 28, 2014 at 11:20 am
O Sócrates é um psicopata que teve a oportunidade certa no partido certo.
Coelho é um instrumento útil enredado na teia do capitalismo que se pretende “honesto”.
Por psicopata entendo aquele que se aproveita da sua capacidade de manipulação e do seu poder para enriquecer e corromper na mais abjecta imoralidade.
Por instrumento útil, entendo um idiota que acha que tem uma missão mas que acaba por servir os interesses de outrém.
Em qualquer caso, os danos causados podem ser igualmente devastadores.
Novembro 28, 2014 at 11:28 am
Nem um é tão desprovido de escrúpulos nem o outro tão ingénuo. Tudo depende do momento em que o observador faz a sua avaliação.
Para as massas é igual. Ambos são insustentáveis e por isso o mexilhão, mais tarde ou mais cedo, pagará a factura. São eles e todos os outros, dentro ou fora de portas.
Novembro 28, 2014 at 11:39 am
#4 Está a citar alguém ? Quem é Jpp? Só curiosidade, mais nada. Gostei do texto, muito elucidativo.
#22 Tenho com o dito “cante” alentejano uma especial empatia. Foi genuinamente criado pelo povo, nunca foi usado pelo regime anterior e, apesar de ser normalmente cantado por um coro masculino (o que não impediu nunca as mulheres de o cantarem também, mas não nas tabernas e cafés, onde só depois do 25 de Abril começaram a ir sozinhas ou acompanhadas), é um canto de resistência assim como o fado o pode ser. Acho que não era fácil o regime anterior promover o cante alentejano, lembrava demasiado uma espécie de manifestação , com gente unida a duas vozes de forma muito especial, sem liderança especial do tenor ( se assim lhe posso chamar) , a voz mais alta dá o mote e mantem-se atrás para depois vir para a frente e novo se fazer ouvir no fundo e junto ao coro dominante. Não é nenhum solista, é um entre os outros, humilde e ao mesmo tempo e sobretudo o grupo tem um tom geral de resistência, resiliência, solidariedade e igualdade. Não interessa tanto o que cantam quanto a forma como o fazem na minha opinião. Quanto à igualdade, com as reservas de que falei quanto às mulheres. Só muito raramente aparecem coros mistos. Passei 3 anos em Aljustrel no final da década de 70 e por isso o som do Coro dos Mineiros de Aljustrel ( aí até compreendi a ausência de mulheres, não havia mulheres na mina) me ficou no coração para sempre. Espero que em Aljustrel, como noutras terras do Alentejo, renovem os grupos pois só assim se pode manter este cante.
Novembro 28, 2014 at 12:04 pm
#30
Não tendo propriamente conhecimento/vivência sobre o dito cante, apenas exprimi uma ideia que prevalece sobre um modo de ser e de resistência passiva (com episódios esparsos de revolta), e de alguma maneira comparável ao “blues” afro- americano (com um toque de gospel laico?). O povo alentejano, tal como os negros nos EUA, sempre foram uma população atormentada, menorizada e desprezada, ontem como hoje.
Nessa perspectiva, o cante é mais um lamento, uma história de miséria e sofrimento, tal como ouvi um elemento idoso de um desses grupos referir, acrescentando que hoje em dia, muito do que se ouve não tem pouco ou nenhum valor, porque se limitam a repetir sempre os mesmos refrões, e que pouca relevância têm para com a história e o sofrimento de um povo.
Assim, vejo os prémios do show biz norte americano, para o Carlos do Carmo, como uma marca de branqueamento, de uma história e de um passado/presente, que espero não se repita com o cante alentejano.
Novembro 28, 2014 at 12:05 pm
#10
Como deveria ser evidente, não se trata de inventar uma receita em absoluto (em qualquer lugar ou tempo), mas do descaramento e da ousadia com que se a concretiza numa dada circunstância.
E nisso – na delinquência tornada forma de fazer politica – Socas, em Portugal, ocupa, por agora, a primeira posição, depois do 25 de Abril.
Novembro 28, 2014 at 12:17 pm
#32
O que é evidente é a falta de memória do povo.
Novembro 28, 2014 at 12:17 pm
Jpp=jose pacheco pereira
Novembro 28, 2014 at 1:39 pm
metendo as mãos na trampa mais imunda
há quem tente experimentar diferencial
entre o que é merda merdosa e rotunda
e o que é merda malcheirosa em espiral
Novembro 28, 2014 at 1:46 pm
Este até o irmão privatizava para obter dinheiro.
Novembro 28, 2014 at 1:49 pm
O cante alentejano advém do cânticos sicilianos.
Novembro 28, 2014 at 1:51 pm
Novembro 28, 2014 at 2:09 pm
#37
Não será que têm, antes, influências comuns?…