«Hoje saberemos se a Escócia irá ou não permanecer no Reino Unido (RU). Mesmo que o voto do “Não” prevaleça, David Cameron poderá ficar para a História como o primeiro-ministro britânico mais incompetente desde os tempos de Neville Chamberlain (1937-40). Como uma personagem dilacerada, Cameron ameaça colocar Londres fora da União Europeia (UE), ao mesmo tempo que implora para que a Escócia não acabe com um RU que dura desde 1707. Embora o Partido Nacionalista Escocês do actual primeiro-ministro de Edimburgo, Alex Salmond, tenha sido formado em 1934, só o impacto destrutivo da “revolução conservadora” liderada por Margaret Tatcher, ferindo os interesses económicos e os direitos sociais da população escocesa, lhe deu força para chegar a governar a Escócia desde 2007. Cameron desdenhou sempre da hostilidade da nação escocesa contra os Tories (só há 1 deputado conservador entre os 59 escoceses com assento nos Comuns). Até mesmo a pergunta radical do referendo (independência ou “statu quo”) foi ditada pela intransigência de Cameron. A vitória do sim à independência, iria catalisar o processo de desintegração da própria UE. O referendo pode causar aquilo que nem a crise do euro fez até agora: alterar a geografia política da UE, no sentido da contracção. Já não falando no efeito de contágio a Espanha, à Bélgica, à Itália…Mas mesmo que a Escócia se mantenha no RU, a tempestade política viajará para terras gaulesas, onde a Frente Nacional se prepara para ganhar em todas as frentes. Aqueles que tinham medo de que a UE se pudesse transformar num novo império romano podem ficar descansados. A UE cada vez se parece mais com uma grande Jugoslávia. Uma criatura estrepitosa, mas de duração breve.» (V.S.M., DN).
– É pena os directores amocharem, fazerem amochar e só depois reagirem (quando reagem…).
Perante a enxurrada de incompetência saída da DGAE, os directores deveriam era, através de uma posição firme e colectiva, tê-la deixado “de calças na mão”, não tentando remediar o que não têm remédio. Embarcando na política do “desenrasque em cima do joelho”, acabam por se tornar ou aparecer como cúmplices desta intolerável trapalhada em que se converteu a colocação dos professores.
Independência de Escócia? Seja conforme a vontade dos escoceses (… ou a independência só é “boa” se for contra russos e sérvios? – vide Kosovo). Em todo o caso, talvez haja aqui um erro de perspectiva. Mais que falar de “independência” deve falar-se de secessão: a Escócia é tão dependente do Reino Unido como o são a Inglaterra, Gales os a Irlanda do Norte – todos eles países com o mesmo chefe de estado e internacionalmente tomados como um todo – excepto para a UEFA e para a FIFA, já agora).
De resto, e a rigor, a Inglaterra é menos independente que a Escócia no Reino Unido: a união das coroas fez-se com uma casa escocesa (Stuart).
Achei curioso que, ao contrário do que acontece por cá, em que a campanha eleitoral termina na antevéspera das eleições, na Escócia ainda hoje andavam, adeptos do sim e do não, a tentar convencer os eleitores junto aos locais de voto.
Coitados, têm pouca experiência do que seja a democracia, precisavam de aprender connosco a legislar o “período de reflexão”…
Lembrei-me logo de quando alguns colegas criticavam entre nós a intolerável pressão dos legalíssimos piquetes de greve…
Se dependesse de mim, a política externa portuguesa orientava-se pelo que a CRP prescreve:
Artigo 7.º
Relações internacionais
1. Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade.
2. Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.
3. Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as formas de opressão.
Mas a CRP só interessa quando convém, a alguns…
Independêndia da Catalunha, do País Basco (integral) e reunificação da Portugaliza. Também sou reintegracionista e não apenas linguisticamente falando. Sou pela Portugaliza, como muitos galegos de quem sou amigo.
Na Madeira os independentistas são meia dúzia, uns por imbecilidade, outros por oportunismo chantagista.
Infelizmente o terrorismo propagandístico anti-nacionalista vencerá na Escócia.
Setembro 18, 2014 at 11:23 am
Diria mais os Açores.
Setembro 18, 2014 at 11:34 am
A Escócia é um país, a Madeira não 🙂
Setembro 18, 2014 at 12:07 pm
Os escoceses vão “conseguir” sair do Reino Unido ou vão “conseguir” continuar a pertencer ao Reino Unido.
Setembro 18, 2014 at 12:21 pm
E o Algarve…
Setembro 18, 2014 at 12:32 pm
«Hoje saberemos se a Escócia irá ou não permanecer no Reino Unido (RU). Mesmo que o voto do “Não” prevaleça, David Cameron poderá ficar para a História como o primeiro-ministro britânico mais incompetente desde os tempos de Neville Chamberlain (1937-40). Como uma personagem dilacerada, Cameron ameaça colocar Londres fora da União Europeia (UE), ao mesmo tempo que implora para que a Escócia não acabe com um RU que dura desde 1707. Embora o Partido Nacionalista Escocês do actual primeiro-ministro de Edimburgo, Alex Salmond, tenha sido formado em 1934, só o impacto destrutivo da “revolução conservadora” liderada por Margaret Tatcher, ferindo os interesses económicos e os direitos sociais da população escocesa, lhe deu força para chegar a governar a Escócia desde 2007. Cameron desdenhou sempre da hostilidade da nação escocesa contra os Tories (só há 1 deputado conservador entre os 59 escoceses com assento nos Comuns). Até mesmo a pergunta radical do referendo (independência ou “statu quo”) foi ditada pela intransigência de Cameron. A vitória do sim à independência, iria catalisar o processo de desintegração da própria UE. O referendo pode causar aquilo que nem a crise do euro fez até agora: alterar a geografia política da UE, no sentido da contracção. Já não falando no efeito de contágio a Espanha, à Bélgica, à Itália…Mas mesmo que a Escócia se mantenha no RU, a tempestade política viajará para terras gaulesas, onde a Frente Nacional se prepara para ganhar em todas as frentes. Aqueles que tinham medo de que a UE se pudesse transformar num novo império romano podem ficar descansados. A UE cada vez se parece mais com uma grande Jugoslávia. Uma criatura estrepitosa, mas de duração breve.» (V.S.M., DN).
Setembro 18, 2014 at 12:50 pm
«Directores: posição da administração educativa é “deplorável”, “vergonhosa” e “inadmissível”» (Público).
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/directores-posicao-da-administracao-educativa-e-deploravel-vergonhosa-e-inadmissivel-1670016.
– É pena os directores amocharem, fazerem amochar e só depois reagirem (quando reagem…).
Perante a enxurrada de incompetência saída da DGAE, os directores deveriam era, através de uma posição firme e colectiva, tê-la deixado “de calças na mão”, não tentando remediar o que não têm remédio. Embarcando na política do “desenrasque em cima do joelho”, acabam por se tornar ou aparecer como cúmplices desta intolerável trapalhada em que se converteu a colocação dos professores.
Setembro 18, 2014 at 3:47 pm
Independência de Escócia? Seja conforme a vontade dos escoceses (… ou a independência só é “boa” se for contra russos e sérvios? – vide Kosovo). Em todo o caso, talvez haja aqui um erro de perspectiva. Mais que falar de “independência” deve falar-se de secessão: a Escócia é tão dependente do Reino Unido como o são a Inglaterra, Gales os a Irlanda do Norte – todos eles países com o mesmo chefe de estado e internacionalmente tomados como um todo – excepto para a UEFA e para a FIFA, já agora).
De resto, e a rigor, a Inglaterra é menos independente que a Escócia no Reino Unido: a união das coroas fez-se com uma casa escocesa (Stuart).
Setembro 18, 2014 at 4:11 pm
Achei curioso que, ao contrário do que acontece por cá, em que a campanha eleitoral termina na antevéspera das eleições, na Escócia ainda hoje andavam, adeptos do sim e do não, a tentar convencer os eleitores junto aos locais de voto.
Coitados, têm pouca experiência do que seja a democracia, precisavam de aprender connosco a legislar o “período de reflexão”…
Lembrei-me logo de quando alguns colegas criticavam entre nós a intolerável pressão dos legalíssimos piquetes de greve…
Setembro 18, 2014 at 4:34 pm
E porque não as Berlengas?
Setembro 18, 2014 at 5:00 pm
Pergunto-me se fosse hoje que Portugal quisesse ser independente se seria algo anormal.Diziam os mesmo das colónias os europeus.
Setembro 18, 2014 at 5:09 pm
Sou independestista por natureza.
Se dependesse de mim, a política externa portuguesa orientava-se pelo que a CRP prescreve:
Artigo 7.º
Relações internacionais
1. Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade.
2. Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.
3. Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as formas de opressão.
Mas a CRP só interessa quando convém, a alguns…
Independêndia da Catalunha, do País Basco (integral) e reunificação da Portugaliza. Também sou reintegracionista e não apenas linguisticamente falando. Sou pela Portugaliza, como muitos galegos de quem sou amigo.
Na Madeira os independentistas são meia dúzia, uns por imbecilidade, outros por oportunismo chantagista.
Infelizmente o terrorismo propagandístico anti-nacionalista vencerá na Escócia.
Resta a Catalunha e a seguir Euskadi!
Arriba la pequeña España!!!…
Setembro 18, 2014 at 5:56 pm
Achei piada ao estandarte real ser a versão escocesa 😉
Setembro 18, 2014 at 6:22 pm
As Berlengas