Para quando a “presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares” pensa apresentar um relatório sério sobre o controlo e encaminhamento de tudo o que o BA recebe?
“Há profissionais da pobreza em Portugal”, alerta Isabel Jonet
Isabel Jonet: País tem “a sorte” de ter estruturas “que dão resposta social muito boa”
Setembro 13, 2014 at 4:51 pm
Quando um responsável(?) pelo “combate à pobreza” tem preconceitos ideológicos e sociais de todo o tamanho contra ela (para Chonet, a pobreza é um estigma ou um modo de vida), está tudo dito sobre os resultados que se podem esperar de tal “combate”…
Caritativismo ou assistencialismo paternalista: eis as “soluções”, à medida da matilha ultraliberalóide que nos assola.
Setembro 13, 2014 at 5:08 pm
Ninguém lhe dá uns bons “bifes”?
Setembro 13, 2014 at 5:32 pm
Palavra de honra que não compreendo esta perseguição a qualquer coisa que a mulher diz.
Sabendo como a senhora é, não se consegue dar um desconto e tomar as palavras dela pelo que são e não pelo que deixam transparecer?
Na primeira notícia se o que foi dito por ela fosse dito por um sociólogo do “ISCZé”, seria tratado como um génio. É evidente que essa pessoa não utilizaria a expressão “profissionais da pobreza” mas arranjaria um equivalente socialmente aceite e fofinho.
Para todos os efeitos, a maioria das pessoas que frequentam este blog são profissionais do ensino e compreendem as dificuldades, os estilos de comunicação e as maneiras de transmitir informação.
Ela não faz esse trabalho.
É uma mulher sem filtro, muito constante nas suas afirmações que, infelizmente, carecem de interpretação pois não são veiculadas aos OCS no formato pronto a usar que alguns jornalistas acéfalos tão bem gostam. A acrescentar a isso algum “bias” sobre coisas que cheiram a mofo tipo religião e cenas fazem os textos pouco equilibrados.
Lembram-se como eram as notícias para “malhar” nos professores no tempo de MLR e outros?
Porque é que as pessoas não se conseguem abstrair das convicções dela (que pelo menos são públicas e nada escamoteadas) e das suas próprias e observar o conteúdo da comunicação pelo que ele é?
Pois, se fizermos uma análise fria da primeira notícia, o que foi dito (para mim) até corresponde à verdade. Há é pano para mangas para dizer sobre isto.
O rompimento do ciclo de pobreza é muitíssimo complexo e passa também por um sistema de ensino de jeito, apoio, ensino de competências (não necessariamente formais), etc….
Setembro 13, 2014 at 5:34 pm
Bardamerda para esta gaja idiota!
Setembro 13, 2014 at 5:38 pm
É como antigamente a escravatura… os escravos geravam filhos escravos e os seus senhores achavam-se muito caridosos por serem seus donos! É a mentalidade dos senhores/as da nossa sociedade que se dedicam à atividade de solidariedade social como um hobby…como se tomassem um chá com as amigas da linha…e que maçada os pobres gerarem filhos pobres! E não é que os netos nascem pobres também? Mas que fatalidade! A culpa só pode ser deles! Quererem ter filhos e netos pobres…e depois andam filhos e netos de mão estendida nas esquinas de Lisboa a pedir esmola! Que pobreza! Não tarda esterilizam-se os pobres… e proibem-se os pobres de aparecer nas avenidas em noites de Fashion’s Night Out. http://lifestyle.publico.pt/noticias/338724_lisboa-volta-a-desfilar-pela-noite-da-moda
Que pobreza de espírito tão grande a destes beneméritos sociais!
Setembro 13, 2014 at 5:56 pm
E como é que esta senhora não compreende o que é “ser pobre” o que é “a pobreza” ? Porque será? A conversa dela parece aquela do ano passado da Kiki Espirito Santo a dizer que passar férias na herdade da Comporta era como brincar aos pobrezinhos…
http://www.ptjornal.com/2013073017612/social/nacional/e-como-brincar-aos-pobrezinhos-a-frase-de-cristina-espirito-santo-que-incendiou-a-rede.html
Como será que um pobre consegue deixar de ser pobre? Ele e a família toda,hein?Uma maneira seria os filhos dos pobres casarem com os filhos dos ricos… assim quando estendessem a mão em vez de ser para pedir seria para ser beijada…
Setembro 13, 2014 at 6:19 pm
Eu só acho que quem está à frente de determinadas estruturas sociais tem de ter uma visão mais além… e saber estar calado perante a miséria, seja ela a miséria material ou a miséria do espírito…porque tanto uma como outra refletem a pobreza e o falhanço de uma sociedade, principalmente ao nível da educação! Esta realidade só mostra que se está a poupar demasiado na Educação! Porque só ela pode arrancar os pobres do seu destino malfadado! E claro, haver trabalho que dignifique o ser humano! Sem trabalho somos todos iguais… a esses “profissionais da pobreza”…
Setembro 13, 2014 at 6:38 pm
#3
A sua leitura é de uma ingenuidade tocante, à medida do que pretendem as Chonet deste mundo, desta maioria governativa.
Não se devem retirar as afirmações da Chonet do contexto político-ideológico em que vivemos, analisando-as isoladamente como você faz, sob pena de passar ao lado do essencial, ficando apenas no domínio do “impressionismo fofinho” (“coitada, ela até nem é mal intencionada, não tem é um discurso muito polido”).
Porque não se pode ignorar que a principal linha da ofensiva ideológica que estamos a sofrer consiste numa campanha moralista e purificadora contra os “maus hábitos” – “despesismo”, “direitos adquiridos”… – dos tugas (Chonet já nos censurou o “mau hábito de comermos bifes”), por forma a que a demolição do estado social, responsável por aquela posição de “injustificado privilégio”, possa ser vista como uma operação de “redenção social”, onde precisamente se encaixa a visão caritativo-assistencialista promovida por Chonet (em vez de políticas e direitos sociais, caridade e operações de assistência, de filantropia).
De resto, os governantes (tal como fazem nas suas “mensagens natalícias” – reveja-se a de PC) gostam é de se dirigir àqueles extractos de pobreza endémica e miserável, sem capacidade reivindicativa, deixando na sombra a nova e mais numerosa pobreza dos desempregados, dos mal pagos, dos antigos “remediados”, que se alastrou à classe média, espelhando todo um modelo social caracterizado pelas desigualdades crescentemente acentuadas, induzidas a titulo de “inevitabilidade estrutural” (o modelo político, económico e social seguido não permite, não vive de outra coisa).
O ciclo da pobreza só pode ser contrariado por políticas de crescimento, melhor, de desenvolvimento sustentável, não com a “austeridade expansiva” (que é, no fundo, “pobreza em expansão”) e correlativo assistencialismo.
Setembro 13, 2014 at 6:45 pm
#7
Ela não tem que estar calada perante a miséria. Observa-a todos os dias e não gosta da sua existência pois isso degrada o Ser Humano.
O corte do ciclo de pobreza contante para famílias de baixos rendimentos/níveis de educação que são sempre as mais carenciadas nestes casos (que é o real objectivo da comunicação de Isabel Jonet) é essa visão mais além da qual a TeMar fala (não esqueça que ela está a falar para os seus pares e tem, por força disso, que ser mais tecnicista).
Isto é simplesmente tão universal e básico que nem sequer são precisas muitas frases (desde que se compreenda que a coisa tem significado profundo) para tipificar a solução.
Mais uma vez volto a bater na mesma tecla do sociólogo do ISCZé: prefere um estudo cheio de palha, erros conceptuais e enviesado politicamente a tipificar as classes “F” e “G” (exemplos meus) com lindos gráficos a descrever “renda disponível” e coisas do género ou prefere 3 ou 4 afirmações de carácter universalista das quais possa extrair um significado coerente e aplicável transversalmente ao problema?
Isabel Jonet, nem sempre podendo fazer algo para acabar de vez com a pobreza (pelo menos para algumas franjas da sociedade), tenta minimizar a coisa fornecendo alimentos.
Em relação à educação, concordo consigo.
Gostei de a ter (de alguma forma) incomodado o suficiente para que tivesse mudado o objecto da sua intervenção. Era esta leitura (ou parte dela) que eu gostaria de ter lido de pessoas que lidam todos os dias com isto (alunos subnutridos, famílias sem educação base e que por falta dela não conseguem passar regras e outra educação que se dá em casa, pessoas que não vêm solução/incentivo a deixar de depender do estado e que se afundam numa espiral de apatia) e têm formação superior. E têm que empatizar para compreender o que os outros dizem em sala (concordem ou não) quanto mais não seja para sistematizar o que os alunos às vezes compreenderam mas não conseguem verbalizar, etc, etc…
Setembro 13, 2014 at 6:53 pm
#8
Obrigado, Farpas.
Eu sei que sou mesmo ingénuo (não estou a brincar, sou mesmo).
Não concordo com toda a sua intervenção mas concordo com partes. Vou tentar no decurso desta noite dar-lhe uma resposta. Por ser algo grande e por ter que, de alguma forma, estruturar o pensamento num todo coerente não lhe prometo é que seja para já.
Posto isto peço-lhe ajuda noutra coisa (e a mais quem queira ajudar) Estou correntemente a tirar um curso de formação de formadores (se o meu comentário não deixou já pistas no último parágrafo 🙂 e querem-me enfiar Carl Rogers à colherada pela goela. Eu até acho que alguns dos princípios dele são interessantes mas para o resto só oiço alarmes, sirenes e campainhas nos ouvidos. Quer ajudar com teóricos da educação mais credíveis e que de alguma forma façam o contraponto de “o formador é a raiz de todos os males”?
Setembro 13, 2014 at 9:13 pm
Independentemente do que a senhora diz ou deixa de dizer…………entrando no campo objectivo, onde estão os relatórios do que é distribuído nos Bancos Alimentares? Ouvem-se muitas coisas……….e algumas não abonam nada a favor da gestão que é feita aí.
Setembro 13, 2014 at 9:26 pm
A Tioca não se enxerga. Como diria o Bruno Nogueira, uma coxa dela dava para muitos bifes para os pobres
Setembro 13, 2014 at 10:42 pm
É mandar açoitá-la em público.
10 chibatadas, já!
(ou então corta-se-lhe uma coxa, como sugere o anterior)
Morte aos fascistas!
Setembro 13, 2014 at 11:11 pm
#13,
Em tantos posts sobre o que aflige actualmente os professores, o director-sopinha-de-massa decide vir escrever apenas neste, em defesa da jonê. É um amador/amante do disparate, este senhor…
#3,
Aqui a senhora Jonê é tratada com a mesma caridade que os “génios” do ISCZÉ.
Até porque ela e eles vivem, em diversos graus, dessa pobreza que analisam/estudam/combatem.
Até sei que só ficava a ganhar em calar-me sobre o que esta senhora caridosa diz, mas… raios… desperta-me a urticária toda.
ela não faz tudo mal, apenas deveria saber onde traçar a linha do silêncio… até porque foi a pobreza alheia que lhe deu todo este destaque.
Setembro 13, 2014 at 11:22 pm
#14:
“até porque foi a pobreza alheia que lhe deu todo este destaque”
Pois.
E ela que apresente as continhas todas.
Setembro 13, 2014 at 11:25 pm
#13:
És cá um artolas.
A Isabel Jonet está errada sobre as redes sociais| The Internet Of Things #8
Abr 14, 2014
(…)
Ler mais:http://www.espalhafactos.com/2014/04/14/a-isabel-jonet-esta-errada-sobre-as-redes-sociais-the-internet-of-things-8/
Setembro 13, 2014 at 11:26 pm
#13:
E sobre o Nuninho Crato não se diz nada?
Setembro 13, 2014 at 11:29 pm
#13:
És cá um cromo. O negrito é para ti.
“(…)Sei que tem razão. Sempre houve e sempre haverá pessoas que se contentam em viver daquilo que podem ter grátis. Os subsidios vários, que pingam daqui e dali, chegam a proporcionar melhor vida (sem trabalho), do que têm aqueles que ganham o ordenado mínimo e chegam a casa exaustos.
Porém, num tempo em que não se arranja trabalho em lado algum, e em que tanta gente honesta se vê na miséria, parece-me de muito mau gosto estar a pegar numa franja de indigentes, e expô-la, em nome dos pobres. Torna o ser pobre ainda mais hediondo.
Eu tinha a Dra. Isabel Jonet “nos píncaros da Lua”. Tenho vindo a desgostar a cada novo ataque que ela faz às pessoas que vão às Instituições, de mão estendida.
Talvez esteja cansada. Talvez tenha criado uma couraça para se proteger da dor alheia. Talvez já não ame o que faz.(…)
Ler mais:http://a_contadora_de_sonhos.blogs.sapo.pt/falar-de-pobres-com-alfinetadas-21404
Setembro 13, 2014 at 11:32 pm
Quem conhece um pouco destas estruturas por dentro, e as jonés que as dirigem, jamais, repito jamais, as podem ouvir sem serem tocados fortemente por uma grande coceira. A pobreza é a razão da existência destas senhoras. Seria mais fácil não comentar as suas alarvidades, mas há que perceber de que conceitos são feitas estas cabeças.
Setembro 13, 2014 at 11:33 pm
#13:
És cá um calhau ó Sr. Director!
O negrito é para ti.
“(…)As questões são bem outras. Desde logo, impressiona que de entre os vários pontos de análise do problema da pobreza que são possíveis, Jonet escolha sistematicamente aquele que sublinha a existência dos que abusam do(s) sistema(s). São opções. Mas seria eventualmente muito mais útil colocar o dedo na ferida dos que se viram confrontados com situações de carência pela perda do emprego, pela disrupção familiar, pelo endividamento descontrolado. Aqueles que querendo genuinamente ter uma vida diferente, rebentam diariamente contra um muro dificuldades, bloqueios e falta de oportunidades. Por outro lado, a quem tem a responsabilidade de gerir uma instituição como o Banco Alimentar pede-se um altruísmo de olhos fechados. Ajudar sem ver a quem. Sem crítica e sem julgamento. Ainda que as situações concretas não justifiquem essa generosidade, deve prevalecer a generosidade sem pergunta e sem fundamento. Quando contribuo para o Banco Alimentar, espero que o que dou seja entregue a quem diz precisar. Sem inquéritos ou juízos de valor. No limite, ainda que não precise realmente. Nesta matéria, os actos têm que ficar estritamente com quem os pratica. Prefiro ser enganado a ser polícia ou inquisidor. Para além disso, numa análise global, os profissionais da pobreza de que fala Jonet são, seguramente, muito menos nocivos para a sociedade do que outros profissionais habituados a explorar, de colarinho branco, nos corredores e gabinetes, as debilidades das instituições. Por último, esta estratégia recorrente de Jonet não é sequer muito inteligente. A persistência na ideia da existência de abusos e abusadores levará, em última instância, a que os que dão venham a questionar o seu altruísmo, o que não deixará de afectar as campanhas do próprio Banco Alimentar.
(…)
Ler mais:http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/jonet-uma-vez-mais-6689806
Setembro 13, 2014 at 11:37 pm
#13:
Toma lá leitura ó engenheiro. És mesmo burro ou é a fingir?
(…)Pessoas que recebem e gerem milhões, transferidos do Orçamento do Estado, duplicando funções ao Estado social [e gerando mais custos em salários para os contribuintes], os que já estão no Estado e na Segurança Social, os que trabalham para as IPSS e são pagos pelo dinheiro dos contribuintes, que o voluntariado não chega para as sobras por mais voluntario que seja, e que a pretexto ainda vão doutrinando e evangelizando no Estado laico.
Pessoas que se dedicam a organizar xis dias por ano o Dia do Hiper e do Supermercado, valendo-se do bom coração e da caridade cristã dos seus co-cidadãos, o dia em que os hipers e supers duplicam e triplicam as vendas, gerando milhões em lucros para os patrões e accionistas, sem que se dignem sequer a doar uma parte aos mais necessitados.
Ainda não percebi se a dona é mesmo desleixada com o visual e com a higiene pessoal ou se é estratégia de marketing para parecer mais chegada aos pobrezinhos e desvalidos do capitalismo financeiro a que presta vassalagem sempre que as oportunidades lhe surgem mas, no próximo Dia do Hiper e do Supermercado, sugiro que cada português de bom coração ou de caridade cristã coloque um frasco de champô dentro do saquinho porque parece que a oleosidade [com Cristiano accent] está a afectar a já por si fraca capacidade de raciocínio da senhora.
Ler mais:http://derterrorist.blogs.sapo.pt/e-e-verdade-sim-senhora-2764355
Setembro 13, 2014 at 11:38 pm
Mas ela não é uma profissional da pobreza?…
Setembro 14, 2014 at 12:23 am
#14
Será que ela quer este destaque?
Ou será que os media arranjam sempre que podem mais “sangue Jonet”?
Concordo consigo na medida em que certas e determinadas pessoas se “completam” ajudando “sei lá, os pób’zinhos” (com voz de tia, claro).Não sei se este é o caso. Espero, honestamente, que não.
Quando a pessoa em questão gere algo que alivia de certa forma as privações dos outros devo admitir que sou tentado a dar um pouco mais de crédito e a tentar olhar para além do imediato/soundbyte.
Pode também ser que seja o que Paulo e outros dizem e, se a prova estiver lá, eu rendo-me às evidências – não gosto de ser intelectualmente desonesto.
Não acredito, no entanto, que ela seja uma agente do PSD/CDS (ou somente uma idiota útil) para nivelar o estado por baixo como deixa transparecer o farpas.
Deixo um obrigado ao livresco pelas citações – vou ler o contraditório – e também por não me ter insultado 🙂
Setembro 14, 2014 at 1:23 am
Afinal, o que irrita: que seja falso o que a senhora diz, que seja verdade ou que ela o diga?
Setembro 14, 2014 at 2:39 am
Desde que a “ti Jonê” começou a debitar todas essas aleivosias que a minha posição é “nem mais uma migalha para o BACF”.
Consideram alguns que é uma posição muito radical e que os “ajudados”(?) pela “ti Jonê” não têm culpa das suas afirmações. A esses responde que há muitas associações de apoio aos pobres, pelo que quem quiser pode ajudar outra mais respeitável.
Depois disso, soube de casos em algumas freguesias onde os/as encarregados/as da distribuição da “ajuda” fiquem com o que é bom e deixam para os pobres o que é mau, por vezes já fora do prazo de validade.
Como já referiram (e bem) vários/as comentadores/as, a “ti Jonê” (e outras que tais) só existem porque há “pobrezinhos” para apoiar. Se não houvesse pobres, a senhora ia fazer o quê? E o seu nome só seria conhecido nas revistas “da treta” (tipo Caras e Nova Gente).
A “ti Jonê” é um agente da ideologia neoliberal. Para que organizações como o BACF (ligado à igreja católica) medrem, é necessário destruir o Estado Social. Para isso, recorrem à calúnia contra as vítimas desse modelo, ou seja, os milhões de pobres em consequência do desemprego, da precariedade laboral, das hipotecas bancárias, da toxicodependência, da imigração ilegal, da discriminação racial e social… São eles os culpados da sua situação, pois “viveram acima das posses”, “não querem trabalhar”, “não se integram” e outros vómitos semelhantes. E vão dar o exemplo de alguns que abusam do sistema, “tomando a nuvem por Juno”, de forma a incutir o ódio das classes médias e, até, de outros pobres contra eles. Mas, se este desaparecer, haverá sempre uma “ti Jonê” e mais umas “tias boazinhas” para tratar dos “pobrezinhos”.
Para essa gente, só me ocorre (a mim, agnóstico) uma expressão bíblica: farisaísmo.
Quanto à “caravela”, não se preocupem: já foi contra os rochedos e afundou-se com estrondo!
Setembro 14, 2014 at 3:22 am
#24
Suponho que essa seja uma das boas perguntas.
#25
Não seja assim. A Caravela é um barco de descoberta(s). Em relação às “muitas associações de apoio aos pobres”, veja se encontra uma na zona de Lx que não esteja aqui: Relatório de Actividades do Banco Alimentar – Lisboa – 2013 (afinal os relatórios existem).
Em relação ao desvio de bens alimentares (actividade reprovável), este acontecerá sempre que houverem pessoas pouco escrupulosas. Os Bancos Alimentares não dão a pessoas mas sim a instituições. Verifique neste relatório que, pese embora o grosso da ajuda seja a instituições católicas, nem todas são ICAR e há cerca de 22.9% laicas (dados de 2010).
Link completo para o estudo: Caracterização das Instituições de Solidariedade Social e das Famílias Carenciadas – 2010
Setembro 14, 2014 at 2:22 pm
# Esta senhora é um deslumbre. Gosta de protagonismo seja de que forma for, infelizmente, pelas piores razões. Pertence ao grupo dos papa hóstias muito bonzinhos, ajuda os pobrezinhos dando a esmola da caridadezinha, indo à igreja benzer-se, sentindo-se reconfortada assim com a sua consciência.
A senhora em si não é mais de um que reflexo da nossa sociedade cada vez mais pobre e assimétrica com um elevado nível de desemprego, pactuando com esta Nomenklatura governante que apenas defende os seus interesses e este é um dos muitos meios de manter o povo pobre, domesticado e iliterato
Nos E.U. a fundações de caridade são um negócio, lamentável…
O Paulo das Feiras e esta senhora adoram fazer chazinhos de caridade neoliberais…
Setembro 14, 2014 at 2:25 pm
É muito triste vivermos desta forma… A senhora Jonet representa o pior dos dois mundos.
Setembro 14, 2014 at 2:28 pm
Pago impostos para não termos esta gente …enfim não é isto que desejo para o nosso País!
Setembro 14, 2014 at 3:21 pm
Ora bem, eu que já fui por aqui criticado por ter criticado, antes do tempo, o Banco Alimentar, a dona jónéte e tudo o que ambos representam, devo reconhecer que desta vez a senhora nem disse disparates por aí além. Apostou nas meias-verdades, que são a forma mais eficaz de propagar e enraizar a manipulação e a mentira na consciência de cada um.
De facto há uma transmissão geracional da pobreza, assim como o há da riqueza. Os ricos querem que os seus filhos continuem ricos, mesmo que estes não tenham mérito, nem queiram trabalhar ou valorizar-se pessoal ou profissionalmente. E este modelo de sociedade só é viável cultivando a mediocridade das elites e barrando aos menos favorecidos as possibilidades de ascensão social.
É verdade também que muitas pessoas pobres não querem trabalhar, mas isso é perfeitamente natural e compreensível quando se constata que a remuneração do trabalho disponível não permite retirar essas pessoas da pobreza. Em muitos casos, as despesas inerentes a ter um emprego – deslocações, creches para os filhos pequenos, refeições fora de casa, etc. – tornariam a pessoa ainda mais pobre e necessitada do que mantendo-se desempregada.
E depois há a parte de que as jonetes nunca abordam, que é o facto de haver muitas famílias em que, mesmo trabalhando vários dos seus elementos, continuam pobres, enquanto nas famílias-jonés se consegue sem dificuldade perpetuar o modelo tradicional de ter muitos filhos, dar estudos a todos tendo apenas o pai de família a trabalhar enquanto a esposa-e-mãe se entretém a praticar a caridadezinha institucionalizada. Ou seja, a raiz do problema está na desigualdade na distribuição de rendimentos, que em Portugal é muito mais acentuada do que na generalidade dos países europeus.
Setembro 14, 2014 at 3:30 pm
E claro, como outros comentadores já escreveram isto é neoliberalismo puro e duro.
A visão assistencialista da pobreza, que se quer a todo o custo perpetuar como ameaça para os “preguiçosos” e pretexto para a caridadezinha dos ricos.
O discurso moralista sempre presente, que tende a culpar os pobres pela sua preguiça e falta de iniciativa e esforço para melhorar a sua situação, ou as instituições estatais, que dão a quem não precisa ou a quem abusa, valorizando-se a caridade de iniciativa religiosa ou particular, a que sabe a quem dá e o que dá, a que não alimenta os “vícios” dos pobres e os mantém eternamente agradecidos pela esmolinha.
Setembro 14, 2014 at 5:07 pm
no tempo da outra senhora salivavam pelos pobrezinhos..e pela caridadezinha..faziam isso nas colónias..diziam até que eram tratados DE FORMA IGUAL UNS OBRAVAM E OUTROS LIMPAVAM A BOSTA..VÁ-SE CATAR..