Ao ouvir o actual PM na “universidade de Verão” dos candidatos laranjinhas a futuros PM ou coisa pior, fiquei com a perfeita certeza de ele ter atingido aquele estado de solipsismo galopante que há uns 5 anos atingiu o “engenheiro” e que resulta de um delírio de grandeza que cega a possibilidade de auto-crítica e afasta qualquer possibilidade de análise racional de qualquer situação, a partir de um ponto de vista divergente ao da vulgata transformada em credo.
O pior é que, neste anti-PREC sem 25 de Novembro, na presidência está alguém que – como nos tempos em que precipitou um crash bolsista à nossa escala com a conversa do gato por lebre – se preocupa mais em limpar (?) a sua pobre imagem em episódios muito duvidosos do que em agir sobre uma realidade que se deteriora dia a dia, por muito que alguém diga (pela enementésima vez em meia dúzia de anos) que a recessão já acabou, só não se sabe é quando começa outra coisa.
E na fatia maior da oposição damos de fronhas com dois tipos que têm escassas qualidades, e quase nenhuma coincidente, e os defeitos que sabemos: um é um totózero à esquerda e o outro é uma emanação da situação que nos conduziu até aqui (ainda se lembram de quando ele era o número dois ou já se esqueceram?) e que o apoia sem problema algum, ao mesmo tempo que não se envergonha de nada do que de pior teve o seu séquito para nos oferecer.
Se há alternativas?
Sim, temos para aí meia dúzia de facções (ex-)bloquistas mais o márinho em busca de encostanço ao PS e a Festa do Avante sempre linda e multicultural, pelas quintas do Seixal.
Phosga-se, pá, que, por comparação, por momentos quase acreditei na competência da selecção do bento nacional.
Setembro 7, 2014 at 7:23 pm
não, não existem alternativas, pelo menos por enquanto. Existe a possibilidade de um voto de protesto, mas que não é alternativa. O lugar vai-se afundar e quando chegar o dia em que as contribuições dos ativos não cubram minimamente os custos do Estado e da SS alguém se apresentará para tomar conta disto e será previsivelmente recebido com ovações e aplausos.
Setembro 7, 2014 at 7:25 pm
os políticos são profundamente corruptos e incompetentes mas os políticos, e os “grandes administradores”, são portugueses e uma boa parte deles vem do “povo”, como o Vara e o súcas. Portanto diria que o problema é mais vasto…
Setembro 7, 2014 at 7:26 pm
Acaba por não se afundar, como a Grécia não afundou.
Quanto aos “activos”, para gerarem receita, é necessário terem “actividade”, certo?
Mas o Pires Cervejas de Lima quer-nos sexys para levarmos gorjetas dos turistas ricos e o líder do segundo partido da Situação não para o rabinho cá e anda só no laréu…
Complicado.
Setembro 7, 2014 at 7:28 pm
o próprio cavacório tb saiu do “povo” e até era mal visto pelas “elites” da faixa Estoril/Cascais e tb pelas da Lapa. Portanto tanto as “elites” são um puro nojo, como o “povo” que ascende ao grande poder de Estado e administrativo não essencialmente diferente…
Setembro 7, 2014 at 7:33 pm
o pires da cerveja é uma emanação de um governo que não existiria se não fosse a emanação, vinda do povo, chamada joset sócas, e o Face Oculta é um pequeno exemplo de que a máfia “popular” que vai desde ex-empregados de balcão, tornados administradores, como o vara, até desenhadores da m… que chegam a primeiros ministros, e cangalheiros, perdão, sucateiros, e tipos da construção, é uma máfia pelo menos tão nociva como a máfia da finança, c a qual se misturam nesses níveis de poder.
Setembro 7, 2014 at 7:36 pm
eu não acredito nisto. Acredito na Escócia que se vai tornar independente e, se tiver os pés na terra, borrifa-se para a UE e faz acordos especiais com os Nórdicos e os americanos. De resto se a Marine ganhar em França a UE já era…
Setembro 7, 2014 at 7:47 pm
Pelos desabafos que se vão produzindo, conclui-se quase que isto não tem solução. Povo e elites o que quer isso seja, transformados em meros gestores da des(causa) pública. E nós, aqueles que têm filhos ascensores a “gestores” “consultores” e outras coisa terminadas em “ores”, menos professores, assistimos ao triunfo do salve-se quem puder num individualismo que perpétua este lamaçal.
Setembro 7, 2014 at 8:44 pm
Exemplificando “a fatia maior da oposição”: http://lishbuna.blogspot.pt/2014/09/o-ex-estudante-de-sciences-po-e-ex.html +http://lishbuna.blogspot.pt/2014/09/blog-post_7.html + http://lishbuna.blogspot.pt/2014/09/ninho-de-lacraus-reparemos-entretanto.html
Não se evita o abismo.
Setembro 7, 2014 at 9:20 pm
Eu que resido a 1 km da Qtª onde se realiza a Festa do Avante posso afimar que, ano após ano, o número de visitantes vai diminuindo as entradas permanentes ( 3 dias) vai tendo menos procura. Os concertos estão na moda e aqui não fogem à regra 😉
O que está a ser solicitado aos visitantes é uma contribuição para o pagamento da referida Quinta ( quase 1 milhão de €s )
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=27&did=161263
Setembro 7, 2014 at 9:23 pm
Eu que resido a 1 km da Qtª onde se realiza a Festa do Avante posso afimar que, ano após ano, o número de visitantes e que vão diminuindo as entradas permanentes ( 3 dias e vão tendo menos procura). Os concertos estão na moda e aqui não fogem à regra 😉
O que está a ser solicitado aos visitantes é uma contribuição para o pagamento da referida Quinta ( quase 1 milhão de €s )
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=27&did=161263
Setembro 7, 2014 at 9:24 pm
voto na festa o avante!
Setembro 7, 2014 at 9:42 pm
É a chamar o Paulo Bento, um homem que caminha, anos a fio, à beira do abismo e não cai.
Setembro 7, 2014 at 9:46 pm
Tredecim!
Setembro 7, 2014 at 9:47 pm
A competência da selecção do bento nacional está na matemática.
Contas difíceis de novo agora para o Europeu? Ou ainda é cedo? Dar 3 pontos à Albânia que não tem pretensões ao apuramento não conta para nada?
Setembro 7, 2014 at 9:57 pm
#4 a 6,
Quem sai do povo para coisas com motoristas, tem tendência a ficar deslumbrado e aparvalhado.
Quem já tinha motorista, quer um mais jeitoso, firme e hirto.
A questão não é a classe social, é a falta de qualquer classe.
Setembro 7, 2014 at 9:59 pm
#14,
O que eu escrevi foi “…por momentos quase acreditei na competência da selecção do bento nacional.”
Sublinhe-se o “…por momentos quase acreditei”…
Mas com aquela linha de avançados ao nível da selecção do Uzbequistão…
Setembro 7, 2014 at 10:06 pm
pois… até aquela meia final com a Espanha..DEPOIS FOI SÓ A DESCER
Setembro 7, 2014 at 11:33 pm
#9 e 10
Se morasses mais perto da Festa do Avante verias melhor que o espaço está a ficar pequeno para tanta gente interessada e por isso já comprámos mais um pedaço. Nada que se compare com os pedregulhos do Fafe, mas ainda assim é um quintalito, e com uma belíssima vista para o Tejo…
Setembro 7, 2014 at 11:40 pm
O “quintalito” de qualquer um paga impostos, …
Setembro 8, 2014 at 12:02 am
Só se evita o abismo se tirarmos o poder àqueles que nos empurram para ele – os que o fazem directamente e aqueles que, manobrando estes últimos, têm muito medo de algo que nós sabemos …
Se depois vem outro abismo… nem quero saber, desde que estes FDP todos e se fo*** lá pelos estrangeiros (e que não seja só uma ameaça … que desapareçam de vez e não se esqueçam de nenhum eunuco para trás… )
Setembro 8, 2014 at 9:43 am
15 e 20
há uma cultura da promiscuidade e corrupção, que corresponde a uma mentalidade tribal de grupo, de proteção dos seus
membros e distribuição da riqueza entre eles.
Setembro 8, 2014 at 9:44 am
21 o fenómeno está bem estudado pela antropologia.
Setembro 8, 2014 at 10:00 am
Talvez criar um admirável mundo novo com soma à mistura…
Setembro 8, 2014 at 12:33 pm
Bom dia!
Queremos governar o nosso país ou preferimos que as decisões sejam tomadas em Berlim ou na sede do Banco Central Europeu? Que tem cada um que fazer para que um governo de soberania nacional exista em Portugal? Porque não podemos continuar a caucionar sistematicamente as decisões tomadas sem consulta e esclarecimento adequado por meio de referendo? Que consequências podemos esperar se continuarmos no mesmo caminho? Cabe ao “políticos” a responsabilidade ou a todos em geral e cada um em particular?
Setembro 8, 2014 at 2:18 pm
Bem … duas coisas eu sei.
1º- um voto em branco é o que eles querem. Ou seja ninguém os importuna e os militantes relgiosos votam igualmente. Ou seja decidem por mim.
2º – Nos partidos do governo actual não voto. Não sou masoquista, lamento.