Ministério da Educação e Ciência abre a porta à transferência de mais competências para as autarquias. Pede-se um debate alargado sobre o assunto e alerta-se para o que acontecerá aos contratos de autonomia já celebrados por muitos agrupamentos. Municipalização das escolas volta à ordem do dia.
Agosto 20, 2014
Agosto 20, 2014 at 9:37 pm
Será mau. Sou contra!
(poder local=compadrio)
Agosto 20, 2014 at 9:42 pm
Sim, no pré-escolar. No 1º Ciclo… ?
Agosto 20, 2014 at 9:56 pm
Será péssimo, sem sombra de dúvida.
Desde logo pela forma atabalhoada como surge esta proposta ministerial, sem que se conheça qualquer estudo ou discussão pública sobre a matéria. Sem uma linha de rumo clara, sem qualquer política educativa a não ser a criação obsessiva de mais e mais provas e exames, a dita municipalização da educação surge como uma fuga para a frente em final de mandato ou, quiçá, simples manobra de diversão para entreter o pagode, evitando que se discutam os quatro anos perdidos deste governo, eternizando a recessão e a austeridade em todas as áreas da acção governativa.
Uma outra hipótese interessante que a peça sugere, e que deveria ser devidamente explorada, assim tivéssemos bons jornalistas da área económica e não apenas aqueles almofadinhas especializados em prognósticos de final de jogo, é a possibilidade de um qualquer arremedo de municipalização educativa facilitar a candidatura a fundos comunitários.
E aí chegamos a outra das grandes causas da estagnação do país nas últimas décadas, os “investimentos” que se fazem, não porque sejam estruturantes ou rentáveis, mas porque há dinheiro europeu disponível para gastar.
Aliás, a população escolar a diminuir serve de argumento para dispensar professores “a mais”, mas não tem impedido que se continuem a construir centros educativos para alunos bem instalados nas escolas já existentes.
Seguir o rasto do dinheiro ajudar a compreender algumas coisas…
Agosto 20, 2014 at 10:25 pm
Sou completamente contra, seja qual for o grau de ensino.
Agosto 20, 2014 at 10:53 pm
Será péssimo!
O ano passado foi a Câmara que apresentou sem qualquer negociação, os horários para as AEC nos agrupamentos de toda a cidade.
Traduziu-se em 3 dias de saídas às 17h 30m. Sendo que este horário era completamente impossível de suportar, tanto para os alunos como para os professores pelo tempo seguido de áreas curriculares.
Para que este horário assim fosse os professores do 1º ciclo iam para casa com uma tarde livre que era ocupada das 14 h às 17h 30 com as AEC.
Se agora vão transferir mais competências nem sei o que poderá acontecer este ano…
É uma tristeza este país e uma desmotivação cada vez maior, trabalhar na área da educação, principalmente no 1º ciclo.
Alguém sabe concretamente quanto recebem as Câmaras do estado para cada aluno que se inscreva nas AEC?
Parece ser um belo negócio para as Câmaras.
Dão uma pequenina parte aos professores que contratam, que são poucos e ficam com uma grande parte dessas verbas.
Transformam os horários curriculares nas escolas em horários que lhe sirvam os seus interesses e poupam milhares para outros fins…
Mas tudo isto é maravilhoso e espetacular!
Alguém fala ou está incomodado com isto?…
Agosto 21, 2014 at 10:46 am
Vai ser um fartar à vilanagem. Já o era e a este ritmo, o primo do primo da tia do avô que conhece o P. da Câmara é que será selecionado. As Dinastias das Câmaras continuam em força. Gente muito perigosa, estão a destruir tudo.
Agosto 21, 2014 at 11:55 am
Bom dia, não sei em que agrupamento a tarde livre para os professores aconteceu, no meu, o 1º ciclo saía 3 dias às 16 h 30 e 2 ás 15 h 30 e só depois entravam as aecs até às 18 h 30 com a componente de apoio à família.
Agosto 21, 2014 at 12:46 pm
Sobre este assunto, apreciei muito esta reflexão, com a qual concordo: http://alho_politicamente_incorrecto.blogs.sapo.pt/970722.html
Agosto 21, 2014 at 3:44 pm
#7
No Sul do país é que tudo isto aconteceu.
É normal aqui os professores do 1º ciclo saírem três dias na semana às 17h e 30m.
O ano letivo passado foi o primeiro ano em que os professores tiveram uma tarde livre para que possam durante a tarde despejar as AEC.
Se chegar à conclusão que é o único local do país em que isto acontece, irei um dia revelar qual a cidade.
Agosto 21, 2014 at 3:44 pm
A municipalização é má por várias razões. Uma delas é que criará situações muito diferentes, com regras diferentes, e a ideia de igualdade perante a lei tornar-se-á uma quimera. Isso dificultará a comparação das situações e a identificação objetiva das injustiças. (Essa tendência já existe, aliás, à pala da autonomia escolar.) Outra razão é que, se já é difícil o escrutínio público de um ministério da educação, será impossível o escrutínio público das ações de dezenas de vereadores da educação. Por isso, é de esperar que a municipalização da educação aumente ainda mais o amiguismo, o império dos interesses e a fuga às responsabilidades.