… porque dá muito nas vistas ir pela da frente.
Finanças querem mudar estatuto dos juízes
O Governo enviou aos sindicatos a proposta de Tabela Única de Suplemento. Estabelece princípios vagos, mas admite mexer no estatuto dos magistrados. Para aplicar as regras de “racionalização” e “harmonização” agora estabelecidos aos subsídios que compõe os salários dos magistrados.
Junho 21, 2014 at 3:23 pm
Indo pela porta das traseiras:
Três economistas, entre eles um perito em contas nacionais, dizem que políticas da crise “expropriaram” rendimentos dos trabalhadores
Crise tirou 3,6 mil milhões aos salários e deu 2,6 mil milhões ao capital
21/06/2014 | 00:01 | Dinheiro Vivo
Entre o início da crise financeira de 2007/2008 e o final de 2013 assistiu-se, em Portugal, a uma transferência de riqueza do factor trabalho para o capital de grandes proporções, indicam vários economistas.
Pedro Ramos, professor catedrático da Universidade de Coimbra e antigo director do departamento de contas nacionais do Instituto Nacional de Estatística (INE), fez os cálculos e apurou que o peso do trabalho por conta de outrem e por conta própria desceu de 53,2% do produto interno bruto em 2007 para 52,2% em 2013.
Já o excedente de exploração (rubrica que reflete a remuneração do factor capital) – apesar da grave crise que se abateu sobre o Estado, os bancos e as pequenas e médias empresas – aumentou o peso na economia de 27,8% para 29,7% do PIB. As rendas, que traduzem grosso modo o valor da remuneração do imobiliário, avançaram de 5,8% para 6,2%.
Cálculos do Dinheiro Vivo com base naqueles dados, evidenciam que, em termos nominais, o factor trabalho (no qual até já está contabilizado o enorme aumento de impostos dos últimos anos) conseguiu perder 3,6 mil milhões de euros. Já o excedente do capital engordou 2,6 mil milhões de euros.
As contas do economista foram apresentadas em primeira mão, esta semana, no colóquio “A transferência de rendimentos do trabalho para o capital”, organizado pelo Observatório sobre Crises e Alternativas, ligado à Universidade de Coimbra.
Nesse encontro, Pedro Ramos, especialista em contabilidade nacional, avançou com esta análise “pouco comum”: o PIB na ótica dos rendimentos. As abordagens normais publicadas pelo INE (óticas da procura e da oferta) não permitem este tipo de análise mais fina.
O ojectivo, disse o ex-quadro do INE, é tentar dar pistas mais sólidas sobre o que já há muito se suspeitava: a crise, e em especial o programa de ajustamento da troika, permitiu extrair valor ao factor trabalho ao mesmo tempo que enriqueceu o capital. “Estranho”, um “fenómeno novo”, referiu.
“Sabemos que nas crises económicas as empresas têm prejuízos, as crises atingem os acionistas. Existe portanto perda de valor ao nível dos excedentes de exploração”, observou o académico.
Não foi o que aconteceu. “É especialmente estranho que exista, nesta crise, um aumento do peso do excedente de exploração, rubrica que no fundo reflete a remuneração do capital na economia”, observou. Mais: também as rendas do imobiliário reforçaram o peso seja em proporção do PIB, sem em termos nominais. O ganho foi de quase 451 milhões entre 2007 e 2013.
O catedrático de Coimbra recuperou também as estatísticas relativas a 2010 para ter uma noção daquilo que aconteceu durante o programa de ajustamento. Os resultados são ainda mais cristalinos: o peso do factor trabalho na economia caiu dois pontos percentuais; o do factor capital subiu dois pontos.
Para Pedro Ramos, todos estes factos reforçam a convicção de que “está a acontecer uma transferência de riqueza do trabalho para o capital”.
Como? Através do desenho de políticas com esse objetivo, diz aquele economista, que foi acompanhado no diagnóstico por outros especialistas.
O factor capital está tão imparável que, em 2013 atingiu um peso recorde (29,7% do PIB) na série histórica compilada por Ramos, que remonta a 1995.
José Castro Caldas, investigador do Centro de Estudos Sociais de Coimbra, e Eugénio Rosa, economista da CGTP, também provam que as políticas seguidas durante os anos do ajustamento extraíram valor ao trabalho de forma pronunciada.
Castro Caldas estima que “as alterações ao Código do Trabalho tenham levado a uma transferência de valor do trabalho para o capital na ordem dos dois mil milhões de euros.
Eugénio Rosa fez contas à função pública e concluiu que este grupo de trabalhadores foi “expropriado” em cerca de oito mil milhões de euros no período em análise por via de cortes remuneratórios, perdas de regalias, aumentos de descontos, etc.
http://www.dinheirovivo.pt/economia/interior.aspx?content_id=3983489&page=-1
Junho 21, 2014 at 4:57 pm
Esta análise enferma de inverdades pois, na minha opinião, o que deveria ser dito seria:
– O PIB, em termos absolutos, diminuiu relativam/ ao ano anterior.
– Os rendimentos do fator trabalho ( pelos motivos óbvios) diminuiram
– Os rendimentos do fator capital também diminuiram
Mas, ainda assim, os rendimentos do fator capital diminuíram menos. Apenas por este motivo o peso relativo ( obviamente ) aumenta.
É uma leitura oportunista feita pelos opositores do Trabalho vs Capital
Junho 21, 2014 at 5:04 pm
Os rendimento do factor capital não diminuíram, concentraram-se.
Junho 21, 2014 at 5:16 pm
Em temos absolutos, sim! Ver as cotações do Índice do PSI 20
Junho 21, 2014 at 5:18 pm
Valha-me Deus! Já não posso com a correcção dos exames…
Junho 21, 2014 at 5:19 pm
Podem ir pelas traseiras ou, mesmo, a voar que eu estou-me nas tintas.
Junho 21, 2014 at 5:21 pm
Tenho um pó às finanças…
Junho 21, 2014 at 5:32 pm
O PSI 20 é uma anedota. O PIB não interessa nem ao menino Jesus. E quem perdeu não foram os donos das empresas, foram os otários que investiram na bolsa. Os mais ricos nunca estiveram tão bem como agora, quando estão à beira de se afundar. A chatice é que as instituições europeias querem uma concentração e marimbam na concorrência à portuguesa. Ou seja, a concentração subiu de escalão. A economia, analisada em termos nacionais, tem tanta racionalidade como a Disneyland.
Junho 21, 2014 at 5:36 pm
Quando o trabalho extraordinário é mais barato que o trabalho normal ou o trabalho prestado num feriado passou a ser pago pela metade de um dia normal. 😉
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3979801
Uma sigla a fixar: TRU ( tabela remuneratória única )
Junho 21, 2014 at 7:23 pm
UM ESTUDO DO BANCO DE PORTUGAL SOBRE A EDUCAÇÃO…
Os alunos mais novos da turma e os que têm menos livros em casa estão entre os que têm mais probabilidades de chumbar, segundo um estudo do Banco de Portugal, que considera prejudicial para os estudantes a retenção escolar.
Estas são algumas das conclusões dos investigadores do Departamento de Estudos Económicos, do Banco de Portugal (BdP), Manuel Coutinho Pereira e Hugo Reis, que tentaram perceber as causas da reprovação no ensino básico e os impactos de os alunos ficarem retidos.
Usando os dados do Programa para a Avaliação Internacional de Estudantes (PISA), da OCDE, os autores do estudo dizem que as características individuais e familiares têm mais influência no sucesso escolar dos alunos portugueses do que nos estudantes dos outros países europeus.
Pertencer a uma família monoparental e ser rapaz fazem aumentar as probabilidades de ficar retido no ensino básico, segundo o estudo «Retenção escolar no ensino básico em Portugal: determinantes e impacto no desempenho dos estudantes».
«Em Portugal, os alunos com menos maturidade e com piores condições socioeconómicas têm uma maior probabilidade de repetir. Para além dos aspectos socioeconómicos, as características da escola e as diferenças ao nível regional e do país (por exemplo, fatores de carácter institucional) também ajudam a explicar o fenómeno», lê-se no estudo.
Assim, no que toca à idade com que entram para o 1.º ano, o estudo sublinha que em Portugal a probabilidade de um aluno repetir o ano no 1.º ou no 2.º ciclo «diminui em cerca de 3,5 pontos percentuais com um aumento de um desvio-padrão na maturidade. A mesma probabilidade diminui numa magnitude semelhante se o aluno for do sexo feminino».
Também a influência da família é mais forte em Portugal: ser filho de pais com níveis de educação mais elevados faz reduzir mais de 2 p.p. as hipóteses de chumbar de ano, enquanto os alunos de famílias monoparentais correm mais riscos de reprovar (mais 3.3 p.p.).
A probabilidade de um aluno ficar retido antes de chegar ao 7.º ano «diminui cerca de 4,5 pontos percentuais para os alunos que têm mais livros em casa», enquanto o valor médio europeu é de 1.1 p.p.
Os especialistas lembram que Portugal surge em quarto lugar na tabela dos países europeus com a maior taxa de retenção no ensino básico (cerca de 30%) e recorda os estudos que explicam a lógica subjacente à reprovação: «A ideia é simplesmente dar-lhes uma oportunidade para obterem o nível de capital humano necessário para uma boa integração no ano seguinte».
No entanto, sublinham os responsáveis pelo estudo, «a existência de alunos que repetem o ano implica custos, incluindo a despesa de fornecer um ano adicional de educação, bem como o custo para a sociedade em atrasar a entrada do aluno no mercado de trabalho».
Os autores consideram que existe margem de intervenção para substituir, pelo menos parcialmente, a retenção por «outros procedimentos de apoio aos alunos, os quais poderão revelar-se menos dispendiosos do ponto de vista da utilização de recursos».
http://economico.sapo.pt/noticias/banco-de-portugal-diz-que-alunos-mais-novos-da-turma-tem-mais-probabilidade-de-chumbar_196003.html
Não sei bem qual foi a amostra do estudo…mas as coisas não são assim tão simples… e já percebi que o grande problema são os custos… ora o que não percebo é como é que as escolas com mais insucesso são as que têm menos crédito horário para apoios e reforços…
Junho 21, 2014 at 7:38 pm
No fundo os adultos não passam de crianças com dinheiro vivo a jogar ao monopólio. Especula-se com as pessoas como se elas fossem meros peões num qualquer jogo da bolsa.Não distingo esta gente de assasinos profissionais ou pior eles fazem-no em massa em nome de um deus cujo nome vai do dollar ao euro ao petróleo ou ao ouro.
Lembrem-se do ócio , sem eles ainda hoje éramos macacos não pensantes.
Junho 21, 2014 at 7:55 pm
Incontornável
http://correntes.blogs.sapo.pt/silly-season-2-caucao-de-500-euros-2027497
Junho 21, 2014 at 7:58 pm
Os macacos têm muito tempo de ócio, mas não têm a linguagem, embora o discurso dos políticos se pareça cada vez mais com a dos zombies.
Os estudos que reproduzem óbvio e repetem o que já foi divulgado há dezenas de anos, são algo que me impressiona, pela falta de critérios e desconhecimento patenteado. Ou então a imaginação e a capacidade critica andam pelas ruas da amargura.
Junho 21, 2014 at 9:25 pm
Afinal o Bento é um génio e queria era escapar à meia final com o Brasil. Mas os alemães perceberam a jogada a tempo e estão a corrigir contra o Gana.
Junho 21, 2014 at 10:59 pm
«aquele que não entra pela porta… é ladrão e salteador»