... os professores voluntários não foram suficientes, nem suficientemente voluntários. E ele ainda acha que tem o direito de – embora tendo as pretensões de “autonomia” – considerar que tem jurisdição para lançar postas de pescada sobre o desempenho profissional dos professores e a utilização do seu tempo.
Ao senhor Iavé – houvesse ministro da Educação em Portugal que não se entediasse com o desempenho das suas obrigações – não valeriam o ar british e a pretensão de superioridade ética e intelectual que pavoneia pelas suas cercanias e já teria ido para o olho da rua, que certamente seria bem acolhido em outras paragens mais autónomas ainda.
O senhor Iavé, apesar de autónomo, deveria entender a extensão das suas funções e o decoro que se exige às declarações que faz sobre os outros. Fosse eu professor ainda classificador e ele ficaria a brincar sozinho com os testes made in Cambridge.
Não se trata de limitar a liberdade de expressão, mas apenas de lhe explicar que se gosta de achincalhar terceiros por não fazerem o que ele quer, deve estar preparado para receber em troca o equivalente tratamento por isso mesmo.
O senhor Iavé é mal educado. Porque não é mal educado apenas o bruto que diz palavrões ou grosserias explícitas, mas também o senhor bem apessoado, com elegante botões nos punhos de renda, que trata sem educação quem não conhece e faz juízos de valor sobre a sua ética profissional.
Se os outros têm deveres, ele também os tem, a começar por alguma reserva como se expressa em público. Repito… fosse eu professor de Inglês e já teria tentado perceber porque a APPI anda um bocado em rodopio nesta matéria, com posições que de firmes me parecem cada vez mais sinuosas.
Já se percebeu que para o ano a coisa vai ser obrigatória, porque assim o senhor Iavé obrigará o MEC a decretar porque o senhor Iavé é aquele a quem todos devem obedecer, mesmo quando é ele que se espalha ao comprido, como aconteceu neste caso ao contar com o trabalho alehio para fazer floreados.
Tomara que ele tivesse tanta preocupação com a qualidade das classificações de testes, provas finais e exames e não existisse apenas pressa em que as coisas sejam despachadas.
Junho 19, 2014 at 11:03 am
O Senhor Iavé é fixe.
Sou prof. de Inglês e aquele mail enviado às Direcções foi um ultraje.
A plataforma movia-se a carvão, não havia paciência/tempo para estar à espera de que as respostas corrigidas fossem carregadas. Eu enviei mail ao Sr. Iavé com um rol de queixas e queria ter visto a APPI mais veemente na defesa dos seus associados.
Isto ainda vai dar porcaria, com uns a obterem crédito pelo que fizeram e outros não.
Obriguem-me, se quiserem, que eu não vou. Again.
Junho 19, 2014 at 11:12 am
Se nao existisse um único prof a disponibilizar-se para corrigir , estes gajos nao abusavam. Agora… enquanto existirem nhonhos, mais nao se espera.
Uma classe unida nao baixa as calças.
Junho 19, 2014 at 11:25 am
Esse sujeito é um energumeno sem predicados. Um sujeito sem complementos para tapar a triste personalidade
“professores são os únicos técnicos habilitados a classificar provas de avaliação de alunos.”
Técnicos? TECNICOS? Os professores agora são técnicos?
…dasse. Que crápula
Junho 19, 2014 at 12:05 pm
Pretor, houve escolas que antecipando-se ao que virá no próximo ano obrigaram os professores a serem examinadores! De nada adianta agora criticar os colegas que avaliaram. Temos é que criticar veementemente este IAVE e o seu director, que ainda por cima é provocador. Ele sabe bem as asneiras que fez. Há que espalhar aos quatro ventos o nojo que ele está a fazer. Há muitas coisas que podem ser rebatidas naquilo que ele diz na entrevista…
Junho 19, 2014 at 12:07 pm
Desculpa mas como se obriga a fazer uma coisa que nao esta no ecd?
Junho 19, 2014 at 12:09 pm
E como nos negamos??
Junho 19, 2014 at 12:10 pm
E já agora o que é que interessa criticar os professores ou o IAVÉ? Assim não vamos lá…
Junho 19, 2014 at 12:21 pm
Para os tecno-zombies todos os seres vivos são recursos específicos que servem para determinados fins. Desde o rebento de soja ao cientista atómico, tudo é reduzido à condição de meios, de objectos de contabilidade e de reforço do complexo financeiro-militar que domina o mundo.
A ausência de humanidade nestes cripto-esclavagistas é uma condição básica para estarem no poder e servirem o deus Capital.
A ideologia dominante não olha a meios para transformar os seres humanos em combustível da máquina de acumulação de riqueza para uma ínfima minoria de privilegiados e corruptos.
A pseudo objectividade dos números económicos e financeiros com que somos bombardeados todos os dias faz parte de uma campanha para anestesiar os povos de todo o mundo.
Agora até o Irão serve de aliança aos países ocidentais para lutar contra a única ameaça que actualmente se coloca ao Capital: os fundamentalistas islâmicos e a sua barbárie apocalíptica.
O Capital prefere destruir e aniquilar os seres humanos, como na Síria e no Iraque, do que ter de lidar com um sistema alternativo de poder em que o sistema capitalista não é o escolhido.
Nesta fase de desenvolvimento da Humanidade, o sistema capitalista encontra uma resistência fraca e fragmentada no seu interior, na forma de uma revolta violenta mas sem ideologia concreta (confrontos nos subúrbios das cidades com jovens desempregados, grupos anarquistas e indivíduos descontrolados)
O maior perigo, mas identificado pela propaganda como “terrorista”, provém de sectores atrasados e tradicionais do mundo, onde o capitalismo é repudiado e entendido, de forma um pouco confusa, mas acertada, com a decadência da humanidade e dos valores sagrados.
Junho 19, 2014 at 1:28 pm
Para além da falta de ética e de humildade da criatura, há outros aspectos mais relevantes e substantivos a destacar. Eu sublinho este:
“os PROFESSORES são os únicos TÉCNICOS habilitados a classificar provas de avaliação de alunos.”.
Só para os mais distraídos é que será estranho que o Iavé trate os professores (correctores) como técnicos. Porque é esse, justamente, o conceito subjacente à lógica examocrática, com tudo o que ela comporta e significa para a concepção de ensino e para as práticas pedagógicas.
A ideia peregrina de constituir uma bolsa de correctores especializados, “profissionalizados”, mais não representará do que o reconhecimento explícito desse estatuto de “examocrata”.
Junho 19, 2014 at 1:40 pm
escolas são hoje unidades orgânicas ..allo…logo..como se dúvidas houvesse…o passamos a ser técnicos ..para esta gente..
Junho 19, 2014 at 3:19 pm
#7,
Criticar o IAVÉ “autónomo” faz todo o sentido pois foi uma das medidas mais emblemáticas deste MEC.
Apontar os seus falhanços e a sua forma desabrida de reagir é um dever.
Junho 19, 2014 at 3:21 pm
Sou uma dessas classificadoras que ficou aquém na opinião do MEC. Mas não nos trataram como técnicos quando fizemos cerca de 10 speaking sessions andando cerca de 40 horas por cerca de 150 km por esse distrito de braga! Nem nos agradeceram pois achariam isso o mais normal de ser feito por técnicos!Apenas quando esses técnicos se dedicaram de alma e coração às suas turmas e testes e avaliações é que repararam que afinal existíamos!
Uma sugestão para o IAVE: porque nâo deixam os computadores fazerem a correção total dos exames escritos? Devia sair-lhes muito mais barato, aliás corrijo, ficava-lhes ao mesmo preço pois não nos pagaram nada!
No próximo ano saberão o que respondo se me fizerem a mesma proposta! Na primeira caem todos…à segunda…..só mesmo quem quer!
Junho 19, 2014 at 3:51 pm
[…] O dono do IAVE chumbou nos mínimos de boa educação. […]
Junho 19, 2014 at 4:10 pm
blergh!
Junho 19, 2014 at 6:17 pm
Iavé é grande e Lucicrato o seu profeta!
Junho 19, 2014 at 7:39 pm
Ora bem, para começar acho que aceitar mais exames, decretados por um governo que diz que não há dinheiro para nada, significa abrir a porta a todo o tipo de abusos em relação aos professores que se espera que “colaborem” prejudicando a sua vida pessoal e profissional e sem nada receber em troca.
Depois acho que, por mais detestável que seja a figura do senhor-Iavé, serve de pouco pessoalizar as críticas. Mais vale, e aí concordo com o Paulo em #11, denunciar a falsa independência dos institutos e fundações públicas, um verdadeiro Estado paralelo que floresceu nos tempos socratinos mas continua a ser acarinhado pelo governo dos tesos que o substituiu. Que para o que lhe interessa nunca deixou de arranjar dinheiro, nem nunca deixou qualquer amigo do peito desempregado.
O Iavé e quem o dirige fazem aos professores as acusações mais abjectas e manhosas, resguardando perante a classe docente a imagem do ministro sonso e hipócrita que as pensa mas não as diz. Da mesma forma que, se mandam os classificadores trabalhar sem lhes darem condições nem compensações, é porque foi assim que o MEC superiormente determinou.
Com o que não concordo, é com isto: “…o senhor Iavé obrigará o MEC a decretar…”. A ver se nos entendemos: o senhor Crato é que nomeou o senhor Iavé e manda nele. O senhor Crato é o primeiro responsável pela política do ministério, seja o que estava para ser implodido seja a galáxia de gabinetes, institutos, fundações e serviços que tem construído à volta dele. Se queremos responsabilizar mais alguém, afine-se a pontaria mais para cima, o PM e os mentores e os interesses que se perfilam na sombra e que determinam as políticas.
Junho 19, 2014 at 8:03 pm
O sr. Iavé é grande.
Professores detectaram erro nos critérios de correcção do exame de Português
GRAÇA BARBOSA RIBEIRO 19/06/2014 – 17:21
Em causa estão cinco pontos em 200 ou meio valor em 20, sublinha a APP, que considera este tipo de erros “inadmissíveis”.
(…)
Ler mais:http://www.publico.pt/sociedade/noticia/professores-detectaram-erro-nos-criterios-de-correccao-do-exame-de-portugues-1659701
Junho 19, 2014 at 8:41 pm
#7 e #11 O que a falta de uns pontos de interrogação faz! Eu queria dizer: “O que interessa? Criticar os professores, ou o IAVE?”!! É claro que temos de criticar o último e abertamente, em todos os lugares públicos, OCS, escolas…! E explicar até a alguns colegas o que efectivamente se passou. Tenciono fazê-lo na minha escola. A mim parece-me que eles devem é estar “podres” por poucos alunos terem pago para ter certificados e o negócio ter ficado estragado…
Junho 20, 2014 at 3:05 pm
É deste IAVE que falam?
http://www.iave.org/
Aqui sim, o voluntariado é esperado…