Ora bem, o salto das “crianças mais novas”, que melhoraram em cerca de 30% a média de resultados do ano passado para este ano significa que têm mais 30% de conhecimentos e competências ou apenas que a prova era 30% mais fácil?
Limito-me a perguntar, aos que ainda acham que estes exames servem para alguma coisa, e já nem digo mais nada, porque acho que os factos falam por si…
#1
Vou agora ver a pauta na minha escola… Conheço os professores do ano passado com 4ª ano, conheço os deste ano, vi os exames do ano passado e deste ano, conheço bem os putos… dá pra tirar algumas conclusões 😉 . Claro que não estamos aqui a contar com os xiliques que cada um pode ter no exame, tipo xilique presidencial…tb têm direito. Depois digo que agora vamos em festa de fim de ano pra fora…
Já os exames de Matemática, e pelo que ouvi de uma das representantes das associações de professores da disciplina, estavam completamente desequilibrados em relação aos programas e ao nível etário dos alunos.
Avaliam o quê, os conhecimentos dos alunos, o trabalho dos professores, o “sistema” ou, simplesmente a (in)capacidade das equipas nomeadas para o efeito de fazerem provas de exame adequadas, equilibradas, com uma estrutura e nível de dificuldade consistentes de ano para ano?
Provavelmente ainda avaliam outra coisa, a vacuidade de uma política educativa que começou nas parangonas anti-eduquesas e se esgotou numa examocracia estéril e de vistas estreitas cujas limitações e contradições são cada vez mais evidentes…
#1 e 3,
Tens um problema grave de articulação lógica dos teus argumentos.
Usas uma lógica para o “sucesso” em Port e outra para o insucesso em Matemática.
Eu explico-te porque isso acontece: porque, como muitos outros anti-exames mais ou menos explícitos, como se isso fosse o “fachismo” – argumentam com base em pré-conceitos imutáveis e não reahgem à realidade concreta.
O facto de existirem acidentes apesar de as pessoas fazerem exames de condução, não significa que estes devem acabar.
O facto de aviões caírem não significa que se deva acabar com os exames para pilotos e as verificações de manutenção.
Uma má aplicação de algo não significa mais do que a mão aplicação de algo e não um anátema sobre esse algo.
(aplica lá a tua lógica ao marxismo e comunismo, com base nos erros do leninismo, estalinismo, maoísmo e e etc e vamos lá a ver se consideras que se deve deitar toda a teoria marxista fora… é o consideras!)
O que está em causa é a falta de critério e continuidade na produção dos exames, algo motivado por alguma incompetência técnica do Iavé e muita acomodação política, nomeadamente às facções académicas no poder.
A “autonomia” do Iavé deveria significar que os exames seguissem uma lógica interna mais do que formal.
Os exames de Port de 4º e 6º ano de 2012-13 foram atentados ao trabalho de professores e alunos. Os deste ano são mais adequados mais ainda têm falhas que – aposto – serão corrigidas no próximo ano (em especial na área da Gramática) e darão origem a um maior sucesso.
Já no caso de Matemática, a disputa patológica entre a APM e SPM é a causa de demasiados males para a disciplina.
#5,
O senhor Iavé já explicou isso em escritos que são públicos, apenas se esquecendo de dizer que a responsabilidade é do próprio Iavé. Apresentou tais variações como uma inevitabilidade, o que só é aceitável até certo ponto.
Voltando ao António e aos que argumentam como ele, quero sempre acreditar que é uma certa “cegueira” involuntária que os faz escrever e dizer coisas que falham por completo o alvo.
em vez de se concentrarem na incompetência técnica de uns e oportunismo político de outros, atacam os “mortos” que são os exames propriamente ditos.
que podem ser bem ou mal usados.
O António acha-os maus, de3 direita, fascistas.
Eu não.
A energia atómica pode ser boa ou má, não é apenas apenas má, nem varia de acordo com a filiação partidária de quem a usa, mas sim do uso que lhe é dado.
Eu consigo explicar isto à miudagem, que os adultos não o queiram sequer perceber já faz parte de todo um outro campeonato.
#6, #7
Não considero os exames “fascistas”, e nunca argumentei nessa base, pelo que continuo a não entender essa tua acusação recorrente.
Mas também não acho que os exames sejam um bem em si mesmos. Aceitá-los como um instrumento útil para, em determinadas situações, avaliar as aprendizagens, não significa que deva concordar com todos os exames que o capricho, a agenda ou a estratégia política do governo em funções resolva determinar. Não sou um fundamentalista, e como tal posso achar razoável haver exames nacionais no 12º, por exemplo, e considerá-los ao mesmo tempo uma aberração no 1º ciclo.
De resto, e pegando nos teus exemplos, experimenta, numa lógica de “mais com menos” tão cara a quem nos desgoverna, cortar nas horas de instrução e de treino dos pilotos, nos simuladores e nas horas de voo, e aumentar o número de “exames para pilotos” e logo verás se o número de acidentes aumenta ou diminui…
Já os exames para obter carta de condução são um bom exemplo da utilidade dos exames para certificar o domínio dos conhecimentos e das competências técnicas necessárias à condução. Mas não creio que os conteúdos, a estrutura ou o grau de dificuldade dessas provas andem a mudar anualmente, ao sabor dos ciclos governativos e eleitorais, muito menos que as percentagens de sucesso ou insucesso sirvam de armas de arremesso político como acontece no sistema educativo.
Finalmente, a tese dos exames “bons em si mesmos”, o pessoal que os implementa é que não sei quê…
Eu julgo que uma forma de avaliar implementada central e politicamente como são os exames nacionais será sempre vulnerável às manipulações da parte de quem gere o sistema e do jogo de poderes e influências que gira à sua volta. Tal como o centralismo dito democrático deitou a perder a revolução proletária, permitindo a sua captura pela nomenklatura no poder, também a examocracia tem sido até agora, e não vejo como deixará de o ser, um instrumento ao serviço de um ministério sem dinheiro, sem ideias e sem estratégia que precisa desta teatrada em torno dos exames para simular o rigor&exigência ausente em tudo o resto.
Exames no 1° e 2° ciclo sao apenas maquilhagens deste governo.
Tal como usam a argumentação “o dinheiro não cresce nas arvores” para aplicar uma austeridade à sua medida e o povo engole pq nao tem argumentos, usa os exames como exemplo de escola de rigor, tal como “antigamente” e o povo novamente engole sem argumentos.
Pensar outra coisa, so pode ser falta de “conversa de rua” com o povo.
E nós estamos na vanguarda em relação a exames neste escalão só Malta e talvez agora a Áustria-mas esses desde o Adolfo não funcionam muito bem…De qualquer forma os ditos não passam de um fat divers..o que quer que seja ..servem para entreter e selecionar ..não percebo é a necessidade ainda de vigilâncias por humanos..bastava uma câmera em cada sala e três ou quatro professores numa sal a a ver os ecrans..
Os resultados destes exames de 6º ano não deveriam ser comparados com os do ano anterior, pela simples razão de que o universo de alunos é diferente. No ano passado alguns alunos não foram admitidos a exame, pois este foi feito após a conclusão do ano. Este ano foram todos a exame, mesmo que tivessem negativa a tudo. A minha admiração é de como o Português subiu tanto.
#7
“Os exames não são bons (nem maus, acrescento) em si, mas como ferramentas num determinado percurso…”.
– Ora muito bem, é o que sempre tenho defendido. Ao arrepio das posições preconceituosas e ideológicas que os consideram um “bem” ou um “mal” em si mesmos.
E temos que tirar daí as devidas consequências.
O que os exames valem depende do modo como são usados. Eles são “bons”, quer dizer úteis, se são bem usados – i.e., como factores de regulação e de aferição, para orientar o sistema e os seus agentes; e são “maus”, se forem mal usados, se forme tomados como fins em si mesmos – como álibis para conferirem um falso rigor e exigência a uma política educativa miserabilista.
Os exames não são “bons” apesar da “incompetência técnica de uns e oportunismo político de outros”; dizer isso, é cair numa posição apriorista: deixa implícito que eles são bons por si: foram apenas mal usados. Ora, se consideramos que eles são apenas instrumentos, são-no num dado contexto, que lhes confere valor e sentido: se são usados de forma oportunista e inepta, não podem ser bons, e são apropriados de forma ilegítima ou abusiva.
No actual contexto, quem defende os exames está numa posição mais difícil: se não esclarece que apenas os defende de forma instrumental e não leva na devida conta as respectivas consequências, arrisca-se a ser ou a passar por cúmplice desta política examocrática (assume os exames como a sua finalidade mesma: não tem mais nada de positivo ou substancial para apresentar).
Relembrando o Parecer da SPM de 21-5-2014 sobre a Prova Final de Matemática do 2º Ciclo do Ensino Básico:
Como em 2013, a SPM considera a prova equilibrada e bem estruturada, cobrindo de forma adequada o programa, com conteúdos diversificados e estimulantes, conseguindo ainda evitar contextualizações artificiais e enunciados demasiado extensos ou confusos.
Cerca de 60% da prova consiste em questões acessíveis a qualquer aluno em condições de transitar para o 3º ciclo. Tem também algumas questões de maior complexidade, como a 15 e a 24, o que permite valorizar o trabalho dos melhores alunos.
No primeiro caderno, onde é permitido o uso de calculadora, parece-nos excessiva a insistência no elevado número de dígitos envolvido nos cálculos intermédios, correndo-se o risco de se estar a introduzir dificuldades desnecessárias e marginais ao que se pretende avaliar. Por exemplo, as dimensões do retângulo na questão 4 poderiam ser números inteiros, com benefício para a transparência do raciocínio envolvido na sua resolução.
Em 2013 cerca de 1/4 dos alunos que realizou esta prova (29.000 em 110.000) teve um resultado inferior a 30% e cerca de 1/2 dos alunos (54.000 em 110.000) teve um resultado inferior a 50%. Atendendo a que a prova de hoje tem um nível de exigência análogo à de 2013, esperamos que os seus resultados venham a revelar uma evolução positiva, pois só assim será possível melhorar o desempenho dos alunos no 3º ciclo.
O Gabinete do Ensino Básico e Secundário da Sociedade Portuguesa de Matemática
podemos comparar as fornadas de jogadores que vão saindo da academia de uns anos para os outros…mas depende da qualidade intrínseca dos jogadores..existem melhores levas que outras..por muito bom que seja o formador não tira ronaldo e nanis todos os anos..
Parece estar tudo bem na língua materna, como “demonstra” a subida de quase 27,7% relativamente à prova do 4º ano de 2013. Só não entendo como é que os petizes continuam a chegar às minhas mãos sem saber ler e escrever!
A tirania intelectual do número pode tornar-se tão torturante como a dos monarcas; em alguns estados americanos o conhecimento acima de um certo limite já é considerado coisa perigosa. A desconfiança que a democracia tem da individualidade decorre da teoria da igualdade; desde que todos são iguais, basta a contagem dos narizes para a descoberta da verdade ou a santificação de um costume. E a democracia não é apenas uma filha da era da máquina que governa por meio de «máquinas»; ainda encerra em si a potencialidade da mais terrível das máquinas – a compulsão dos ignorantes contra a diferença, contra os espíritos superiores, contra tudo o que corrói a tradição. Em parte nenhuma do mundo a educação está mais própriamente dotada e aparelhada do que na América – e em parte nenhuma a educação é menos honrada e usada. Inundamos o país de escolas, cursos superiores, universidades – e agora que todos se educam a democracia não permite que a educação entre na máquina do governo.
Junho 13, 2014 at 8:43 am
Ora bem, o salto das “crianças mais novas”, que melhoraram em cerca de 30% a média de resultados do ano passado para este ano significa que têm mais 30% de conhecimentos e competências ou apenas que a prova era 30% mais fácil?
Limito-me a perguntar, aos que ainda acham que estes exames servem para alguma coisa, e já nem digo mais nada, porque acho que os factos falam por si…
Junho 13, 2014 at 8:51 am
#1
Vou agora ver a pauta na minha escola… Conheço os professores do ano passado com 4ª ano, conheço os deste ano, vi os exames do ano passado e deste ano, conheço bem os putos… dá pra tirar algumas conclusões 😉 . Claro que não estamos aqui a contar com os xiliques que cada um pode ter no exame, tipo xilique presidencial…tb têm direito. Depois digo que agora vamos em festa de fim de ano pra fora…
Junho 13, 2014 at 9:22 am
Já os exames de Matemática, e pelo que ouvi de uma das representantes das associações de professores da disciplina, estavam completamente desequilibrados em relação aos programas e ao nível etário dos alunos.
Avaliam o quê, os conhecimentos dos alunos, o trabalho dos professores, o “sistema” ou, simplesmente a (in)capacidade das equipas nomeadas para o efeito de fazerem provas de exame adequadas, equilibradas, com uma estrutura e nível de dificuldade consistentes de ano para ano?
Provavelmente ainda avaliam outra coisa, a vacuidade de uma política educativa que começou nas parangonas anti-eduquesas e se esgotou numa examocracia estéril e de vistas estreitas cujas limitações e contradições são cada vez mais evidentes…
Junho 13, 2014 at 10:21 am
Junho 13, 2014 at 12:45 pm
O Iavé que nos esclareça sobre a oscilação (positiva ou negativa) das classificações verificadas, de ano par ano, nos exames.
Porque isto é qualquer coisa da ordem do transcendente…
😈
Junho 13, 2014 at 12:59 pm
#1 e 3,
Tens um problema grave de articulação lógica dos teus argumentos.
Usas uma lógica para o “sucesso” em Port e outra para o insucesso em Matemática.
Eu explico-te porque isso acontece: porque, como muitos outros anti-exames mais ou menos explícitos, como se isso fosse o “fachismo” – argumentam com base em pré-conceitos imutáveis e não reahgem à realidade concreta.
O facto de existirem acidentes apesar de as pessoas fazerem exames de condução, não significa que estes devem acabar.
O facto de aviões caírem não significa que se deva acabar com os exames para pilotos e as verificações de manutenção.
Uma má aplicação de algo não significa mais do que a mão aplicação de algo e não um anátema sobre esse algo.
(aplica lá a tua lógica ao marxismo e comunismo, com base nos erros do leninismo, estalinismo, maoísmo e e etc e vamos lá a ver se consideras que se deve deitar toda a teoria marxista fora… é o consideras!)
O que está em causa é a falta de critério e continuidade na produção dos exames, algo motivado por alguma incompetência técnica do Iavé e muita acomodação política, nomeadamente às facções académicas no poder.
A “autonomia” do Iavé deveria significar que os exames seguissem uma lógica interna mais do que formal.
Os exames de Port de 4º e 6º ano de 2012-13 foram atentados ao trabalho de professores e alunos. Os deste ano são mais adequados mais ainda têm falhas que – aposto – serão corrigidas no próximo ano (em especial na área da Gramática) e darão origem a um maior sucesso.
Já no caso de Matemática, a disputa patológica entre a APM e SPM é a causa de demasiados males para a disciplina.
Junho 13, 2014 at 1:10 pm
#5,
O senhor Iavé já explicou isso em escritos que são públicos, apenas se esquecendo de dizer que a responsabilidade é do próprio Iavé. Apresentou tais variações como uma inevitabilidade, o que só é aceitável até certo ponto.
Voltando ao António e aos que argumentam como ele, quero sempre acreditar que é uma certa “cegueira” involuntária que os faz escrever e dizer coisas que falham por completo o alvo.
em vez de se concentrarem na incompetência técnica de uns e oportunismo político de outros, atacam os “mortos” que são os exames propriamente ditos.
que podem ser bem ou mal usados.
O António acha-os maus, de3 direita, fascistas.
Eu não.
A energia atómica pode ser boa ou má, não é apenas apenas má, nem varia de acordo com a filiação partidária de quem a usa, mas sim do uso que lhe é dado.
Eu consigo explicar isto à miudagem, que os adultos não o queiram sequer perceber já faz parte de todo um outro campeonato.
Junho 13, 2014 at 3:41 pm
#6, #7
Não considero os exames “fascistas”, e nunca argumentei nessa base, pelo que continuo a não entender essa tua acusação recorrente.
Mas também não acho que os exames sejam um bem em si mesmos. Aceitá-los como um instrumento útil para, em determinadas situações, avaliar as aprendizagens, não significa que deva concordar com todos os exames que o capricho, a agenda ou a estratégia política do governo em funções resolva determinar. Não sou um fundamentalista, e como tal posso achar razoável haver exames nacionais no 12º, por exemplo, e considerá-los ao mesmo tempo uma aberração no 1º ciclo.
De resto, e pegando nos teus exemplos, experimenta, numa lógica de “mais com menos” tão cara a quem nos desgoverna, cortar nas horas de instrução e de treino dos pilotos, nos simuladores e nas horas de voo, e aumentar o número de “exames para pilotos” e logo verás se o número de acidentes aumenta ou diminui…
Já os exames para obter carta de condução são um bom exemplo da utilidade dos exames para certificar o domínio dos conhecimentos e das competências técnicas necessárias à condução. Mas não creio que os conteúdos, a estrutura ou o grau de dificuldade dessas provas andem a mudar anualmente, ao sabor dos ciclos governativos e eleitorais, muito menos que as percentagens de sucesso ou insucesso sirvam de armas de arremesso político como acontece no sistema educativo.
Finalmente, a tese dos exames “bons em si mesmos”, o pessoal que os implementa é que não sei quê…
Eu julgo que uma forma de avaliar implementada central e politicamente como são os exames nacionais será sempre vulnerável às manipulações da parte de quem gere o sistema e do jogo de poderes e influências que gira à sua volta. Tal como o centralismo dito democrático deitou a perder a revolução proletária, permitindo a sua captura pela nomenklatura no poder, também a examocracia tem sido até agora, e não vejo como deixará de o ser, um instrumento ao serviço de um ministério sem dinheiro, sem ideias e sem estratégia que precisa desta teatrada em torno dos exames para simular o rigor&exigência ausente em tudo o resto.
Junho 13, 2014 at 4:50 pm
#8.
Eu gosto muito das “coisas em si” do Kant.
Há depois diversas formas de aproximação ao “nirvana”…
Os exames não são bons em si, mas como ferramentas num determinado percurso…
Que a actual forma de aproximação aos exames é uma treta, não o nego.
Junho 13, 2014 at 5:00 pm
Exames no 1° e 2° ciclo sao apenas maquilhagens deste governo.
Tal como usam a argumentação “o dinheiro não cresce nas arvores” para aplicar uma austeridade à sua medida e o povo engole pq nao tem argumentos, usa os exames como exemplo de escola de rigor, tal como “antigamente” e o povo novamente engole sem argumentos.
Pensar outra coisa, so pode ser falta de “conversa de rua” com o povo.
Junho 13, 2014 at 5:27 pm
E nós estamos na vanguarda em relação a exames neste escalão só Malta e talvez agora a Áustria-mas esses desde o Adolfo não funcionam muito bem…De qualquer forma os ditos não passam de um fat divers..o que quer que seja ..servem para entreter e selecionar ..não percebo é a necessidade ainda de vigilâncias por humanos..bastava uma câmera em cada sala e três ou quatro professores numa sal a a ver os ecrans..
Junho 13, 2014 at 5:29 pm
Malta então tem exames desde 1975 no primário…evolui imenso..
Junho 13, 2014 at 5:31 pm
http://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CCAQFjAA&url=http%3A%2F%2Feacea.ec.europa.eu%2Feducation%2Feurydice%2Fdocuments%2Fthematic_reports%2F109pt.pdf&ei=RSabU52BH4LL0AWgt4GgBg&usg=AFQjCNFhJUdjpPcGgFOTuhv9UjxaJ0XFGQ&bvm=bv.68911936,d.d2k&cad=rja
Junho 13, 2014 at 5:41 pm
Os resultados destes exames de 6º ano não deveriam ser comparados com os do ano anterior, pela simples razão de que o universo de alunos é diferente. No ano passado alguns alunos não foram admitidos a exame, pois este foi feito após a conclusão do ano. Este ano foram todos a exame, mesmo que tivessem negativa a tudo. A minha admiração é de como o Português subiu tanto.
Junho 13, 2014 at 5:52 pm
#7
“Os exames não são bons (nem maus, acrescento) em si, mas como ferramentas num determinado percurso…”.
– Ora muito bem, é o que sempre tenho defendido. Ao arrepio das posições preconceituosas e ideológicas que os consideram um “bem” ou um “mal” em si mesmos.
E temos que tirar daí as devidas consequências.
O que os exames valem depende do modo como são usados. Eles são “bons”, quer dizer úteis, se são bem usados – i.e., como factores de regulação e de aferição, para orientar o sistema e os seus agentes; e são “maus”, se forem mal usados, se forme tomados como fins em si mesmos – como álibis para conferirem um falso rigor e exigência a uma política educativa miserabilista.
Os exames não são “bons” apesar da “incompetência técnica de uns e oportunismo político de outros”; dizer isso, é cair numa posição apriorista: deixa implícito que eles são bons por si: foram apenas mal usados. Ora, se consideramos que eles são apenas instrumentos, são-no num dado contexto, que lhes confere valor e sentido: se são usados de forma oportunista e inepta, não podem ser bons, e são apropriados de forma ilegítima ou abusiva.
No actual contexto, quem defende os exames está numa posição mais difícil: se não esclarece que apenas os defende de forma instrumental e não leva na devida conta as respectivas consequências, arrisca-se a ser ou a passar por cúmplice desta política examocrática (assume os exames como a sua finalidade mesma: não tem mais nada de positivo ou substancial para apresentar).
Junho 13, 2014 at 6:46 pm
Lá está, é uma questão de perspectiva…
“Para a Associação de Professores de Matemática, exames não espelham a realidade. Professores de português consideram a prova adequada”.
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/professores-de-matematica-defendem-fim-dos-exames-nacionais-no-4º-e-6º-anos-1639768
Junho 13, 2014 at 7:34 pm
Relembrando o Parecer da SPM de 21-5-2014 sobre a Prova Final de Matemática do 2º Ciclo do Ensino Básico:
Como em 2013, a SPM considera a prova equilibrada e bem estruturada, cobrindo de forma adequada o programa, com conteúdos diversificados e estimulantes, conseguindo ainda evitar contextualizações artificiais e enunciados demasiado extensos ou confusos.
Cerca de 60% da prova consiste em questões acessíveis a qualquer aluno em condições de transitar para o 3º ciclo. Tem também algumas questões de maior complexidade, como a 15 e a 24, o que permite valorizar o trabalho dos melhores alunos.
No primeiro caderno, onde é permitido o uso de calculadora, parece-nos excessiva a insistência no elevado número de dígitos envolvido nos cálculos intermédios, correndo-se o risco de se estar a introduzir dificuldades desnecessárias e marginais ao que se pretende avaliar. Por exemplo, as dimensões do retângulo na questão 4 poderiam ser números inteiros, com benefício para a transparência do raciocínio envolvido na sua resolução.
Em 2013 cerca de 1/4 dos alunos que realizou esta prova (29.000 em 110.000) teve um resultado inferior a 30% e cerca de 1/2 dos alunos (54.000 em 110.000) teve um resultado inferior a 50%. Atendendo a que a prova de hoje tem um nível de exigência análogo à de 2013, esperamos que os seus resultados venham a revelar uma evolução positiva, pois só assim será possível melhorar o desempenho dos alunos no 3º ciclo.
O Gabinete do Ensino Básico e Secundário da Sociedade Portuguesa de Matemática
Junho 13, 2014 at 8:18 pm
podemos comparar as fornadas de jogadores que vão saindo da academia de uns anos para os outros…mas depende da qualidade intrínseca dos jogadores..existem melhores levas que outras..por muito bom que seja o formador não tira ronaldo e nanis todos os anos..
Junho 13, 2014 at 8:39 pm
Parece estar tudo bem na língua materna, como “demonstra” a subida de quase 27,7% relativamente à prova do 4º ano de 2013. Só não entendo como é que os petizes continuam a chegar às minhas mãos sem saber ler e escrever!
Junho 13, 2014 at 8:40 pm
É mesmo 27,7%.
Junho 13, 2014 at 8:53 pm
#19 se fosses o prof deles na primaria, ui… aí sim
Ficavam mesmo bons 🙂
Junho 13, 2014 at 9:00 pm
Olhe que não, Dr, olhe que não…
Junho 13, 2014 at 9:01 pm
Não se faça desentendido, Dr, bem sabe o que quis dizer.
Junho 13, 2014 at 9:05 pm
falta de memofante
Junho 13, 2014 at 9:07 pm
É mesmo, nada como a memória de elefante!
Junho 13, 2014 at 9:08 pm
A tirania intelectual do número pode tornar-se tão torturante como a dos monarcas; em alguns estados americanos o conhecimento acima de um certo limite já é considerado coisa perigosa. A desconfiança que a democracia tem da individualidade decorre da teoria da igualdade; desde que todos são iguais, basta a contagem dos narizes para a descoberta da verdade ou a santificação de um costume. E a democracia não é apenas uma filha da era da máquina que governa por meio de «máquinas»; ainda encerra em si a potencialidade da mais terrível das máquinas – a compulsão dos ignorantes contra a diferença, contra os espíritos superiores, contra tudo o que corrói a tradição. Em parte nenhuma do mundo a educação está mais própriamente dotada e aparelhada do que na América – e em parte nenhuma a educação é menos honrada e usada. Inundamos o país de escolas, cursos superiores, universidades – e agora que todos se educam a democracia não permite que a educação entre na máquina do governo.
Will Durant,