O que mais me fascina na questão da defesa da “Liberdade” em Educação é muitos dos seus promotores não a defenderem para mais nada do que os seus interesses particulares em abater a parcela da sua despesa com o colégio dos seus amores ou, no caso dos donos de alguns dos seus colégios, detestarem muito o papão-Estado a menos que lhes financie o negócio.
Lá por fora, por exemplo, nos states é notória a coincidência entre os pro-choice em Educação (e Economia) e os no-choice em tudo o mais. Por exemplo, o essencial do grande lobby friedmaniano a favor do cheque para escolher a escola da sua fé e credo é absolutamente contra o apoio do tipo cheque alimentar para os mais desfavorecidos da sociedade, porque diz que eles assim se habituam e ficam uns parasitas sociais.
Por cá, existe algo parecido.
Nem é preciso entrarmos em verborreias deste calibre, que voltam ao grau zero da teorização sobre o assunto, aquele grau que foge às demonstrações empíricas como os filhinhos fogem da escola pública onde há gente de outros formatos sociais e culturais.
Basta lembrarmos que a mesma gente que nega o subsídio de desemprego ou abono de família ou os reduzem gradualmente até à extinção, assim como crítica todo o tipo de suporte financeiro do género rendimento mínimo – a que poderíamos chamar legitimamente cheque-vida ou cheque sobrevivência – é quem defende que seja dado um cheque-ensino a quem dele só tem necessidade em muitos casos para alimentar as peneiras e pagar os uniformes da tété e do mitucho.
(sim, estou em modo acidamente sarcástico e nem sequer falei da pituxa e do bibocas, que é tão lindo nos seus carcolinhos…)
A verdade é que quem nega cerca de 300 euros para a sobrevivência de uma família com os pais e um filho ou pouco mais de 400 euros para uma família com pais e 3 filhos é em tantas situações quem quer esse valor para pagar o convívio social e heráldico das bibbás e do pilocas.
Ou seja, quase todo o CDS, uma parte significativa do PSD e outra eventualmente menor e menos explícita do PS e de alguma esquerda-caviar sem acesso às estruturas da amada Parque Escolar.
É mesmo muita gente e provoca uma enorme dose social de hipocrisia.
(parece que sou “esquerdista” porque coloco a alimentação à frente do colégio das imaculadas desconcertações… defendo a liberdade de viver com dignidade antes de escolher o tweed da bata obrigatória…)
Porque esta malta é pro-choice e a favor da “liberdade” e do “cheque” do Estado mas quando se aplica aos seus gostos e diletâncias, mas nega-a a quem precisa de tal para satisfazer as necessidades básicas de sobrevivência.
Será que os defensores da liberdade em Educação não são rigorosamente os mesmos que obrigam a que:
O acesso à prestação RSI está dependente de o valor do património mobiliário e o valor dos bens móveis sujeitos a registo, do requerente e do seu agregado familiar, não serem, cada um deles, superior a 60 vezes o valor do indexante de apoios sociais. (€ 25.153,20).
Tens mais de 25.000 euros no banco ou em acções? Então paga os estudos dos teus filhos e não venhas cravar o pessoal! Liberalismo é não seres chupista, pá!
(e nem é bom falar quando a argumentação resvala para o argumento “étnico” do RSI… o que revela logo o quanto acreditam naquela coisa de Deus nos ter criado todos iguais e à sua imagem… )
Maio 9, 2014 at 10:04 am
O totalitarismo avança a passos largos neste país.
Do controlo absoluto dos media, à progressiva introdução da arbitrariedade patronal nas relações laborais, passando pela alienação e desvalorização do sistema educativo público, com a ajuda de uma justiça corrompida e mercenária, caminhamos para o vazio das ideias, para a paralisia dos cérebros e para a aniquilação dos poucos agentes críticos que ainda subsistem.
Só resta a subversão individual e anónima, como aquela que conduziu à sabotagem da propaganda da Câmara de Ponte de Lima, ou os ataques simbólicos ao poder do Estado.
Os partidos e os sindicatos estão amarrados ao Estado e não ousam perturbar ou cortar a mão que os alimenta.
A produção em massa de zombies tornou-se a missão deste governo e a “oposição” não existe, na prática, porque foi reciclada e normalizada para conter a subversão.
Maio 9, 2014 at 10:24 am
Os piegas reclamam por uma côdea de pão. Os empreendedores por manteiga no pão.
Ora, os que ainda querem apenas pão, não estimulam a economia e a sua competitividade: é tudo demasiado básico, primário.
Mas os que almejam a manteiguinha, esses já dão outras perspectivas ao mercado. Quem sabe, se mais daqui a bocado não quererão também uma fatia de fiambre. Ou evoluirão para a tosta mista…
São opções fundamentais. Se vocês fossem governo, não preferiam estimular os que mostram mais potencial?
Voilà! 👿
Maio 9, 2014 at 10:25 am
Tenho pena de o dizer mas infelizmente tenho de concordar quase plenamente com o H5N1…NÃO DE TODO PORQUE EXISTE AINDA O PRINCIPIO DA INCERTEZA…fui..
Os ideais da democracia e da liberdade chocam com o facto brutal da sugestibilidade humana. Um quinto de todos os eleitores pode ser hipnotizado quase num abrir e fechar de olhos, um sétimo pode ser aliviado das suas dores mediante injecções de água, um quarto responderá de modo pronto e entusiástico à hipnopédia. A todas estas minorias demasiado dispostas a cooperar, devemos adicionar as maiorias de reacções menos rápidas, cuja sugestibilidade mais moderada pode ser explorada por não importa que manipulador ciente do seu ofício, pronto a consagrar a isso o tempo e os esforços necessários………por outro lado a mente humana tem uma capacidade quase infinita para ser inconsistente.
Aldous Huxley, i
Maio 9, 2014 at 10:43 am
atenção a isto: http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO348784.html (veja-se a cara de sacana matreiro do pm e a cara de executor-cadáver do outro) e aos horários zero.
Maio 9, 2014 at 10:56 am
o direito de resistência está consagrado na carta das nações unidas: quando o Estado é terrorista o direito à violência de resistência – com todos os meios – é justo e inalienável. Quando é que os portugueses terão a coragem dos outros que já estão em guerra civil há anos e não pararão. Os apoios internacionais, em armamento, treino e colaboração “especializada”, não faltarão. Todos sabemos que especialmente no atual contexto mundial não faltarão e Portugal seria um bom exemplo de como o “liberalismo” ajudado pela criminosa, porque deliberada, ineficácia da UE, conduz os povos aos desespero e à guerra.
Maio 9, 2014 at 11:00 am
só espero que os pró-russos arrasem os pró-acidentais na Ucrânia, mesmo que isso seja a aliança com o diabo. Só espero que levem adiante os referendos e que mostrem ao Ocidente que o “liberalismo” não será imposto na Ucrânia e que outros países da esfera da UE irão a seguir. Viva a guerra justa contra os Cuelhos e nazis ucranianos. A França faz muito bem em vender barcos de guerra à Rússsia e não se deve intimidar pelas amaças dos “ocidentais”. Q se f… a UE! Viva a guerra justa!
Maio 9, 2014 at 11:49 am
#6
Já somos dois…
Podemos acusar de tudo esses sujeitos mas não de incoerência.
Tudo o que fazem vai sempre no mesmo sentido: acumular nas mãos de alguns todos os recursos à custa da escravização gradual, mas em movimento uniformemente acelerado, de todos os outros.
Incoerentes somos nós, com estas criticazinhas pontuais que sempre se fizeram e nunca resultaram, sem colocarmos o regime verdadeiramente em causa.
Aposto que muitos dos que fazem as referidas criticazinhas pontuais votam em todas as eleições, legitimando, desse modo, o regime que os oprime e explora!…
Maio 9, 2014 at 11:54 am
Nesta fase do campeonato histórico, pensar que os estalinistas emputinados são melhores do que os liberais que nos colonizam, é de facto uma ideia tão bizarra e viva quanto a múmia de Lenine embalsamado.
É o que dá quando os vampiros adormecidos sentem o cheiro do sangue fresco
Maio 9, 2014 at 11:59 am
Reblogged this on primeiro ciclo.
Maio 9, 2014 at 12:14 pm
Coerência????????
Ainda se usa neste País????
Aonde??
Como ?
Quando?
Por quem ?
Maio 9, 2014 at 12:23 pm
São os mesmos que são contra o aborto e a favor da pena de morte e defensores de muitas guerras violentas… São os que mais falam da decadência dos valores e os que mais a representam.
“Liberdade” é só uma palavra que se encarta e descarta conforme o jeito que dá. Eles até os cravos incorporaram no uniforme, no seu momento mais distante do significado dos cravos, quanto mais o resto…
Maio 9, 2014 at 12:27 pm
[…] Originally posted on A Educação do meu Umbigo: […]
Maio 9, 2014 at 1:29 pm
Em toda esta questão, o que mais ressalta politicamente e choca eticamente é um cinismo de carácter sistémico, que se alardeia impune e ostensivamente, sob um mesmo manto ideológico (seja sob a designação de “reforma estrutural do Estado”, de “liberdade de escolha” ou outra ficção afim).
Não se trata desse cinismo subjectivo comum – embora este também possa ser relevante, quanto mais não seja para não descartarmos o problema da responsabilidade individual -, mas de um cinismo objectivado, na medida em que se tornou uma condição de possibilidade de funcionamento do próprio sistema, a título de regra imanente.
Os agentes implicados no processo da subsidiodependência, ex e actuais governantes ou funcionários (em transumância entre cargos nos diferentes governos do Centrão e o mundo dos negócios) não podem alegar, até perante si mesmos, que não sabem o que estão a fazer nem quais as sua consequências: eles sabem muito bem o que estão a fazer – a prejudicar o interesse geral em favor do particular -, mas mesmo assim fazem, querem e continuam a fazê-lo, e exibindo a melhor das boas consciências.
Maio 9, 2014 at 1:45 pm
Guião de Portas contradiz Crato
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9 de Maio, 2014por Margarida Davim
Nuno Crato foi esta semana ao Parlamento garantir que os contratos de associação com colégios privados seriam “os mínimos possível”. Mas o guião da Reforma do Estado de Paulo Portas considera prioritário não só criar “escolas independentes”, através de concessões a privados, como estimular uma “saudável concorrência” entre público e privado através de contratos de associação.
A visão de Paulo Portas para a Educação que ressalta do documento apresentado ontem é clara: o vice-primeiro-ministro acredita na liberdade de escolha como factor de sucesso educativo e quer ver escolas públicas e privadas em competição pelos melhores resultados.
Nesse espírito, o documento que está disponível no Portal do Governo fala num “novo tipo de contratos de associação”.
Até aqui e por princípio, o Estado recorria a privados apenas nas zonas nas quais não havia oferta da rede pública, numa lógica de complementaridade. Aquilo que agora é proposto é uma “saudável concorrência”, que implica que possam ser assinados contratos de associação com colégios em áreas onde há escolas públicas.
“Com a disseminação dos equipamentos, um novo ciclo de contratos de associação deve estar potencialmente ligado a critérios de superação do insucesso escolar”, lê-se no documento que contraria as palavras do ministro da Educação, esta semana, na Comissão de Educação e Ciência na Assembleia da República.
Na terça-feira e em resposta aos deputados, Nuno Crato garantiu que o caminho traçado pelo Ministério que dirige não passava por um reforço dos privados na Educação. “Quais são as turmas que vão abrir? As necessárias. Com contratos de associação? O mínimo possível”, respondia Crato perante a insistência da deputada dos Verdes Heloísa Apolónia.
Além de defender a continuação da transferência da tutela de algumas escolas para as autarquias, o guião para a Reforma do Estado traça como objectivo a criação de “escolas independentes”.
Estas escolas são normalmente conhecidas como “charter schools” e existem em países como os Estados Unidos, sendo estabelecimentos que recebem apoios do Estado, mas são geridos de forma autónoma por entidades privadas.
No documento apresentado por Portas, explica-se que se trata “de convidar, também mediante procedimento concursal, a comunidade dos professores do ensino estadual a organizar-se num projecto de escola específico, de gestão dos próprios professores, mediante a contratualização com o Estado do serviço prestado e do uso das instalações”. A ideia, afirma o guião, é garantir “à sociedade poder escolher projectos de escola mais nítidos e diferenciados”.
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=105211
Maio 9, 2014 at 1:50 pm
Ouvi bem ? Os direitos dos trabalhadores podem ser suspensos no caso da empresa necessitar??????? Vai aturar-se isto até quando?
Maio 9, 2014 at 2:00 pm
# 1
Não gostaria, mas subscrevo. Infelizmente para todos nós, é exactamente onde estamos…
O vazio e a desesperança são totais…
Maio 9, 2014 at 2:19 pm
#15:
Investigação das razões da crise dá origem ao livro “Os Burgueses”
Lusa 13 Abr, 2014, 11:43 / atualizado em 13 Abr, 2014, 12:49
O livro “Os Burgueses” resulta de uma investigação iniciada para perceber as razões da crise, uma das quais “tem que ver com a formação histórica da burguesia portuguesa”, afirmou à Lusa Francisco Louçã, um dos autores
“Quisemos fazer uma investigação para explorar essa história e para a conhecer em detalhe”, disse Louçã, autor do livro em conjunto com João Teixeira Lopes e Jorge Costa.
“O núcleo central do poder económico da burguesia portuguesa é constituído por umas dezenas de famílias ou cerca de mil pessoas: são 0,01% da população”, pode ler-se na introdução desta obra, que será lançada em Lisboa na próxima terça-feira.
Quem são estas pessoas, como vivem e “como é que um setor tão pequeno da população tem uma hegemonia tão grande do ponto de vista da liderança dos partidos, do ponto de vista da condução económica e do condicionamento dos governos”, nas palavras de Louçã, são temas abordados ao longo de mais de 500 páginas.
O economista e fundador do Bloco de Esquerda explicou que depois da investigação que resultou no livro “Os Donos de Portugal”, houve a vontade de “fazer um trabalho mais profundo que incluísse a história económica, mas que tivesse uma incidência muito grande sobre a atualidade, como é que os grupos se reconstituíram a partir das privatizações dos anos 90, como se diversificaram e como se articularam com relações internacionais”.
“Eu creio que o grande problema de Portugal, do ponto de vista do seu desenvolvimento à escala histórica, é uma burguesia que vive de rendas, que vive do benefício do Estado. Amparada pela ditadura, depois pelo benefício do Estado por via das privatizações e agora por via do benefício mais perverso de todos que é o das rendas financeiras”, afirmou.
Para Louçã, “a dívida nasce desta economia com uma estrutura que não é produtiva e não está virada para a criação de emprego”.
Uma parte mais sociológica do livro abrange os colégios, os modos de consumo, os casamentos e os locais que os elementos desta classe escolhem para morar.
“É um grupo relativamente pequeno e muito isolado”, referiu Louçã, apontando o papel que têm alguns colégios (com propinas muito elevadas) para ter uma seleção social, um agrupamento de uma espécie de parentesco social muito fechado”.
“Uma grande parte da classe protege-se”, acrescenta o autor, sublinhando, no entanto, que há outros elementos que têm maior exposição social.
A obra inclui ainda um estudo que abrange os percursos de 776 membros de todos os governos constitucionais, até 2013, e das ligações a empresas financeiras, do PSI20 e das parcerias público-privadas.
“É uma base gigantesca de informação que nos permite ver como é que se faz o processo de cooptação, ou seja, como é que as pessoas vão das empresas para o governo. Normalmente identificamos que depois, uma parte volta para os seus grupos, mas uma parte vai para outros grupos e em funções muito mais destacadas”,
“Mas há muitas pessoas cuja primeira experiência de direção social é nos governos e, no entanto, muitos deles passam depois predominantemente ou para o setor financeiro ou para empresas do PSI20 ou para empresas de parcerias público-privado”, afirmou Louçã.
O livro será apresentado por o antigo bispo das Forças Armadas Januário Torgal Ferreira e pelo antropólogo José Manuel Sobral.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=730404&tm=6&layout=121&visual=49
Maio 9, 2014 at 2:30 pm
Estranhamente vemos uma esquerda que clama contra o terrorismo do Estado, mas que se mantém num paralisante apego à Constituição.
A barragem de artilharia pesada da propaganda deixa-nos atordoados.
A “oposição” brinca às selfies e aos meninos bem comportados no recreio do “respeitinho é muito bonito”.
No governo ninguém quer saber de leis para cilindrar o que resta da segurança, da esperança e da dignidade do povo; mas a esquerda continua de joelhos face à escalada totalitária e vai colocando velinhas no altar da Constituição.
Abençoado povo!
Maio 9, 2014 at 2:30 pm
Recordando:
“(…) O ministro da Educação garantiu ainda que no próximo ano letivo as turmas que vão abrir “serão as necessárias” e que aquelas que terão contrato de associação com o Estado (em escolas privadas, para cobrir carências da rede pública), serão “o mínimo possível”.(…)
http://portocanal.sapo.pt/noticia/24847
Maio 9, 2014 at 2:32 pm
Excelente!
Maio 9, 2014 at 2:38 pm
A ler:
quinta-feira, 1 de Maio de 2014
MDP TV:10 anos do turvo negócio dos submarinos
(…)
Ler mais:http://madespesapublica.blogspot.pt/2014/05/10-anos-do-turvo-negocio-dos-submarinos.html
Maio 9, 2014 at 2:41 pm
A ler.
segunda-feira, 28 de Abril de 2014
MDP TV:A má despesa pública nos fundos europeus
(…)
Ler mais:http://madespesapublica.blogspot.pt/2014/04/a-ma-despesa-publica-nos-fundos-europeus.html
Maio 9, 2014 at 2:45 pm
Maio 9, 2014 at 4:17 pm
[…] Paulo Guinote […]
Maio 9, 2014 at 9:28 pm
Muito bem, a hipocrisia desses medrosos é de bradar aos céus. Já agora, o ideólogo-mor dessa escumalha vai montar estaminé num tal de “Observador” online, cuidado a quem presa a higiene e o bem estar.
Maio 9, 2014 at 9:29 pm
# 25 são medrosos e merdosos
Maio 10, 2014 at 12:21 am
[…] Paulo Guinote comentou com grande acuidade mais um texto em defesa do […]
Maio 10, 2014 at 12:21 am
[…] Paulo Guinote comentou com grande acuidade mais um texto em defesa do […]
Maio 10, 2014 at 1:19 am
#0. Muito bom, Paulo Guinote! Chapeau!
Maio 10, 2014 at 11:41 am
Excelente e inspirado post, que faz o exercício sempre instrutivo de desmontar as contradições pensamento linear e arrumadinho dos neoliberais.
Claro que a alternativa correcta à teta estatal, dentro da lógica liberal, seria os ditos liberais serem capazes de criar, não apenas o seu modelo de negócio promissor, mas também a clientela que o pudesse viabilizar.
Ou seja, um país onde se apostasse na criação de riqueza e na prosperidade a longo prazo, onde se investisse no qualificação do trabalho e na produtividade laboral, de forma a criar emprego estável e a pagar salários decentes aos trabalhadores que poderiam então, com o seu próprio dinheiro e não com o do contribuinte, fazer as suas escolhas na esfera dos privados.
E quem diz a escolha do colégio dos filhos diz muitas outras escolhas que todos deveriam ter o direito de fazer com o dinheiro que ganham. Pois quem trabalha honesta e afincadamente deveria ganhar o suficiente para poder escolher a forma de o gastar, sem ter todo o salário hipotecado, à partida, com a prestação da casa, a conta de mercearia e a da farmácia.
Maio 10, 2014 at 5:19 pm
#0 Excelente!
Junho 29, 2014 at 4:01 pm
[…] Continua… […]