… mas é bom sabermos no que nos metemos com a sua substituição. Porque bem sabemos que a ideia é reforçar o poder dos municípios na gestão das escolas.
E aquilo não é um Parlamento, é uma Câmara Corporativa com uma distribuição muito desproporcionada da participação e dos poderes.
Estive dois anos em um e fiquei sem vontade de sequer me recandidatar, mesmo se foram feitas algumas coisas. Microscópicas.
E depois há uma coisa chamada Carta Educativa a que não adianta mudar o nome para os Governos a respeitarem, se os autarcas sistematicamente acabaram por se acagachar sempre que lhe acenam com mais poder sobre mais gente e um eventual envelope financeiro.
Na mesma sessão, o também presidente do Conselho Nacional de Educação defendeu a promoção de Planos Diretores Educativos Municipais, que comparou aos Planos Diretores Municipais (PDM) das autarquias, mas aplicados ao setor da Educação.
Maio 4, 2014 at 10:42 pm
Resquícios do Estado Corporativo.
Estratagemas para retirar influência e capacidade de intervenção a quem tem a formação, o conhecimento e a responsabilidade de intervir, a favor de compadrios e interesses locais.
Formas de promover o caciquismo, colocando neste tipo de órgãos pessoas que exercem ou dependem hierarquicamente dos poderes locais.
Claro que promover uma empreitada de construção civil para fazer mais um caixote escolar desnecessário é complicado quando se diz pela enésima vez aos trabalhadores, aos reformados e aos desempregados que não-há-dinheiro, mas se se disser que é para cumprir a Carta Educativa, então a coisa ganha logo uma outra aura, embora não deixe de ser a mesmíssima coisa, despesismo e má gestão dos dinheiros públicos, esbanjar dinheiro a fazer obra inútil em vez de qualificar e recuperar o parque escolar degradado.