Tenho hesitado – assim no vai-não-vai – em escrever mais sobre este tema, pois não queria entrar por territórios mais complicados para as versões oficiais – centrais e/ou locais – acerca deste assunto.
Mas, como já li algumas observações despropositadas sobre a falta de controle que os professores teriam sobre os alunos nas aulas ao ponto de andar tudo a feicebucar, decidi que há coisas que devem ser minimamente esclarecidas.
Vamos lá esclarecer uma coisinha… numa escola normal (desconheço os recursos das XPTO nesta área) há uma ou duas salas equipadas com computadores por forma a ser possível dar aulas com uns 2 alunos por equipamento (isto para além dos que existem nas bibliotecas escolares e para uso dos serviços administrativos ou dos professores nas salas). O acréscimo de ocupação de rede de 12-15 computadores não me parece passível de entupir a banda larga das escolas como querem fazer crer.
Qual é o maior problema?
É que há muitas escolas em que existem redes sem fios (não estou a falar das redes por cabo), a que os alunos podem aceder com os seus gadgets da moda. E usando os seus códigos pessoais de acesso à rede da escola para trabalharem nas aulas, em muitos casos conseguem aceder a essas redes e não são apenas 12 ou 15 de cada vez.
E, isso sim, é coisa para entupir a banda larga até porque os alunos info-incluídos já sabem como contornar rapidamente os bloqueios locais ou centrais às redes sociais e sites que lhes interessam.
Abril 2, 2014 at 8:05 pm
Falando sobre este assunto, só quero esclarecer o seguinte:
1º – A maior desculpa para o DESINVESTIMENTO tecnológico nas escolas publicas veio com este MEC conjuntamente com seus acólitos Ramirilios e foi EXCESSO DE FACEBOOK.
2º – Facebooks e afins não se limitam. Basta um puto falar ao vizinho do lado e dissemina-se processos e mais processos para contornar as limitações CENTRAIS do MEC e PT.
3º – É giro ver programas nas escolas que não são pedagógicos até ás 13:30 e depois dessa hora já são.
4º É giro ver as justificações iniciais do MEC (ataques de Hacking) e depois desmentindo, dizendo excesso de facebooks!!!
5º- A rede e todo o material informático tem de ser actualizado ao longo dos anos sob pena de ficar completamente obsoleto. Isto caso queiram continuar com o DIGITAL. Senão tb se pode voltar ao Stencil.
6º- Neste momento as escolas não tem verbas disponibilizadas pelo MEC para contratar empresas de “manutenção informática” , fecharam o CATE(tb não estava lá a fazer nada) e nem se dão ao trabalho de aproveitar material humano interno para fazer esse trabalho.
7º- e último, retirem as palas dos olhos e vejam realmente o que está por detrás deste pseudo-bloqueio…
ps- divirto-me a ver professores dizendo: “acho muito bem …assim acaba-se com a melguice do facebook, só causa indisciplina”
Abril 2, 2014 at 8:13 pm
Mas não percebem que, como observa a arguta Zabelita Choné, o Face é um aliado da preguicite e da malandragem?…
Abril 2, 2014 at 8:31 pm
Acessos mais ou menos rápidos e repetidos, a uma página web (Facebook), não permitem que se obtenha um nível de tráfego constante que justifique «entupir a largura de banda»: as velocidades baixam porque há mais ou menos alunos a transferir páginas web (facebook) ao mesmo tempo? Não me parece. Muito difícil que essas transferências ocorram ao mesmo tempo: não esqueçamos que muitas vezes só estão a ler o que lá está escrito e para haver uma nova transferência têm de clicar em algum sítio na página.
Se me disserem que são acessos a vídeos por streaming (youtube) e redes p2p (fpartilha de ficheiros), já acredito, porque nestes casos há sempre tráfego constante e em grandes quantidades.
Não havendo transparência nenhuma, só podemos especular.
Abril 2, 2014 at 8:41 pm
Qualquer câmara municipal, com um décimo dos computadores que existem numa escola, tem um técnico para prestar assistência. Na minha escola diminuiram drasticamente os professores de tic e agora é preciso contar com a carolice dos que restam para resolver os problemas, sempre tarde…
Abril 2, 2014 at 10:27 pm
De tudo, o que acho mais bizarro é bloquear as atualizações de software. As falhas de segurança tantas vezes são ocasião de ataques como os descritos na “justificação” do ministério. Como não há licenças de antivirus, as infeções são mais ou menos generalizadas. Sem atualizações de segurança, o problema só tenderá a aumentar. Com ou sem Facebook. Que isso é coisa irrelevante para o caso. Mais uma mente iluminada que deve ter chegado ao ministério e precisava de inventar a pólvora!
Abril 2, 2014 at 11:13 pm
Na verdade não há qualquer controlo quer técnico quer pedagógico na maioria das actividades dos alunos realizadas nos computadores. Eles deliciam-se com pornografia, sites de ódio e violência etc. Quanto à lentidão da rede e internet poderá dever-se a más condições técnicas não assumidas pela PT ou a downloads descontrolados e permanentes. A infraestrutura informática só deveria ser usada para as finalidades definidas na missão da escola como aliás o restante material e instalações. É assim nos paises civilizados.
Abril 2, 2014 at 11:28 pm
Eh lá! Um oceano de certezas. Encontrado o novo ministro da educação s(api)ência!
Abril 3, 2014 at 12:16 am
Os meus alunos pediram-me expressamente para não escrever sobre isto, quando lhes perguntei se alguma vez tinham aberto o Facebook no telemóvel e na escola, gargalhada geral.
E eles, na PT/MEO e MEC, sabem muito bem que a rede que está a dar não foi bloqueada. Uma perfeita fantochada de propaganda reles.
Não sei se resisto muito tempo, mas não quero contribuir para lhes tirar a rede social, embora saiba que descobriam outra parecida logo a seguir.