… para atrair alunos ao engano.
O Bloco de Esquerda vai propor, no Parlamento, uma alteração legislativa para acabar com a obrigatoriedade de os alunos do ensino profissional terem de realizar exames a disciplinas que não frequentaram durante o curso.
Abril 1, 2014 at 3:38 pm
Os cursos profissionais não são, necessariamente, “uma treta”. O que é uma treta é a demagogia, tanto de eduqueses como de anti-eduqueses, com que estas questões são tratadas.
Uns porque acham que todos os percursos escolares se equivalem, outros por entenderem que tudo resolvem com um exame “difícil” no fim.
A verdade é que uma disciplina trienal como a Matemática A não é acessível a qualquer alunos do secundário, ainda mais agora em que ele se tornou obrigatório para todos os alunos, mesmo frequentando as aulas. Imagine-se agora para alunos que não tenham a disciplina no seu currículo.
Os cursos profissionais foram concebidos como uma modalidade de ensino mais prática, vocacional e profissionalizante, com um perfil específico de alunos, pelo que faz todo o sentido terem disciplinas e programas diferentes. Não acho que isto seja “atrair alunos ao engano”…
E se é pertinente debater até onde essas diferenças devem ir, ou o grau de permeabilidade ou especificidade dos cursos, já o princípio de que todos os alunos devem fazer exames a disciplinas do seu curso e não a outras que não tiveram me parece inquestionável.
Mas a verdade é que, em se tratando de exames, este governo e este ministro têm facilmente reacções que roçam a irracionalidade…
Abril 1, 2014 at 5:58 pm
Off topic.
Vamos por partes, que parte do be, a murcha ou a esbugalhada?
Abril 2, 2014 at 9:28 am
Quando o processo de avaliação é criado para excluir e não para avaliar não há curso “de treta” que resista. Já agora muitos dos CCH que se dão para aí também são “da treta”, montados de modo a só para preparar os meninos e meninas para o “arrebatamento” meritocrático em que se tornaram os exames nacionais. A educação é outra coisa…
Abril 2, 2014 at 10:00 am
#1 e 3,
Como em tudo há coisas boas e tretas.
Mas um curso profissional que prescinde do Português ou Matemática, é feito a pensar em atrair quem pensa safar-se a exames complicados.-
#1,
Tens um problema sério com essa coisa do “eduquês”, embopra a tua pespectiva sobre a avaliação seja aquilo que eu chamo de “perspectiva fofinha” da avaliação.
Na Faculdade, tinha uma professora que teorizava sobre isso, mas nunca praticou na disciplina dela.
Em boa verdade, acho que quem contesta a avaliação interna porque coloca em causa o trabalho e responsabilidade dos professores deveria acabar com avaliação interna porque coloca em causa o trabalho e responsabilidade dos alunos.
Demagogia por demagogia…
Abril 2, 2014 at 1:11 pm
#4 Paulo Guinote, concordo que os currículos fracos são também um modo de produzir o mesmo efeito de seleção. Concordo muito!