O primeiro-ministro Passos Coelho esclareceu que a nova fórmula para o cálculo das pensões que, segundo avançou uma fonte do Ministério das Finanças visa substituir a atual Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), não passa de “mera especulação”. Passos garante, a partir de Moçambique, que o Governo ainda “não tomou qualquer decisão”.
Março 27, 2014
Qual O Actual Valor Em Bolsa Da Sua Palavra, Caríssimo PM?
Posted by Paulo Guinote under Atirando Barro À Parede, Refundição!, Tou Xim?[8] Comments
Março 27, 2014 at 10:27 pm
A garota, por exemplo, que o questionou acerca dos subsídios de férias/ natal foi “altamente especulativa” …
deveria ir trabalhar nos mercados financeiros – passos e os do protectorado passariam todos, submissamente, a prestar-lhe vassalagem…
Março 27, 2014 at 11:12 pm
– Qual O Actual Valor Em Bolsa Da Sua Palavra, Caríssimo PM?
– A palavra está bastante bem cotada, por sinal: acima 0.03 cêntimos da do ministro das decisões irrevogáveis, absolutamente irrevogáveis.
Março 27, 2014 at 11:16 pm
“Passos garante, a partir de Moçambique…”
O desentendimento deve ter sido grave.
Nestas circunstâncias, o discurso chapa-3, o do “sentido-de-Estado”, costuma ser: Estou numa visita oficial ao estrangeiro em nome de Estado Português, e como tal não presto declarações sobre política nacional…
Março 27, 2014 at 11:18 pm
Robert Kurz
DESVALORIZAÇÃO COMPETITIVA
A moeda forte, com alto valor externo, é geralmente considerada como sinal de superioridade económica. As chamadas moedas fracas, pelo contrário, pertencem a Estados perdedores e candidatos à descida no mercado mundial. Esta regra, no entanto, parece ter perdido a credibilidade. Em toda a parte o medo é que a própria moeda possa tornar-se demasiado forte. Na Suíça, o banco central intervém para fazer descer o franco suíço ascendente relativamente ao euro em dificuldades. Os bancos centrais do Japão e de outros países executam a mesma política em relação ao dólar. E países emergentes como o Brasil estão lutando desesperadamente contra a valorização do seu dinheiro. Inversamente, os EUA e a UE não estão nada tristes com a tendência para a queda da própria moeda, que já não é tão importante. Desde o suposto fim da crise quase se pode falar de desvalorização competitiva.
A questão pode ser explicada pela mudança na estrutura económica da crise do capitalismo. A economia mundial só vai andando assente em créditos inflados de forma surreal e nas relações económicas externas que lhes estão associadas. Os países superavitários, como o Japão, a China e a Alemanha, estão dependentes das exportações de sentido único, os países deficitários estão dependentes do fluxo igualmente de sentido único do capital monetário transnacional. Ambos atingiram os limites. Agora todos tentam recuperar à custa dos outros. Uns querem salvar a todo o custo os excedentes de exportação, os outros por sua vez querem ganhar uma parcela maior das exportações. Mas as exportações são tanto mais baratas e, portanto, mais competitivas, quanto mais fraca for a própria moeda, situação em que as importações, pelo contrário, se tornam mais caras. A desvalorização competitiva mostra que em toda a parte se despreza a economia doméstica e se insiste apenas no crescimento das exportações.
Na zona euro temos a situação particularmente paradoxal em que os países deficitários não podem desvalorizar contra o país excedentário, que é a Alemanha, porque ambos os lados têm uma moeda comum. Além disso, o euro relativamente fraco, graças justamente à crise da dívida do sul da Europa, estimula ainda mais as exportações alemãs para o resto do mundo. Mas esta história de sucesso não vai longe, porque destrói os seus próprios pressupostos. É o rolo compressor da exportação da Alemanha que está a dar cabo do euro. Qualquer manual de economia mostra que algo assim não pode funcionar. Um desmembramento do euro nas antigas moedas nacionais faria certamente aumentar a dívida externa dos países deficitários até um valor incomensurável, valorizando ao mesmo tempo tão drasticamente o marco alemão regressado que a máquina de exportação pararia. O constructo do euro foi obviamente uma operação suicida.
Para os países com grandes excedentes de exportação a valorização só não constitui um problema durante algum tempo se eles também tiverem um mercado interno forte e/ou um monopólio industrial. Foi o caso da Grã-Bretanha no século XIX e dos EUA em meados do século XX. Por isso as moedas destas potências mundiais puderam assumir a função de dinheiro mundial. Após a decadência dos EUA altamente endividados não se vê em lado nenhum um candidato à sucessão, e muito menos a China. A valorização drástica da moeda chinesa, que vem sendo protelada, iria arruinar também lá as indústrias de exportação, desvalorizando simultaneamente as enormes reservas de dólares. Ninguém pode recuar mais da sua posição, mas objectivamente é impossível manter as exportações de sentido único para os países endividados. A desvalorização competitiva leva, para lá da crise do euro, à crise monetária mundial.
Março 28, 2014 at 9:04 am
Que crédito pode ter quem, sistematicamente, mentiu?
Março 28, 2014 at 9:39 am
“Especulação”, manipulação jornalística?
Também Amélia…
“(…) José Leite Martins é o homem no centro da polémica. Foi o secretário da Estado da Administração Pública quem promoveu um encontro informal com a imprensa, onde foram discutidas algumas das ideias para a substituição da CES. Ficou acertado que as informações podiam ser divulgadas, mas que a fonte teria de ser anónima.
O encontro aconteceu na quarta-feira, mas, poucas horas depois, e às primeiras notícias, já Passos Coelho esclarecia que afinal não há ainda decisões tomadas sobre a matéria.
Do interior do Governo, o ministro da Presidência rejeitou a ideia de que tenha havido fuga de informação. Marques Guedes disse, esta quinta-feira, que a matéria jornalística sobre as alterações das reformas foi parte de uma conversa em off entre jornalistas e um membro do Governo. E reafirmou que o grupo de trabalho que estuda a substituição da CES ainda não informou oficialmente o executivo de qualquer conclusão, considerando por isso tratar-se de manipulação jornalística. (…)
Ler mais:http://www.tvi24.iol.pt/economia—economia/ces-jose-leite-martins-marques-guedes-leite-martins-passos-coelho-tvi24/1547948-6377.html
Março 28, 2014 at 11:00 am
Nem faço comentários:
Notícia sobre cortes nas pensões: 6 jornais e agência Lusa tomam posição comum
Publicado hoje às 07:19
Os órgaos de comunicação que, na quinta-feira, divulgaram a notícia, 6 jornais e a agência Lusa, tomaram posição sobre o caso relacionado com a notícia que indicava que o corte nas pensões se poderia tornar permanente, assegurando que só lhes foi pedido sigilo sobre a fonte e não sobre o assunto.
Nesta nota são rejeitadas as afirmações que ontem fez o porta-voz do Governo, o ministro Marques Guedes, sobre este assunto, classificando de «exercício especulativo» as notícias produzidas a propósito.
No texto assinado pelos sete directores dos órgaos de comunicação afirma-se que durante o encontro informal no Ministério das Finanças foi ditos aos jornalistas presentes, tal como a TSF revelou ontem, que os temas abordados durante a conversa poderiam ser noticiados, mas sem serem atribuídos a nenhum responsável.
As novidades teriam de ser atribuídas a uma fonte do Ministério das Finanças e foi definido um embargo até à meia-noite de quarta feira.
Neste texto adianta-se ainda que quando receberam o convite para a reunião foi dito que o tema seria a convergência das pensões.
Os sete directores reafirmam que as regras da profissão foram cumpridas e que o acordo feito com o membro do Governo que convidou os jornalistas foi respeitado.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3782978&page=-1
Março 29, 2014 at 10:05 pm
A palavra desse vale menos que uma cagada de galinha!