… o artigo do director executivo da AEEP, desculpem, do docente universitário Rodrigo Queiroz e Mello sobre a liberdade de escolha num novo naipe de países-farol, agora que se esgotaram os habituais.
(o caso do Chile chega a ser caricato, para quem conhece os últimos balanços da experiência desreguladora…)
Colar citações de gente “de esquerda” (até o pobre Gramsci é desenterrado da forma mais descontextualizada possível) não chega para encobrir que o que está em causa não é uma oposição direita/esquerda mas uma disputa em torno do que se pretende transformar em mero negócio.
Factos? Zero, porque a fundamentação empírica nunca existiu ou ruiu. Juízos de valor? O habitual em quem quer colocar-se numa posição de vantagem “filosófica” com pés de barro.
Fraquinho, muito fraquinho para um docente universitário.
Mas natural para o director executivo da AEEP (associação de Estabelecimento de Ensino Particular E Cooperativo).
Expresso, 8 de Março de 2014
Março 8, 2014 at 9:19 am
Analisa???? Realmente! Muito pobre.
Março 8, 2014 at 9:44 am
Um zombie que já vendeu o seu cérebro ao poder capitalista só pode estar interessado em produzir mais zombies.
A liberdade invocada aqui é apenas um eufemismo para mercado de zombies submetidos ao sistema absurdo das coisas que ganham vida própria.
Os seres humanos são transformados em apêndices da máquina geradora de riqueza para alguns e miséria para a esmagadora maioria.
Gramsci vale tanto como uma torradeira oferecida pelo Major Valentim Loureiro, porque servidos como papas e bolos…
Março 8, 2014 at 11:06 am
O Chile, esse modelo de ADD que o CDS sempre preferiu, mesmo quando fazia parte do governo PS.
Março 8, 2014 at 11:13 am
Este Rodrigo não é, também, Francisco? É que aquilo que escreve é de uma pobreza franciscana…
Estados Unidos, Chile e Itália? A sério? Grandes exemplos de sistemas educativos!
E por que razão já não fala da Suécia? Por que nunca interessa a esta gentalha falar da Finlândia?
E por que razão se esqueceu das escandaleiras que envolvem o maior grupo privado que celebra contratos de associação com o Estado, ou seja, o maior “associado” de entre aqueles que ele representa, como presidente?
Saberá ele que essa escandaleira é impossível de acontecer numa Escola Pública? Sabe ele muito bem que numa Escola Pública não há “donos”, “administradores”, “consultores”, etc.
E também sabe que, numa Escola Pública, o dinheiro é efectivamente aplicado na Educação dos alunos, pagando (embora cada vez menos) aos bons profissionais que lá trabalham.
E também sabe que o dinheiro entregue aos “colégios” serve, sobretudo, para pagar os lucros dos “donos”, “consultores” (actuais e antigos), “administradores” e outros “ores”, enquanto se promovem ilegalidades junto dos professores e dos alunos para que o lucro seja sempre muito e cada vez maior?
E terminar com uma citação de 1948??? Só porque foi um socialista a dizê-lo?
Está o Rodriguinho Francisquinho a piscar o olho ou a colocar-se em posição de missionário para o futuro governo socialista? Está a ver o futuro nebuloso (ou seja, o dinheirinho a voar…)?
Por amor da santa…
Março 8, 2014 at 11:27 am
Bom dia a tutti. Este artigo já me está a dar a volta ao estomago, ainda agora li apenas os primeiros dois parágrafos…mas porque razão esta gente continua a ter tempo de antena? Ah, é tudo pela causa púb(l)ica. Os pêlos são dificeis de digerir e daí que tenham que vir com incentivos cooperativos e particulares.
Março 8, 2014 at 11:34 am
#4
1918, meu caro, 1918…Agora deixou de lhes interessar o exemplo do Estado Novo, vá-se lá saber porquê…
Março 8, 2014 at 12:11 pm
Mas é só mais um que é da Católica. O que é que há de estranho?Aquilo é um ninho de m….
Março 8, 2014 at 12:23 pm
Um bom exemplo da seriedade, isenção e independência do semanário do regime.
O queirozimelo deixou de ser o presidente dos coisos-privados e passou simples professor universitário. Até o duplo éle com que todos os mellos do regime fazem questão de assinar ficou esquecido, sinal de que o escrevinhador resolveu descer à terra e tentar falar tu-cá-tu-lá com os comuns mortais, ou pelo menos os que ainda acreditam no que lêem no espesso, esse inacreditável pasquim que um dia destes conseguirá finalmente valer menos do que o peso do papel em que é impresso.
Março 8, 2014 at 12:36 pm
Chavões mentirosos da lengalenga neoliberal, sempre presentes no discurso, dentro daquela linha dos que acreditam que uma mentira, mil vezes pronunciada, acabará sendo tida como verdade inquestionável:
“A liberdade de escolha (…) é um direito fundamental das pessoas (…).
Pena que nenhuma carta dos direitos humanos tenha lá escrito o direito a que o custo das escolhas individuais tenha de ser pago pelos contribuintes.
“(…) e não há outro caminho.”
Agora e sempre, o eterno e antidemocrático discurso da falta de alternativa, como se o cheque-ensino fosse, por esse mundo fora, a regra e não a excepção, como se não fosse um instrumento simplesmente residual ou inexistente nos sistemas públicos de ensino mais bem sucedidos.
Março 8, 2014 at 12:39 pm
#8,
É um artigo de opinião… está ao lado do Daniel Oliveira, tido como uma das novas luminárias da Esquerda que lá escreve todas as semanas.
Não é por aí que medes a isenção ou falta dela de um jornal. Podes é medir o pluralismo de opiniões…
Março 8, 2014 at 1:08 pm
#10
Meço a falta de isenção, desde logo, pela falta do “disclaimer”. Professores universitários há muitos, e os interesses deste estão muito longe de ser meramente académicos, como aliás assinalaste no post…
Março 8, 2014 at 1:22 pm
Eu não tenho nada contra o pluralismo de opiniões. Aliás, prefiro que seja tudo às claras para evitar “tudólogos pensantes muito sérios que sou independente e penso pela minha cabeça desde que a minha carteira vá enchendo”.
Sou é contra a opiniões mal fundamentadas, intelectualmente desonestas e cheias de erros não forçados ou premeditados.
E a nossa jornalice, hoje em dia, está cheia deste tipo de tipos.
Pululam “docentes universitários” que opinam porcamente e mal. E só aparecem por convite estimulado pelas direcções, ou pelos amigos dos directores, ou porque é jovem e de direita (ou de esquerda new code).
Não é por ser “docente universitário” que isso dá logo o aval para se respeitar as suas opiniões publicadas. E neste caso…ptuah para o docente.
Março 8, 2014 at 1:24 pm
Patuah para o docente e não outra coisa…nada de confusões figurativas
Março 8, 2014 at 1:41 pm
O que lhes interessa é encher o bolso nem que tenham de fazer o pino e os outros de parvos se forem capazes. Opiniões/estudos que valem tanto como uma bosta de cão!
Março 9, 2014 at 6:01 pm
isto só demonstra que a liberdade de imprensa neste pântano é tão eficaz como a separação de poderes.