As feromonas excretadas por aqueles seres deve deixar no ar a possibilidade de um verdadeiro frenesim, parecido com o dos tubarões quando detectam sangue, sinal de que um “banquete” se aproxima.
A exaltação e a excitação dos “aprendizes de feiticeiro” deve ser muita: o sinal químico emitido pelos “tachos” é algo que não pode ser ignorado…
No final, quando acabar o frenesim, restará apenas o silêncio daqueles que assistiram e nada fizeram para impedir que tantos lorpas continuem a decidir o futuro de um país e de um povo…
“Olhe, não digam muito mal do Pedro Passos Coelho, senão já sabem”, notificou-nos uma militante do PSD enquanto sacolejava a mão em sinal de tau-tau.
O congresso do PSD abriu, oficialmente, às 21.30 horas de sexta-feira. A reunião magna laranja junta a “estrutura do partido” e mais de 950 delegados oriundos de Portugal inteiro, ilhas e comunidades portuguesas. Até há um que voou 11 mil e tal quilómetros desde Macau.
Ao início da noite de sexta-feira, o átrio de entrada da sala lisboeta vivia a azáfama da recepção aos militantes. Nas paredes, desapareceram os cartazes dos concertos. Deram lugar a uma série de posters com frases de glória e éden: “Mercado de trabalho recupera!”, “Confiança dos consumidores renovou máximos!”, “Exportações continuam a subir!”. Tudo cheio de pontos de exclamação para sublinhar o regozijo laudatório e fermentado com parágrafos de economês.
À porta, um segurança ouvia pacientemente um transeunte que detectou abundância de laranja e decidiu apregoar o seu entendimento: “Mas é o Paulo Portas quem manda, car…!”.
Pela hora de jantar, os sociais-democratas espalharam-se pelos restaurantes da rua das Portas de Santo Antão. É certo que uns optaram pelo panado no pão na esplanada da “Ginjinha Popular”. Mas outros, e desse mesmo partido que prega a contenção, passaram pela porta do Gambrinus, um restaurante cuja vitrine propõe uma sopa de legumes a 6 euros, um bacalhau à Chico Lage a 28 euros ou 30 gramas de caviar do Irão a 220 euros.
À porta do Coliseu, o ajuntamento de militantes amplificava-se à medida que o tempo passava. Alguns juntavam-se em bandos, elas todas aperaltadas, eles com as mãos nos bolsos das calças bege e de blazer azul marinho. Uns recordavam tachos de antanho: “Olha, aquela ali era a presidente do conselho fiscal da associação de estudantes”, murmurava um. Também não faltava quem circulasse sozinho, à procura de uma mão para apertar.
O ambiente era vagamente refinado, algures entre o clube de golfe e a tenda vip do Rock in Rio num dia de concerto do Sting. As televisões esperavam a aparição dos “notáveis” e do querido líder. Um indigente de olhar perdido atravessava a multidão. Às costas, trazia sacos velhos e gastos do Pingo Doce
jn
1) Abertura; Intervenção de sua excelência Passos Coelho (GDGDPGSC) (Grande Dirigente e Grande Descendente Político do Grande Sá Carneiro).
2) Intervalo para jantar e não regressar (para evitar despesas de água e luz no Coliseu).
3) Sábado:
4) Manhã: deambulação pelos arredores do Coliseu. Intervenção espontânea de militantes selecionados pelas televisões. Intervalo para almoço.
5)) Tarde: Intervenção de standing comediants tais como Virgìnia Estorninho e um senhor de 81 anos, entre outros.
6) Lusco-fusco: Entra em cena um tal Branco a pintar de preto todos os ex., Inclusivamente um bispo que, por razões que se desconhece, não apoia o Grande Líder.
7) Noite: Nova intervenção do Grande Líder, sua excelência Passos Coelho (GDGDPGSC) (Grande Dirigente e Grande Descendente Político do Grande Sá Carneiro) que anuncia uma surpresa. o cabeçorra (já que se trta de uma coligação)de lista da coligação.
7) O cabeçorra, Paulo Rangel, aceita a posição e manda umas farpadas, tanto quanto se conseguiu apurar, a uma companhia de seguros.
8) Intervalo para jantar.
9) Intervenções de militantes que, através de ex-votos orais, solicitam o perdão de sua excelência Passos Coelho (GDGDPGSC) (Grande Dirigente e Grande Descendente Político do Grande Sá Carneiro) que, infelizmente , já não está presente.
Só faltaram os beijos na boca entre os grandes líderes para recuperar o tipo de atmosfera vivida outrora nas reuniões magnas da Nomenklatura estalinista.
O camarada Relvas foi reabilitado e a unidade da vanguarda revolucionária foi assim reforçada, para grande consternação dos inimigos do povo.
Longa vida ao grande lider da estatística ao serviço do Capital, Passos no Cuelho!
Fevereiro 22, 2014 at 4:22 pm
Reflexão demasiadamente eufemística…
Fevereiro 22, 2014 at 5:15 pm
Lá dentro o ar deve estar irrespirável.
As feromonas excretadas por aqueles seres deve deixar no ar a possibilidade de um verdadeiro frenesim, parecido com o dos tubarões quando detectam sangue, sinal de que um “banquete” se aproxima.
A exaltação e a excitação dos “aprendizes de feiticeiro” deve ser muita: o sinal químico emitido pelos “tachos” é algo que não pode ser ignorado…
No final, quando acabar o frenesim, restará apenas o silêncio daqueles que assistiram e nada fizeram para impedir que tantos lorpas continuem a decidir o futuro de um país e de um povo…
E a Ucrânia aqui tão perto…
Fevereiro 22, 2014 at 5:30 pm
Eu diria… o povo da Ucrânia tão longe. O deste retângulo, está cada vez mais quadrado.
Quanto aos sortudos 120 mil… que tristeza 😦
Fevereiro 22, 2014 at 5:54 pm
Reunião de curso da Lusófona+Lusíada
Fevereiro 22, 2014 at 6:41 pm
“Olhe, não digam muito mal do Pedro Passos Coelho, senão já sabem”, notificou-nos uma militante do PSD enquanto sacolejava a mão em sinal de tau-tau.
O congresso do PSD abriu, oficialmente, às 21.30 horas de sexta-feira. A reunião magna laranja junta a “estrutura do partido” e mais de 950 delegados oriundos de Portugal inteiro, ilhas e comunidades portuguesas. Até há um que voou 11 mil e tal quilómetros desde Macau.
Ao início da noite de sexta-feira, o átrio de entrada da sala lisboeta vivia a azáfama da recepção aos militantes. Nas paredes, desapareceram os cartazes dos concertos. Deram lugar a uma série de posters com frases de glória e éden: “Mercado de trabalho recupera!”, “Confiança dos consumidores renovou máximos!”, “Exportações continuam a subir!”. Tudo cheio de pontos de exclamação para sublinhar o regozijo laudatório e fermentado com parágrafos de economês.
À porta, um segurança ouvia pacientemente um transeunte que detectou abundância de laranja e decidiu apregoar o seu entendimento: “Mas é o Paulo Portas quem manda, car…!”.
Pela hora de jantar, os sociais-democratas espalharam-se pelos restaurantes da rua das Portas de Santo Antão. É certo que uns optaram pelo panado no pão na esplanada da “Ginjinha Popular”. Mas outros, e desse mesmo partido que prega a contenção, passaram pela porta do Gambrinus, um restaurante cuja vitrine propõe uma sopa de legumes a 6 euros, um bacalhau à Chico Lage a 28 euros ou 30 gramas de caviar do Irão a 220 euros.
À porta do Coliseu, o ajuntamento de militantes amplificava-se à medida que o tempo passava. Alguns juntavam-se em bandos, elas todas aperaltadas, eles com as mãos nos bolsos das calças bege e de blazer azul marinho. Uns recordavam tachos de antanho: “Olha, aquela ali era a presidente do conselho fiscal da associação de estudantes”, murmurava um. Também não faltava quem circulasse sozinho, à procura de uma mão para apertar.
O ambiente era vagamente refinado, algures entre o clube de golfe e a tenda vip do Rock in Rio num dia de concerto do Sting. As televisões esperavam a aparição dos “notáveis” e do querido líder. Um indigente de olhar perdido atravessava a multidão. Às costas, trazia sacos velhos e gastos do Pingo Doce
jn
Fevereiro 22, 2014 at 6:49 pm
era um tipo ir com um camião cheio de bosta de vaca putrfefacta e descarregar a dita lá dentro..
Fevereiro 22, 2014 at 7:14 pm
# 6
Isso é que era! Também se podiam muitos ovos podres…
Fevereiro 22, 2014 at 7:38 pm
Cheira-me muito a m…a.
Será que pisei algum congressista?
Fevereiro 22, 2014 at 7:57 pm
vamos ter o Relvas novamente… penso que não é inocente. Acho que o PSD quer o Seguro no poder… teoria da conspiração…
Fevereiro 22, 2014 at 10:47 pm
Diário do congresso do PSD até agora (resumido):
Sexta:
1) Abertura; Intervenção de sua excelência Passos Coelho (GDGDPGSC) (Grande Dirigente e Grande Descendente Político do Grande Sá Carneiro).
2) Intervalo para jantar e não regressar (para evitar despesas de água e luz no Coliseu).
3) Sábado:
4) Manhã: deambulação pelos arredores do Coliseu. Intervenção espontânea de militantes selecionados pelas televisões. Intervalo para almoço.
5)) Tarde: Intervenção de standing comediants tais como Virgìnia Estorninho e um senhor de 81 anos, entre outros.
6) Lusco-fusco: Entra em cena um tal Branco a pintar de preto todos os ex., Inclusivamente um bispo que, por razões que se desconhece, não apoia o Grande Líder.
7) Noite: Nova intervenção do Grande Líder, sua excelência Passos Coelho (GDGDPGSC) (Grande Dirigente e Grande Descendente Político do Grande Sá Carneiro) que anuncia uma surpresa. o cabeçorra (já que se trta de uma coligação)de lista da coligação.
7) O cabeçorra, Paulo Rangel, aceita a posição e manda umas farpadas, tanto quanto se conseguiu apurar, a uma companhia de seguros.
8) Intervalo para jantar.
9) Intervenções de militantes que, através de ex-votos orais, solicitam o perdão de sua excelência Passos Coelho (GDGDPGSC) (Grande Dirigente e Grande Descendente Político do Grande Sá Carneiro) que, infelizmente , já não está presente.
Fevereiro 22, 2014 at 11:45 pm
#6 Para quê? Merda já lá há aos montes!
Fevereiro 23, 2014 at 12:35 am
Fevereiro 23, 2014 at 10:00 am
Só faltaram os beijos na boca entre os grandes líderes para recuperar o tipo de atmosfera vivida outrora nas reuniões magnas da Nomenklatura estalinista.
O camarada Relvas foi reabilitado e a unidade da vanguarda revolucionária foi assim reforçada, para grande consternação dos inimigos do povo.
Longa vida ao grande lider da estatística ao serviço do Capital, Passos no Cuelho!
Fevereiro 23, 2014 at 11:00 am
Fevereiro 23, 2014 at 6:08 pm
Eu gostei.
Achei uma ganda nóia…
http://trasgalhadas.blogspot.pt/2014/02/ganda-noia.html