E assim se defende o rigor da formação académica, a qualidade do ensino politécnico e… se conseguem manter uns lugares à custa dos filhos do vocacional. E ainda há quem diga que os ramiros não fazem falta ali nos corredores…
“Meias licenciaturas” nos politécnicos aprovadas nesta semana mas sem se saber número de vagas
Cursos superiores de curta duração arrancam no próximo ano lectivo e duram dois anos mas não dão equivalência a nenhum grau académico. Politécnicos estão preocupados por não saberem várias respostas, nomeadamente em termos de financiamento.
Fevereiro 3, 2014 at 9:52 pm
As coisas são como são – à sua maneira seca e concisa, era só isso que ela estava a dizer à rapariga que dava de comer à serpente: nós deixamos uma mancha, deixamos um rasto, deixamos a nossa marca. Impureza, crueldade, mau trato, erro, excremento, sémen. Não há outra maneira de estar aqui….
Nunca há carne suficiente para o rei dos deuses, nem carne nem perversidade. Toda a loucura que o desejo gera. A devassidão. A depravação. Os prazeres mais grosseiros. …
Philip Roth…
Fevereiro 3, 2014 at 9:58 pm
O quê? Relvaturas?!
Então mas para quê a obsessão com a PACC? Porquê tal exigência com os professores?
Que coerência e sentido fazem estas coisas?!
Para um meio ministro (NC desdobrou-se sempre em moço de recados das Finanças) e para uma meia Educação (ou menos: com os meios que foram cortados…) nada, afinal, como licenciaturas pela metade.
E essas meias licenciaturas terão, ainda, algumas vantagens: proporcionarão meios salários (à medida do actual modelo económico) e meios desempregados (uf!, olha as estatísticas!).
Fevereiro 3, 2014 at 10:01 pm
Parece-me que a “novidade” não é assim tão nova, visto existirem já os Cursos de Especialização Tecnológica, com duração de 18 a 24 meses, que conferem nível 5, são ministrados nos Politécnicos e não dão equivalência a grau académico. Parece-me que se trata de alagar a sua abrangência.
Fevereiro 3, 2014 at 10:03 pm
#3,
Que são cursos ideais para cativarem verbas dos fundos europeus… 🙂
Fevereiro 3, 2014 at 10:23 pm
Está já em estudo por uma comissão inteira, a introdução do meio mestrado e do meio doutoramento.
Em breve, sairá também a legislação que prevê que duas meias licenciaturas irão conceder um novo grau académico: o par de meias.
Por seu turno, os candidatos às meias licenciaturas têm-se mostrado descontentes com a probabilidade de só virem a ser meio praxados e com a anunciada substituição da cerveja pela meia de leite. Sobre este último aspecto, o actual ministro da Economia também se mostra preocupado.
Fevereiro 3, 2014 at 10:33 pm
Mas há que retirar todas as consequências: http://lishbuna.blogspot.pt/2014/02/e-gozar-nao-e.html
Fevereiro 3, 2014 at 11:18 pm
Mais do que ramirices vocacionais, o que vejo aqui é algo que já foi referido noutros comentários e que tem sido talvez a tendência mais estruturante da nossa presença na União Europeia: a procura constante de formas de sacar dinheiro dos fundos europeus. Não interessa se é relevante, prioritário ou urgente o gasto de dinheiro, interessa é ir buscar todo o que se puder, nem que para isso se inventem projectos às três pancadas para justificar o financiamento.
Nestas coisas o centrão continua igual a si mesmo, e na essência isto não difere muito de uma linha que começou ser seguida desde a época dos descobrimentos, a de procurar lá fora as fontes de rendimento que nos dispensassem de criar entre nós a riqueza que garantiria o bem-estar, a prosperidade, o desenvolvimento.
Depois da pimenta da Índia, do ouro do Brasil e das remessas dos emigrantes, os fundos europeus permitem persistir numa ilusão de desenvolvimento, resta saber por quanto tempo…
Fevereiro 3, 2014 at 11:26 pm
Há coisas para as quais, se calhar, bastava meia licenciatura mais um ou outro pós-doc em surf.
“Um aluno de 12 anos da Escola Básica 2,3 da Chamusca morreu hoje de paragem cardiorrespiratória durante uma aula de educação física, disse à agência Lusa fonte da proteção civil.”
Fevereiro 3, 2014 at 11:56 pm
“Formação pretende atingir metas europeias”
Leram isto ? É que estamos 20% abaixo da média europeia 🙂
Fevereiro 4, 2014 at 12:02 am
“relativamente ao Ensino Superior, o número de jovens diplomados em matemática, ciência e tecnologia, cresceu de 10 para 15 em cada mil habitantes entre 2005 e 2009, ultrapassando a média europeia (14/1000), e a frequência de jovens com 20 anos no ensino superior aumentou para 37% (valor que em 2005 era de 30%), ultrapassando também a média europeia (35%).”
e
“a percentagem de pessoas com idades entre os 30 e os 34 anos que concluíram o ensino superior deve ser pelo menos 40% (com base na taxa actual de 32,3%, tal significaria um acréscimo de 2,6 milhões de diplomados);”
http://www.igfse.pt/news.asp?startAt=1&categoryID=281&newsID=2284
Fevereiro 4, 2014 at 9:03 am
Com papas e cursos se enganam os ursos!
Mas quando alguém chama a atenção para a fraude monumental que se anda a fazer com a educação pretensamente “superior” (ou meio superior, vá lá), logo cai a matilha dos “amigos dos Licenciados para os McEmpregos Já” e dos “anti-fascistas pelo desemprego qualificado”!