… é quando os exercícios estão errados (na sua formulação) ou então estão as soluções, baralhando por completo os miúdos que tentam fazer o que lhes é pedido. E o manual em causa está de acordo com as metas curriculares de Junho de 2013 e até está certificado por uma instituição pública de nomeada.
Não estamos a falar de disciplinas soft, nem sequer de problemas complexos.
Pronto, não verificaram tudo. Acontece. É das certificações à la minute.
(respondam-me lá… se alguém conta um segredo a duas pessoas e cinco minutos depois cada uma delas conta a mais duas, quantas pessoas ficam a saber do segredo, excluindo o original língua de trapos? e se a progressão se mantiver, quantas ficarão a saber ao fim de 10 e 15 minutos?)
Fevereiro 3, 2014 at 6:07 pm
Alguém me sabe explicar em que consiste classificar palavras quanto ao aspeto gráfico?
Fevereiro 3, 2014 at 6:30 pm
Há manuais escolares bons?
Fevereiro 3, 2014 at 6:35 pm
Quanto ao assunto postado, diria que já passei por experiências idênticas com os manuais dos meus filhos e com os manuais dos meus alunos sei lá quantas vezes.
No respeitante à perguntinha, aparentemente de algibeira, é difícil responder pois tal progressão é impossível manter-se constante neste país de línguas de trapo…
Respondendo a #1, eu classifico as palavras como “aspeto”, quanto ao aspecto gráfico, como horrorosas…
Fevereiro 3, 2014 at 6:36 pm
…trapos…
Fevereiro 3, 2014 at 6:52 pm
São palavras times new roman, comic, arial, lucida console, book antiqua……..
Fevereiro 3, 2014 at 7:08 pm
convém saber se quem conta o segredo é tuga ou britânico, é que, a nacionalidade por vezes afecta o discernimento dos meta-problemas-competências ehehheheheheh
Fevereiro 3, 2014 at 7:22 pm
Obviamente que,a fazer fé pelo que é descrito, que a questão estará mal formulada.
A questão deveria ter sido complementada com a informação: No máximo, quantas pessoas … já que, o segredo poderá ter sido contado,não pela mesma pessoa, mas por outras às mesmas pessoa…
A fazer lembrar a história: 2 mães e 2 filhas foram passear. Quantas pessoas foram passear? Mais de 90% dos inquiridos responde: 4
Não, eram só 3 ! É que uma delas é mãe e filha ao mesmo tempo… 😉
Acontecimementos compatíveis deverão ser tidos em conta.
Fevereiro 3, 2014 at 7:27 pm
Nem preciso de ir aos manuais dos meus filhos, bastam-me os erros científicos com que me deparo nos manuais que eu próprio uso com os meus alunos e as questões irrelevantes, ambíguas e mal formuladas dos cadernos de actividades.
Resultado da política errada de manuais escolares, orientada para garantir o lucro das empresas, que resulta em manuais caros, pesados e tantas vezes de má qualidade.
Fevereiro 3, 2014 at 7:33 pm
Resumindo, ainda nenhum matemático “progrediu”!
Fevereiro 3, 2014 at 7:35 pm
Em resposta…
ao fim de 5 min: 6 pessoas
ao fim de 10 min: 14…
ao fim de 15 min: 30…
isto imaginando que cada pessoa só conta o segredo uma vez a 2 pessoas e depois de contar uma vez fica calada…
1-2-4-8-16
se todos andarem a contar de 5 em 5 minutos a mais 2… a coisa é muito mais numerosa…
Fevereiro 3, 2014 at 7:38 pm
# 9
Não será por aí… So é científico o que for quantificável. 🙂
Os manuais , na sua maioria, são feitos por colegas. Nalguns casos, da própria escola.
Fevereiro 3, 2014 at 7:44 pm
qual era a solução do livro?
Fevereiro 3, 2014 at 7:46 pm
Treze!
Fevereiro 3, 2014 at 7:52 pm
#10 Se todos andarem a segredar de 5 em 5 minutos temos:
5min – 8
10 min – 26
15 min – 80
(regra: 3^n -1)
Fevereiro 3, 2014 at 7:59 pm
Hum!, a regra das comadres…
Fevereiro 3, 2014 at 8:02 pm
eu pensei que só contavam uma vez…
e ao fim dos primeiros 5 minutos são só 6 pessoas a saber do segredo
então a 1ª conta a 2 e estes ao fim de 5min contam a 2 cada um… o que dá contarem a 4…com os 2 dá 6…(a 1ª nao conta…)
…depois depende se todos contam sempre a mais 2 pessoas a cada 5 minutos…
eu parti do pressuposto (se calhar errado…) que cada um só contava uma vez a 2 pessoas…e por aí fora…
Fevereiro 3, 2014 at 8:27 pm
A conversa já está a divergir do essencial, verdade?
Objetivamente, já fui confrontado com questões do mesmo tipo com os meus 4 filhos, mas também enquanto professor.
A verdade é que um manual é feito por pessoas, e as pessoas erram. Por isso deviam ser revisto por terceiros, para minimizar a probabilidade de erro.
Mas pior do que isto é quando temos que escolher manuais (no plural, mesmo) no pior momento do ano: o final do ano letivo.
Quantos de nós já não foi confrontado com o fato de, na sua praxis (não necessariamente “livresca”), se confrontar com um manual que “ajudou a escolher”, e acaba por perceber que é uma “caca”? Ou, então, constatar que um determinado conteúdo está mais ajustado aos seus alunos num determinado manual, enquanto outro conteúdo está melhor noutro manual?
O que me parece, sinceramente, é que não devemos ser tão agarrados aos manuais (umas vezes por opção própria, outras porque, não o fazendo, os alunos se queixam aos pais, e por sua vez estes se queixam nos conselhos de turma porque razão se compram manuais se os professores optam por um trabalho menos livresco). Que me perdoe o “Livresco”, frequentador assíduo deste blog, pois não é ele o livresco a que me refiro, obviamente.
Fevereiro 3, 2014 at 9:04 pm
#14,
Não é essa a progressão que se procura, pois as pessoas que só espalham o segredo a 2 pessoas e calam-se (isto é um 5º ano) mas apenas a da duplicação, tal como a resposta em 10.
Só que nas soluções do manual se dão as respostas 4, 8 e 16 que correspondem apenas ás pessoas a quem nesse momento foi contado o segredo e não ao to9tal acumulado como se pede na pergunta.
#8 e 17,
Já fiz manuais escolares e não quero repetir a experiência. Ainda foi no século passado mas o manual já era um “produto” em que os autores colocam o nome, fazem a pesquisa e depois muito do resto é trabalhado por uma “equipa”.
Isso significa que a designer tem uma palavra (quase final) em tudo o que é representação gráfica, o que num dos casos deu mau resultado, quer em termos humanos, quer em termos de disparates finais.
Mas o que aqui está em causa nem é o erro que acontece a qualquer um (a mim aconteceram vários), mas sim o da pseudo-certificação que o MEC diz que existe e eu acho que é uma ficção do género ADD.
Por deformação da formação, aceito mais facilmente divergências de perspectiva em manuais de disciplinas como a História, mas mesmo assim acho críticos erros de palmatória em datas básicas.
Agora em cálculos… ou a pergunta é bem feita ou não se podem culpar os miúdos por errarem na sequência da falta de capacidade de enunciação de quem escreve um problema.
Fevereiro 3, 2014 at 9:06 pm
#17,
Repito que o problema não são propriamente os “erros” de datação do Paleolítico ou a definição de um dado conceito.
É um mecanismo de certificação que produz carimbos, em cima de revisões científicas e debaixo de declarações de adequação a metas que de pouco servem.
O processo de escolha dos manuais, quando acontece, é um convite a voos rasantes.
Fevereiro 3, 2014 at 9:08 pm
A ciência ficou peculiar, sudokista.
Fevereiro 3, 2014 at 10:44 pm
Paulo
Estamos em absoluto acordo. Em todas as áreas disciplinares, mas em particular nas ciências, uma lei e a data de um acontecimento factual, não podem ser alteradas.
A questão recorrente prende-se, frequentemente, com a formulação de questões ou problemas, verdade?
Quero com isto dizer que, por vezes, o olhar distorcido da deformação profissional específica, acaba por relevar para segundo plano (não de forma intencional mas pela ausência de um olhar crítico externo), a essência da questão ou problema e, pior ainda, a forma como um aluno normal (aluno normal no verdadeiro sentido da palavra e não daqueles que, cada vez mais, aparecem como cogumelos nas nossas escolas), interpreta e tenta encontrar a resposta para a questão ou o caminho para resolver um problema.
Mas esta questão/problema torna-se particularmente preocupante quando os erros referidos aparecem numa prova de exame e/ou nos critérios de correção/classificação (os principais e os que são apenas do conhecimento dos professores classificadores).
Pior ainda: as supostas orientações para a classificação, critérios gerais e específicos, não deixam de ser apenas palavras vãs… Na maior parte das formações de professores corretores/classificadores, os ditos critérios gerais e específicos são letra de lei e, pior ainda, são letra de lei também algumas “adendas” emanadas pelo eis GAVE (mas que são sigilosas, como referi anteriormente), com a agravante de que, algumas delas (como poderei comprovar) são emanações de mentes brilhantes, sustentadas em conjunturas puramente filosóficas e baseadas em teorias das ditas ciências da educação, que já deram provas, mais que suficientes, da sua validade científica. E mais não acrescento.
Contra estas vergonhas que, ano após ano, vão penalizando alunos e famílias (mas também professores e escolas, pois os rankings são absolutamente cegos nesta matéria), nem uma única palavra.
Concluindo: nunca como agora, o papel do verdadeiro professor foi tão importante… assim tenha o bom senso agir de acordo com o que a sua consciência dita e coragem para lutar contra a incompetência que parece grassar por tudo o que são tentáculos da 5 de outubro.
O assunto dos erros científicos nos manuais é grave, tal como o é a formulação das questões e problemas. Mas estes podem ser corrigidos por professores competentes.
Mas muito pior é quando os alunos são confrontados com colegas que tomam os manuais como bíblias, ou CPCs, não é verdade?
Espero que o/a professor(a) da petiza não se inclua nestes últimos. É que nós, pais e professores, passamos a ter um olhar sobre a educação bem diferentes quando acrescentamos à profissão o papel de pais, não é verdade? Enquanto não somos pais, olhamos para os testes que fazemos para os nossos alunos com olhar de professor; quando somos pais, olhamos para os testes que fazemos (ou que fazem para os nossos filhos) como pais, mas também como professores…
Abraço.