Educação, ciência e economia: um ministro pouco sábio
O que falta dizer é que esta investida de Pires de Lima sobre a Educação mais não é do que a maneira de deitar a mão a verbas destinadas a formação profissional que ele quer canalizar “da forma certa” enquanto Nuno Crato se deixa ficar, com o barrete até aos pés numa versão benigna das coisas.
Janeiro 22, 2014 at 7:59 pm
A Polónia ???ah… sim senhora é um grande exemplo diz o Descrato…a ler..saliento desde já a parte final…
Em 2012, a proporção de jovens que abandonam a educação e formação diminuiu em relação a 2005 em todos os Estados-Membros, com excepção da Polónia e do Reino Unido, conclui o gabinete de estudos europeus.
O abandono escolar em Portugal está a diminuir sendo apontado pelo Eurostat como o país que registou a “maior queda” nos últimos anos, no entanto ainda está entre os três piores da Europa.
O gabinete de estatística europeu, Eurostat, apresenta hoje um relatório sobre a situação do abandono escolar nos 27 países da União Europeia em 2012, sublinhando que a situação tem melhorado: no ano passado, 13% dos jovens europeus entre os 18 e os 24 anos deixaram a escola antes do tempo. Comparando com o ano anterior, registou-se uma melhoria de um ponto percentual.
O documento aponta Portugal como o país que registou a “maior queda”, passando de 38,8% casos de abandono em 2005 para 20,8% no ano passado.
O estudo mostra ainda que os rapazes são quem tem mais dificuldade em concluir os estudos. Em Portugal, 27,1% de homens e 14,3% de mulheres tinham abandonado precocemente a escola. Comparando com 2010, houve uma redução de 7,9 pontos percentuais e, cinco anos antes, havia 38,8% de jovens em Portugal que tinham deixado a escola antes do tempo.
A nível europeu, a percentagem de jovens que abandonam os estudos precocemente varia entre os 4% da Eslovénia e os 25% em Espanha, sendo “os casos mais problemáticos a Espanha (24,9%), Malta (22,6%) e Portugal (20,8%)”, sublinha o relatório.
Apesar de ser apontado como o país que fez mais progressos, Portugal partiu para este ranking comparativo com uma elevada percentagem de abandono escolar e por isso continua entre os piores.
Em 2012, a proporção de jovens que abandonam a educação e formação diminuiu em relação a 2005 em todos os Estados-Membros, com excepção da Polónia e do Reino Unido, conclui o gabinete de estudos europeus.
Lusa/SOL
Janeiro 22, 2014 at 8:03 pm
Na definição de “pouco sábio” caberá o sentido de alegada figura de estilo?
Janeiro 22, 2014 at 8:52 pm
Ontem, referi aqui uma série de tópicos que mostravam que os ultraliberais são o que de mais parecido existe com os velhos comunistas.
Falta referir agora um tópico de ordem doutrinária que evidencia uma convergência com o marxismo mais ortodoxo (que se impôs por altura da 2ª Internacional), senão mesmo uma sua ultrapassagem, pela radicalidade a que aquele tópico é levado por tais ultras.
Refiro-me à deriva para o determinismo económico (simplificando, a infra-estrutura económica condiciona, por uma relação causal linear, todas as esferas da vida social, designadamente a política e a cultura), e que no próprio Marx está longe de ser pacífico (nas obras de maturidade esse ponto é retomado criticamente, podendo falar-se numa causação recíproca entre níveis estruturais) – mas que nas mentes simplórias como a do ultraliberal PL (e há nessa religião muito mais ortodoxos a pensar assim) é assumido com a melhor das boas consciências, como se representasse um daqueles desígnios nacionais maiores, que se impõem por si mesmos sem discussão.
A locomotiva-económica-PL não ultrapassa NC, atropela-o, até porque este sempre se mostrou submisso em relação ao núcleo duro (economicista) do governo, e ademais a sua perspectiva fundamentalmente mercantilista do ensino não se escandalizará muito com o utilitarismo rasteiro do seu célere colega.