É o tal “programa reformista” da recandidatura de PC: empresas, empresas, empresas + empreendedorismo, empreendedorismo, empreendedorismo – quer dizer: transferência dos recursos do país para a oligarquia -, e nada de política e sociedade. A coisa está cada vez mais clara.
Mas há, nomeadamente, eleições para travar isso.
(Trata-se do tipo de programa, o único, que o Camelo consegue entender através do seu filtro de “economês. É mais fácil o Camelo passar pelo buraco de uma agulha do que aceder ao reino do Pensamento).
Lá se vão os TEIPs, cursos profissionais, CEFs sem o respectivo financiamento…. ah e a disciplina de História, pois o Lourenço já questionou publicamente para que serve…
O bronco do Camilo e o bronco do Castro pensam que eu tenho a memória curta – a quantidade de porcaria que debitam é algo transcendente:
(…)«Na RTPi, em conversa com Alberta Marques Fernandes, Camilo Lourenço, o idiota pago para fazer o número do comentador, acaba de perguntar: “qual a utilidade de professores ou licenciados em história para a economia se não precisamos deles?” Calculo que o “raciocínio” deva ser alargado a poetas, romancistas, fotógrafos, atores, sociólogos, filósofos, enfim, toda essa sorte de gente que, como é sabido, não faz nenhum e vive à grande. Já de pseudo-comentadores idiotas o país parece precisar como de pão para a boca. E pagos com dinheiro público para espalharem pelo planeta a estupidez mais rasteirinha»
Já se aperceberam que eu adoro o bronco do Camilo.
Não é só contigo, comigo passa-me também muita coisa pela cabeça…
“(…)
Não sei se a coisa acontece apenas comigo, mas sempre que vejo a frontaria de Camilo Lourenço, sobretudo se a imagem for acompanhada pelo dom da bosta dos seus pensamentos a soltarem-se-lhe da boca e caindo no chão à sua volta… parece-me estar a ver um cartaz que diz “Atirem-me com um gato morto nas trombas até o gato miar!”… mas provavelmente é apenas imaginação minha.
A verdade é que o incontinente comentador vive num stress tremendo, sempre tentando ser o primeiro a apoiar quaisquer medidas de austeridade que o governo resolva anunciar… mesmo aquelas que ainda estão na fase farsante dos anúncios catastróficos de, por exemplo, um futuro corte de 40% numa pensão, para depois se ficar, “magnanimamente”, “apenas” por vinte…
As provas que vai dando do ódio visceral que o move, já não apenas contra a esquerda, mas conta todos os trabalhadores, os verdadeiros culpados de tudo o que de mal acontece na Humanidade… são dignas de estudo psiquiátrico.
Este seu recente vómito, em que defendeu que «os licenciados em História são inúteis para a Economia»… fez correr tinta, muitas vezes de pessoas que decidiram pagar na mesma moeda, dizendo que são os economistas os “inúteis”… o que para além de não ser verdade, é uma injustiça… para muitos economistas.
A verdade é que é o “economista” Camilo Lourenço que se revela absolutamente inútil… para a História! http://samuel-cantigueiro.blogspot.pt/2013/02/camilo-lourenco-o-papagaio-do-pirata.html
(…)Entre as luminárias do regime resplandecem os espíritos sempre airosos dos Camilos Lourenços. Enquanto outros encontram dificuldades, os Camilos revelam-nos em palavras simples os bons princípios da nossa salvação. Há dividas? Paguem-se. Há despesas? Cortem-se. Há défices? Ide buscar o cilício e mortificai-vos. Há desemprego? Emigrem. Há pobres? Trabalhem. Há fome? Comam brioches. Há mulheres que tentam vender os filhos nos subúrbios? Pois que baixem o preço dos mais pequenitos, a quem faltam vantagens competitivas. Há suicídios, mortes por inanição? Eis um modo elegante de reduzir as transferências sociais. Há velhos sem medicamentos? Um sério aviso para os jovens que não aderiram à Médis. Há ordenados muito baixos nas empresas? Extingam-se. Há ordenados muito altos na EDP? São as leis do mercado, nada a fazer.
O mundo dos Camilos obedece a valores testados em séculos de miséria abjecta e desespero universal. Antigamente eram feitores e capatazes, hoje são jornalistas e lideres de opinião. Os Camilos Lourenços dão imenso jeito. Todos os ricos deviam ter um. http://declinioqueda.wordpress.com/2012/09/18/cem-mil-diz-o-sobredotado/
Fico por aqui e o Camilo que meta o livrinho no c u:
(…) Um inútil com olho – ou cunha, ou network – para o negócio muito provavelmente acaba por ser pago para dizer inutilidades. Este indivíduo, que não aponta uma única solução para um único problema, limita-se a vomitar lugares-comuns. Provavelmente queria estar no lugar doutro inútil. Mas mesmo entre inúteis a competição é feroz, e não há lugares para todos.
Maria João Branco, professora de História Medieval, na FCSH da Universidade Nova de Lisboa, lido no Aventar, dá-lhe resposta:
Também talvez alguém lhe devesse contar que, por exemplo, em Oxford consideram Economia o curso menos útil e mais estupidificante de todos. Até Gestão teve grande dificuldade em imperar, embora agora a Said Business School tenha bastante prestígio. O presidente de um dos colégios mais prestigiados era licenciado em Filosofia e foi o chefe do Tesouro da Thatcher durante vinte anos. Quando lhe perguntei como tinha feito para compreender as complexidades da Economias, olhou-me com espanto e disse-me: “- mas isso aprende-se em qualquer estágio de 3 meses, é uma idiotice passar anos a estudar uma coisa tão óbvia”. Os cursos mais valorizados para tudo, especialmente para o civil service, diplomacia o bolsa de mercados são, em primeiro lugar Clássicas e logo a seguir História, pela capacidade de compreender problemas complexos, equacionar dados múltiplos de forma crítica e produzir respostas e soluções inovadoras. Seria de pedir um comentário a este senhor, sobre esta e outras realidades de países com bastante tradição em eficiência e profissionalismo?
Luís M. Jorge, no Declínio e Queda, há muito que lhe tirou o retrato:
Entre as luminárias do regime resplandecem os espíritos sempre airosos dos Camilos Lourenços. Enquanto outros encontram dificuldades, os Camilos revelam-nos em palavras simples os bons princípios da nossa salvação. Há dividas? Paguem-se. Há despesas? Cortem-se. Há défices? Ide buscar o cilício e mortificai-vos. Há desemprego? Emigrem. Há pobres? Trabalhem. Há fome? Comam brioches. Há mulheres que tentam vender os filhos nos subúrbios? Pois que baixem o preço dos mais pequenitos, a quem faltam vantagens competitivas. Há suicídios, mortes por inanição? Eis um modo elegante de reduzir as transferências sociais. Há velhos sem medicamentos? Um sério aviso para os jovens que não aderiram à Médis. Há ordenados muito baixos nas empresas? Extingam-se. Há ordenados muito altos na EDP? São as leis do mercado, nada a fazer.
O mundo dos Camilos obedece a valores testados em séculos de miséria abjecta e desespero universal. Antigamente eram feitores e capatazes, hoje são jornalistas e lideres de opinião. Os Camilos Lourenços dão imenso jeito. Todos os ricos deviam ter um.
Carlos Azevedo, no The Cats Scats, publica um poema de Gonçalo M. Tavares, O Desempregado com filhos; É um retrato fidedigno daquilo a que chegamos. Os Camilos Lourenços deste país dirão simplesmente, sem um estremecimento: esgotou a sua utilidade económica.
Disseram-lhe: só te oferecemos emprego se te cortarmos a mão.
Ele estava desempregado há muito tempo; tinha filhos, aceitou.
Mais tarde foi despedido e de novo procurou emprego.
Disseram-lhe: só te oferecemos emprego se te cortarmos a mão que te resta.
Ele estava desempregado há muito tempo; tinha filhos, aceitou.
Mais tarde foi despedido e de novo procurou emprego.
Disseram-lhe: só te oferecemos emprego se te cortarmos a cabeça.
Ele estava desempregado há muito tempo; tinha filhos, aceitou.
No meio da insanidade, o secretário de estado disse uma única coisa acertada, embora ressalvando que falava a título pessoal: que não interessa andar a discutir o valor do défice, pois o que precisaríamos era de um superavit orçamental.
E aqui é que bate o ponto, pois toda a política que este governo tem seguido desde o primeiro momento vai no sentido de eternizar a dívida que se sabe ser impagável e manter o défice que é o principal problema estrutural das finanças públicas portuguesas.
Quando se recusa a reestruturação da dívida em valores comportáveis para o país, quando se alienam a preço de saldo empresas públicas lucrativas, quando se protela uma verdadeira reforma do Estado no sentido de o colocar verdadeiramente ao serviço dos cidadãos e não da sua própria burocracia e das clientelas dos amigos do poder, os problemas não têm solução.
O único sentido que tudo isto faz é que o governo também não anda em busca de soluções para a crise: ele quer uma depressão económica dura e prolongada, apenas com um ligeiro alívio em 2015 que chegue para renovar a maioria governativa, e que crie as condições para a imposição de todo um programa ideológico neoliberal que passa pela precarização e proletarização do trabalho, por um Estado mínimo assistencialista dos pobres e clientelar dos ricos, por uma submissão vergonhosa aos ditames das troikas internacionais que exploram a riqueza e os recursos que o país ainda consegue produzir.
Janeiro 15, 2014 at 7:58 pm
fosga-se..via tudo sr gasto em viagra anal..
http://bulimunda.wordpress.com/2014/01/15/arcade-fire-afterlife-official-video/
Janeiro 15, 2014 at 8:12 pm
Resumindo, o camilo foi promovido a cão-de-fila do SE.
Quanto ao resto, nada de novo. É roubar aos tugas para encher os amigalhaços.
Janeiro 15, 2014 at 8:30 pm
É o tal “programa reformista” da recandidatura de PC: empresas, empresas, empresas + empreendedorismo, empreendedorismo, empreendedorismo – quer dizer: transferência dos recursos do país para a oligarquia -, e nada de política e sociedade. A coisa está cada vez mais clara.
Mas há, nomeadamente, eleições para travar isso.
(Trata-se do tipo de programa, o único, que o Camelo consegue entender através do seu filtro de “economês. É mais fácil o Camelo passar pelo buraco de uma agulha do que aceder ao reino do Pensamento).
Janeiro 15, 2014 at 8:31 pm
#2-Adoro o camilo…tem mais piada que o Herman
Janeiro 15, 2014 at 9:08 pm
Lá se vão os TEIPs, cursos profissionais, CEFs sem o respectivo financiamento…. ah e a disciplina de História, pois o Lourenço já questionou publicamente para que serve…
Janeiro 15, 2014 at 9:58 pm
Insanidade é favor…
Janeiro 15, 2014 at 10:06 pm
O Camilo Lourenço só tem um neurónio…e a trabalhar mal.
Ó Camilo toma lá:
Camilo Lourenço e o Orçamento de Estado
por JFD, em 16.10.13
(…)
Ler mais:http://risco-continuo.blogs.sapo.pt/560181.html
Janeiro 15, 2014 at 10:09 pm
Eu quero mais é que o Castro Almeida e o Camilo Bronc0 Lourenço se f*d@m!
Terça-feira, 10.12.13
O lourenço (não) é um camilo!
(…)
Ler mais:http://insubmisso-sempre.blogs.sapo.pt/8784.html
Janeiro 15, 2014 at 10:11 pm
Dedicado aos broncos que nos (des) governam:
O Que Interessa Um Stiglitz Se Temos O Camilo Lourenço E Tantos Ex-Governantes…
Posted by Paulo Guinote under Economistas De Algibeira
[31] Comments
(…)
Ler mais:https://educar.wordpress.com/2013/09/10/o-que-interessa-um-stiglitz-se-temos-o-camilo-lourenco-e-tantos-ex-governantes/
Janeiro 15, 2014 at 10:12 pm
#7
Hum!, não trabalha bem nem mal, consome trabalho alheio – alheio ao trabalho alheio…
Janeiro 15, 2014 at 10:15 pm
Leitura aconselhada ao idiota do Castro:
terça-feira, 27 de Agosto de 2013
Camilo Lourenço
(…)
Ler mais:http://outramargem-visor.blogspot.pt/2013/08/camilo-lourenco.html
Janeiro 15, 2014 at 10:16 pm
Se calhar foi só uma sondagem…o homem lá iria deixar de atormentar as manhãs da M80…
Janeiro 15, 2014 at 10:25 pm
Classificação dúbia.
Janeiro 15, 2014 at 10:27 pm
O bronco do Camilo e o bronco do Castro pensam que eu tenho a memória curta – a quantidade de porcaria que debitam é algo transcendente:
(…)«Na RTPi, em conversa com Alberta Marques Fernandes, Camilo Lourenço, o idiota pago para fazer o número do comentador, acaba de perguntar: “qual a utilidade de professores ou licenciados em história para a economia se não precisamos deles?” Calculo que o “raciocínio” deva ser alargado a poetas, romancistas, fotógrafos, atores, sociólogos, filósofos, enfim, toda essa sorte de gente que, como é sabido, não faz nenhum e vive à grande. Já de pseudo-comentadores idiotas o país parece precisar como de pão para a boca. E pagos com dinheiro público para espalharem pelo planeta a estupidez mais rasteirinha»
Fonte:http://5dias.wordpress.com/2013/02/25/camilo-lourenco-ele-mesmo/
Janeiro 15, 2014 at 10:28 pm
O bronco do Camilo serve para quê?
Janeiro 15, 2014 at 10:30 pm
15
Jan 14
||| Silly season é quando um secretário de Estado quiser
Por josé simões, às 18:40
(…)
Ler mais:http://derterrorist.blogs.sapo.pt/silly-season-e-quando-um-secretario-de-2546570
Janeiro 15, 2014 at 10:30 pm
Quando se pensa que já se viu tudo!!!!!!!!!!!!!!! mas o camilo sabe produzir o quê, além de verborreia?
Janeiro 15, 2014 at 10:33 pm
Já se aperceberam que eu adoro o bronco do Camilo.
Não é só contigo, comigo passa-me também muita coisa pela cabeça…
“(…)
Não sei se a coisa acontece apenas comigo, mas sempre que vejo a frontaria de Camilo Lourenço, sobretudo se a imagem for acompanhada pelo dom da bosta dos seus pensamentos a soltarem-se-lhe da boca e caindo no chão à sua volta… parece-me estar a ver um cartaz que diz “Atirem-me com um gato morto nas trombas até o gato miar!”… mas provavelmente é apenas imaginação minha.
A verdade é que o incontinente comentador vive num stress tremendo, sempre tentando ser o primeiro a apoiar quaisquer medidas de austeridade que o governo resolva anunciar… mesmo aquelas que ainda estão na fase farsante dos anúncios catastróficos de, por exemplo, um futuro corte de 40% numa pensão, para depois se ficar, “magnanimamente”, “apenas” por vinte…
As provas que vai dando do ódio visceral que o move, já não apenas contra a esquerda, mas conta todos os trabalhadores, os verdadeiros culpados de tudo o que de mal acontece na Humanidade… são dignas de estudo psiquiátrico.
Este seu recente vómito, em que defendeu que «os licenciados em História são inúteis para a Economia»… fez correr tinta, muitas vezes de pessoas que decidiram pagar na mesma moeda, dizendo que são os economistas os “inúteis”… o que para além de não ser verdade, é uma injustiça… para muitos economistas.
A verdade é que é o “economista” Camilo Lourenço que se revela absolutamente inútil… para a História!
http://samuel-cantigueiro.blogspot.pt/2013/02/camilo-lourenco-o-papagaio-do-pirata.html
Janeiro 15, 2014 at 10:34 pm
Os sonhos molhados de Camilo Lourenço
19/09/2012 por António Fernando Nabais 38 Comentários
(…)
Ler mais:http://aventar.eu/2012/09/19/os-sonhos-molhados-de-camilo-lourenco/
Janeiro 15, 2014 at 10:36 pm
(…)Entre as luminárias do regime resplandecem os espíritos sempre airosos dos Camilos Lourenços. Enquanto outros encontram dificuldades, os Camilos revelam-nos em palavras simples os bons princípios da nossa salvação. Há dividas? Paguem-se. Há despesas? Cortem-se. Há défices? Ide buscar o cilício e mortificai-vos. Há desemprego? Emigrem. Há pobres? Trabalhem. Há fome? Comam brioches. Há mulheres que tentam vender os filhos nos subúrbios? Pois que baixem o preço dos mais pequenitos, a quem faltam vantagens competitivas. Há suicídios, mortes por inanição? Eis um modo elegante de reduzir as transferências sociais. Há velhos sem medicamentos? Um sério aviso para os jovens que não aderiram à Médis. Há ordenados muito baixos nas empresas? Extingam-se. Há ordenados muito altos na EDP? São as leis do mercado, nada a fazer.
O mundo dos Camilos obedece a valores testados em séculos de miséria abjecta e desespero universal. Antigamente eram feitores e capatazes, hoje são jornalistas e lideres de opinião. Os Camilos Lourenços dão imenso jeito. Todos os ricos deviam ter um.
http://declinioqueda.wordpress.com/2012/09/18/cem-mil-diz-o-sobredotado/
Janeiro 15, 2014 at 10:36 pm
Vai ser mais um negócio como o da ponte Vasco da Gama!
Janeiro 15, 2014 at 10:42 pm
Fico por aqui e o Camilo que meta o livrinho no c u:
(…) Um inútil com olho – ou cunha, ou network – para o negócio muito provavelmente acaba por ser pago para dizer inutilidades. Este indivíduo, que não aponta uma única solução para um único problema, limita-se a vomitar lugares-comuns. Provavelmente queria estar no lugar doutro inútil. Mas mesmo entre inúteis a competição é feroz, e não há lugares para todos.
Maria João Branco, professora de História Medieval, na FCSH da Universidade Nova de Lisboa, lido no Aventar, dá-lhe resposta:
Também talvez alguém lhe devesse contar que, por exemplo, em Oxford consideram Economia o curso menos útil e mais estupidificante de todos. Até Gestão teve grande dificuldade em imperar, embora agora a Said Business School tenha bastante prestígio. O presidente de um dos colégios mais prestigiados era licenciado em Filosofia e foi o chefe do Tesouro da Thatcher durante vinte anos. Quando lhe perguntei como tinha feito para compreender as complexidades da Economias, olhou-me com espanto e disse-me: “- mas isso aprende-se em qualquer estágio de 3 meses, é uma idiotice passar anos a estudar uma coisa tão óbvia”. Os cursos mais valorizados para tudo, especialmente para o civil service, diplomacia o bolsa de mercados são, em primeiro lugar Clássicas e logo a seguir História, pela capacidade de compreender problemas complexos, equacionar dados múltiplos de forma crítica e produzir respostas e soluções inovadoras. Seria de pedir um comentário a este senhor, sobre esta e outras realidades de países com bastante tradição em eficiência e profissionalismo?
Luís M. Jorge, no Declínio e Queda, há muito que lhe tirou o retrato:
Entre as luminárias do regime resplandecem os espíritos sempre airosos dos Camilos Lourenços. Enquanto outros encontram dificuldades, os Camilos revelam-nos em palavras simples os bons princípios da nossa salvação. Há dividas? Paguem-se. Há despesas? Cortem-se. Há défices? Ide buscar o cilício e mortificai-vos. Há desemprego? Emigrem. Há pobres? Trabalhem. Há fome? Comam brioches. Há mulheres que tentam vender os filhos nos subúrbios? Pois que baixem o preço dos mais pequenitos, a quem faltam vantagens competitivas. Há suicídios, mortes por inanição? Eis um modo elegante de reduzir as transferências sociais. Há velhos sem medicamentos? Um sério aviso para os jovens que não aderiram à Médis. Há ordenados muito baixos nas empresas? Extingam-se. Há ordenados muito altos na EDP? São as leis do mercado, nada a fazer.
O mundo dos Camilos obedece a valores testados em séculos de miséria abjecta e desespero universal. Antigamente eram feitores e capatazes, hoje são jornalistas e lideres de opinião. Os Camilos Lourenços dão imenso jeito. Todos os ricos deviam ter um.
Carlos Azevedo, no The Cats Scats, publica um poema de Gonçalo M. Tavares, O Desempregado com filhos; É um retrato fidedigno daquilo a que chegamos. Os Camilos Lourenços deste país dirão simplesmente, sem um estremecimento: esgotou a sua utilidade económica.
Disseram-lhe: só te oferecemos emprego se te cortarmos a mão.
Ele estava desempregado há muito tempo; tinha filhos, aceitou.
Mais tarde foi despedido e de novo procurou emprego.
Disseram-lhe: só te oferecemos emprego se te cortarmos a mão que te resta.
Ele estava desempregado há muito tempo; tinha filhos, aceitou.
Mais tarde foi despedido e de novo procurou emprego.
Disseram-lhe: só te oferecemos emprego se te cortarmos a cabeça.
Ele estava desempregado há muito tempo; tinha filhos, aceitou.
O Desempregado com Filhos, de Gonçalo M. Tavares.
http://thoughloversbelostloveshallnot.blogspot.com/2013/02/camilo-lourenco-um-inutil-pago-para.html
Janeiro 15, 2014 at 10:42 pm
Que merda de governo.
Janeiro 15, 2014 at 10:50 pm
#15
Meu, não voltes a colocar questões para as quais, alegadamente, enunciaria um gabarito. Ai!
Janeiro 15, 2014 at 10:53 pm
Apesar de tudo, gostava mais da Nossa Senhora de Fátima como ajudante dos desvalidos de senso.
Janeiro 15, 2014 at 10:59 pm
No meio da insanidade, o secretário de estado disse uma única coisa acertada, embora ressalvando que falava a título pessoal: que não interessa andar a discutir o valor do défice, pois o que precisaríamos era de um superavit orçamental.
E aqui é que bate o ponto, pois toda a política que este governo tem seguido desde o primeiro momento vai no sentido de eternizar a dívida que se sabe ser impagável e manter o défice que é o principal problema estrutural das finanças públicas portuguesas.
Quando se recusa a reestruturação da dívida em valores comportáveis para o país, quando se alienam a preço de saldo empresas públicas lucrativas, quando se protela uma verdadeira reforma do Estado no sentido de o colocar verdadeiramente ao serviço dos cidadãos e não da sua própria burocracia e das clientelas dos amigos do poder, os problemas não têm solução.
O único sentido que tudo isto faz é que o governo também não anda em busca de soluções para a crise: ele quer uma depressão económica dura e prolongada, apenas com um ligeiro alívio em 2015 que chegue para renovar a maioria governativa, e que crie as condições para a imposição de todo um programa ideológico neoliberal que passa pela precarização e proletarização do trabalho, por um Estado mínimo assistencialista dos pobres e clientelar dos ricos, por uma submissão vergonhosa aos ditames das troikas internacionais que exploram a riqueza e os recursos que o país ainda consegue produzir.
Janeiro 15, 2014 at 11:14 pm
Pilhéria aos gajos que invejam antecipadamente que seja tão pobre como eles e que ainda pretendem recriar o big-bang-aid no recreio que se afasta.
Janeiro 16, 2014 at 9:00 am
Aqui continua a não se aprender nada…!
Janeiro 16, 2014 at 11:07 am
#28,
É uma vocação.
Isso e dar guarida a mins.
Janeiro 16, 2014 at 1:16 pm
#28
XO VAI LÁ PRÓ CURRAL DO CUNHA….E LEVA O CAMELO.