… resta informá-lo ou ele perceber isso.
Na semana passada, numa avaliação por parte de jornalistas do Expresso que o acolhera como articulista residente surgiu como terceiro pior ministro (classificação baixo de 8 não dava sequer acesso a um exame nos meus tempos) de um Governo com nota abaixo de 10, apenas à frente do inenarrável Machete e do dúbio Aguiar Branco.
Hoje, no Público, o balanço destes dois anos e meio revela o ponto até ao qual Nuno Crato se afundou na sua incapacidade política e incompetência técnica para o cargo.
Algo que já várias vezes lamentei, pois nunca fui dos que o recusaram desde o primeiro dia por ser “de Direita”. Só que é impossível não ver como ao avançar pelas questões a resolver Nuno Crato foi falando a destempo, errando nas apreciações, sendo desastrado e desmentindo-se sucessivamente.
Não são balanços corporativos feitos por professores malvados. São balanços feitos no ambiente que sempre o recebeu de braços abertos, dando-lhe todo o espaço para explanar as suas ideias.
Dezembro 31, 2013 at 12:03 pm
Políticos a demitirem-se não é cool. Há um novo estado na evolução do pântano: as lapas já não precisam de rocha para se agarrarem.
Dezembro 31, 2013 at 12:04 pm
Podem se exonerados, como os secretários rosalinos depois de se terem esgotado e nos terem exaurido na sua função.
Dezembro 31, 2013 at 12:36 pm
Crato, Crato, por que me persegues?
Dezembro 31, 2013 at 1:03 pm
Já me despeço de tão fraco ministro.
Dezembro 31, 2013 at 1:07 pm
Epitáfio
Quando saíu sabia apenas mais uma coisa sobre Educação: que dela nada sabia. Em geral, todos continuaram a não perceber quem sabia. To be continued (the same old way).
Dezembro 31, 2013 at 1:28 pm
exonerado?? só se for de forma irrevogável..
Dezembro 31, 2013 at 1:29 pm
Dezembro 31, 2013 at 1:43 pm
Para mim, como já o disse mais do que uma vez, NC está a protagonizar o pior mandato à frente do MEC desde o 25 de Abril. O balanço para a Educação e para a Escola Pública já é desolador, para não dizer devastador.
Com as expectativas positivas e as condições com que entrou – principalmente do lado dos zecos: sucedia a MLR… -, reunia praticamente tudo para fazer um bom trabalho neste tão perturbado sector.
O seu desastrado começo, ao aceitar de braços abertos (“temos que fazer mais com menos”) os cortes draconianos para o MEC, se então parecia resultar apenas do arrivismo político e do desejo de agradar aos correligionários, agora já se percebe que fazia parte de um plano ideológico (o mesmo que o governo aplica nos restantes sectores, mormente nos sociais) para debilitar o ensino público e preparar a sua mercantilização, de forma a favorecer as escolas particulares e privadas.
Os exames e o ensino vocacional – as suas bandeiras – evidenciam ambos as linhas de força desta política educativa: numa primeira linham, a promoção da exclusão para favorecer o projecto de “empobrecimento redentor” da população, de par com a desvalorização do trabalho (e dos trabalhadores); numa segunda linha, uma visão baixamente utilitária e tecnocrática do ensino – ele serve sobretudo para formatar para as exigências do mercado -, onde pontifica a lógica examocrática: enfatização dos resultados e de todos os factores quantitativos, mensuráveis, desprezando o essencial, os processos de ensino/aprendizagem (da ordem da qualidade e da complexidade).
O factor crítico que impede o salto consistente e qualitativo do nosso sistema de ensino, a perda da autoridade os professores, foi bem agravado com NC, quer com um complacente estatuto do aluno, quer com uma afrontosa e absurda PACC, que mostrou definitivamente aos professores o que podem aguardar de NC e da sua política educativa.
Por tudo isso, a queda de NC e deste governo era aquilo que verdadeiramente melhor poderia suceder à Educação e ao país.
Dezembro 31, 2013 at 1:43 pm
LIBERDADE DE ESCOLHA
cretinóide sorridente
é pública constatação
que o arrobas que nos coube
não vale*
* uma moção, um garrafão, um punhado de pelo de cão, uma emoção, uma lição, um ca.galhão, uma irritação, um bidão de alcatrão, qualquer coisa mais terminada em ão qualquer que seja a forma que assuma desde que o seu valor seja superior a de um arrobas (a escolha é amplíssima)
Dezembro 31, 2013 at 2:17 pm
eu acho que ninguém vai agora mexer no ministro… deixemos chegar março, abril… por aí acho que alguns ministros vão ficar com diarreia… coitados… lá terão que ir. O Seguro tb não está a salvo desta maleita… Nós, o people, já estamos mal há algum tempo, sem pingo de ânimo.
O Crato agora manda mais um sorriso, lembra-se quiçá de u outro exame para lançar a polémica e os jornalistas dizerem que sempre q se fala em avaliação os professores protestam…
o Crato aguenta, aguenta… foi feito pr’aguentar.
Dezembro 31, 2013 at 3:27 pm
Ora bem, eu não fui “dos que o recusaram desde o primeiro dia por ser “de Direita””.
Manifestei foi o meu cepticismo em relação ao facto de um ministro de um governo assumidamente de direita e com um programa político e ideológico claro, quer internamente – os programas eleitorais do PSD e do CDS e o programa de governo – quer externamente – o memorando da troika – pudesse fazer algo de substancialmente diferente do que fez.
Não me cansarei de denunciar aquilo a que, sendo benevolente, chamarei ingenuidade, o achar que um ministro independente vai para um governo concretizar os achismos que deixou registados em livros, artigos de jornal ou charlas televisivas em vez de seguir o programa de governo e as prioridades e grandes linhas de actuação que o primeiro-ministro, o governo e os partidos que o apoiam lhe impuserem.
O problema não é o ministro incompetente ou desastrado: é a política no seu conjunto que está errada!
Dezembro 31, 2013 at 4:24 pm
O Nuno pode ir arrumando os tarecos.
Tribunal do Funchal também determina suspensão da prova de avaliação dos docentes
Maria João Lopes
31/12/2013 – 12:29
Depois da decisão do tribunal do Porto conhecida na segunda-feira, também o tribunal do Funchal determinou a suspensão do despacho do ministro, anunciou nesta terça-feira a Fenprof.
(…)
Ler mais:http://www.publico.pt/sociedade/noticia/tribunal-do-funchal-tambem-determina-suspensao-da-prova-de-avaliacao-dos-docentes-1618042
Dezembro 31, 2013 at 4:29 pm
1500, só?
A IGEC também sai muito bem no figurino…
1500 denúncias de irregularidades na prova dos professores
Algumas dessas alegadas irregularidades foram cometidas pela IGEC, acusa a Fenprof
Por: tvi24 / MM | 2013-12-31 10:07
A Fenprof já recebeu mais de 1500 denúncias de professores contratados que fizeram a prova de avaliação docente, dando conta de irregularidades cometidas, em alguns casos, pela própria Inspeção-Geral de Educação e Ciência, acusações que o Ministério rejeita.
De acordo com o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira são mais de 1500 os relatos recebidos até ao momento, mas apenas 150 preencheram todos os campos de identificação e dados pedidos pela federação sindical.
O Ministério da Educação e Ciência, em resposta enviada à agência Lusa, refuta as alegadas irregularidades, indicando que a Inspeção-Geral de Educação e Ciência se pautou pelo «estrito cumprimento da legalidade», e que «a IGEC estranha e rejeita com veemência qualquer acusação com este teor».
De acordo com o líder sindical, as denúncias mais frequentes prendem-se com o incumprimento de horários, «nalguns casos com atrasos muito grandes para o início da prova», a existência de apenas um professor vigilante, ou a realização do exame em salas grandes, violando o número máximo de professores por sala.
No entanto, as denúncias mais graves recebidas pela Fenprof são de irregularidades cometidas pela própria IGEC, com professores a denunciarem pressões indevidas sobre as direções as escolas.
«Havia um manual que dizia o que tinha que ser feito. O que tinha que ser feito não foi feito em muitos casos, e em alguns deles, há vários professores que relatam isso, por imposição da própria IGEC. Quando a direção da escola considerou que não havia condições para que a prova se realizasse foi a própria inspeção presente nas escolas que pressionou no sentido de que, à margem das regras do manual, a prova se realizasse», disse à Lusa Mário Nogueira.
A título de exemplo o líder da Fenprof referiu o caso de uma escola onde para as 10 salas onde iria decorrer a prova de avaliação de conhecimentos e capacidades (PACC) dos docentes havia apenas, inicialmente, oito professores vigilantes.
Segundo os relatos recebidos pela Fenprof, depois de pressões da IGEC sobre a direção da escola conseguiram reunir-se 18 professores vigilantes, ainda assim abaixo dos 20 necessários para cumprir o requisito de dois professores por sala.
«Foi a própria inspeção que fez pressão para que isso acontecesse, o que é mau, porque o estatuto da IGEC não é de fazer de fiscal do ministério. Não é de forma alguma a polícia do ministro. Quando os comportamentos da IGEC vão no sentido de imporem a qualquer custo decisões, medidas ou procedimentos, isso está mal», frisou Mário Nogueira, que ressalvou que a federação sindical está ainda a apurar as queixas que vão chegando.
Em resposta às acusações, o ministério refere que a intervenção da IGEC visou «zelar pelo cumprimento da legalidade e contribuir para que todos os candidatos pudessem realizar a prova em condições de equidade».
E garante que «nenhum diretor ou qualquer outro interveniente na prova (incluindo vigilantes ou candidatos) apresentou qualquer queixa referente à atuação dos inspetores da IGEC, junto da própria IGEC ou do Júri Nacional da Prova».
A Fenprof conta ter concluído em janeiro «um apanhado» das denúncias, as quais depois deverão traduzir-se em queixas junto da própria IGEC, do ministério e dos grupos parlamentares.
«Depois veremos se há aqui situações que justifiquem mais do que isso. Se são apenas coisas do foro disciplinar, ou se há indício de haver alguma ilegalidade que possa consubstanciar crime e permitia um encaminhamento para a Procuradoria-Geral da República», concluiu Mário Nogueira
http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/professores-prova-irregularidades-docentes-fenprof-tvi24/1523839-4071.html
Dezembro 31, 2013 at 5:47 pm
Que 2014 nos livre de Nuno Crato!
Dezembro 31, 2013 at 7:13 pm
Gostaria de ter conhecido a prática governativa de Nuno Crato como ministro da Educação num outro contexto económico, financeiro e político. Qualquer outro, no terrível contexto atual, faria igual, ou bem pior. No caso de Sócrates/MLR, e de outros ps´s, com o seu ódio visceral aos professores e as suas teses assentes na ideia dos “coitadinhos” dos alunos, não sei onde iríamos parar.
E não estou a defender o governo e as suas políticas, educativas ou outras, que muito me têm afetado (somos dois funcionários públicos cá em casa) mas assumindo-me como cada vez mais pragmática, continuo à espera que a esquerda apresente e demonstre a validade das soluções que preconiza para sairmos deste buraco. Pode ser que o faça no ano que se avizinha…
Um 2014 mais feliz para todos.
Dezembro 31, 2013 at 7:40 pm
Depois de tudo o que já vi…
Se eu estivesse no lugar de Crato, recusaria continuar de ministro, teria vergonha de fazer tanta asneira.
Sei, melhor do que Crato, que a tal prova é necessária. Mas não deve ser aplicada a quem já terminou a formação para professor e, muito menos, a quem já lecionou (independentemente do número de dias ou anos).
É uma questão de justiça e de confiança no Estado.
Janeiro 1, 2014 at 8:25 pm
Caro António Duarte: Congratulo-me com o tom equilibrado da sua crítica a Nuno Crato. Aliás tom que lhe reconheço mesmo quando ambos estamos em desacordo de opiniões.
Na verdade, o Ministério da Educação é uma fogueira que tem calcinado ou, apenas, chamuscado todos os ministros da Educação .
Só estranho que vá passando incólume o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Granjo, diplomado pela Escola do Magistério Primário do Porto (que gente de tanto valor diplomou) . Tempos depois, obteve uma licenciatura numa Escola Superior de Educação privada (chegará a ter dado aulas no antigo ensino primário?), tendo a seu cargo a tutela, como secretário de Estado, não só do 1.º ciclo do básico, como do 2º. e 3.º ciclos do básico e secundário como sendo um peixe capaz de nadar num aquário de água doce e salgada.
Numa altura em que caem secretários de Estado que nem tordos quase sou obrigado a pensar estarmos na presença de uma excepção muito excepcional . Não estranharia, portanto, vê-lo um dia entrar pela escadaria do Ministério da Educação com a pasta de ministro nas mãos!!!! O futuro para além de pertencer a Deus, na “vox populi”, depende também do PSD… E isso é que nos deve preocupar!
Janeiro 1, 2014 at 11:18 pm
Eu nao recusei o crato desde o inicio por ser de direitA, mas sim por pertencer a um governo que claramente no seu programa tem coisas como cheque-ensino e “Viva os Privados”…
Janeiro 1, 2014 at 11:41 pm
Mas não tem aquilo de termos ser iguais.
Janeiro 2, 2014 at 5:11 pm
Mesmo ao nível da opinião pública geral, por vezes nada a favor dos professores, este badameco pau-mandado incompetente tem crédito.
Janeiro 2, 2014 at 5:12 pm
#17 o Granjo e o bigodes dono de uma escolita “superior” são dos mais ardentes defensores da prova. Complexos de inferioridade talvez?
Janeiro 2, 2014 at 5:15 pm
# 20 queria dizer, não tem crédito