Foram mais de 30.000, entre contratados, aposentados e desistentes.
A coisa vai muito para além do argumento demográfico ou orçamental. Há uma sanha muito especial contra o grupo mais numeroso de profissionais qualificados do Estado.
Até porque há demasiados interesses na degradação do serviço prestado nas escolas públicas.
Na Saúde já muita gente tem um pé em cada lado… e são muitos os milhões que escorregam… a Educação é, de há uns tempos a esta parte, a fatia mais apetecível.
Dezembro 17, 2013 at 11:19 am
Hoje perdeu mais um da minha escola…faleceu no activo.
Talvez, com toda a crueldade, a ideia seja essa…matar-nos pelo stress, insegurança e falta de perspectivas…
Dezembro 17, 2013 at 2:02 pm
Uma das coisas que sinto já há muito tempo é que quando estou com americanos, belgas, alemães ou franceses as pessoas respeitam o meu conhecimento. Põe-me questões sobre adolescentes e tratam as minhas respostas como se fossem as de um perito nessa matéria. Respeitam-me, sem sequer me conhecer porque sou professora – essa nobre e difícil profissão.
Quando estou com portugueses, bem,… não é a mesma coisa. Mas penso que, quando escolhi ser professora, valorizavam os professores e desvalorizavam as prostitutas e hoje em dia é ao contrário. (Perdão, acompanhantes de luxo!)
Dezembro 17, 2013 at 3:57 pm
Não acho que haja “demasiados interesses” na degradação da escola pública, acho, isso sim, que há interesses muito fortes nessa degradação.
Mas já que no post se fala na saúde, o outro pilar do Estado social, deixem-me assinalar que aqui o processo privatizador tem decorrido de forma muito mais calma e consensual.
Os próprios professores, que se indignam com os contratos de associação com os colégios privados, não se incomodam nada, e acham bem, pagar por uma consulta de especialidade num hospital privado menos do que pagariam no público. O princípio é o mesmo, o Estado deixar de assegurar os serviços aos cidadãos e pagar a privados com fins lucrativos para que o façam.
Reparem que para pagar estas coisas os descontos para a ADSE têm vindo continuamente a aumentar, mas ninguém se queixa. Reparem como da extinção tantas vezes anunciada da ADSE deixou de se ouvir falar. Nem a troika sugere tal coisa, que não interessa aos “investidores”…
E depois há sempre aquela leitura, de quem gosta de fulanizar as políticas, de dizer que o ministro da saúde é bom e o da educação é mau. Ou melhor, parecia bom e afinal não presta…
Dezembro 17, 2013 at 6:29 pm
Juntem-lhe os quase 20000 que perdeu entre 2006 e 2011, altura em que começou o ataque cerrado à classe…