Quando se atiram os alunos com mais repetências para fora das turmas regulares e das próprias escolas, com o pretexto de um ensino “vocacional”, os melhores não arrastam ninguém, apenas se corta a base do universo de alunos a analisar em muitas das avaliações.
A verdade é que ao “limpar” dos exames (quiçá dos próprios testes internacionais) os alunos com pior desempenho, poderá conseguir criar-se uma ilusão de melhoria, mas não passará disso mesmo.
Dezembro 15, 2013 at 4:52 pm
O que está acontecer no dito “vocacional” é realmente uma treta com o único objetivo de atirar estes alunos para a rua. Vocacionais com 25 alunos em aulas ditas práticas dadas em salas preparadas para 15 … está tudo dito. Para um aluno ser aluno de um curso profissional tem de ter uma estrutura mental que estes não têm. É uma brincadeira em que cada escola faz como entende desde que os passem no fim. A promessa aliás é essa. num ano ou dois passas e vais embora.Sem exames é claro.
Dezembro 15, 2013 at 5:15 pm
E a Lurdecas já pegava nisto na entrevista ao Público: que o lugar dos alunos é na escola, que é aí que se aprende e não nas empresas.
Que a política do ensino dito vocacional do actual ministro é um retrocesso que rompe com uma política de décadas orientada para o alargamento e universalidade da escolarização.
Quando até uma ex-ministra do calibre daquela de que hoje se fala consegue criticar a actual política com esta pertinência, vê-se quão maus são os caminhos por onde teimam em levar a educação neste país…
Dezembro 15, 2013 at 5:35 pm
Pois, a Lurdecas bem pode limpar as mãos à parede com as suas NO e o seu facilitismo paternalista (sucesso estatístico para o insucesso na vida).
Quanto a NC, o sistema de ensino não precisa apenas de um abanão, precisa sobretudo é de um abandono: o dele, da pasta que tão mal está a tratar.
Dezembro 15, 2013 at 6:44 pm
Esta é a questão fundamental da política de Nuno Crato e a mais perigosa. Nuno Crato não acredita numa escola inclusiva mas sim na escola exclusiva e não se incomoda em “arrastar” os alunos com mais dificuldades para o abandono do ensino de operários. O mesmo que tramou a escola alemã mas que continua a agradar a uma elite saudosa de um verdadeiro sistema feudal. Há ideias que deviam dar cadeia (isto sou eu a hiperventilar de raiva)!
Dezembro 15, 2013 at 8:37 pm
Quando os alunos vão para as salas e nem uma folha de papel levam,…… o que esperar.
Coitados dos professores que tentam, em vão, que se interessem por alguma coisa, ou que pelos menos deixem dar aulas para dois ou três.
Não faltará muito para os professores com mais de 50 estarem todos no psiquiatra. Com esta idade já não conseguimos habituar-mo-nos a estas “modas”.
Dezembro 15, 2013 at 9:55 pm
“Darwinismo” em modo Crato
Dezembro 16, 2013 at 12:23 am
[…] porque fala pouco. Por outro lado, diz sempre idiotices. A mais recente já foi comentada pelo Paulo Guinote, que demonstra, mais uma vez, que o ensino profissionalizante é o tapete que serve para esconder o […]
Dezembro 16, 2013 at 9:24 am
A Lurdecas se lá continuasse estaria a fazer tudo o que Crato faz. A Lurdecas trabalhou para a estatística: NO. Crato trabalha para a estatística no público e protege o privado. Não tarda, aprender, mesmo, só no privado. Na escola pública, tomada de assalto pelo vocacional (=indisciplina, violência) e pelo profissional (=indisciplina, violência), não são os bons alunos que estão a puxar pelos outros. São os outros que estão a puxar tudo para baixo. É o triunfo dos porcos, como convém.