Parece que o actual PM vai estar presente na reunião que o actual MEC vai ter amanhã com o Conselho de Reitores, pois parece que há um corte ou suspensão de relações ou de telefonemas ou de mensagens de amor. Não sei, não percebo bem estes floreados e confesso que começo a ter desdém por quem os percebe (incluindo-me no lote).
Parece que essa presença se destina a normalizar as relações dos reitores com o governo, nomeadamente com o MEC, por causa dos cortes.
A um primeiro olhar, diríamos que os reitores precisam do PM para domar o MEC, quando se sabe que o MEC faz tudo o que mandam o PM mandá-lo fazer.
A um segundo olhar, poderíamos dizer que o PM vai à reunião porque impõe maior respeito do que o MEC aos reitores e estes acatarão melhor, desta forma, as duras decisões do MEC. Mas sabemos bem que o actual PM está longe de ser pessoa muito respeitada pelos reitores, sendo mais fácil que ele se sinta intimidado do que respeitado, embora deva levar a ladainha dos sacrifícios preparada
Pelo que não se percebe.
Ou percebe-se.
O actual PM vai à reunião do actual MEC com o Conselho de Reitores para que ninguém perca a face depois do levantar de voz e extremar de posições que não se conseguem manter mais de uma semana, duas no máximo, que esta malta é de punhos de renda e muito educada, deus nos livre se alguma vez vierem a tomar uma posição firme e hirta mais do que o tempo de uma lua nova.
No fim, serão sublinhadas as diferenças que se mantêm, repetir-se-ão argumentos das duas partes, mas devemos assistir a uma normalização. Desejada ardentemente por todos, mas ainda mais pelos contestatários.
Se eu estiver enganado e os reitores não acabarem por compreender a posição do governo em troca de não sei quê., prometo que faço aqui a minha vénia.
Mas duvido.
Novembro 25, 2013 at 9:52 pm
Subscrevo.
Novembro 25, 2013 at 9:52 pm
Guerras de alecrim e manjerona.
O ensino superior é desde sempre retaguarda e porto seguro de uma certa classe política, pelo que os cortes e até as “reformas” nesta área acabam sempre por se fazer com grande contenção.
Dito por outras palavras, encontram sempre forma de ir buscar o dinheiro a outro lado, o ensino não superior, por exemplo, evitando, por solidariedade efectiva ou mero instinto de sobrevivência, conflitos com os que sentem como seus iguais.
Se tivermos de lixar alguém, lixamos os zecos, assim pensam eles…
Novembro 25, 2013 at 9:54 pm
O que faz falta são muitos homens addim! http://lishbuna.blogspot.pt/2013/11/blog-post_276.html
Novembro 25, 2013 at 9:55 pm
Errata: “aSSim”
Novembro 25, 2013 at 10:30 pm
fresca!
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=130540
Novembro 25, 2013 at 10:32 pm
Eu subscreveria totalmente este post se não tivesse ouvido da boca de um reitor o que um Director Geral do Orçamento lhe respondeu há algumas semanas atrás perante os pedidos feitos. O corte de relações foi uma maneira de dizer que não negociavam com capatazes e agora o pseudo-chefe vai lá tratar de “normalizar” E, a não ser que o PM mude de receita,algumas coisas vão continuar em guerra fria ou até pior.
O mais importante é reter isto: nenhum dos cortes do orçamento são necessários e são todos contraproducentes. Seja em que área for.
E os cortes que deveriam ser feitos nunca o serão porque são necessários aos amigos e contraproducentes aos futuros empregos.
Novembro 25, 2013 at 11:02 pm
uma sujeita, da minha terra, foi mandada pelo partido que estava no poder para um ip…, algures, no Sul. Fez desaparecer montanhas de material caríssimo, que ofereceu a uma amiga e a uma escola privada. Destruiu o carro do instituto, nas suas idas privadas à terra, que não tinha seguro por ser carro do Estado, e pronto.
Foi mandada para outro lugar mas não sem um louvôr no DR. Entrou no instituto com um ordenado de 800 euros e saiu com um ordenado de 3500.
Novembro 25, 2013 at 11:04 pm
o assunto está a ser levantado por alguém que necessita de usar aqueles materiais e sabe que eles existiam. No entanto, como o partido que “estava” no poder é o que atualmente está no poder provavelmente ficará tudo em “águas de bacalhau”. Ou talvez não…
Novembro 25, 2013 at 11:05 pm
#6,
Eu também ouvi da boca de um reitor, e não de agora, essa forma de estar do próprio ministro gaspar. E na altura também ameaçaram e embrulharam e normalizaram, em troca de uns tostões.
Novembro 25, 2013 at 11:07 pm
a Justiça tem o dever de fazer proteger os equipamentos do Estado, que são equipamentos dos cidadãos. Concomitantemente tem o dever de criminalizar exemplarmente todo e qualquer desvio dos equipamentos do Estado.
Novembro 25, 2013 at 11:11 pm
“O ensino superior é desde sempre retaguarda e porto seguro de uma certa classe política, pelo que os cortes e até as “reformas” nesta área acabam sempre por se fazer com grande contenção.”
como é que tipos que passam o tempo em administrações, em ip’s, em “comissões”, podem ser profs competentes do ensino superior? Como podem estar atualizados e publicar regularmente trabalhos relevantes, quando o “posto” no ensino superior mais não é do que o tal “porto seguro” para quando o respetivo partido sai do poder?
Novembro 25, 2013 at 11:14 pm
O problema é “publicarem” em blogues que ninguém lê!
Novembro 25, 2013 at 11:14 pm
Tredecim!