Há demasiada gente a precisar de aprender a ler e a entender o que está escrito em frases manhosas. O que vem no guião do Portas é:
A ver se nos entendemos: o que é da propriedade e gestão dos professores é o “projecto”. Depois contratualizam o serviço e o uso das instalações…
No que difere isto de um contrato de autonomia? Na prática em muito pouco para os professores. Isto é o que já fazem quando uma escola tem um projecto educativo feito como deve ser, em diálogo interno.
Mas pode significar muito para outros que usem grupos de professores para entrar na exploração dos equipamentos da rede escolar pública!
E reparem no uso do convidar para o procedimento concursal…
Novembro 1, 2013 at 10:08 am
Pela parte que me toca, estou a levar mesmo muito a sério este conceito do empreendedorismo docente.
É uma toda uma janela de oportunidades, em boa hora aberta pelo guião do ministro Portas, que temos que explorar.
Confesso que sempre quis ter uma escola minha e só minha. Fraqueza? Não, é um direito que me assiste.
E tanto assim é que, lá na (a breve trecho) minha escola, já comprei uma mesa, duas cadeiras e um marcador; e (aqui só para nós) trago já a sala17 debaixo de olho.
Qualquer dia, quando menos se esperar, zás!, lanço-lhe uma OPA: Operação Professor Ambicioso.
Os interessados em colaborar neste projecto (que decerto não vão faltar), podem enviar-me desde já o seu currículo. Ofereço um contrato com um salário moderado (599 €, por causa dos cortes) mas que pode ser melhorado por objectivos (melhores resultados nas avaliações e exames: não me interessam os meios ou métodos), para que a min…, perdão, nossa escola seja a mais competitiva de todas e não dê hipóteses às outras nos rankings.
À entrada da escola, ficará escrito, em pedra, o credo que todos devem professar para manter o nosso espírito empresarial bem vivo e actuante:
“Creio em um só Deus, os Mercados todo-poderosos, criadores do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, o Capital, filho unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos. Por Ele todas as coisas foram privatizadas.
E por nós, devedores, e para nossa salvação desceu dos Céus para nos levar 20% do salário e da reforma, o subsídio de férias e a pensão de sobrevivência. Ámen”.
Novembro 1, 2013 at 10:49 am
Volto a dizer:
Os fascistas estão no poder.
Estes tipos é só qualidades:
Manhosos, mentirosos, sectários, ressabiados, ladrões,…
Mais:
Mal formados, mal licenciados – é só licenciaturas ranhosas.
Mais ainda:
Nunca tiveram nenhum trabalho de jeito na vida, aliás não sabem o que é trabalhar…os chamados jotinhas de m€rd@.
E vão de vento em popa:
21-10-2013 às 18:12 actualizada às 20:06
Técnicos de 21 e 22 anos acompanham medidas da troika
O gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro contratou dois jovens, de 21 e 22 anos, para acompanhar a execução de medidas do memorando de entendimento com a troika. A informação consta de um despacho publicado no Diário da República e tem sido alvo de críticas nas redes sociais.
Tiago Ramalho e Miguel Leal têm apenas 21 e 22 anos, respectivamente, mas já acompanham a execução das medidas do memorando que Portugal assinou com a troika.
Os recém-licenciados foram contratados pelo gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Carlos Moedas, em Março deste ano, mediante o pagamento de um salário de quase mil euros, como consta do despacho n.º 4109/2013, do Diário da República. Esta contratação pode dever-se ao estágio que ambos realizaram no Ministério da Economia e Emprego.
No entanto, a idade dos técnicos não passa despercebida. O facto de dois jovens na faixa etária dos 20 anos realizarem funções de grande importância na manutenção das relações de Portugal com a troika têm sido alvo de críticas por parte dos portugueses, nomeadamente nas redes sociais.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=663471
Novembro 1, 2013 at 10:51 am
E os jornalistas que aprendam a ler!
Novembro 1, 2013 at 10:52 am
Update:
Sindicato Independente de Professores contra escolas independentes
O SIPE defendeu a escola pública como «um bem de todos» que não deve estar à venda
Por: tvi24 | 2013-10-31 23:36
O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) defendeu hoje a escola pública como «um bem de todos» que não deve estar à venda, manifestando-se contra a proposta de «escolas independentes» avançada no guião da reforma do Estado.
«O SIPE encontra-se perplexo com as últimas intenções do governo de criar escolas independentes permitindo aos professores tornarem-se proprietários. O SIPE não entende como é que as escolas se podem tornar independentes. Independentes de quê? Do Ministério da Educação? Com programa e currículo próprio?», questionou o sindicato, em comunicado divulgado hoje.
Com o encerramento de escolas por todo o país e com uma oferta que supera a procura nos grandes centros, o SIPE questiona o Ministério da Educação e Ciência se o que será vendido são as escolas públicas fechadas, os agrupamentos em funcionamento, ou, por outro lado, se vai financiar a construção de novas escolas.
«Trata-se de mais uma forma camuflada de financiar lóbis privados e emagrecer o financiamento público», acusou o sindicato.
Relativamente ao «cheque-ensino», o SIPE recorda que se reuniu com os grupos parlamentares a pedir um pedido de fiscalização preventiva da constitucionalidade da medida e alerta que em outros países, onde este tipo de financiamento escolar foi implementado, os resultados não foram positivos.
«Nós, sem o cheque-ensino, temos vindo a subir consideravelmente, para quê então mudar para um sistema que irá degradar a escola pública e sectorizar a educação? Com este sistema além dos grupos privados, só os filhos das classes mais privilegiadas é que lucram», acusou o sindicato, acrescentando que «o Estado tem o dever de proporcionar um ensino público de qualidade gratuito e universal para todos».
O Governo quer criar «escolas independentes», abrindo concursos que permitam aos professores tornarem-se proprietários e gestores de uma escola, refere o documento com as linhas orientadoras para a reforma do Estado, «Um Estado Melhor», apresentado na quarta-feira, pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.
«Trata-se, aqui, de convidar, também mediante procedimento concursal, a comunidade dos professores a organizar-se num projeto de escola específico, de propriedade e gestão dos próprios professores, mediante a contratualização com o Estado do serviço prestado e do uso das instalações. Essa oportunidade significa uma verdadeira devolução da escola aos seus professores e garante à sociedade poder escolher projetos de escola mais nítidos e diferenciados», lê-se no documento.
No documento, o Governo assumiu também que quer «preparar a aplicação do chamado ¿cheque-ensino¿», para reforçar a liberdade de escolha das famílias, seguindo um «método prudente e gradual assente em projetos-piloto» que permitam tirar conclusões de «um modelo de financiamento diferente», cita a Lusa.
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/escola-guia-da-reforma-do-estado-escolas-independentes-site-professores-tvi24/1505393-4071.html
Novembro 1, 2013 at 10:55 am
Da FNE já não espero nada:
Sindicatos dos professores com posições dissonantes em relação às escolas independentes
Samuel Silva
31/10/2013 – 19:28
Guião para a reforma do Estado.
As duas federações de sindicatos dos professores não convergem na avaliação do modelo de escolas independentes proposto pelo governo. Enquanto a FNE mostra abertura à possibilidade de serem os próprios docentes a gerir os estabelecimentos de ensino, a Fenprof rejeita a ideia e acusa o governo de estar a usar um subterfúgio para entregar escolas públicas à gestão de privados.
“Sabemos quem são os professores de que eles falam”, diz Mário Nogueira, da Fenprof. O governo admite que os professores possam associar-se para garantir a concessão de estabelecimentos de ensinos da rede pública, mediante a contratação com o Ministério da Educação. Para o dirigente sindical, os grupos de docentes que avançarão para a gestão dos estabelecimentos de ensino “já existem”. “Estão nos colégios privados, por exemplo”, acusa.
Nogueira entende que esta proposta do governo é apenas uma forma de entregar as escolas da rede pública à gestão privada: “Agora até permitem que possam usar as próprias instalações do Estado. Escusam de ter o trabalho de construir edifícios”. O secretário-geral da Fenprof afirma ainda que esta não é uma experiencia bem-sucedida noutros países a aponta uma contradição à tutela: Se os professores são bons para gerir as escolas, por que está o ministério permanentemente a afastá-los?”.
Já a Federação Nacional da Educação demonstra abertura para debater este modelo. “Sempre dissemos que não há melhores gestores das escolas do que os professores”, considera Lucinda Dâmaso, vice-secretária-geral. “Não somos gestores de empresas, mas temos uma componente pedagógica que tem que estar sempre à frente”, acrescenta.
A dirigente coloca, porém, algumas reservas, uma vez que é preciso uma análise mais pormenorizada da proposta, para que os professores possam saber ao certo o que têm em mãos. De resto, a FNE coloca como necessidade fundamental garantir que, com o modelo das escolas independentes, não está a ser aberta a porta para que o Estado “se demita da Educação”.
“Aceitamos que possam ser os professores a gerir, mas o Estado tem sempre que estar a ver o que se passa”, sustenta Lucinda Dâmaso.
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/sindicatos-dos-professores-com-posicoes-dissonantes-em-relacao-as-escolas-independentes-1610976
Novembro 1, 2013 at 11:35 am
# 1
🙂 🙂
A ideia, em teoria,parece querer seguir o que foi feito em alguns centros de saúde, em que os profissionais se puderam candidatar à gestão dos ditos… e penso mesmo que muitos funcionarão nesses moldes. Bem ou mal…? A experiência tem sido bem sucedida? para quem? poderá fazer-se o paralelismo neste caso saúde – educação por forma a retiraram-se conclusões?
Novembro 1, 2013 at 12:07 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2013/11/01/o-que-a-troika-pensa-de-nos/
Novembro 1, 2013 at 12:08 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2013/11/01/o-que-passos-coelho-e-portas-pensam-de-nos/
Novembro 1, 2013 at 12:08 pm
FUI..
http://bulimunda.wordpress.com/2013/11/01/o-que-nos-podemos-e-devemos-dizer/
Novembro 1, 2013 at 12:33 pm
Nós pagamos as obras da Parque Escolar, via impostos, que irão direitinhas para as mãos dos daqueles amigos que não gostam do estado, mas que adoram viver à sua conta. Isto era mais que esperado…
Novembro 1, 2013 at 12:58 pm
Acho que os tipos têm problemas no anus e por isso a boca passou a fazer esse trabalho porque o que sai daquelas bocas é só merd@!
Novembro 1, 2013 at 12:59 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2013/10/24/tom-waits-its-over/
Novembro 1, 2013 at 1:23 pm
Hummmmmm acho que a manha está mesmo no “projeto”, um eufemismo, a meu ver. A questão da “propriedade e gestão” está bem clara.
É com essas manhãs que têm levado a água ao moinho…
Novembro 1, 2013 at 1:46 pm
As escolas do interior serão dominadas pela Nobreza do sitio.
Favores, cunhas e compadrio á força toda.
Se isto fosse para a frente.
Novembro 1, 2013 at 1:55 pm
A partir do momento em que a escola passa a estar “aberta ao mundo”, “ligada às empresas” e às “necessidades do país”, entramos no Admirável Novo Mundo da Educação..
Verdade seja dita que este cenário foi desbravado pelos ideólogos e mentores da “escola progressista”, da educação inovadora, do “benchmarking” e das “competências” para todos.
Desde Ana Benavente que o caminho foi escancarado, e o PS foi o campeão das reformas no sentido de ligar a escola Às necessidades do país e da destruição da escola autoritária e repressiva.
O PCP alinhou nesta aventura de descaracterização da educação e desscralização da escola, porque estava interessado em pastorear os professores e em manter o fascínio da “esquerda” sobre o aparelho ideológico do Estado responsável pela formatação dos novos cidadãos.
Tudo se conjugou para este quadro repressivo e de alienação crescente dos professores em relação à sua identidade e à função da educação.
Basta ver o que se passa hoje nas escolas, e perceber que a política de lavagem ao cérebro e napalm sobre as escolas começou há muitos anos, e como os professores foram arrebanhados para este epílogo, e como os sindicatos e os intelectuais de pacotilha contribuiram para esta situação trágico.
Novembro 1, 2013 at 2:51 pm
Eduardinho – Que bom ter muito dinheiro e ser rico. E se nós fossemos muito ricos? Milionários? Eu cá, se fosse muito rico até comprava a escola.
Carlitos – Para quê?
Eduardinho – Para a mandar fechar. E comprava um automóvel e só comia bifes com manteiga. Ai, que bom que era. E tu?
Carlitos – Eu?
Eduardinho – Sim. O que é que compravas?
Carlitos – A boneca.
Eduardinho – Mas não podes. Custa 30 escudos.
Aniki Bobó – 1942
Novembro 1, 2013 at 4:00 pm
Mais do que comentar o teor do post, com o qual concordo inteiramente, interessa-me destacar o comentário absurdo e despropositado em #15.
De uma iniciativa anunciada por ESTE desgoverno, da coligação PSD/CDS, ficamos a saber que os responsáveis primeiros são Ana Benavente e o PCP.
Como diria o outro, fantástico, melga!…
Novembro 1, 2013 at 5:28 pm
” e como os sindicatos e os intelectuais de pacotilha contribuiram para esta situação trágico.”
Exactamente!
Novembro 1, 2013 at 6:00 pm
A verdade é que não é a “escola progressista” que está no poder, é a escola dos negociantes da educação e dos “exames-a-dar-c’um-pau”.
A verdade é que Ana Benavente há mais de 10 anos deixou o ministério, e os “campeões das reformas” são agora os granchos e os cascanovas, gente certamente com mais competência e currículo do que a dita senhora.
A verdade é que o PCP está afastado de responsabilidades políticas desde 1975.
A verdade é que o poder dos sindicatos é por natureza ilusório, pois depende sempre, e em cada circunstância, da adesão dos representados às posições e formas de luta que venham em cada momento a assumir.
A verdade é que os “intelectuais de pacotilha”, o que quer que isso seja, foram há muito substituídos pelos intelectuais de capachinho que fazem, desfazem e apresentam em público as “reformas de estado”.
Duas especialidades da direita portuguesa bem exemplificadas aqui pelo h5n1: uma é negar a realidade, outra é atirar a pedra e esconder a mão.
Novembro 1, 2013 at 6:08 pm
#17
Como é possível isolar as medidas deste governo do que foi semeado até aqui?
Estava tudo bem e lindamente na Educação até ao governo do Coelho? É isso que se quer passar?
Branquear MLR, Sócrates e tudo o que se foi arquitectando até chegarmos aqui?
O descaramento e o oportunismo costumam fazer “cortes” e “saltos epistemológicos”, reconstituições históricas para justificar o injustificável e apresentar os acontecimentos como mais lhes convém.
O AD não contesta o que eu digo, apenas se limita a desvalorizar, sem dizer porquê, ou talvez não se recorde do que se iniciou com a Ana Benavente, ou talvez até concorde com a política da sindicalista secretária de Estado…
A desautorização dos professores, a escola centrada no aluno e todo o cortejo de balelas consumisto-mercantis dirigidas para o aluno-actor-da mudança, iniciaram-se com Ana Benavente
Novembro 1, 2013 at 6:14 pm
«Paulo Portas: “Em 2014 vamos viver uma espécie de 1640 financeiro”» (Público).
– A indignidade, a irresponsabilidade, o cinismo desta escumalha não conhece limites!
Traidores destes, que por fanatismo ideológico e dolo económico, entregaram a soberania do país nas garras de Merkel e da plutocracia, ainda se atrevem a vir falar de 1640!
QUE VÓMITO!!!!
Novembro 1, 2013 at 6:25 pm
[…] A privatização das escolas é mesmo para os capitalistas empreendedores, aprendam a ler com quem ensina. […]
Novembro 1, 2013 at 6:29 pm
Mais, toda a política educativa desenvolvida até ao Coelho foi realizada na base das teorias defendidas pelos intelectuais universitários de esquerda que colonizam as universidades e os media e que reinam como uns senhores feudais nas suas coutadas de caça.
Só agora a direita começou a colocar as garras de fora na educação, por uma razão: o terreno estava maduro e adubado com a merda da MLR e Cia.
Os sindicatos e todo os bichos caretas (de esquerda ou direita) começaram por criticar, sanear e erradicar as “práticas fascistas”, a autoridade e tudo o que cheirava a alguma réstea daquilo que consideravam ser um obstáculo e uma resistência á “mudança”.
Poderia recorrer a livros e a passagens obscenas de ferverosos críticos da escola “sob a batuta da autoridade do professor” com “saberes arbitrariamente considerados universais” , onde se destacaria Luiza Cortesão com a sua sanha contra as “hierarquias” e a defesa da “negociação, da “partilha” e dos professores “não-daltónicos”.
Mas para o AD tudo isto não interessa, porque a História começou com o governo do Passos Coelho.
Novembro 1, 2013 at 6:34 pm
#20
Eu não branqueio ninguém, e sou o primeiro a dizer que este governo é a perfeita continuidade do anterior, uma espécie de socratismo sem Sócrates e com menos dinheiro para gastar.
Agora também não responsabilizo os anteriores pelas decisões concretas que estes tomam.
Mas se tem tanta necessidade de personalizar o início do desvario educativo das últimas décadas, porquê essa fixação na Benavente, que nunca passou de secretária de estado? Não é o ministro, no caso o Marçal Grilo, o responsável pelas políticas do ministério?
E porque não ir um pouco mais longe no tempo até ao Roberto Carneiro, ou mesmo, com alguma boa vontade, ao marcelismo e a Veiga Simão? Haverá alguma boa razão ou é apenas porque qualquer um deles é insuspeito de colagens “ao PCP” ou “aos sindicatos”?…
Novembro 1, 2013 at 6:43 pm
#23
Crítica antes do mais injusta, pois comento com alguma regularidade neste blogue desde 2008 e sempre aqui critiquei sem reservas as políticas educativas socratinas, incluindo as que genericamente se costumam designar “eduquesas”.
O que posso acrescentar é que tanto critico o eduquês à esquerda como à direita, e reafirmar que quem manda nos ministérios não são os sindicatos, os intelectuais de esquerda ou qualquer “bicho-careta”. As políticas têm responsáveis e se governantes de direita adoptam orientações ideológicas que podem considerar-se de esquerda, obviamente que o fazem porque isso serve os seus interesses. E usam-nas apenas na exacta medida das suas conveniências.
Lamento, mas nunca me deixei seduzir pela conversa da treta de quem justifica os seus actos governativos pela acção de terceiros, pela pesada herança, pelas más influências…
Novembro 1, 2013 at 7:01 pm
Concordo com a interpretação que faz. É o projecto de escola que Portas propõe que passe a ser propriedade e gestão dos professores e não os edifícios ou os terrenos.
Mas esta proposta é um bom exemplo deste guião (vazio) da reforma do Estado, aliás, é um bom exemplo do que é Portas: retórica, falácias, jogo de palavras sem nada de concreto. As escolas não têm já um Projecto Educativo, criado, implementado, gerido por professores? Que projecto é este? O mesmo que Portas tem para o país, nenhum.
Novembro 1, 2013 at 8:52 pm
#26,
Tenho dúvidas que o “projecto de escola” passe a “propriedade e gestão dos professores”.
Novembro 1, 2013 at 9:15 pm
“toda a política educativa desenvolvida até ao Coelho foi realizada na base das teorias defendidas pelos intelectuais universitários de esquerda que colonizam as universidades e os media e que reinam como uns senhores feudais nas suas coutadas de caça.”
Exactamente.
Novembro 1, 2013 at 9:21 pm
#27
E, a ser implementado, não passaria totalmente, haveria sempre negociação por via da “contratualização do serviço”.
Novembro 2, 2013 at 12:56 am
#29,
Pois.
Novembro 2, 2013 at 12:58 am
#28,
Já na era do Coelho temos outro paradigma.
Novembro 2, 2013 at 10:11 am
Diretores dizem que escolas independentes são “ideias soltas, populistas e inexequíveis”
Publicado ontem
(…)
Ler mais:http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Educacao/Interior.aspx?content_id=3511045&page=-1
Novembro 2, 2013 at 10:13 am
Pais reticentes face à possibilidade de escolas independentes
Publicado ontem
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A Confederação Nacional de Associações de Pais manifestou “as reticências” dos pais face à intenção do Governo de criar escolas independentes, por “não se perceber muito bem o que se quer com essa ideia”.
“Temos ainda muitas questões para esclarecer”, disse à Lusa o presidente da Confap, Jorge Ascensão.
Para o responsável associativo, o que é preciso começar por esclarecer é se esta ideia pretende ser uma aposta no reforço da autonomia, o que a Confap defende e aplaude, apesar de recordar que ainda não se conseguiu implementar nas escolas “uma autonomia, de facto”, ou se, por outro lado, as escolas independentes pretendem ser mais uma vertente de privatização do ensino.
“Parece-nos que o que está na base deste conceito é a desresponsabilização do Estado face à educação”, declarou Jorge Ascensão, sublinhando que as propostas para a educação que constam do guião para a reforma do Estado apontam para uma maior privatização do ensino.
Para a Confap, a escola pública deve continuar a ser um investimento do Estado.
O presidente da Confap afirmou que se o caminho for o da privatização “veremos perigar a escola pública” e “uma marginalização de uma parte da sociedade”, aquela que não tem recursos para pagar a frequência no ensino privado e que ficará remetida a uma escola pública de menor qualidade.
“Vamos ter uma segregação por estatuto económico na educação. Estamos a seguir um caminho e um modelo que os Estados Unidos estão a tentar inverter”, disse, criticando a importação de modelos sem estudos prévios e a verificação da sua adequação ao sistema português.
Jorge Ascensão sublinhou que “impor uma marginalização a partir da escola” vai obrigar a sociedade a lidar com a marginalização nas ruas e com os custos associados à sua correção, questionando, por isso, se não valeria a pena o Estado estudar os custos da “não-educação” das suas crianças e jovens.
(…)
Ler mais:http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Educacao/Interior.aspx?content_id=3511048