Nada como atirar a culpa para os grandalhões.
Troika impõe pensão aos 66 e revisão salarial no Estado
A missão troika chega hoje a Portugal para iniciar a oitava e a nona avaliação ao programa de ajustamento.
No fundo é a mesma táctica de muitos daqueles que se defenderam, justificando a sua essencial cobardia, dizendo que apenas cumpriram ordens.
A parte macaca disto tudo vai ser observar o corridinho em pontas de Paulo Portas nesse processo.
Setembro 16, 2013 at 12:09 pm
É irrevogável…..é o Portas.
Setembro 16, 2013 at 12:26 pm
Está lixado o Passos!
São medidas “curtas” em relação à agenda ideológica deste governo extremista e ultra liberal.
Ainda vamos ver a Troika a querer aliviar a coisa e o Passos a bater o pé por mais cortes, privatizações, despedimentos e privatizações.
A Troika, comparada com Passos e este PSD, quase parece um mal menor….
Setembro 16, 2013 at 1:09 pm
Se o Governo e Deputados e mais politicos, baixassem um pouco os seus salários e mordomias, e todos os que em seu trono “giram”! quanto se pouparia?
Se a reforma dos políticos fosse “conquistada” tal qual como a de qualquer trabalhador público ou privado quanto se pouparia?
Se as camaras municipais fossem reduzidas a metade quanto se pouparia?
E a reforma/pensão de todos e cada um, poderia ficar na idade que estava, e não seria necessário cortar onde a todos nos esmaga!!!!!!
Mas…………………
Setembro 16, 2013 at 1:17 pm
Culpa ? É do Presidente da Junta.
Setembro 16, 2013 at 1:25 pm
o mito de que sair do euro é o fim do mundo é um mito criado para justificar a inevitabilidade da aceitação da política deste governo, sob capa da imposição da tróika. Se sairmos do euro o que acontece? Faz-se como a argentina que transformou a dívida em dólares para pesos ao valor cambial do momento. Cortam-se as importações de carros alemães e negoceia-se com países menos ortodoxos, como a França e a Inglaterra com o próximo governo trabalhista. No final o proclamado apocalipse poderá ser mais para a Alemanha que de Portugal.
Setembro 16, 2013 at 1:38 pm
Este é um dos aspectos – embora dos menos focados, e não por acaso… – que causa mais repulsa em relação ao governo: a sua cobardia política e moral.
Não se trata apenas – o que já era muito mau, até porque é cada vez menos dissimulado – de ser forte para com os fracos e fraco para com os fortes, mas de (se) apoiar (n)os fortes para reforçar ainda mais o ataque aos fracos.
A bravata “ir para além da troika” é a máscara ideológica para essa ignominiosa cobardia constitutiva.
Setembro 16, 2013 at 1:39 pm
Trill
Essa é uma visão muito redutora da realidade.
Há um aspeto muito importante: As dívidas, indivíduais e coletivas,que foram contraídas estão em euros.
Significa isto que, saíndo Portugal da Zona €uro, o valor dos salários seriam desvalorizados substancialmente mas, o valor das dívidas permaneceriam constantes. Seriam precisas várias gerações para cumprir o plano de obrigações…
Seria mais inteligente fazer como a mulher que ameaça com o divórcio mas não sai de casa… 😉
Setembro 16, 2013 at 1:52 pm
A Islândia tanto quanto podemos saber, não pagou nada a ninguém, e já se safaram da recessão e estão a crescer acima dos 6%. Ninguém os aniquilou como país, e, como povo. É Preciso ter espinha dorsal. Como se justifica que a Alemanha em apenas 1 Ano tenha obtido lucros de 40 mil milhões apenas provenientes da ajuda aos países do Sul (Portugal; Grécia ; Irlanda)?
Setembro 16, 2013 at 2:12 pm
Esse exemplo não serve 🙂
A Islândia http://ec.europa.eu/enlargement/countries/detailed-country-information/iceland/index_en.htm
não faz parte da UE e por isso, muito menos da zona €uro. Aliás, nem do espaço Schengen tão pouco quer saber…
Setembro 16, 2013 at 2:15 pm
Mito 1
“Há um aspeto muito importante: As dívidas, indivíduais e coletivas,que foram contraídas estão em euros.”
Não significa nada se sairmos do euro, as moratórias podem ser perfeitamente alteradas para a nova moeda. Ou reestruturadas,
Desde que seja negociada a saída(e é mesmo uma boa alternativa, ninguém se iluda)
Mito 2
“Significa isto que, saíndo Portugal da Zona €uro, o valor dos salários seriam desvalorizados substancialmente mas, o valor das dívidas permaneceriam constantes”
Também seriam desvalorizadas mesmo na nova moeda com o aumento da inflação. Os títulos de dívida pública são transaccionados no mercado secundário com as expectativas futuras da inflação associadas ao risco. Com o aumento da inflação os títulos perderiam valor per si e pelo aumento da venda dos cupões com o receio da inflação a médio prazo. Com um Banco de Portugal a efectuar QE seria facilmente contonável este problema
Setembro 16, 2013 at 2:17 pm
A saída do Euro deve ser colocada e seriamente.
E deve ser negociada com o BCE, com um BdP a sério e com um controlo de capitais eficiente.
Esta camisa de forças vai tornar-se insuportável a médio prazo
Setembro 16, 2013 at 2:43 pm
3, cconcordo
é só areia para distrair o maralha!
Setembro 16, 2013 at 2:53 pm
As políticas seguidas são opções do governo. A troika é um alibi. O governo, para pagar o bailout, tomou opções. A responsabilidade é sua. Aliás, nesta altura, a trapalhada é tanta, que já nem se percebe qual é a linha de rumo. Entretanto, a troika vai perdendo a paciência porque este governo não cumpre com nenhuma das metas e agora já pede mais tempo e ameaça com pedir mais dinheiro.
Setembro 16, 2013 at 2:54 pm
o canalhóide do passos
um aldrabório reiseiro
tem é que ganhar o espaço
c’um pontapé no traseiro
Setembro 16, 2013 at 3:49 pm
Não se trata de mitos. Antes fosse…
Seria bom que as forças políticas ou simples personalidades que defendem a saída do euro indicassem claramente os custos desta opção. Em vez disso, indicam só as vantagens e dizem que a adopção de uma moeda independente permitiria desvalorizá-la e, portanto, tornar as exportações competitivas. De qualquer modo, a adopção do velho escudo em condições de default implicaria por si só uma considerável desvalorização monetária. Mas seriam as exportações beneficiadas?
Se observarmos o grau de intensidade tecnológica dos produtos industriais portugueses exportados no período de 2006 a 2010, verificamos que entre 35,7% (em 2006 e 2008) e 39,1% (em 2009) foram de baixa intensidade tecnológica, enquanto só entre 11,5% (em 2006) e 7,8% (em 2009) foram de alta intensidade tecnológica. Esta situação decorre da catastrófica baixa de produtividade da economia portuguesa.
Sem serem capazes de aumentar a produtividade — em termos marxistas, de desenvolver a exploração da mais-valia relativa — os empresários portugueses obcecam-se com o outro termo da equação, os salários. Se a produtividade não aumenta, os salários têm de baixar. É esta a principal função das medidas impostas pela Troika.
O problema é que é esta igualmente a função da saída do euro defendida por tantos grupos e pessoas na esquerda e na extrema-esquerda. De uma penada, ficariam desvalorizados os depósitos bancários e as poupanças em geral, sem que esta medida atingisse os grandes capitalistas, com acesso a redes económicas e detentores de conhecimentos que lhes permitiram, desde há muito, pôr os capitais a salvo. As vítimas seriam apenas, por um lado, os pequenos e médios capitalistas, os donos de lojas e oficinas que, se não caíssem na falência, teriam de parar os investimentos e, portanto, reduzir ainda mais a produtividade. Por outro lado, a vítima seria o conjunto da classe trabalhadora, incluindo aquelas camadas de rendimentos médios que gostam de se intitular classe média. Ora, como é nestas camadas que se concentra a maioria dos trabalhadores mais qualificados, a crise económica neste sector mais ainda contribuiria para comprometer a produtividade.
Se o regresso ao escudo aumentasse o volume das exportações portuguesas, numa situação de declínio da produtividade aumentaria nessas exportações a concentração nos ramos de baixa intensidade tecnológica. Ora, para colocar no mercado mundial produtos de baixa tecnologia fabricados por uma mão-de-obra mal paga Portugal sofreria a concorrência de outros países, que fabricam esse tipo de bens melhor e com maior volume e graças a uma mão-de-obra mais miserável ainda. Nestas condições, a pressão seria para baixar ainda mais os salários dos trabalhadores portugueses. (…)
Há ainda a outra face da questão, que se esquecem de considerar os apologistas da saída da zona euro.
É que, se uma moeda desvalorizada torna mais baratas as exportações, encarece as importações. Ora, Portugal tem uma balança comercial deficitária, como não poderia deixar de acontecer num país que precisa de importar muito do que é consumido pelas pessoas e pelas empresas. Assim, tornar mais caros os artigos importados necessários ao consumo individual teria como consequência imediata a redução da capacidade de compra dos salários, ou seja, a diminuição dos salários reais. E tornar mais caros os artigos importados necessários ao consumo das empresas implicaria que elas investissem ainda menos na modernização tecnológica, ou seja, que a produtividade ficasse ainda mais comprometida.
Se a actual situação económica portuguesa é crítica, a saída do euro só a agravará
Setembro 16, 2013 at 4:01 pm
#14 chico,
O chico, é quem sabe pôr os pontos nos iiiiiis !
Setembro 16, 2013 at 4:30 pm
Eu não sou de extrema esquerda quanto muito do centro(sou ligeiramente de direita, assim moderadazinha).
Vamos pensar em termos económicos:
“De qualquer modo, a adopção do velho escudo em condições de default implicaria por si só uma considerável desvalorização monetária. Mas seriam as exportações beneficiadas?”
Claro, com o tipo de produtos da maioria dass nossas empresas exportadoras o factor moeda é quase imperioso. Aliás o grande boom de 2012 foi graças à desvalorização suave do Euro e não aos grandes sacríficios do ICEP e da diplomacia exportadora.
” De uma penada, ficariam desvalorizados os depósitos bancários e as poupanças em geral, sem que esta medida atingisse os grandes capitalistas, com acesso a redes económicas e detentores de conhecimentos que lhes permitiram, desde há muito, pôr os capitais a salvo.”
Dai o controlo de capitais. Não leu o que eu escrevi???
“Se o regresso ao escudo aumentasse o volume das exportações portuguesas, numa situação de declínio da produtividade aumentaria nessas exportações a concentração nos ramos de baixa intensidade tecnológica. Ora, para colocar no mercado mundial produtos de baixa tecnologia fabricados por uma mão-de-obra mal paga Portugal sofreria a concorrência de outros países, que fabricam esse tipo de bens melhor e com maior volume e graças a uma mão-de-obra mais miserável ainda”
Dai a desvalorização. Aliada à nossa situação geoestratégica e de mercado europeu conseguiriamos recuperar quotas de mercado com os paises europeus da UE. ALIÀS o nosso grande problema é o de balança de pagamentos com os nossos parceiros europeus.
“É que, se uma moeda desvalorizada torna mais baratas as exportações, encarece as importações. Ora, Portugal tem uma balança comercial deficitária, como não poderia deixar de acontecer num país que precisa de importar muito do que é consumido pelas pessoas e pelas empresas. Assim, tornar mais caros os artigos importados necessários ao consumo individual teria como consequência imediata a redução da capacidade de compra dos salários, ou seja, a diminuição dos salários reais.”
Mas é esse o objectivo, recuperar a competividade monetaria a curto prazo e a médio prazo recuperar a competividade fiscal e industrial. Necessitamos de substituir importações e é essa a via menos dolorosa. A que temos é dura, lenta, vai criar desigualdades e problemas e clivagen sociais muito perigosas. Quem defende esta austeridade é porque lhe corre bem a vidinha e gosta de comprar telemoveis, carros, PCs e ir viajar à Europa. Mas a grande parte da população está a “morrer”.
A diminuição de salários reais é uma falácia. Com todos os factores produtivos a desvalorizar, todos os custos de contexto seriam mais baixos. Inclusive alguns provenientes de importações, visto que a contribuição para o custo da maioria dos nossos produtos exportáveis é baixo provindo das importações efectudas.
Essa conversa é saída dos anos 80.Por causa do petroleo etx. Nem sequer temos esse tecido industrial nem sequer temos o mesmo nível de desperdício energéticos.
Saindo do Euro, a nossa situação iria melhorar a médio prazo e a longo prazo seriamos um pais melhor. ASsim como estamos nem a médio nem a longo.
Setembro 16, 2013 at 4:36 pm
Bom, retiro-me, vou analisar o mercado de uma proto-patente que vai dar muito que falar. Para já é segredo obviously.
Espero é que esta start-up não se ponha a andar antes de ficar com o licenciamento bem negociado
Adios mein freunde
Setembro 16, 2013 at 5:49 pm
Por falar: alguem me sabe explicar porque é que a 8ª e 9ª avaliações vão ocorrer ao mesmo tempo, agora? Ainda para mais depois da longa-metragem com sequelas que foi a sétima…
Setembro 16, 2013 at 5:50 pm
Será para despachar tudo antes que o dinheiro dos portugueses acabe de vez e não nos possam sacar mais nada?
Setembro 16, 2013 at 6:57 pm
#15
Seria bom que as forças políticas ou simples personalidades que defendem a saída do euro indicassem claramente os custos desta opção.
Concordo. As consequências devem ser discutidas.
Setembro 16, 2013 at 7:30 pm
Nos primeiros dois anos a culpa é do Sócrates. Na segunda metade do mandato a responsabilidade é da troika. Se houver segunda legislatura o ónus recairá sobre o mordomo do Papa.