A pergunta pretende simplesmente desviar a atenção de quem lhe interessa salvaguardar: quem, no governo do PS, deu instruções para que a manobra fosse feita.
Já o desafiei para colocar este vídeo em primeiro plano, mas já sei que não cola na sua cartilha panfletária:
Portugal tem beneficiado “elites económicas” e arrisca-se a ser um dos países mais desiguais
Relatório da organização não governamental Oxfam alerta Europa para os perigos do caminho da austeridade e cita Portugal como exemplo de um país onde os cortes estão a travar o crescimento e a trazer mais pobreza.
A organização destaca os casos em que mesmo com emprego as pessoas passam dificuldades e precisam de ajuda Manuel Roberto .
Ou a Europa arrepia caminho em relação à austeridade ou o resultado da receita será apenas mais pobreza. Esta é a principal conclusão do último relatório da organização não governamental (ONG) Oxfam, que destaca Portugal como um dos casos onde as políticas seguidas estão a beneficiar apenas os mais ricos e a colocar o país em risco de se tornar num dos mais desiguais do mundo.
De acordo com o relatório da Oxfam, se nada for feito e as medidas de austeridade actualmente em vigor continuarem a ser implementas, em 2025 vão estar em risco de pobreza cerca de 25 milhões de europeus. “Apelamos aos Governos europeus que liderem um novo modelo social e económico que invista nas pessoas, reforce a democracia e procure um sistema fiscal justo”, afirma Natalia Alonso, responsável pela Oxfam na União Europeia.
Outro problema é que a organização, que foi formada em 1995 por 17 ONG internacionais espalhadas por 90 países, estima que possam ser necessários 25 anos para que se recupere o nível de vida que se tinha antes da crise económica e financeira – um caminho que só poderá ser invertido com medidas muito bem estruturadas de combate à pobreza.
Mais endividamento, menos crescimento
O relatório intitulado A Cautionary Tale: The true cost of austerity and inequality in Europe surge nas vésperas do encontro dos ministros europeus da Economia e pretende alertar os responsáveis políticos para que os resgates financeiros que têm vindo a ser feitos apenas estão a causar níveis de pobreza e de desigualdade que podem perdurar décadas. “Pelo contrário, as medidas de austeridade não estão a conseguir reduzir o nível de endividamento tal como se supunha que fariam, nem a impulsionar um crescimento económico inclusivo”, diz a Oxfam.
Ainda em relação a Portugal, a ONG salienta que a crise está a afectar muitos jovens, mas também a dificultar a vida a populações que são sempre mais vulneráveis nestas alturas, como as mulheres. Além disso, mesmo quando se mantêm os apoios sociais “adoptam-se diversas medidas que aumentam os requisitos que devem cumprir os desempregados” para poderem aceder às ajudas.
Desigualdade nos rendimentos
O relatório salienta também a pressão internacional para Portugal privatizar serviços como a energia, água e transportes, assim como alguns serviços de saúde, ao mesmo tempo que deveria liberalizar o mercado laboral. Só que aponta que tudo isto foi feito sem a garantia das devidas protecções ao emprego e sem uma vigilância apertada.
“Grécia, Portugal e Espanha aplicaram políticas dirigidas a desmantelar os sistemas de negociação colectiva, o que provavelmente se traduzirá no aumento da desigualdade e na queda contínua do valor real dos salários”, lê-se no documento – que refere ainda o aumento o IVA como mais um factor que dificultou o poder de compra no país.
Sobre Portugal é ainda dito que a desigualdade nos rendimentos tem beneficiado as “elites económicas”, dando-se como exemplo o crescimento do mercado de bens de luxo, e é dito que após as crises financeiras em geral os mais ricos vêem os seus rendimentos crescer 10% enquanto os mais pobres os perdem na mesma proporção.
Lições da América Latina, Sudeste Asiático e África
Para esta organização a União Europeia deve tirar lições de outros períodos de austeridade que foram, por exemplo, vividos em países da América Latina, do Sudeste Asiático ou de África durante as décadas de 1980 e 1990, para evitar cair nos mesmos erros.
“A gestão europeia da crise económica ameaça reverter décadas de progresso em matéria de direitos sociais. Os agressivos cortes na segurança social, na saúde e na educação, as reduções nos direitos dos trabalhadores e um sistema fiscal injusto estão a envolver milhões de cidadãos europeus num ciclo vicioso de pobreza que pode perdurar durante gerações. Não faz nenhum sentido nem do ponto de vista moral nem económico”, reforça Natalia Alonso. A responsável insiste que as medidas tomadas apenas beneficiam os 10% da população mais rica.
No relatório são citados exemplos concretos de países, além de Portugal, como Espanha, Grécia, Irlanda e Reino Unido, onde a austeridade está a ser aplicada de forma mais rigorosa, defendendo-se que “rapidamente estarão entre os países com maior desigualdade do mundo se os seus líderes não mudarem de rumo”.
Aliás, o documento lembra que as próprias instâncias internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, três anos após os memorandos de entendimento com alguns países “estão a reconhecer que as suas medidas não só não conseguiram reduzir o endividamento público e os défices orçamentais, como pelo contrário aumentaram a desigualdade e travaram o crescimento económico”.
O próprio prefácio deste relatório é feito pelo Nobel da Economia Joseph Stiglitz que escreve que “a onda de austeridade económica que varreu a Europa corre o risco de provocar danos sérios e permanentes ao modelo social”, insistindo que “está a contribuir para a desigualdade que vai tornar as fraquezas económicas mais duradouras”.
Mais pobres que os pais
Para a Oxfam os recordes atingidos no desemprego são o maior exemplo disso, sobretudo entre os mais jovens, assim como a redução de salário. “Pelo menos um em cada dez famílias europeias com trabalho vive na pobreza e esta estatística pode piorar gravemente”, alerta o relatório, que diz que mesmo as pessoas com trabalho serão muito mais pobres que os seus pais.
A Oxfam insiste que a história se está a repetir e que “os nossos líderes estão a ignorar as consequências das medidas de austeridade”, voltando a citar casos em que houve cortes ou privatizações na saúde e na educação e em que a consequência foi “um fosso entre pobres e ricos”. “A Indonésia demorou dez anos a voltar aos níveis de pobreza de 1997 enquanto alguns países latino-americanos demoraram 25 anos a voltar ao que tinham antes de 1981”, defende Natalia Alonso.
“O próprio prefácio deste relatório é feito pelo Nobel da Economia Joseph Stiglitz”
O exacto assessor de economia do governo grego em 2010?
O outro, o furibundo “neo-liebral” que assessorou o governo de Pinochet, deixou o Chile com uma economia que para a América do Sul é vibrante e um milhão de vezes melhor que a grega … comparável, aliás à de Allende.
#9,
Não se enerve.
não assassine a ortografia, caro mijadoiro sem poiso.
Calma, um dia o profblog deixará de ser um mostruário de sebentas e poderá voltar para lá.
Sim, sou marxista-leninistas-maoísta-enverhoxista-kimiljunguista.
Confesso.
Já que o especiaria fala de esquerdismo, aqui tem um naco de prosa de um ex…
«Posso formular a questão nestes termos: quantas vezes, no último ano, Passos Coelho esteve na mesma sala com Arménio Carlos da CGTP ou com Carlos Silva da UGT, ou Bettencourt Picanço, que é um militante do PSD, e quantas vezes esteve com Ricardo Salgado, Fernando Ulrich, Nuno Amado, Jorge Tomé, Luís Amado, Mira Amaral, etc. Quantas vezes esteve com banqueiros, ou gente da banca e quantas vezes esteve com sindicalistas? A pergunta pode parecer bizarra até porque ninguém a faz, mas tem todo o sentido. Nem sequer me estou a referir a audiências mais ou menos protocolares, mas a eventos que o Primeiro-ministro organiza, frequenta, ou participa. Os banqueiros que se sentam com o primeiro-ministro em sessões organizadas pela imprensa económica, por exemplo, por organizações empresariais, em visitas às empresas, ou em “cerimónias” a anunciar investimentos e programas governamentais.
Escolho como contraparte sindicalistas, sabendo que não é o exemplo perfeito, nem a comparação ideal. A comparação ideal seria com trabalhadores, torneiros, marceneiros, soldadores, carpinteiros, operários e operárias têxteis, enfermeiros, professores, funcionários públicos, empregadas de limpeza, agricultores, trabalhadores dos serviços municipais, empregados de mesa, etc. Ou seja, a maioria dos portugueses. E a maioria dos portugueses que está do lado errado da crise.
Talvez a resposta a esta pergunta, ou seja, que não há comparação entre a “frequência” dos banqueiros e a dos sindicalistas, em extremo desfavor destes últimos, nos elucide sobre as características da actual governação. Anoto já as objecções que não valem muito, a começar pela mais óbvia: a de que a natureza financeira da crise justifica mais a frequência dos banqueiros do que a dos sindicalistas. Porquê? Acaso a natureza social da crise não é pelo menos tão relevante para o governo como a crise financeira? E acaso o primeiro-ministro não faz parte de um partido que se chama “social-democrata”, algo que costuma fazer erguer os sobrolhos dos “conservadores”, ou seja um partido que formalmente tem ligações com o mundo do trabalho?
Claro que me podem vir com o interessante argumento (que é mais marxista do que os seus utilizadores querem admitir) de que o terreno da crise que os banqueiros “representam” é o da infraestrutura, o da “economia” no sentido quase metafísico com a que a palavra é usada, ou o da “realidade”, no sentido, umas vezes ontológico e outras normativo, com que é usado. Então aí, a coisa fia mais fino, porque esta redução do poder económico ao controlo da economia e a redução da economia às finanças e às empresas, esquece tudo o que é social, trabalho, rendimentos, condições de vida, qualidade da mão-de-obra, educação, os mil e um factores intangíveis que fazem uma sociedade quando esta é vista do lado da democracia e não de qualquer cesarismo, mesmo que canhestro.
Não estou a dizer que seja pestífero andar com os banqueiros ao lado, à frente ou atrás, quase sempre ao lado. Não é esse o meu ponto. É natural que o Primeiro-ministro frequente banqueiros, já não é natural que se coleccionarmos fotografias de eventos, listas de participantes, encontros sociais e para-sociais, seja muito mais comum ver Passos Coelho com Ricardo Salgado do que com Carlos Silva. Se descontarmos as reuniões mais ou menos obrigatórias da concertação social, então é que um dos mundos está tão próximo como os protões e os neutrões e o outro como a Terra ao buraco negro mais próximo. Ora, insisto, se quisermos, como agora se aconselha, a pensar out of the box, isto não de todo natural. Ou é. A não ser que se entenda que seja normal que o Primeiro-ministro, homem de poder, conviva com os outros homens e mulheres de poder, cuja lista tão bem o Jornal de Negócios tem feito, na sua rede de relações, interesses, cumplicidades, establishment e intermediários, e então a questão é ainda mais delicada: como é possível que em democracia sejam os poderes fácticos, a começar pelo do dinheiro, o terreno “natural” onde se move o poder político, neste caso o Primeiro-ministro?
A questão não está em que os sindicalistas sejam expendables para o Primeiro-ministro. Não são, nem para o governo que procura no institucionalismo e nos interesses estatais dos sindicatos (o nosso sindicalismo depende muito do estado, principalmente a UGT) um factor de moderação e legitimação que sabe que não tem nos seus representados. Por isso os sindicalistas são “precisos”, mas apenas de forma utilitária, enquanto os banqueiros são precisos de forma substancial.
O governo não vê de facto os portugueses como iguais: pode entrar em considerações de número (em períodos eleitorais) mas entra muito mais em considerações de dinheiro. Portugueses há muitos e dinheiro há pouco. Poder no dinheiro há muito, nos portugueses nenhum, a não ser para umas publicidades optimistas e pirosas. São escolhas.» (Pacheco Pereira).
“Sim, sou marxista-leninistas-maoísta-enverhoxista-kimiljunguista.
Confesso.”
Não. Não é o que quiser ser, é o que for. Pode pretender enganar alguns durante muito tempo, muitos durante pouco tempo, mas terá sistematicamente azar se pretender enganar muitos durante muito tempo.
“O próprio prefácio deste relatório é feito pelo Nobel da Economia Joseph Stiglitz”
O exacto assessor de economia do governo grego em 2010?
O outro, o furibundo “neo-liebral” que assessorou o governo de Pinochet, deixou o Chile com uma economia que para a América do Sul é vibrante e um milhão de vezes melhor que a grega … comparável, aliás à de Allende.
Ontem plagiava a Margareta, hoje é Lincoln.
O homem não tem discurso próprio.
FAlta de neurónio dá nisto, consulta do Citador e tentativa de disfarçar.
Setembro 12, 2013 at 1:29 pm
❓
Setembro 12, 2013 at 1:29 pm
❗
Setembro 12, 2013 at 1:33 pm
Zoologia: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/09/o-polvo-tem-um-corpo-mole-mas-nao-tem.html
Setembro 12, 2013 at 2:00 pm
Caro Guinote,
A sua manobra em dialéctica marxista …
A pergunta pretende simplesmente desviar a atenção de quem lhe interessa salvaguardar: quem, no governo do PS, deu instruções para que a manobra fosse feita.
Já o desafiei para colocar este vídeo em primeiro plano, mas já sei que não cola na sua cartilha panfletária:
Setembro 12, 2013 at 2:06 pm
Portugal tem beneficiado “elites económicas” e arrisca-se a ser um dos países mais desiguais
Relatório da organização não governamental Oxfam alerta Europa para os perigos do caminho da austeridade e cita Portugal como exemplo de um país onde os cortes estão a travar o crescimento e a trazer mais pobreza.
A organização destaca os casos em que mesmo com emprego as pessoas passam dificuldades e precisam de ajuda Manuel Roberto .
Ou a Europa arrepia caminho em relação à austeridade ou o resultado da receita será apenas mais pobreza. Esta é a principal conclusão do último relatório da organização não governamental (ONG) Oxfam, que destaca Portugal como um dos casos onde as políticas seguidas estão a beneficiar apenas os mais ricos e a colocar o país em risco de se tornar num dos mais desiguais do mundo.
De acordo com o relatório da Oxfam, se nada for feito e as medidas de austeridade actualmente em vigor continuarem a ser implementas, em 2025 vão estar em risco de pobreza cerca de 25 milhões de europeus. “Apelamos aos Governos europeus que liderem um novo modelo social e económico que invista nas pessoas, reforce a democracia e procure um sistema fiscal justo”, afirma Natalia Alonso, responsável pela Oxfam na União Europeia.
Outro problema é que a organização, que foi formada em 1995 por 17 ONG internacionais espalhadas por 90 países, estima que possam ser necessários 25 anos para que se recupere o nível de vida que se tinha antes da crise económica e financeira – um caminho que só poderá ser invertido com medidas muito bem estruturadas de combate à pobreza.
Mais endividamento, menos crescimento
O relatório intitulado A Cautionary Tale: The true cost of austerity and inequality in Europe surge nas vésperas do encontro dos ministros europeus da Economia e pretende alertar os responsáveis políticos para que os resgates financeiros que têm vindo a ser feitos apenas estão a causar níveis de pobreza e de desigualdade que podem perdurar décadas. “Pelo contrário, as medidas de austeridade não estão a conseguir reduzir o nível de endividamento tal como se supunha que fariam, nem a impulsionar um crescimento económico inclusivo”, diz a Oxfam.
Ainda em relação a Portugal, a ONG salienta que a crise está a afectar muitos jovens, mas também a dificultar a vida a populações que são sempre mais vulneráveis nestas alturas, como as mulheres. Além disso, mesmo quando se mantêm os apoios sociais “adoptam-se diversas medidas que aumentam os requisitos que devem cumprir os desempregados” para poderem aceder às ajudas.
Desigualdade nos rendimentos
O relatório salienta também a pressão internacional para Portugal privatizar serviços como a energia, água e transportes, assim como alguns serviços de saúde, ao mesmo tempo que deveria liberalizar o mercado laboral. Só que aponta que tudo isto foi feito sem a garantia das devidas protecções ao emprego e sem uma vigilância apertada.
“Grécia, Portugal e Espanha aplicaram políticas dirigidas a desmantelar os sistemas de negociação colectiva, o que provavelmente se traduzirá no aumento da desigualdade e na queda contínua do valor real dos salários”, lê-se no documento – que refere ainda o aumento o IVA como mais um factor que dificultou o poder de compra no país.
Sobre Portugal é ainda dito que a desigualdade nos rendimentos tem beneficiado as “elites económicas”, dando-se como exemplo o crescimento do mercado de bens de luxo, e é dito que após as crises financeiras em geral os mais ricos vêem os seus rendimentos crescer 10% enquanto os mais pobres os perdem na mesma proporção.
Lições da América Latina, Sudeste Asiático e África
Para esta organização a União Europeia deve tirar lições de outros períodos de austeridade que foram, por exemplo, vividos em países da América Latina, do Sudeste Asiático ou de África durante as décadas de 1980 e 1990, para evitar cair nos mesmos erros.
“A gestão europeia da crise económica ameaça reverter décadas de progresso em matéria de direitos sociais. Os agressivos cortes na segurança social, na saúde e na educação, as reduções nos direitos dos trabalhadores e um sistema fiscal injusto estão a envolver milhões de cidadãos europeus num ciclo vicioso de pobreza que pode perdurar durante gerações. Não faz nenhum sentido nem do ponto de vista moral nem económico”, reforça Natalia Alonso. A responsável insiste que as medidas tomadas apenas beneficiam os 10% da população mais rica.
No relatório são citados exemplos concretos de países, além de Portugal, como Espanha, Grécia, Irlanda e Reino Unido, onde a austeridade está a ser aplicada de forma mais rigorosa, defendendo-se que “rapidamente estarão entre os países com maior desigualdade do mundo se os seus líderes não mudarem de rumo”.
Aliás, o documento lembra que as próprias instâncias internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, três anos após os memorandos de entendimento com alguns países “estão a reconhecer que as suas medidas não só não conseguiram reduzir o endividamento público e os défices orçamentais, como pelo contrário aumentaram a desigualdade e travaram o crescimento económico”.
O próprio prefácio deste relatório é feito pelo Nobel da Economia Joseph Stiglitz que escreve que “a onda de austeridade económica que varreu a Europa corre o risco de provocar danos sérios e permanentes ao modelo social”, insistindo que “está a contribuir para a desigualdade que vai tornar as fraquezas económicas mais duradouras”.
Mais pobres que os pais
Para a Oxfam os recordes atingidos no desemprego são o maior exemplo disso, sobretudo entre os mais jovens, assim como a redução de salário. “Pelo menos um em cada dez famílias europeias com trabalho vive na pobreza e esta estatística pode piorar gravemente”, alerta o relatório, que diz que mesmo as pessoas com trabalho serão muito mais pobres que os seus pais.
A Oxfam insiste que a história se está a repetir e que “os nossos líderes estão a ignorar as consequências das medidas de austeridade”, voltando a citar casos em que houve cortes ou privatizações na saúde e na educação e em que a consequência foi “um fosso entre pobres e ricos”. “A Indonésia demorou dez anos a voltar aos níveis de pobreza de 1997 enquanto alguns países latino-americanos demoraram 25 anos a voltar ao que tinham antes de 1981”, defende Natalia Alonso.
Setembro 12, 2013 at 2:09 pm
Acho que estão no desemprego à espera de colocação para dar aulas…
Setembro 12, 2013 at 2:19 pm
#4,
Caro Mijadoiro… os gestores dessses tempos de governo PS eram quase todos do PSD pois impera entre nós uma variação de rotativismo.
Quando a postar isto ou aquilo, quanto mais pedem, menos eu faço.
Setembro 12, 2013 at 2:20 pm
#5
“O próprio prefácio deste relatório é feito pelo Nobel da Economia Joseph Stiglitz”
O exacto assessor de economia do governo grego em 2010?
O outro, o furibundo “neo-liebral” que assessorou o governo de Pinochet, deixou o Chile com uma economia que para a América do Sul é vibrante e um milhão de vezes melhor que a grega … comparável, aliás à de Allende.
Setembro 12, 2013 at 2:22 pm
#7
Confirma-se portanto que a responsabilidade política, para si (Esguichote-ML), reside nos gestores.
Se calhar terei que rever a sua classificação (quanto a mentiroso militate, estamos conversados) para lá mais para as bandas do maoismo.
Setembro 12, 2013 at 2:28 pm
#9,
Não se enerve.
não assassine a ortografia, caro mijadoiro sem poiso.
Calma, um dia o profblog deixará de ser um mostruário de sebentas e poderá voltar para lá.
Sim, sou marxista-leninistas-maoísta-enverhoxista-kimiljunguista.
Confesso.
Setembro 12, 2013 at 2:30 pm
#8
Deixa-te de conversa fiada, ó especiaria da treta!
Devias era comentar o CONTEÚDO do relatório. Passas por ele como gato sobre brasas…
Setembro 12, 2013 at 2:33 pm
#0,
Andam por aí. Sem qualquer tipo de dialéctica.
Setembro 12, 2013 at 2:35 pm
#8,
Não fale do Chile em vão!
Setembro 12, 2013 at 2:36 pm
Já que o especiaria fala de esquerdismo, aqui tem um naco de prosa de um ex…
«Posso formular a questão nestes termos: quantas vezes, no último ano, Passos Coelho esteve na mesma sala com Arménio Carlos da CGTP ou com Carlos Silva da UGT, ou Bettencourt Picanço, que é um militante do PSD, e quantas vezes esteve com Ricardo Salgado, Fernando Ulrich, Nuno Amado, Jorge Tomé, Luís Amado, Mira Amaral, etc. Quantas vezes esteve com banqueiros, ou gente da banca e quantas vezes esteve com sindicalistas? A pergunta pode parecer bizarra até porque ninguém a faz, mas tem todo o sentido. Nem sequer me estou a referir a audiências mais ou menos protocolares, mas a eventos que o Primeiro-ministro organiza, frequenta, ou participa. Os banqueiros que se sentam com o primeiro-ministro em sessões organizadas pela imprensa económica, por exemplo, por organizações empresariais, em visitas às empresas, ou em “cerimónias” a anunciar investimentos e programas governamentais.
Escolho como contraparte sindicalistas, sabendo que não é o exemplo perfeito, nem a comparação ideal. A comparação ideal seria com trabalhadores, torneiros, marceneiros, soldadores, carpinteiros, operários e operárias têxteis, enfermeiros, professores, funcionários públicos, empregadas de limpeza, agricultores, trabalhadores dos serviços municipais, empregados de mesa, etc. Ou seja, a maioria dos portugueses. E a maioria dos portugueses que está do lado errado da crise.
Talvez a resposta a esta pergunta, ou seja, que não há comparação entre a “frequência” dos banqueiros e a dos sindicalistas, em extremo desfavor destes últimos, nos elucide sobre as características da actual governação. Anoto já as objecções que não valem muito, a começar pela mais óbvia: a de que a natureza financeira da crise justifica mais a frequência dos banqueiros do que a dos sindicalistas. Porquê? Acaso a natureza social da crise não é pelo menos tão relevante para o governo como a crise financeira? E acaso o primeiro-ministro não faz parte de um partido que se chama “social-democrata”, algo que costuma fazer erguer os sobrolhos dos “conservadores”, ou seja um partido que formalmente tem ligações com o mundo do trabalho?
Claro que me podem vir com o interessante argumento (que é mais marxista do que os seus utilizadores querem admitir) de que o terreno da crise que os banqueiros “representam” é o da infraestrutura, o da “economia” no sentido quase metafísico com a que a palavra é usada, ou o da “realidade”, no sentido, umas vezes ontológico e outras normativo, com que é usado. Então aí, a coisa fia mais fino, porque esta redução do poder económico ao controlo da economia e a redução da economia às finanças e às empresas, esquece tudo o que é social, trabalho, rendimentos, condições de vida, qualidade da mão-de-obra, educação, os mil e um factores intangíveis que fazem uma sociedade quando esta é vista do lado da democracia e não de qualquer cesarismo, mesmo que canhestro.
Não estou a dizer que seja pestífero andar com os banqueiros ao lado, à frente ou atrás, quase sempre ao lado. Não é esse o meu ponto. É natural que o Primeiro-ministro frequente banqueiros, já não é natural que se coleccionarmos fotografias de eventos, listas de participantes, encontros sociais e para-sociais, seja muito mais comum ver Passos Coelho com Ricardo Salgado do que com Carlos Silva. Se descontarmos as reuniões mais ou menos obrigatórias da concertação social, então é que um dos mundos está tão próximo como os protões e os neutrões e o outro como a Terra ao buraco negro mais próximo. Ora, insisto, se quisermos, como agora se aconselha, a pensar out of the box, isto não de todo natural. Ou é. A não ser que se entenda que seja normal que o Primeiro-ministro, homem de poder, conviva com os outros homens e mulheres de poder, cuja lista tão bem o Jornal de Negócios tem feito, na sua rede de relações, interesses, cumplicidades, establishment e intermediários, e então a questão é ainda mais delicada: como é possível que em democracia sejam os poderes fácticos, a começar pelo do dinheiro, o terreno “natural” onde se move o poder político, neste caso o Primeiro-ministro?
A questão não está em que os sindicalistas sejam expendables para o Primeiro-ministro. Não são, nem para o governo que procura no institucionalismo e nos interesses estatais dos sindicatos (o nosso sindicalismo depende muito do estado, principalmente a UGT) um factor de moderação e legitimação que sabe que não tem nos seus representados. Por isso os sindicalistas são “precisos”, mas apenas de forma utilitária, enquanto os banqueiros são precisos de forma substancial.
O governo não vê de facto os portugueses como iguais: pode entrar em considerações de número (em períodos eleitorais) mas entra muito mais em considerações de dinheiro. Portugueses há muitos e dinheiro há pouco. Poder no dinheiro há muito, nos portugueses nenhum, a não ser para umas publicidades optimistas e pirosas. São escolhas.» (Pacheco Pereira).
Setembro 12, 2013 at 2:56 pm
Hum… o Pimenta retirou-se.
Deve estar a analisar o relatório da Oxfam em profundidade.
Vão ver como ele consegue desmontar essa peça de esquerdistas num instante!
Setembro 12, 2013 at 2:58 pm
Eles moram cá !
Setembro 12, 2013 at 4:09 pm
Será o Pimenta um discípulo do Pestana?
Setembro 12, 2013 at 5:17 pm
#10
“Sim, sou marxista-leninistas-maoísta-enverhoxista-kimiljunguista.
Confesso.”
Não. Não é o que quiser ser, é o que for. Pode pretender enganar alguns durante muito tempo, muitos durante pouco tempo, mas terá sistematicamente azar se pretender enganar muitos durante muito tempo.
Setembro 12, 2013 at 5:21 pm
#14
“O próprio prefácio deste relatório é feito pelo Nobel da Economia Joseph Stiglitz”
O exacto assessor de economia do governo grego em 2010?
O outro, o furibundo “neo-liebral” que assessorou o governo de Pinochet, deixou o Chile com uma economia que para a América do Sul é vibrante e um milhão de vezes melhor que a grega … comparável, aliás à de Allende.
Setembro 12, 2013 at 7:14 pm
Ontem plagiava a Margareta, hoje é Lincoln.
O homem não tem discurso próprio.
FAlta de neurónio dá nisto, consulta do Citador e tentativa de disfarçar.