O problema da greve aos exames resolve-se com a definição de serviços mínimos e/ou a requisição civil dos professores.
Por outro lado, a greve ao serviço de avaliação só dificilmente produzirá resultados. De facto, no atual quadro legislativo, uma reunião do Conselho de Turma apenas é adiada caso se verifique a falta de algum membro por motivo imprevisto.
Ora, estando convocada greve, o motivo da falta não é imprevisto.
Daí, o Conselho de Turma funcionará desde que exista quórum – 50% + 1.
Nestes termos, se o diretor assumir as suas responsabilidades de garantir o funcionamento da escola e de salvaguardar os direitos dos alunos – a razão de ser da Escola – providenciará para que as propostas de classificação sejam entregues nos Serviços Administrativos até 24 horas antes da reunião, para o que bastará uma simples Ordem de Serviço.
Ou seja, aquela ideia da rotação de uma falta por Conselho de Turma é coisa que desapareceu já no século anterior e há quem não tenha percebido.
Isto não é derrotismo, mas realismo.
Há que fazer mais do que está a ser feito. Algo que digo desde o início disto tudo.
E fazer perceber que “os direitos dos alunos” têm sido atropelados há muito com a activa colaboração dos agnelos directores que se calam a tudo para manter o lugar de pequeno cacique local, esquecendo-se que sem professores perde o seu poderzinho de mando.
O que é importante é encontrar directores não agnelos.
Maio 22, 2013 at 11:14 am
mas esses esses estão em vias de extinção…
Maio 22, 2013 at 11:15 am
até estou gaga…
Maio 22, 2013 at 11:18 am
Contra informação.
Maio 22, 2013 at 11:23 am
Assumir que existirá sempre o tal “quórum” é presumir que a greve será um fracasso. E quem tal pensa, anda alheio da realidade que o rodeia.
Segundo, o(a) diretor(a) não vai assumir a responsabilidade de assinar as avaliações. Isto porque podem ser impugnadas, caso não sejam devidamente discutidas em CT, como manda a lei.
Atrevam-se. E vão ver no sarilho que se metem.
Maio 22, 2013 at 11:27 am
Confundir direitos com deveres, anda muito na crista da onda.
Os professores tem o direito de educar, enquanto que os alunos o dever de serem educados.
Convinha, que revissem esses conceitos básicos da História e Filosofia da Educação.
Maio 22, 2013 at 11:29 am
Hummm. não creio que seja bem assim. Mas deixo isso para os juristas.
Uma falta prevista é por exemplo uma doença. Uma greve não será necessariamente uma falta prevista, porque a escola não sabe se eu faço greve ou não. O conselho de turma começa sem saber o motivo da minha falta. E se eu avisar no dia que estou doente por um dia, ou tive um furo.. A greve deixa de ser greve… A coisa não é assim tão linear na minha opinião.
Já quanto aos exames..o homem tem razão: Requisição e acabou.,…
Por isso eu defendo avaliações super rigorosas e cumprimento de todos os pormenores burocraticos… o que faz prolongar no tempo as reuniões de forma quase infindável.
Quanto às classificações na secretaria, como eu posso alterar as classificações no conselho de turma e a sua validação compete ao conselho de turma.. entrego tudo com negativa e depois temos recursos a tudo… Estamos na mesma…
Agora quanto aos exames… não é uma coisa tão forte como alguns querem querer. E sinceramente depois de ouvir os rapazes da frente comum da função pública percebe-se bem que o PCP continua na mesma… Unidade desde que sejam eles a mandar.
Maio 22, 2013 at 11:32 am
acho é que os sindicatos têm de começar a preparar desde já a guerra legal, indo (tb) para os tribunais internacionais.
Maio 22, 2013 at 11:33 am
Sugestão do dia: Greve de zelo sine die.
Come on profs, vão ter que ser mais duros com esta pandilha.
Antes que isto seja destruido por completo.
Maio 22, 2013 at 11:35 am
De uma vez por todas teremos de ser unidos, caso contrário seremos derrotados para sempre.
Eu farei greve, custe o que custar. Deveria ser por tempo indeterminado.
Nas anteriores houve pouca adesão. As desculpas na sala de professores foram muitas! Uns não podiam por isto outros por aquilo! Compreendo a situação de todos. A vida não está fácil. Logo a seguir retiraram-nos o subsídio de férias, de Natal a sobretaxa de IRS, cortes em tudo e mais alguma coisa e o Zé Povinho sempre a dizer amem a tudo. Chegou a altura de dizer basta.
Vamos em frente. Grande adesão à greve, Venha a requisição civil, serviços mínimos, seja o que for. Se formos unidos não haverá exames no calendário estabelecido. Não esquecer: A união faz a força colegas! Ou agora ou nunca mais.
Será que iriam instaurar processo disciplinar a 100 mil professores? Não faziam outra coisa! Nessa altura o sistema já estaria parado e o ministro na RUUUUUUA.
Maio 22, 2013 at 11:36 am
#4,
O que digo é que os directores podem agir assim, com o beneplácito da tutela.
Ignorar que há directores que irão agir deste modo é que é estar alheado da realidade.
E fingir que não é assim é que é desinformar.
E por isso acho que é indispensável sensibilizar os directores para o facto de serem, ainda e antes de mais, professores.
Maio 22, 2013 at 11:45 am
Este ministro Crato é uma lástima. Ontem contaram-me coisas da recente viagem à América do Sul que….enfim…
Um ex-comparsa meu, agora prof na USP, disse-me que nunca ouviu tanto comentário em surdina dos brazucas a “gozarem” com o Crato.
O gaijo só fala de Matemática, exames e olimpiadas. Mainada, é um discurso de vacuidades. Quando fala de Ciência então é simplesmente inexistente.
Um incompetente.
Maio 22, 2013 at 11:48 am
o que está em causa é que é inconstitucional e totalmente ilegal, de acordo com os tratados internacionais assinados por Portugal, mandar pessoas para a mobilidade, se quando essas pessoas foram admitidas na carreira era previsível e estava implícito, que tal não podia acontecer. Só se os sindicatos forem totalmente incompetentes é que isso da mobilidade pode passar.
Maio 22, 2013 at 11:59 am
Torna-se premente e urgente que os sindicatos esclareçam a legislação aos professores e executem rapidamente um plano de ação para realizar a GREVE às avaliações e aos exames.
Torna-se claro que é necessário um “manual de luta” para os professores saberem como agir e como se defender legalmente na situação de existir coragem para não furar a greve.
Maio 22, 2013 at 12:00 pm
11
mas ele não é matemático, é licenciado pelo iseg, gestão, estatística…
Maio 22, 2013 at 12:02 pm
Tudo passa não pelo Constitucional mas pelo reconhecimento público de que a profissão de professores é absolutamente necessária ao desenvolvimento do país. Já viram que o PS não contradiz as medidas de Nuno Crato?! Claro, podemos sempre refugiar-nos nos extremos estalinistas, mas nos modelos de sociedade que desenvolveram, e também nos que hoje ainda subsistem, os professores são irrelevantes, tanto que em Cuba um polícia ganha mais do que um professor (digo de memória, cerca 27 para 30€).
Maio 22, 2013 at 12:15 pm
#15
esteja atento às intervençoes dos deputados do PS, por exemplo Acácio Pinto e Pedro Alves e deixe-se de tretas sobre a posição do PS sobre as politicas de Crato
Maio 22, 2013 at 12:21 pm
#16
Por que são “tretas”? Que declaração oficiais, além desses dois electrões livres, têm vindo a lume. Mais um vez por que se permite, escudado no conforto do teclado, chamar-me tretas. Quem é você?
Maio 22, 2013 at 12:26 pm
#10 muitos diretores (já) não são professores!
Maio 22, 2013 at 12:27 pm
e alguns fazem tudo para não serem professores e serem diretores
Maio 22, 2013 at 12:41 pm
#16. E tu és quem “CU META”. Se alguem tem estado ao lado de Crato chama-se Nogueira… caladinho
Maio 22, 2013 at 12:49 pm
E que tal uma limitação aos cargos de diretores de escolas, daquelas tipo Presidente DE Câmara (e não Presidente DA Câmara).
Porque é que não podemos plantar notícias destas e atirar o barro à parede a ver se também acordam?
Maio 22, 2013 at 1:29 pm
O que eu tenho a dizer é que, para agnelo, agnelo e meio.
Uma “proposta de classificação” pode ser uma lista dos alunos da turma em que se dá 5 a todos.
Ou, melhor ainda, com tudo corrido a nível 1.
Para ser ponderado, e eventualmente alterado, na reunião.
Se houver reunião.
Se o professor estiver na reunião.
A alternativa é o agnelo em funções mostrar serviço e assinar e mandar publicar as pautas com os “uns”.
Pensam que se atrevem?…
Maio 22, 2013 at 1:41 pm
As coisas não são assim tão simples e expeditas como querem fazer crer os Agnelos (que os há por aí…).
De resto, este tipo de procedimento ou de objecção já era previsível.
Em todo o caso, isto permite-me reiterar que me parece decisivo, para se aquilatar da seriedade e do empenhamento dos sindicatos neste processo de luta, saber como eles se propõem organizar a greve – se ela for avante, coisa que me parece que o governo não arriscará –, de forma a poder-se contornar quer uma eventual requisição civil e obrigação de serviços mínimos, quer habilidades como estas agnelianas.
Se as coisas forem bem planeadas e executadas, uma greve às avaliações será muito difícil de contornar e fará mesmo mossa.
Os sindicatos têm, pois, de mostrar que querem fazer uma luta muito a sério, com unidade de esforços e determinação de processos, senão o MEC percebe que eles querem é (mais) um acordo para mostrarem serviço e galões – e “cede-lhes” nalguns pontos que, de tão extremadamente irrealistas, não lhe custará muito abdicar, para chegar até aonde realmente queria…
Maio 22, 2013 at 2:01 pm
Ordem de serviço
Todos(???) os professores tterão que entregar antecipadamente nos S.A as classificações propostas assim como os elementos de avaliação que as fundamentam.
Neste caso basta haver quorum, e quando se está numa escola em que normalmente só fazem greve entre 20 a 25%, já se sabe o resultado.
Maio 22, 2013 at 2:30 pm
Disse-o aqui desde o inicio:
– basta um pedido de um carta com notas dos alunos antes da reunião…
– basta requisitar serviços mínimos para as vigilâncias de exame (então com agrupamentos mega mais fácil ainda)
E sempre perguntei, qual o dia a dia dos dirigentes sindicais? se eu sei pq é que eles não sabem destas coisas? Será greve para troika ver?
Sinceramente não percebo.
Maio 22, 2013 at 2:34 pm
#24
olha o atento, ou muito atento mudou de nome
Maio 22, 2013 at 2:35 pm
ou os sindicatos se mexem e organizam isto em condições e recorrem tb eles a tribunais ou estamos muitooooooooooooo feitos ao bife
Maio 22, 2013 at 2:36 pm
#24: Pergunto: Para quê marcar reuniões nesse caso?
Maio 22, 2013 at 2:38 pm
as reuniões ja estao marcadas no placard da escola
Maio 22, 2013 at 2:49 pm
#26
Já dei conta disso…LOL, vem camuflado!
Maio 22, 2013 at 2:57 pm
#21 Essa é uma contra medida a incluir no “Manual de Procedimentos” no caso de os Directores fazerem tais Ordens de Serviços…ou se houver requisição civil !
Maio 22, 2013 at 2:58 pm
Eu só sei que neste momento, com as coisas ao ponto a que chegaram, lutar é uma questão de sobrevivência. Se nos acorbardarmos, seja porque razão for, não teremos salvação e estaremos a ditar o nosso próprio futuro que será muito sombrio para os que em setembro não tiverem lugar na escola e também para os que ficarem a quem será exigido um trabalho insuportável. Ninguém pode dizer que está de fora, a não ser os que queiram mesmo sair.
Maio 22, 2013 at 3:14 pm
Greve às avaliações e/ ou greve aos exames não resolvem o problema.
Portanto, o importante é fazer atrasar todo processo de avaliação para que este interfira naturalmente com os exames nacionais e exames de equivalência.
Greve de zelo poderia ajudar se os professores fossem uma classe muito unida! Mas já sabemos que o não são.
Vamos para a escola e cruzamos os braços!
Fazemos as reuniões de avaliação propondo o nível 3 ou nível 10 para para todos os alunos do básico / secundário.
Não se decreta greve nacional e os professores organizam-se de modo a faltar sempre 1 ou 2 às reuniões. O MEC não embolsa o dinheiro da greve e os restantes profs sempre podem compensar os faltistas com uma valente jantarada 😉
Ameaça de bomba nas escolas nos dias dos exames nacionais.
Sequestro dos diretores!
Meteorito na AR
Maio 22, 2013 at 3:36 pm
Há quem proponha um mês de atestado e que assim não haverá avaliação.
Eu já tive de estar um mês e meio de atestado e obrigaram-me a ter de pensar e dar avaliação, quando queria pensar em tudo menos isso.
Como é que isso afinal funciona? Alguém sabe?
Maio 22, 2013 at 3:38 pm
Os cúpulas sindicatos dos professores têm dois problemas: falta de contacto com a realidade das escolas e falta de imaginação nas ações de luta.
Maio 22, 2013 at 3:55 pm
é pá gosto daquela do rapto dos bosses e do meteorito… ( tem de ser dos puequeninos)
Greves de zelo… greve aos exames não resolve nada… Aproveitar a burocracia nas reuniões. Porque suspeito qu eos directores o que querem é ter o poder de mandar reciclar os professores
Maio 22, 2013 at 3:56 pm
#20
O anónimo, besta quadrada, sexista campónio, não consegue perceber metade do que lê.
Maio 22, 2013 at 3:59 pm
“Direitos dos alunos”?????!!!!!!! Pois é os alunos só têm direitos e nada de deveres.
E agora pergunto
1) Alguém pergunta pelos direitos dos doentes quando os médicos e enfermeiros fazem greve???
2) Alguém pergunta pelos direitos dos utentes (quando inclusivamente já pagaram pelo seu serviço com os seus passes) quando os transportes fazem greve??? Só este ano já perdi a conta às greves do metro. Anda tudo esquecido????
3) Alguém pergunta pelos direitos de quem trabalha e circula pelas autoestradas quando os camionistas fazem greve e barricam as vias de circulação?????
4) Alguém pergunta pelos direitos dos passageiros quando os pilotos fazem greve????????
Só os professores é que não têm direito à greve????? Ou só podem fazer greve à sexta-feira quando convém aos alunos e papás para irem de fim de semana mais cedo?????
Gostaria muito que todos reflectissem muito bem sobre isto. Porque quando são os professores a falarem em greve levanta-se logo um clamor e parece que cai o Carmo e a Trindade….
Só de ver a Lurditas de volta a esgrimir o seu despacho de requisição civil fiquei com ganas de fazer greve aos exames todos deste ano!!!
Maio 22, 2013 at 4:21 pm
Este tipo de possibilidades já as tinha aventado em off a quem me perguntou qual a viabilidade disto tudo.
claro que há formas de ultrapassar, ou pelo menos contra-bloquear, estas medias.
O que não gostaria é que as pessoas ficassem sem perceber o que pode ser feito em “contra-mão”.
Assim, avisados estando, melhor se poderá… encontrar fundamentação jurídica contrária. Parece que há gente avençada para estes efeitos.
Digo eu, mas não pago quotas.
Maio 22, 2013 at 4:21 pm
Não vou ser politicamente correta pois suspeito que anda por aqui muita gente que “é só garganta”!!
Sempre que fiz greve e tento saber nos serviços administrativos o nº de profs que a fizeram, os funcionários dizem: ah, professora, olhe que não pode acreditar em tudo!!! Temos por aqui atestados, artigos, etc….Greve, greve, só 2 ou 3!!!
Há que pensar, nós e os sindicatos.
Também não acredito, e queria acreditar, que os diretores estejam do nosso lado.
Acredito mais na concertação de esforços………mas não tenho uma varinha de condão (quem me dera!). Sinceramente, não sei que fazer (que nervos!). O não fazer nada é a nossa desgraça, isso também sei!!
Maio 22, 2013 at 4:23 pm
Parece que a greve foi anulada o crato diz que ois professores vão todos ser integrados com técnicos operacionais nas escolas varrer pintar e cortar relva.
Maio 22, 2013 at 4:25 pm
#41
Ó cavalo, faça do favor se se sentar, digo, calar!
Maio 22, 2013 at 4:32 pm
Uma greve, por definição, causa transtornos e prejuízos. Este pressuposto constitui mesmo o poder de pressão de uma greve. Não me escandaliza, por isso, que seja decretada uma greve em momentos cruciais, se os fundamentos forem, eles próprios, da mesma ordem de grandeza.
Ora, uma greve decretada depois de uma completa inacção em relação ao despedimento de uns milhares, centrada apenas nos interesses de uma parte dos professores, por mais justos que sejam, nunca serão suficientes para se equivaler ao tal momento crucial, isto é, no caso dos professores, às avaliações e aos exames.
Por outro lado, não se pode colocar nas mãos dos directores a responsabilidade de fazer uma greve correr bem, porque, de facto, o director é um órgão que representa a tutela e já não os professores. Mesmo que o quisessem, os directores não poderiam deixar de cumprir instruções da tutela, sob pena de terem, eles próprios, consequências laborais e individuais, dado a responsabilidade civil e criminal que legalmente lhes é exigida. Assim sendo, não me parece sequer aceitável exigir dos directores o que eles não podem fazer.
Tenho a convicção de que esta greve não se realizará, mas se estiver errada, ela não terá, de certeza, mais nenhum efeito que não o acentuar da imagem corporativa da classe e da evidência do seu carácter político. As avaliações serão acauteladas e os exames realizar-se-ão sem problemas de maior.
Maio 22, 2013 at 4:39 pm
#43,
O teu segundo parágrafo é crucial nisto tudo. Sendo que eu discordo da maior parte dele.
Não é de agora que acho que uma posição de força se impõe, até porque o medo de o MEC proceder a isto ou aquilo não tem em conta o impacto de uma posição comum alargada.
ficarei por aqui, por agora.
Maio 22, 2013 at 4:42 pm
#44,
Se te referes ao facto de os directores representarem na escola a tutela e não os professsores e a restante comunidade, digo-te que eu também discordo. Discordando, embora, não deixa de ser assim.
Maio 22, 2013 at 5:01 pm
Tutela rima com nutela!!mas existe ainda alguma tutela?? Eu acho melhor a palavra trela.
Maio 22, 2013 at 5:02 pm
#45,
A escolha dos directores é feita pelo Conselho geral, teoricamente representativo da comunidade educativa. Logo… ele é um líder que deve prosseguir os interesses da dita comunidade educativa.
Maio 22, 2013 at 5:05 pm
#46,
Caro “uboat”… se mantiver o estilo bimboqueiro, em nick de ocasião, acabará no spam e poderá queixar-se de censura na base do meu gosto.
Maio 22, 2013 at 5:18 pm
#47
Olha, Paulo, quando os sindicatos, nomeadamente da FNE, negociaram o 75, a determinado momento deram por concluídos os trabalhos, com um acordo sobre um projecto de normativo do qual não constava o conselho geral. Dias depois, todos foram chamados de novo ao ME para, com espanto, perceberem que afinal precisavam de criar um órgão qualquer para que o normativo não fosse inconstitucional (Artº 73º, ponto 1. e Artº 77º, pontos 1. e 2.).
Foi assim que, em cima do joelho, nasceu um conselho geral não previsto originalmente e, sobretudo, não desejado.
Maio 22, 2013 at 5:20 pm
#49,
E incompatível com a LBSE no meu entender.
Mas… lá por ser indesejável não significa que não esteja lá e não possa ser útil, já agora… 🙂
Maio 22, 2013 at 5:23 pm
#47
É verdade e devia ser assim.
No entanto a interpretação que muitos fazem, e que certamente lhes é “suprada” nas reuniões com a tutela, não é essa e daí tomarem atitudes contrárias às que deveriam.
Já perguntei a um director o que faz quando recebe instruções contrárias à lei e ele respondeu que acaba por cumprir, mesmo quando essa instrução não vem escrita!
São uns palhaços, muitos deles, que já não se vêem como professores, como foi dito acima.
Maio 22, 2013 at 5:30 pm
A quem reporta, efectivamente, um director:
Artigo 29.º
Deveres específicos
Para além dos deveres gerais dos funcionários e agentes
da Administração Pública aplicáveis ao pessoal docente, o
director e os adjuntos estão sujeitos aos seguintes deveres
específicos:
a) Cumprir e fazer cumprir as orientações da administração
educativa;
b) Manter permanentemente informada a administração
educativa, através da via hierárquica competente, sobre
todas as questões relevantes referentes aos serviços;
c) Assegurar a conformidade dos actos praticados pelo
pessoal com o estatuído na lei e com os legítimos interesses
da comunidade educativa.
Maio 22, 2013 at 5:52 pm
#52,
Repara na alínea c).
Claro que a maioria dos presidentes dos Conselhos gerais não se lembrarão de convocar o CG para os consultar sobre os “legítimos interesses da comunidade educativa”.
Mas é óbvio que:
1) O director tem a obrigação específica de cumprir as indicações da tutela.
2) Eu continuo a achar que uma posição de conjunto, mesmo que não unanimista, pode deixar o MEC completamente à deriva no final do ano lectivo.
Maio 22, 2013 at 5:53 pm
Já se está vendo que muitos directores dirão: “eu até nem queria tomar medidas para contrariar a greve, mas sou obrigadoa isso pelos meus deveres, não me posso pôr contra a lei”, e por aí fora…
Maio 22, 2013 at 6:02 pm
“Os legítimos interesses da comunidade educativa” é uma cláusula que permite uma grande latitude interpretativa.
No caso da greve aos exames, se vista pelo lado dos professores, pode significar que essa greve é que visa realmente fazer valer esses “interesses”, por ser contra uma política que é perniciosa para a Educação; se vista do lado da tutela, fazer tudo para que as avaliações e os exames decorram com normalidade é que permitirá salvaguardar esses “interesses”.
Maio 22, 2013 at 6:29 pm
#43
Isso chama-se em português vernáculo “falta de tomates”.
Maio 22, 2013 at 7:52 pm
A questão que se coloca é o que se entende por greve às avaliações. Esta definição terá de ser bem explicada pelos sindicatos no pré-aviso de greve.
Poderão os docentes comparecer na reunião de conselho de turma e, quando se verificar o ponto da ordem de trabalhos “Atribuição de níveis”, não o realizar, alegando estar em greve?
Poderão os docentes não entregar as referidas propostas de níveis nas secretarias (nas escolas que adoptam este procedimento), alegando estar em greve às avaliações, se a data de limite de entrega das mesmas coincidir com um dos dias de greve?
Maio 22, 2013 at 11:02 pm
O “motivo imprevisto” que, segundo o Despacho_24_A_2012_6_Dez, implica adiar a reunião, só deixa de ser “imprevisto” se o professor em greve comunicar antecipadamente a sua intenção (só se for tolo…) Logo, a reunião tem mesmo de ser adiada seja pelo Agnelo ou por qualquer outro. Caso contrário aí têm um motivo mais que válido para impugnar as avaliações e consegue-se o mesmo objetivo por caminhos diferentes. O que os professores não podem é deixar-se confundir pela primeira “interpretação”/deturpação que aparecer até porque têm obrigação de conhecer a legislação e “esgrimir” com ela em vez de acreditar no “diz que diz”…
Maio 22, 2013 at 11:16 pm
#58,
A esgrima não passa por aí.
Era boa ideia que não se formassem ilusões.
Uma greve é um motivo previsto, em termos globais, pelo que… alegar essa dos casos individuais é um bocadito fraquinho.
Maio 22, 2013 at 11:17 pm
Por acaso, acho que nem nisto o Agnelo tem razão, caramba.
Maio 22, 2013 at 11:39 pm
Os argumentos que o autor desse blogue apresenta são falsos e mais o é no post que colocou no blogue do Arlindo às 13 e qualquer coisa.
Desculpe, Paulo, mas, no meu entendimento, dar a “palavra” a este tipo de pessoas que “jogam” com o possível desconhecimento das leis por parte dos professores é dar-lhes a visibilidade que não merecem!
Maio 22, 2013 at 11:54 pm
#59
Então vamos lá a imaginar a cena real:
São 8:30 da matina; o CT está “quase” todo mas falta o prof de Português; “o que teria acontecido, alguém sabe?!” “Se calhar adormeceu, ou, se calhar foi o trânsito..”.espera-se…(já passaram 15 minutos…)”às tantas está doente, ou será o filho?” (tem cinco dias para apresentar atestado) etc.”Alguém telefone” (não é obrigatório atender) ninguém sabe nem tem de saber quem faz greve (é mesmo “imprevisto”) a greve é comunicada pelas “entidades representativas dos trabalhadores” de forma global, como “classe”. Não é de todo previsível quem vai, concretamente, fazer GREVE, o motivo da ausência tem de ser concretizado antes de ser tomada a decisão de reunir o CT sem um dos professores.Esse poderá ser um caminho perigoso para o decisor …(excepto se todos já tiverem desistido mesmo antes de começar…)
Maio 23, 2013 at 12:59 am
Sim, concordo que a greve às avaliações só produzirá efeito se não houver quórum (50% de adesão) impossibilitando o CT de decidir. E se os directores (aqui sim, podem ter alguma influencia) marcarem os CT para os dias 11, 12 e 13, e mandarem repetir os que não se realizarem a 13 e 14, a adesão, para produzir efeito, terá de aumentar para 66,7% E o Crato pode (ainda) contornar a questão deixando ir “todos” (os alunos de Conselhos de Turma não realizados) a exame (à condição).
Quanto à greve de dia 17, se permanecer a pobreza reivindicativa, nem é preciso decretar Serviços Mínimos nem Requisição Civil. Quantos estão dispostos a perder 5 dias de ordenado para adiar por umas semanas o exame de Português e conseguir alguma cedência do MEC na questão da mobilidade?
Maio 23, 2013 at 1:41 am
[…] Há tipos que entendem que os diretores devem oferecer-se em sacrifício em nome dos altos desígnios dos dirigentes sindicais e outros poderes mediáticos. […]
Maio 23, 2013 at 8:03 am
#64
Não, Agnelo…
Há tipas que entendem que os diretores devem pensar pela sua cabeça ….( e mais não digo…)
Maio 23, 2013 at 9:49 pm
Sou Diretor e não concordo com o Agnelo.
Ver artigo 15º do Despacho nº 24-A/2012:
“1 — Para efeitos de avaliação dos alunos, o conselho de turma é constituído por todos os professores da turma, sendo seu presidente o diretor de turma.
2 — Nos conselhos de turma, podem ainda intervir, sem direito a voto, os serviços com competência em matéria de apoio socioeducativo ou en- tidades cuja contribuição o conselho pedagógico considere conveniente.
3 — Sempre que por motivo imprevisto se verificar ausência de um membro do conselho de turma, a reunião é adiada, no máximo por quarenta e oito horas, de forma a assegurar a presença de todos.
4 — No caso de a ausência a que se refere o número anterior ser presumivelmente longa, o conselho de turma reúne com os restantes membros, devendo o respetivo diretor de turma dispor de todos os elementos referentes à avaliação de cada aluno, fornecidos pelo pro- fessor ausente.”
É óbvio que a ausência de um professor por greve não pode ser considerada previsível (não avisa), até porque quando falta um professor não se sabe se é por greve. Logo, a reunião tem de ser adiada.
Isto apesar de, na grande maioria das escolas, as propostas de classificação serem entregues antecipadamente, pois são inseridas nas aplicações informáticas.
Maio 23, 2013 at 10:08 pm
Esta gente ainda não percebeu que, com o chorrilho jurisdicional dos últimos anos, os profs há muito que perderam poder reivindicativo. São meros funcionários…
No atual quadro juridico, greve com impacto, só aos exames nacionais; as avaliações apenas são adiadas. Quanto aos exames, prevê-se a informação e desinformação sobre a legitimidade legal de fazer greve a esse serviço.
Quanto ao resto, sem uma revolução fisica, mentalizem-se: milhares vão ser despedidos, apenas ficando os necessários (com péssimas condições de trabalho) para assegurar uns serviços minimos de educação nos próximos anos, com provável extinção a longo prazo. Os critérios para escolher quem fica, veremos; para muitos é melhor não se sentarem á sombra da graduação, porque o tiro pode sair pela culatra…