CONSULTA NACIONAL AOS PROFESSORES E EDUCADORES PORTUGUESES
Estando em preparação um processo de decisão de ações de contestação e luta, pedimos que nos informe, até às 14:00 horas do dia 21 de maio 2013, sobre quais as formas que considera mais adequadas de combate às medidas que o Governo pretende impor.
Até agora:
Maio 21, 2013 at 3:39 pm
Caros colegas, peço que me esclareçam sobre um ponto: não sendo sindicalizado, pode um professor fazer uma greve prolongada às avaliações?
Se esta for uma das formas de luta, o ministro , certamente, mandará agendar sucessivamente as reuniões, pelo que a greve terá de ser prolongada. Um professor não sindicalizado pode “alinhar” ou corre o risco de ser despedido com justa causa ?
Vou tentar pesquisar na lei da greve mas, se, entretanto, algum colega mais experiente me puder esclarecer, agradeço muito…
Maio 21, 2013 at 3:50 pm
qualquer professor pode fazer greve, independentemente do vínculo, estatuto, cor politica ou religião. Nos dias de greve é suspensa a relação com á entidade laboral, sem qq prejuizo para o trabalhador, excepto o direito à sua remuneração, a qual perde.
Maio 21, 2013 at 4:41 pm
Mário Nogueira considerou “uma vergonha” a proposta de plano de mobilidade especial
Os professores que ficarem na mobilidade especial vão passar a receber, já em setembro, entre 33% a 53% menos do seu ordenado atual, revela a Fenprof, que recebeu a proposta do Ministério da Educação e Ciência (MEC).
Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, considerou “uma vergonha” a proposta de plano de mobilidade especial que o MEC entregou, na noite de segunda-feira.
Segundo Mário Nogueira, o documento define que os professores que passem para a mobilidade especial fiquem a receber, já em setembro, menos 33% do seu ordenado, embora para os docentes em topo de carreira a redução possa ser, de imediato, mais de metade, uma vez que o teto máximo na mobilidade especial são três salários mínimos (o equivalente a 1.455 euros).
“Para os professores em topo de carreira o corte não é de um terço mas sim de 52,9%. E, nestes casos, o que dizem que acontece aos professores ao fim de seis meses, para eles acontece logo no primeiro dia”, explicou Mário Nogueira.
O plano define ainda que, passado um ano, o corte atinja os dois terços do rendimento atual dos professores. “É um percurso de 18 meses a iniciar em setembro, até ficarem sem salário ou serem despedidos”, resumiu o sindicalista.
Mário Nogueira criticou ainda o documento por colocar os professores da mobilidade especial à frente dos que se candidatam pela primeira vez: “Até nisso é uma coisa extraordinária, porque o próximo concurso é daqui a quatro anos. Ou seja, o ministério está a dizer que, dentro de três meses, lhes vai cortar entre um terço e metade do salário, que daqui a ano e meio os vai pôr na rua mas depois diz ‘não se preocupem porque daqui a quatro anos podem concorrer à frente dos outros’”.
O documento deverá ser alvo de negociação esta quinta-feira, dia em que os sindicalistas se sentam à mesa com responsáveis do Governo. Mas, na Fenprof, a esperança de haver alterações é reduzida.
“Já não estávamos muito convencidos de haver grandes negociações, mas ainda estamos menos, desde que soubemos que também lá iria estar, pela primeira vez, o próprio secretário de Estado da Administração Pública, que é quem no Ministério das Finanças negoceia com os sindicatos e que, nesta matéria, tem sido absolutamente inflexível”, disse.
Para Mário Nogueira, a proposta agora apresentada aos sindicatos vem dar “mais justeza” às lutas que os professores têm convocadas para junho, como a greve geral para o dia do primeiro exame nacional do secundário: “Querem que as pessoas façam o quê? Que batam palmas! Que votem neles outra vez! Aquilo que nós mais queremos é que eles vão para o olho da rua rapidamente”, afirmou.
“Se o senhor ministro da Educação se dizia surpreendido por os professores quererem ir à luta, é porque pensa que não ouvem as suas propostas, não leem os seus documentos e andam distraídos, mas não andam. Os professores sabem que o que o senhor ministro está a fazer”, garantiu o sindicalista que considera o documento “um bom exemplo de um instrumento que este ministério e o Governo querem utilizar, para iniciar a destruição” da classe docente e do ensino.
“Mário Nogueira sublinhou que o documento “não tem nenhuma novidade, apenas agrava a situação”. A única mudança, ironizou, “foi o espaço onde se discute o documento, que passou do Terreiro do Paço para as Laranjeiras”, onde funciona o gabinete de Nuno Crato.
Maio 21, 2013 at 5:20 pm
http://aventar.eu/2013/05/21/ja-valeu-a-pena-marcar-a-greve/
Maio 21, 2013 at 5:34 pm
Cerca de 5 000 professores puseram a sua cruz nas formas de luta previamente determinadas (dentro da tradicional visão do mundo sindicalista). Isto não é representativo da profissão.
Bem sei que a argumentação será do tipo: “quem cala consente”. Talvez, mas eu prefiro algo mais perto da verdade: poucos são os que ainda acreditam no folclore sindicalista. E era muito fácil mudar esta perspectiva, bastava uma acção que mostrasse algum sacrifício da sua parte, queimarem-se verdadeiramente numa qualquer “fogueira”, provarem que estão, como dizem à boca cheia, “ali por nós”. Dou um exemplo: que Mário Nogueira se substitua ao primeiro professor primário que for para Mobilidade!
Maio 21, 2013 at 6:22 pm
#5,
Ela já anda em permanente mobilidade.
Parado numa escola é que nada.
Uma greve destas funcionaria, nem que fosse no plano simbólico, com uma concertação de posições com a Confap (pós-albina), CNIPE e associações de directores.
Maio 21, 2013 at 6:51 pm
#6
Tenho a certeza que só funcionaria dessa forma, caso contrário será um fracasso!
Na minha escola não farão greve aos exames, tenho a certeza absoluta!
Maio 21, 2013 at 9:30 pm
[…] https://educar.wordpress.com/2013/05/21/consultando/ […]
Maio 21, 2013 at 10:36 pm
É agora ou nunca. Greve a partir de junho pois com a raça desses ministros e companhia ainda nos mandam dar as notas antes para evitar o resultado da greve. A greve deve ser convocada para todo o mês de junho e mais se necessário mas só devemos fazê-la nos dias em que marquem reuniões de avaliação. Para estes artista só sendo ainda mais artista!
Maio 21, 2013 at 10:46 pm
É mesmo gente sem vergonha nenhuma. É gente pior que os nazis. A qual besta irracional ou demónio das profundesas do inferno lembraria colocar alguém nesses tipo de mobilidade? Até a quem nunca trabalhou e passa a vida nos cafés dão o redimento mínimo e casa e creche para os filhos e aos professores e restantes funcionários públicos querem tratar assim? Tratam-nos pior que a drogados, que a preguiçosos, que a ladrões na prisão (esses ao menos têm um teto, comida e roupa). Malandros que são a vergonha da humanidade! Piores que nazis. Esses ainda davam comida aos judeus antes de os matarem mas estes querem matar-nos à fome! Traidores, malandros, sem vergonha, escumalha…
Maio 21, 2013 at 11:10 pm
Estamos entregues a nazis.
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=76468
Maio 22, 2013 at 12:17 am
A página (“linkada”) não abre correctamente. Alguém sabe qual foi o método utilizado para escolher os docentes/escolas que participaram nesta consulta?
Maio 22, 2013 at 12:20 am
#5
“Cerca de 5 000 professores puseram a sua cruz nas formas de luta previamente determinadas (dentro da tradicional visão do mundo sindicalista). Isto não é representativo da profissão.”
Representativos não serão (pelo menos aqui pela Grande Lisboa não se conseguiriam estes resultados) mas não é pelo número de participantes na consulta, que é muito elevado (cerca de 5% do universo) face ao que é habitual em sondagens.