Como professor e encarregado de educação sou favorável à existência de exames. Já expliquei muitas vezes porquê. O que me chateia é que os exames sejam implementados no terreno por gente que – há que dizê-lo com clareza – me parece razoavelmente estúpida.
Não há que ter receio das palavras, pois detesto ver algo com que concordo ser maltratado por gente burra.
Antes de entrar em detalhes de maior proximidade, deixo o testemunho do Pedro Magalhães:
Catch-22
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A Educação do meu Umbigo 
Abril 16, 2013 at 7:12 pm
kafkiano…melhor mesmo é fazer os exames com câmaras de vigilância…
Abril 16, 2013 at 7:19 pm
hahaha…ffui ver…hahahah…gente estúpida é eufemismo, Ó Paulo, tenha dó….
Eu cá…não gosto deste tipo de exames: exames são os que se fazem no dia a dia…mas pronto…
Agora …tem toda a razão…issto é definitivamente anedotico…..se não fosse triste, concomitantemente.
Abril 16, 2013 at 8:02 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2013/04/16/pink-floyd-mother/
Abril 16, 2013 at 8:12 pm
Todo o processo é baseado na estupidez absoluta!
Ainda se se fizesse tudo como se faziam as provas de aferição…a coisa era pacífica e natural. A diferença seriam as regras de classificação. Mas o aparato seria evitado…e assim o que se espera é que no dia dos exames as estações de TV se passeiem de escola do 1º ciclo para a EB23 onde os alunos irão realizar o exame e fazer o relato minuto a minuto… com recolha de depoimentos antes…durante e depois do acto glorioso! E irão ouvir meninos, pais…avós… e tudo o que mexer à volta… e os sindicatos…e o sr Crato, claro! E as vantagens e as maçadas da coisa… e irão explicar que assim está assegurada a fiabilidade do evento!
Mas para além disto tudo o MAIS RIDÍCULO são as regras de repetição do exame. Todos os alunos que tenham negativa num dos exames TERÃO OBRIGATORIAMENTE DE O REPETIR, MESMO QUE ESTEJAM EM CONDIÇÕES DE APROVAÇÃO!
E se a 1ª fase é a 7 e 10 de Maio porque raio será a 2ª fase SÓ A 9 DE JULHO E 12 DE JULHO??? 2 MESES DEPOIS???
AHHHHHHHHH JÁ SEI!!! É para que os alunos tenham as ditas aulas de recuperação até aos dias do exame!!!! È para manter os profs do 1º ciclo entretidos até Agosto! Depois será a correção das provas e a seguir novamente reuniões de avaliação e tal…e isto para andarem entretidos…porque a maioria dos alunos até já estava em condições de aprovação!!!!
É tudo uma PALHAÇADA!!!
Os paizinhos este ano não vão poder ir de férias com os filhos em Julho… mas como também estamos em crise… vamos fazendo exames!!!
Abril 16, 2013 at 8:18 pm
PROPOSTA:PORQUE NÇAO OS ALUNOS IREM SÓ Á ESCOLA NO DIA DO EXAME???OK .TRÊS A QUATRO SEMANAS IAM Á UMA ESCOLA DE RÉ FABRICADOS TIRAR DÚVIDAS E FAZER REVISÕES… ANTES E DE RESTO POR SKIPE?? OS EXAMES PODIAM SER FEITOS EM PRÉ FABRICADOS E PRONTOS…O DINHEIRO QUE NÃO SE POUPAVA EM INSTALAÇÕES.!!!.E PAPEL ..UI..
Abril 16, 2013 at 8:19 pm
DIGO.. QUANTO AO RESTO DO ANO POR SKYPE..FUI..
Abril 16, 2013 at 8:26 pm
ah..proponho este para futuro ministro da educação…
Abril 16, 2013 at 8:55 pm
Regras que até podem ser compreensíveis nos exames para secundários e afins causam alguma perplexidade quando são aplicadas a 1º ciclo.
Mas os comentadores também não ajudam assim tanto (até se esquecem do conceito de escola agrupada)!
– Quantas são as escolas do 1º ciclo não agrupadas?
– Exames vigiados por professores de outras escolas? Bastaria serem dois e não professores dos alunos. Com secretariado de exames!
– Os professores da escola não chegavam? É para isso que existem os agrupamentos e as ajudas de custo (he, he…devil me!)
– Onde é que os alunos vão fazer exames? Na própria escola desde que tivesse condições mínimas de espaço (e não venham com a treta de terem de instalar o programa de exames… até parece que seriam muitas as escolas sem um portátil do agrupamento para levar o programa já instalado.
– Escola sem internet? Existem acessos móveis mas seria uma ótima ocasião para fazer exigência de internet na câmara municipal!
Em suma: quem foi o génio que achou melhor deslocar os alunos do que deslocar os professores? É que eu só vejo isso como sendo os diretores a inventar soluções e não uma exigência legal. E se são diretores resolvam a contento com a lei (primeiro), interesse dos alunos (segundo) e interesse dos professores (terceiro)!
Abril 16, 2013 at 9:00 pm
Estes exames do 1º ciclo, feitos agora, por esta gentinha, com as regras que estão a impor têm tudo, menos contribuir para o sucesso dos alunos, muito menos para o rigor do ensino prestado no 1º Ciclo. E no “tudo” é que está a incógnita? O que se pretende com estes exames, agora, neste tempo e neste modo??? Pois, escapa-me… se alguém me ajudar a entender, agradeço.
Uma mãe, lá da minha escola disse “isto é para avaliar os professores”…
Abril 16, 2013 at 9:47 pm
bem vindo ao mundo dos pais!
Espera pelos testes intermédios de 9º ano, com a tua filha a fazer todinhos!!!
pst: serei solidária ( a minha piquiti está no nono e o rapaz no 12º) andei a ajudar as colegas do 12º na tarefa desta semana, aquilo é de arrepelar o cucuruto!!!!
Abril 16, 2013 at 9:52 pm
Claro que é!
Senão os docentes do 1º ciclo que não tivessem turmas do 4ºano podiam muito bem vigiar as turmas nos exames, como sempre fizeram com as provas de aferição! Esta ideia luminosa de os vigilantes não poderem ser do 1º ciclo é uma anedota! porque é que nos outros ciclos podem ser profs do mesmo ciclo? Podiam chamar de outros ciclos…do pré escolar…do secundário…
Deve ser para achincalhar! Estou muito curiosa sobre o grau de dificuldade dos exames…
Abril 16, 2013 at 9:53 pm
E tenho uma pulga atrás da orelha a sussurrar que se isto não correr bem é porque o 1º ciclo é curto e é preciso alargá-lo mais 2 anos!!!!
Abril 16, 2013 at 10:05 pm
E por causa dessa deslocação estúpida ,a minha filha não vai ter aulas nesses dois dias de manhã.Não há salas para todos !
Sou contra os exames no básico ,sou contra o facto de muitos alunos terem testes intermédios (matéria do 7º, 8º, 9º ano ) a todas as disciplinas,com os testes “normais ” pelo meio ,enquanto outros têm testes intermédios a Matemática e Português . Os miúdos dão em loucos ,os que estudam não podem saír durante semanas a fio.Para quê ???? Sabem mais do que aqueles que faziam exames no fim do Secundário ? Se tiverem filhos com testes intermédios a todas as disciplinas sabem do que estou a falar.
Abril 16, 2013 at 10:14 pm
No meu tempo havia exames no 9º ano apenas para os alunos que tivessem médias inferiores a seis 4 no 7º, 8º e 9º anos. Isso originava a que tentássemos tirar quatros para dispensar o exame.
Abril 16, 2013 at 10:16 pm
No meu agrupamento os alunos do 4.º ano vão fazer as provas finais à escola sede (onde existem o 2.º e o 3.º ciclos).
Abril 16, 2013 at 10:19 pm
TemAr,
Porque os professores do 1º ciclo são todos do mesmo grupo.
A regra dos exames é que um professor não vigia exames das disciplinas do seu grupo.
Abril 16, 2013 at 10:26 pm
#11
pois, como sou do 1º ciclo e já estou “habituada”a ser considerada “menor” já nem estranho nada… seria giro nós, do 1º ciclo, irmos vigiar os dos outros ciclos e secundário… caía o Carmo e a Trindade! Enfim, no meio de tanta loucura e atropelos à ética e ao profissionalismo já nada me espanta.
Mas o que eu ainda não percebo mesmo é o que querem com esta “forma” dos exames do 4º ano, neste ano!!! É que não há dinheiro para chumbos nem apoios acrescidos. E depois de anos, quiçá décadas, a impingir o lúdico e as passagens por progressão… progrediu/transitou, aos nossos alunos, como é que os pobres coitados agora vão perceber, de um dia para o outro, que agora é que é à séria! Pois transmitiu-se a ideia que os exames seriam o contra-ponto ao eduquês…
Estão baralhados? Os alunos do 4º ano também! Estou muiiiito curiosa. Isto tudo está muito para além de um outro debate sobre a importância, ou não, de se fazerem exames no 4º ano. Isto seria sim um debate, certamente com posições antagónicas, mas que não foi feito, nem se está a fazer!
Entretanto estejam atentos aos debates sobre o 1º ciclo na Universidade Católica do Porto! Muiiiiiiito curioso! Quem as organiza, quem as dinamiza e o que lá se diz!!! É todo um mundo paralelo… ou não.
Abril 16, 2013 at 11:04 pm
#17
Bem pelo contrário. Serão muito bem vindos ás vigilâncias dos exames.
Abril 16, 2013 at 11:23 pm
#18
Estou nessa! Aguardo convocatória, que espero seja nacional: Os professores do 1º ciclo irão vigiar os exames do secundário! E mais, os alunos do secundário irão fazer exames nas escolas do 1º ciclo, vigiados por professores do 1º ciclo e educadores de infância! Em nome de… não interessa, só porque sim! Ou então em nome do rigor, da articulação ente ciclos (esta eu acho mais gira!). Juro que até estou a achar divertida esta “imagem”… só porque nada disto faz sentido, caro colega Nuno Coelho! Não faz sentido e ponto! Não faz sentido hoje e agora os alunos do 4º ano irem fazer exames à escola sede de agrupamento (quase sempre ex-secundária, nesta fase de megas…). Ou então, continuando a vertigem… os alunos do secundário irem fazer exame às universidades, vigiados por profs do superior, porque não? Quiça, partir para agrupamentos mais inclusivos (tb gosto desta) com faculdades incluídas…
O que acho, que para além de muitas coisas que se perderam, perdeu-se a história, cultura e dinâmica, que muitas escolas tiveram ao longo de anos com agrupamentos, fusões… mega agrupamentos… a caminho de hipermegagrupamentos… ou a implosão final 😉
Vá lá, colega, eu até acho que não há fronteiras entre professores dos diferentes ciclos, incluindo os universitários… estamos todos num barco cheiiiiinho de furos, prestes a afundar… Salvemo-nos!
Abril 16, 2013 at 11:54 pm
Pormenor:
Se os exames se realizassem nas escolas de 1º ciclo não havia polícia que chegasse para a distribuição e recolha. Um caso de segurança nacional.
No entanto, talvez a polícia pudesse fazer a entrega nas sedes de agrupamento e os professores levariam as provas para as escolas. Claro, neste caso seria um tal perder provas, abrir sacos, mostrá-las a toda a gente, resolvê-las, o caos… deve ser este o raciocínio “deles.”
Abril 17, 2013 at 12:04 am
#19
Vigiar um exame não é um bicho de sete cabeças, apesar de algumas regras um pouco absurdas. É das funções mais aborrecidas que podemos Vai estranhar no inicio, mas com a prática entranha. Com os professores do 1º ciclo também a vigiar, apenas vai aumentar o nº de professores disponíveis para as vigilâncias, diminuindo o número de exames que cada um vigia.
Quantos aos exames no secundário feitos no ensino superior, isso já foi assim, na década de 90. Eu fiz todos os meus exames nacionais do 12º ano em universidades. E não morri.
O concentrarem os exames em poucos locais têm vantagens. Para fazerem em cada escola, teria de se fazer um secretariado de exames em cada escola. Cada secretariado tem, pelo menos, três elementos. Mais três professores por sala (dois vigilantes e um suplente). Isso significa que, se fossem apenas utilizados os professores de cada escola, em muitas não existiriam professores suficientes (não se esqueça que em cada mesa só pode estar um aluno, pelo que, em muitos casos, será necessário) mais do que uma sala por turma.
Eu tenho duas grandes criticas a estes exames:
– a primeira são as datas. Deveriam ser no final de junho, como todos os outros.
– a segunda é aquela norma que diz que qualquer aluno que tenha negativa num dos exames terá de repetir o exame.
Abril 17, 2013 at 12:32 am
Só vejo por aqui um tipo equilibrado que é o Nuno Coelho.
Os outros…
Professores?????
Depois queixam-se de que a profissão está desprestigiada…
Abril 17, 2013 at 12:36 am
#22
Ainda bem que és atento. Dá-lhe uma medalha.
Abril 17, 2013 at 12:43 am
#19
O procedimento que descreve é exactamente igual ao que se fazia para as provas de aferição (havia apenas um secretariado por agrupamento) e nunca houve nem falta de pessoal nem problemas graves que impedissem a realização das mesmas.
Mas este ano a maior novidade no meu agrupamento, nem é a deslocação para a sede nem a vigilância por professores de outro ciclo, a “melhor” é que os titulares das turmas do 4º ano têm de ir às respectivas escolas “recolher” os seus alunos, ir à sede do agrupamento “entregá-los”, ficar a fazer horas (não se sabe onde, pois não podem permanecer lá) até ao fim do exame para poderem ir buscar a turma e a levar de volta para a escola (os encarregados de educação não podem fazer este serviço), meia hora mais tarde deverão ir buscar os alunos que usufruírem de condições especiais e que também regressam à escola. Há uma colega que mora perto da sede do agrupamento mas longe da escola onde trabalha (utiliza os transportes públicos nas suas deslocações) que, com esta “brincadeira”, vai ter de andar (sim, andar a pé) para trás e para a frente a “perder tempo”. Grande parte dos alunos que moram perto das respectivas escolas, nesse dia, terão de se levantar mais cedo para começar a trabalhar mais tarde. Concluo dizendo que os exames são em maio mas abrangem toda a matéria (que devia ser dada até junho).
Abril 17, 2013 at 12:47 am
Não é #19 é #21 (Nuno Coelho). O que fez na Universidade penso que se chamavam exames de admissão.
Abril 17, 2013 at 8:02 am
Por estabelecimento de ensino entenda-se agrupamento, quem fará a vigilância será um docente de outro ciclo que exerça funções no agrupamento a única solução será ou vai maomé à montanha ou vem a montanha a maomé. Aqui não vejo problema. O que realmente é parvo é que estando as provas previstas para maio e estando os docentes do 2, 3 ciclo e secundário a dar aulas só existe uma hipótese os alunos dos 2, 3 e secundário serão prejudicados e dificilmente terão aulas. Agora imagine-se isto em maio com testes a decorrer.
Faltando pouco mais de 3 semanas ainda nem a norma 2 que regulamenta os exames saíu nem a aplicação para inscrever alunos, preparar as salas e distribuir as vigilâncias.
Abril 17, 2013 at 9:43 am
#24
Esse é um dos problemas associados à data de realização da prova. Se fossem em junho, não teria esse problema
#25
Chamavam-se provas específicas, que vieram substituir a PGA e que deram origem as exames nacionais e eram feitos pelo GAVE.
Abril 26, 2013 at 3:08 pm
Ahhh, mas corremos com o Sócrates e a Lurdinhas, malandros, a clpa é deles, só pode.
Abril 26, 2013 at 3:11 pm
#28,
É muito possível que a sua aparente estupidez esteja associada a isso.