Parece que existem negociações acerca do novo concurso interno e externo (?) para professores. O de 2013, quatro anos depois do último, que cheguei a pensar que fosse mesmo o último.
As negociações destinam-se a discutir alguns detalhes formais do concurso, mas são detalhes importantes para milhares de pessoas e famílias, desde logo a definição do número de vagas, das prioridades do concurso e das unidades geográficas a que se é obrigado a concorrer.
Não me vou deter muito tempo nos aspectos técnicos do concurso, porque interessa coltar a abordar os aspectos mais políticos da acção do MEC em relação à colocação e carreira dos professores.
Comecemos pelas novas promessas relativas ao próximo ano lectivo, que o MEC apresentou com prazo, mesmo se o concurso é quadrienal e não ajuda nada à estabilidade que alguém fique colocado formalmente por 4 anos mas que lhe digam que tudo pode mudar no ano seguinte. Mais valia regressarmos aos concursos anuais. Seria mais honesto.
Prometeu o ministro que para 2013-14 não existirão mudanças nas reduções ao artigo do artigo 79º do ECD, nem no horário de 35 horas.
Vamos ser claros: não há mudanças para o próximo ano lectivo porque a equipa do MEC não se deve ter apercebido que o processo legislativo para tais alterações ao ECD acarreta algo como seis meses e não pode resolver-se na base de uma portaria feita às três pancadas.
Felizmente para milhares de professores, a impreparação do MEC nesta matéria funcionou de forma positiva. A promessa não é uma dádiva mas apenas uma constatação de facto. Juridicamente, não é possível que tais alterações consigam estar prontas a tempo do arranque do próximo ano lectivo.
Não terá sido por falta de vontade, nem sequer da produção de cenários preparatórios.
Porque a verdade, nua e crua, é que este Governo e este MEC (por crença, omissão ou incapacidade política) querem mesmo que a carreira docente perca os seus traços específicos e, mais importante, que se torne algo acessório à docência, por muito que falem em prova de acesso.
O embaratecimento da Educação na forma de pensar dos liberais de aviário que formam a corte deste Governo (e de alguns marretas e jarretas que se alaparam ao MEC) passa por reduzir o número de professores dos quadros e replicar o modelo de gestão de certos grupos privados: uma maioria de docentes contratados, com horário completo e baixo pagamento, uma minoria nos quadros com uma carreira pouco elástica e uma elite de mandantes com o grosso dos privilégios na coordenação e supervisão pedagógica e administrativa das escolas.
A verdade é que o MEC quer estancar a carreira docente, amputando-a no topo e afunilando ainda mais o acesso, enquanto prolonga a política anterior de travagem na progressão salarial dos docentes.
O que interessa é ter 60-70% dos docentes em exercício estacionados fora dos quadros ou nos primeiros escalões, com carga lectiva no máximo e ainda biscates de borla, e um número muito reduzido a partir de meio da actual carreira. Uma estrutura piramidal e hierárquica – lembram-se da conversa sobre o paralelismo com a carreira militar que vem do governo Sócrates I? – em que uma estreita minoria ocupa os cargos de topo recebe compensações extraordinárias pelos cargos ocupados.
Tudo com um modelo de gestão unipessoal, baseado na obediência para cima e para baixo, em que os orçamentos passarão a ser por “unidade de gestão” e em que os directores terão crescente autonomia sobre o pessoal, pois os vínculos laborais serão cada vez mais precários para a generalidade dos docentes.
Atendendo a isto, os concursos – em especial o nacional – são chatices que urge acabar a breve prazo. O deste ano acontece porque enfim… mas vai servir essencialmente para consolidar o emagrecimento dos quadros com milhares de vagas negativas e a contabilização, como se ficassem no activo, de centenas ou milhares de docentes a quem se vai atrasando a atribuição da aposentação.
Perante isto, a Fenprof grita fogo pela 1427ª vez e ninguém liga, enquanto a FNE continua a assessorar o MEC, na base daquela estratégia (mais do que batida e inútil) de mais vale controlarmos os danos.
A carreira, tal como a conhecemos até há uma década e que já foi profundamente amputada desde 2007, será reservada apenas a alguns, usando-se a abundante bolsa de recrutamento que resulta de um proletariado docente desesperado como arma contra os que se diz estarem agora instalados.
Acessoriamente, haverá cálculos e estudos feitos à medida para demonstrar que há escolas privadas que conseguem fazer o mesmo com menos dinheiro, exactamente porque este é o seu modelo de negócio, digo, gestão. Sendo que os interesses privados no sector estão completamente impacientes, pois acham que já se passaram dois anos e ainda não tiveram a compensação esperada e negociada.
Os educadores e professores como profissionais qualificados e com uma carreira minimamente atractiva são dispensáveis, em troca de uma mão-de-obra obediente, atemorizada e com escassa ou nula segurança laboral.
O objectivo do concurso que se avizinha não é, neste contexto, suprir as necessidades das escolas mas consolidar a precarização docente e a redução, a breve prazo, dos quadros para dois terços do que já foi.
O resto… enfim… o resto é nevoeiro, ao serviço da domesticação e empobrecimento do grupo profissional qualificado mais numeroso do país e no âmbito dos funcionários do Estado.
Março 28, 2013 at 3:36 pm
Muito bem, Paulo.
Março 28, 2013 at 3:40 pm
Este vais ser um dos temas dos comentários semanais socráticos. Há que tentar (re)capitalizar simpatias.
Aliás, parece-me que já foi aflorado ontem…
Março 28, 2013 at 3:44 pm
Como eu gostava que não tivesse razão, Paulo, mas tem-na… toda!
Tb eu desejo os concursos anuais, pq são a única forma de minimizar os estragos.
Eu só acrescentaria que esta (nossa) história tem paralelo num país chamado de desenvolvido… e foi o que se viu… e o resultado tb o veremos por cá.
E agora vou apanhar outros ares e limpar o disco, pq as últimas horas foram demasiado duras…
Bom resto de merecida pausa, em especial para o Paulo 🙂
Março 28, 2013 at 3:46 pm
From a doctoral examination.
“What is the task of all higher education?” To turn men into machines.
“What are the means?” Man must learn to be bored.
“How is that accomplished?” By means of the concept of duty.
“Who serves as the model?” The philologist: he teaches grinding.
“Who is the perfect man?” The civil servant.
“Which philosophy offers the highest formula for the civil servant?” Kant’s: the civil servant as a thing-in-itself raised up to be judge over the civil servant as phenomenon.
(Nietzsche)
Março 28, 2013 at 4:07 pm
É uma evidência. E sentimos também a impotência para mudar de linha. Aliás, quantos professores querem que os filhos lhes sigam os passos?
Março 28, 2013 at 4:12 pm
Tristemente verdade.
Março 28, 2013 at 4:19 pm
Que presente e que futuro tão deprimentes.
Tempos houve em que aqui, no Umbigo,tantos sonhos foram sonhados! Não sobrou nada.
Março 28, 2013 at 4:30 pm
Cada vez há mais bandalhos a precisar de chumbo!
Março 28, 2013 at 5:15 pm
Infelizmente, verdade…
quando pensávamos que já não podia piorar…. 😦
Março 28, 2013 at 5:17 pm
#7
Sobre os sonhos que foram sonhados no Umbigo….aplica-se este post do assessor de Miguel Relvas, João Gonçalves (assessor a sério, não assessor jotinha):
http://portugaldospequeninos.blogs.sapo.pt/3275087.html
«Segunda-feira, 17.09.12
A realidade é seca
Estava a observar a “nova” Gabriela. Um diálogo entre o Coronel Ramiro Bastos, o intendente quase eterno de Ilhéus, e uma puta, a Zarolha. Ramiro quer impedir as “mulheres-damas” de participar numa procissão que ele pediu ao padre e às senhoras piedosas para ver se chove. O sonho da Zarolha e das “meninas” é colocar um manto bordado por elas no altar de Santa Maria Madalena. Ramiro gostou da coragem da Zarolha e do seu sonho. “Também tive sonhos, mas troquei-os pela realidade”, disse-lhe o velho Coronel. E, acrescentou, “a realidade é seca”. É.»
Março 28, 2013 at 5:27 pm
Recordo-me bem da batalha que os partidos do arco do poder travaram contra o concurso anual de professores.
A forma como diabolizaram os professores, que concorriam por concorrer, apenas para mudar para a escola “do outro lado da rua”, prejudicando os alunos e não dando continuidade ao trabalho de um ano para o outro, nem dando oportunidade às “lideranças” escolares que se pretendiam afirmar, de mostrar a sua valia na boa gestão dos recursos humanos.
Como se tentou meter a ridículo a ideia de um concurso com regras, em que há critérios objectivos, em que os elementos de graduação são públicos e ninguém pode dar o golpe sem que isso seja detectado pelos prejudicados. Que não podia ser, como se “o computador” do ministério soubesse, melhor dos que cada uma das direcções escolares, quais os melhores professores para cada escola.
Assim se passou a ter concursos, para os quadros, trienais, primeiro, quadienais, depois. Finalmente, as escolas teriam um corpo docente estável, em que subsistiriam apenas necessidades residuais, supridas pela colocação de professores de zona pedagógica ou contratados.
Bom, o que se verificou a seguir, nestes 7 anos que levamos desta vida, foi um aumento da instabilidade dos quadros na maioria das escolas. Por diversas razões, a maioria das quais resultado directo de uma política visando humilhar e desprestigiar a classe, tornando mais fácil o desiderato final de embaratecer e precarizar o trabalho docente, como forma de libertar verbas, quer para os negócios com os “parceiros” educativos de uns e outros governos, quer para outras áreas que entretanto se tornaram prioritárias em termos de despesa pública. Destaco:
1. O elevado número de professores que se reformou prematuramente, substituídos por colegas contratados, trabalhando mais horas lectivas por menor salário;
2. As mudanças nos currículos e na rede escolar, grande parte delas feitas com base em decisões casuísticas, precipitadas, mal fundamentadas. Em resultado, e em muitas escolas, num ano havia falta de professores em determinado grupo de recrutamento, para no ano seguinte muitos estarem em excesso;
3. A forma como se facilitou, a partir de certa altura, os destacamentos por problemas de saúde, permitindo atender por um lado graves e comprovados problemas de alguns colegas, mas permitindo por outro verdadeiros abusos e criando situações que, já o devíamos saber, se virão mais tarde virar contra todos nós.
Este último ponto é algo incómodo; a última vez que falei nisto apareceu logo por aqui alguém a desejar-me todas as desgraças possíveis e imaginárias, mas acabei por o referir também pois não é por fugirmos das discussões difíceis que os problemas inerentes se desvanecem…
Março 28, 2013 at 5:36 pm
#0
muito bem
precisamos de colocar a sua opinião nos média , para os pais perceberem a realidade das coisas
Março 28, 2013 at 5:43 pm
Pois… 😦
Voltando à (quase congelada) “vaca fria”, o que fazem os 104 mil e tal profs ?
Assistindo aos que um a um vão caíndo da pirâmide?
Março 28, 2013 at 6:01 pm
Simplesmente excelente.
Março 28, 2013 at 6:27 pm
Eu avisei mas, como se sabe, estava louco e pedia demais à imobilidade do rebanho…
Março 28, 2013 at 6:47 pm
Totalmente de acordo .
Embaratecer e precarizar o trabalho docente.
Dividir,dividir e agora toca a “malhar “.
Iniciado em 2007 , o “filme” tem sido sempre o mesmo.
Titulares ?
Avaliação ?
Aulas de substituição ?
etc
Queriam lá saber disso !
Querem lá saber disso!
Apenas formas de infernizar,chatear,dividir,expulsar…os mais caros e com menos horas.
Acabar o artigo 79º ?
Verdade ?
E as consequências ?
Março 28, 2013 at 6:51 pm
#11 António Duarte
Tem muita razão no que escreve… Mas não concordo com o ponto 1.
“O elevado número de professores que se reformou prematuramente, substituídos por colegas contratados, trabalhando mais horas lectivas por menor salário”.
Efectivamente, houve uma corrida às reformas, mas a substituição não foi feita por colegas contratados porque… não foi feita.
Dou o meu exemplo: chegámos a ser, no meu grupo de recrutamento, 22 professores do quadro de Escola (cerca de 2005-2006).
Hoje, somos apenas 15 e há sempre perspectivas de horário-zero…
Apenas há um docente contratado que está a substituir uma colega que se encontra de atestado de longa duração.
Ah… Claro, entretanto, abriram dois colégios GPS no concelho…
Março 28, 2013 at 7:12 pm
Quer estejamos no início, no meio ou no fim de carreira, com este mec e esta política de educação, estamos tramados.
Todavia, a última palavra é nossa!
Março 28, 2013 at 7:13 pm
#7,
Talvez tenha sobrado mais do que pensa.
Só que nem sempre os sonhos ficam à superfície.
#10,
Refere-se ao assessor – que conheci antes de o ser – que chamou alforreca ao assessorado?
E encerro o meu caso acerca da credibilidade… 🙂
Março 28, 2013 at 7:16 pm
#12,
Em versão ligeiramente mais curta: http://parlamentoglobal.sic.sapo.pt/120374.html
Março 28, 2013 at 7:28 pm
#18,caneta aposentada com 2835 euros mensais + despesas de representação+subsídio de férias e de Natal, desconto em todos os transportes e + 3 euros por mês de renda de uma casa alugada que tenho no Entroncamento.
O ex- proprietário ,sempre matou a velha idosa ?
O tão tresloucado acto,sempre ocorreu no logradouro de acesso à habitação ?
Vá lá , sempre fez a doação.
Uma Caneta cheia de sorte…
🙂
Março 28, 2013 at 7:31 pm
#17
Também tem razão no que afirma.
Eu dei apenas 3 exemplos, que não esgotam a realidade que se vive nas escolas.
É verdade que o sistema hoje funciona com muito menos professores do que há 5 ou 10 anos atrás, e isso tem a ver, quer com o emagrecimento dos currículos e o aumento da componente lectiva ou equiparada, quer com a sangria de alunos para escolas privadas em certas zonas do país.
No concelho onde resido há cerca de uma dezena de colégios com contrato de associação, pelo que conheço bem essa realidade, sobre a qual também já me tenho, por aqui, pronunciado.
Março 28, 2013 at 7:31 pm
Fora de tópico , mas BOMBÁSTICO!
http://www.bild.de/politik/ausland/zypern-krise/zyperns-banken-oeffnen-nach-12-tagen-wieder-29690704.bild.html
A Portugal fizeram um manguito…
Março 28, 2013 at 7:32 pm
Ao que chegamos.
Para muitos de nós chegará uma nova realidade: Ver a família apenas ao fim de semana.
Março 28, 2013 at 7:33 pm
Renda de casa alugada…
‘Pectáculo!
Março 28, 2013 at 7:36 pm
#25
Tens alguma coisa a ver com isso?!
Março 28, 2013 at 7:36 pm
Informação meramente técnica:
Os bens imóveis ( tais como casas, lojas e terrenos…) arrendam-se.
Os bens móveis ( tais como barcos, carros, motos…) alugam-se.
Março 28, 2013 at 7:38 pm
#27
Esta casa do Entroncamento é móvel. Dããã~!
Março 28, 2013 at 7:39 pm
#24 @bc ,
Talvez dê para acampar nos Jardins de Pedra…
Allo,allo Fafe …
O pior é a falta de postes…
Mas existe grelhadora basculante.
Março 28, 2013 at 7:41 pm
#29
Acampar nos jardins de pedra?!
F´nix!
Março 28, 2013 at 7:56 pm
Se é uma autocaravana… 😀
Março 28, 2013 at 8:34 pm
Um texto cheio de “bitaites” e especulações e vazio de conteúdo factual.
Uma espécie de “diz-se que se diz que se disse que o MEC quer isto e aquilo”.
Mas, a melhor “tirada” é esta: “ter 60-70% dos docentes em exercício estacionados fora dos quadros ou nos primeiros escalões”. Onde estão os factos que comprovam esta tirada? Em lado nenhum…
Quando a confusão, a desinformação e a especulação tomam conta do discurso e do debate, o que se quer é fazer o jogo daqueles que só sabem criticar, nem que para isso tenham de inventar…
Março 28, 2013 at 8:38 pm
#32,
Gostava de perceber melhor qual é a sua narrativa.
Limita-se a negar a dos outros…
Março 28, 2013 at 8:48 pm
Aposto que :
O Professor Doutor Pedro,de Geografia,faz parte deste grupo … “ ter 60-70% dos docentes em exercício estacionados fora dos quadros ou nos primeiros escalões”.
Um Professor Doutor Masoquista ?
🙂
Março 28, 2013 at 9:07 pm
Mais alguns “bitaites” para Pedro O Grande Geógrafo:
A insensatez de querer contruir a Educação sem os professores, levada ao extremo a que o governo a está a levar, chega a ser totalitária, porque entrega as escolas definitivamente a um projecto de engenharia social – balizado apenas pelos princípios do mercantilismo e do utilitarismo, em roda livre –, que visa a proletarização maciça e o empobrecimento espiritual e cultural da população.
Ora, para isso, bastam meia dúzia de “monitores” ou “técnicos de educação” – que é o que serão os professores-proletários da “escola” projectada por este governo.
Servos para adestrarem para a servidão…
Março 28, 2013 at 9:08 pm
Excelwnte texto e bom retrato do que se passa. Do panorama cruel que nos envolve já e que nos espera.Infelizmente.
Estão a (acabar de ) dar cabo de tudo, na Educação em Portugal!
Onde está o “debate” que possa contrariar a verdade do que neste texto se analisa? 😦
Março 28, 2013 at 9:12 pm
#32,
…” Na terceira aula do dia, a do 7ºB, das 12.00H às 13.30H é que foram elas: poucos minutos depois da aula se iniciar fiquei completamente rouco e afónico, sem conseguir falar de forma audível. Resolvi então pedir a uma aluna para me ir comprar uma garrafa de água e pedi aos alunos que realizassem um mapa hipsométrico de Portugal Continental, dado que esta é a matéria que estou a leccionar no 7º ano. Eles lá trabalharam e a aula chegou ao fim, sem que eu tivesse que puxar muito pela voz.
Ao almoçar lembrei-me que durante a ida para a escola, na parte da manhã, tinha ouvido na rádio que se comemorava o Dia Mundial da Voz. Coincidências! E eu sem voz!!! Fui à farmácia, mas lá aconselharam-me a ir ao Hospital. Resultado: três dias de atestado médico, sem poder falar, nem esforçar a voz e esperar que na sexta-feira já possa falar normalmente. É que sem voz, não há professor que se aguente!!! ”
Prof.Dr.Pedro
Março 28, 2013 at 9:29 pm
#11
Exactamente, António Duarte.
Boa síntese!
Março 28, 2013 at 9:32 pm
#37
Três dias, Magalhães? Então perde esses três dias. (não recebe nada nesses primeiros três dia de atestado (mais um contrasenso criado pelos nossos ladr… desgovernantes).
Março 28, 2013 at 10:05 pm
Carreiras profissionais? Aqui não existem carreiras.
Directora de Recursos Humanos de uma empresa multinacional (antes de 2005, quando fui surpreendido pelo spin-off destes métodos de gestão terroristas para a esfera do Estado).
Março 28, 2013 at 10:09 pm
#40 António F.
Depois disto, a únicas carreiras que quase todos nós professores passaremos a ter, infelizmente, será a da camioneta para terras distantes! 😦 😦
Março 28, 2013 at 10:13 pm
Ó colega Pedruxo, claro que são especulações, as mesmas que foram antecipadas aqui e que o levaram a afirmar, para quem o quisesse ouvir, na sala de professores da sua escola, que, a confirmar-se o que o Guinote aqui escreveu, o Crato se deveria demitir.
Já voltou com a palavra atrás? Ou está a pensar, da próxima vez, guardar esses arroubos de coragem para si?
Março 28, 2013 at 10:19 pm
Relativamente ao assunto do «post», reafirmo o que já escrevei aqui há tempos: caso o MEC aumente o horário letivo / não letivo / pós-letivo ou a PQP e caso eu mantenha o posto de trabalho, darei benção aos céus, porque será a época da minha carreira em que menos trabalharei. Preparar aulas? Nope! Trazer trabalhos atrás de trabalhos para corrigir, devolver, rever e classificar em casa? Nope! No máximo, dois testes, o mais simples possível, e já está.
Preparar aulas? Chegarei à sala, perguntarei aos alunos se, naquele dia, estão disponíveis para trabalhar, abrirei o manual numa qualquer página, mandarei ler o texto e farei umas perguntas sobre o mesmo, ou solicitarei, se eles para aí estiverem virados, aos aprendizes que resolvem um qualquer questionário.
Sinceramente, em razão dos sucessivos MEC que temos tido, do blá, blá, blá, dos colegas e da consequente ausência de uma tomada de posição e subsequente ação do professorado, cag**i para isto.
Este ano, como tenho meia dúzia de alunos minimamente interessados e esforçados, continuo, por eles, a trabalhar mais de 40 horas por semana. A partir do próximo, dado o escol que me espera (?), que se f…!
Março 28, 2013 at 10:42 pm
#43 Sísifo,
Assim,está bem!
E não foi preciso dizer mal…de outro colega.
Só que isso é só garganta.
Depois não és capaz. Comigo é igual.
Não são os alunos que têm culpa.