Muito interessante peça da Visão de ontem em que se recolhe o testemunho dos empreendedores que esperam pelo período final do subsídio de desemprego de potenciais interessados em ser contratados para cargos de alguma responsabilidade, para lhes oferecer piores condições salariais como contraponto ao fim próximo do subsídio.
Irrepreensível em termos de boa gestão.
Fevereiro 1, 2013 at 10:26 am
pois..alguém ainda se lembra do Pinho na China???
Fevereiro 1, 2013 at 10:28 am
Um poder só pode ser derrubado por outro poder, e não por um princípio, e nenhum poder capaz de defrontar o dinheiro resta, a não ser este.O dinheiro só é derrubado e abolido pelo sangue. A vida é alfa e ómega, o contínuo fluxo cósmico em forma microcósmica. É o facto de factos no mundo-como-história… Na História é a vida e só a vida – qualidade rácica, o triunfo da vontade-de-poder – e não a vitória de verdades, descobertas ou dinheiro que importa. A história do mundo é o tribunal do mundo, e decidiu sempre a favor da vida mais forte, mais completa e mais confiante em si – decretou-lhe, nomeadamente, o direito de existir, sem querer saber se os seus direitos resistiriam perante um tribunal de consciência despertada. Sacrificou sempre a vontade e a justiça ao poder e à raça e lavrou sentença de morte a homens e povos para os quais a verdade valia, mais do que os feitos e a justiça, mais que a força. E assim o drama de uma alta Cultura – esse maravilhoso mundo de divindades, artes, pensamentos, batalhas e cidades – termina com o regresso dos factos prístinos do eterno sangue que é uma e a mesma coisa que o sempre-envolvente fluxo cósmico…
Oswald Spengler, in ‘O Declínio do Ocidente’
Fevereiro 1, 2013 at 10:28 am
Então é assim:regressamos aos mercados para desta forma ser possível que os investidores venham para cá mas só depois de baixarem mais de 35 por cento os ordenados, precarizarem o trabalho, aumentarem as horas de trabalho, diminuírem as férias e feriados e facilitarem e muito os despedimentos..ah e reduzirem os apoios na segurança social saúde e educação…Sim senhor…,Assim, os investidores podem voltar e os mercados sorrir..razão tinha o Pinho..um visionário o homem…ao dizer isto… Para atrair o investimento chinês Manuel Pinho apresentou como uma mais-valia os baixos salários praticados em Portugal face à média da União Europeia. O ministro, que acompanha o primeiro-ministro na visita à China, apelou ao investimento chinês em Portugal argumentando que os custos salariais são inferiores à média da União Europeia (UE) e têm uma menor pressão de aumento do que nos países do alargamento.
O curioso é o que o Psd disse à data pela voz de Miguel Frasquilho…..de rir…
“São declarações de uma infelicidade extrema e com carácter terceiro-mundista. Penso que só os países do terceiro mundo podem apresentar vantagens competitivas baseadas em baixos salários”, criticou o deputado do PSD Miguel Frasquilho.
Fevereiro 1, 2013 at 10:29 am
Fevereiro 1, 2013 at 11:37 am
http://psicanalises.blogspot.pt/2013/02/os-escandalizados-tugas-esquecem-que-ha.html
Fevereiro 1, 2013 at 12:01 pm
Não é por acaso que a gestão suplantou a economia e que as escolas superiores de referência na área são agora as “escolas de negócios”.
Enriquecer os mais ricos, empobrecer os restantes, é a natureza e o destino de qualquer economia capitalista quando deixada à rédea solta.
Os subsídios de desemprego não servem apenas para amparar economicamente o trabalhador que ficou desempregado. Servem também para obrigar os empregadores a pagar salários decentes.
Claro que os aprendizes de feiticeiro do neoliberalismo e da globalização descontrolada fazem por ignorar estas coisas, e teimam em seguir políticas que, no passado, acabaram muito mal.
Fevereiro 1, 2013 at 1:44 pm
E por que razão vai agora o governo buscar secretário(s) de estado que estiveram ligados à SLN?
Será pra ajudar a ocultar mais provas e pôr o Zé Povo a pagar os 4MM€ que faltam?
Fevereiro 1, 2013 at 2:09 pm
sln e bes…
Fevereiro 1, 2013 at 2:17 pm
#3 buli
E o agora ministro Álvaro também criticava a política de baixos salários que por cá se praticava,no seu blogue “Desmitos”, antes de ele assumir a sua pasta.
Malchegou, são às palettes as reuniões de Consertação social e as leis que promoveu, precisamente para tornar a mão~deõbra ainda mais escandalosamente barata! 👿
Deveria surgir uma adenda, na Constituição, que instituisse a demissão imediata dos governantes que viessem a praticar medidas precisamente opostas daquelas que defendiam em fase pré-eleitoral. Incluindo outra para a demissão dos que não honrassem a CR que juraram ao tomar posse. PPC, PP, álvaro e quase todos já teriam ido “às malvas”.
Só assim se poderia retomar a seriedade no mundo político.
Fevereiro 1, 2013 at 2:20 pm
#8
É verdade… só li o perfil de alguns dos novos s.E. a correr, mas… colocar , por exemplo,alguém que só tem currículo dentro da gestão de bancos privados, para sec. de Estado da Reforma administrativa e local?!?!
Fevereiro 1, 2013 at 4:10 pm
temos uns belos estafermos, na política nacional, que não percebem um boi de política.
Fevereiro 1, 2013 at 4:11 pm
Trabalho precário: na Alemanha há ca. de 8 milhões de pessoas que trabalham e ganham tão mal que não chega para pagar as contas básicas.
Fevereiro 2, 2013 at 12:44 am
Divulgação:
« DESCOBERTA A SINISTRA INTENÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA:
À SOCAPA E COM UM PROGRAMA OCULTO, QUEREM PRIVATIZAR A SEGURANÇA SOCIAL, ALÉM DE SERVIÇOS PÚBLICOS.
Quem disse que é bom ter um português como presidente da Comissão Europeia, que neste caso importante se manteve em silêncio como cúmplice desta sinistra intenção? Se hoje em França não fosse Hollande o presidente, continuaríamos na total ignorância por falta de divulgação na imprensa desta tramoia, que continuaria escondida numa gaveta dos governos ultra-liberais da Europa ao serviço dos Bilderberg’s Group. Esta directiva existe desde Dezembro de 2011, já depois de o governo de Passos Coelho estar em funções. Alguém ouviu ou leu algo a seu respeito na imprensa portuguesa? Pois…
A proposta de Directiva da União Europeia relativa aos contratos públicos, em apreciação no Parlamento Europeu, é um novo exemplo do processo em curso de destruição do chamado “modelo social europeu” e de regressão social e democrática do espaço europeu. Convertendo a União Europeia num espaço económico e político inteiramente comandado pelos mercados financeiros e por um ultraliberalismo suicidário. É também uma boa ilustração de como o diabo está nos detalhes.
A intenção de liberalizar e privatizar a segurança social pública é remetida para um anexo (o Anexo XVI) dessa proposta de directiva, mencionado singelamente como dizendo respeito aos serviços “referidos no artigo 74º”, sendo aí listados os serviços públicos que passariam a ser sujeitos às regras da concorrência e dos mercados:
– Serviços de saúde e serviços sociais
– Serviços administrativos nas áreas da educação, da saúde e da cultura
– Serviços relacionados com a segurança social obrigatória
– Serviços relacionados com as prestações sociais
Entre estes, avulta a intenção expressa de privatizar a segurança social pública, a par dos serviços de saúde e outros serviços sociais assegurados pelo Estado. Um alvo apetecido do capital financeiro em Portugal e no espaço europeu, que há muito sonha com a possibilidade de deitar a mão aos fundos da segurança social e às contribuições dos trabalhadores, sujeitando-os inteiramente às regras da economia de casino.
E como o fazem? À socapa, para ver se escapa à atenção e vigilância públicas. Um mero anexo, que remete para um mero artigo, nesta proposta de directiva em discussão.
Só que o artigo em causa (o 74º) diz que “os contratos para serviços sociais e outros serviços específicos enumerados no anexo XVI são adjudicados em conformidade com o presente capítulo”. Neste, relativo aos regimes específicos de contratação pública para serviços sociais, estabelece (artigo 75º) a regra do concurso para a celebração de um contrato público relativo à prestação destes serviços. E logo de seguida, enumerando os princípios de adjudicação destes contratos (artigo 76º), é estabelecida a regra de que os Estados-membros “devem instituir procedimentos adequados para a adjudicação dos contratos abrangidos pelo presente capítulo, assegurando o pleno respeito dos princípios da transparência e da igualdade de tratamento dos operadores económicos…”
Uma perfeição. De um golpe, escondido num anexo e numa directiva que daqui a uns tempos chegaria a Portugal, ficaria escancarada a porta para a privatização da segurança social pública e para a tornar inteiramente refém dos mercados financeiros. Que são gente de toda a confiança e acima de qualquer suspeita. Como esta crise tem comprovado. Ou não andamos nós há muito a apertar o cinto (e a caminho de ficar sem cintura) para merecermos o respeito e a confiança dos mercados financeiros, nas doutas palavras de Coelho & Gaspar, acolitados pelos representantes no Governo português dos interesses da Goldman Sachs, António Borges e Carlos Moedas? E, como também nos têm explicado, o que é bom para a Goldman Sachs e os mercados financeiros, é bom para Portugal e os portugueses.
Este golpe surge, como não podia deixar de ser, sob o alto patrocínio desse supremo exemplo de carreirismo e cobardia política chamado Durão Barroso que, além de se ter pisgado do governo português com a casa a arder, tem no seu glorioso currículo o papel de mordomo das Lajes na guerra do Iraque e, agora em Bruxelas a fazer de notário dos poderosos, faz jus ao seu nome sendo durão ultraliberal com os fracos e sempre servente dos mais fortes. Como é bom ter um português em Bruxelas!
Claro que isto anda tudo ligado. Esta proposta de directiva tem relação com os golpes sucessivos infligidos à segurança social pública em Portugal, com a operação para já frustrada em torno da TSU, com os insistentes cortes de direitos sociais, com os recorrentes argumentos do plafonamento e da entrega de uma parte das pensões ao sistema financeiro. Afinal, a lógica ultraliberal de que o melhor dos mundos será quando, da água à saúde, da educação à segurança social, tudo e toda a nossa vida estiver controlada pela lógica dos mercados e do lucro. Ou seja, pela lei do mais forte. Que é também coveira da democracia. E o Estado contemporâneo abdicar, como tarefa central, da sua função redistributiva e de redução da desigualdade social e regressar à vocação residualmente assistencialista do Estado liberal do século XIX.
Como refere o deputado socialista belga no PE, Marc Tarabella, “privatizar a segurança social é destruir os mecanismos de solidariedade colectiva nos nossos países. É também deixar campo livre às lógicas de capitalização em vez da solidariedade entre gerações, entre cidadãos sãos e cidadãos doentes…”, lembrando os antecedentes da sinistra proposta designada com o nome do seu autor por directiva Bolkestein (Bilderberg’s member), e exigindo a eliminação da segurança social desta proposta de directiva.
É preciso defender a Segurança Social (e a Saúde e a Educação públicas) como uma prerrogativa do Estado e um sector não sujeito às regras dos Tratados relativas ao mercado interno e da concorrência. Para não termos um dia destes os nossos governantes e os seus comentadores de serviço, com a falsa candura de quem nos toma por parvos, a explicarem que vão entregar a segurança social pública aos bancos e companhias de seguros porque se limitam a cumprir uma decisão incontornável da União Europeia, como já estão a fazer na saúde e na educação. Decisão pela qual, evidentemente, diriam não ser responsáveis. Como é próprio dos caniches dos credores. E acrescentando sempre, dogma da sua fé neoliberal, que nada melhor do que a concorrência e a privatização para baixar os custos e proteger os “consumidores”, aquilo em que querem converter os cidadãos. Como se vê nos combustíveis, nas comunicações ou na electricidade. Tudo boa gente.
É preciso levantar a voz e a resistência social e política à escala europeia contra este projecto, antes que seja tarde demais. Em defesa da Segurança Social pública e do Estado Social. Garante de democracia e de menos desigualdade social.
TVP »