Ministério contraria escolas e autarquias e cria novos agrupamentos
O terceiro maior agrupamento de escolas do país fica na cidade de Lisboa e terá 3953 alunos. Foram pelo menos nove as câmaras que se pronunciaram contra a constituição de novos agrupamentos
Indignação é um termo suave para definir o estado de espírito de Manuela Gomes, directora da escola secundária Alberto Sampaio, em Braga, na sequência do novo facto consumado que lhe foi agora imposto pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC). Contra a vontade da escola e da Câmara Municipal de Braga, a Alberto Sampaio faz parte da lista das 67 novas agregações anunciadas quarta-feira pelo MEC e passará a integrar um novo agrupamento de escolas que no total terá 3300 alunos.
“Foi uma decisão unilateral tomada sem respeito pela escola e pela sua história e que faz estaca zero de tudo o que temos feito”, disse ontem ao PÚBLICO. A notícia soube-a Manuela Gomes pela comunicação social. Aconteceu o mesmo com as outras escolas agregadas, que até ontem ainda não tinham recebido qualquer comunicação do ministério tutelado por Nuno Crato.
No caso da Alberto Sampaio, conta a sua directora, a notícia chega depois de a resposta do MEC às propostas da escola ter sido o silêncio. “Não nos responderam à nossa proposta para a celebração de um contrato de autonomia, nem ao nosso pedido de suspensão do processo de agregação. Nem essa educação tiveram”, diz Manuela Gomes. A directora lembra que a sua escola “tinha todas as condições para ter um contrato de autonomia”: “É das mais bem classificadas na avaliação externa feita pela Inspecção-Geral da Educação, tem um processo de monitorização interna ímpar a nível nacional, fomos seleccionados para um projecto europeu de lideranças escolares, contamos com o empenho de toda a comunidade, mas o ministério tomou a decisão política de nos excluir deste processo. E agora ficamos integrados numa unidade orgânica em que uma parte é desconhecida da outra.”
Escolas de Braga unidas contra agregação
Um mega-agrupamento em Oliveira do Hospital
O Ministério da Educação anunciou, hoje, a criação de um mega-agrupamento em Oliveira do Hospital, a que correspondem perto de 3 000 alunos, fruto da agregação da Escola Secundária à fusão de quatro unidades de gestão de estabelecimentos de ensino.
O Conselho Municipal de Educação daquele concelho da Beira-Serra tinha recomendado a constituição de dois mega-agrupamentos, sugerindo que permanecessem à margem deles a Escola Secundária e a Profissional.
Janeiro 18, 2013
Janeiro 18, 2013 at 10:05 pm
Podiam reclamar à vontade.
Sem cartão do partido ( e algum currículo) de nada lhes valeria.
Ora vejam o que aconteceu no Seixal…
Janeiro 18, 2013 at 10:12 pm
A VONTADE DELES É FAZER DAS ESCOLAS CEMITÉRIOS DO FUTURO…
Janeiro 18, 2013 at 10:36 pm
# 1
Ora vejam … ?
Janeiro 18, 2013 at 10:36 pm
Mas em Braga a revolta foi grande.
As comunidades escolares em geral estão a acordar.
Como com a MLR foram precisos ovos…
Têm mais medo dos alunos do que de nós. Foram logo “tratados” à base de gás pimenta.
Brutos cobardes!
Janeiro 18, 2013 at 10:49 pm
Bora lá continuar com o voto de confiança no Crato!
Janeiro 18, 2013 at 10:56 pm
MEC = Ministério de Economia de Custos
Se as decisões são boas para a educação ou não e quais os custos para o futuro do País é irrelevante para o merceeiro Crato e o seu chefe, o alienígena Gaspar. Já as PPPs são para tratar com respeitinho que o futuro da gentalha m3rdosa tem de ser acautelado.
Janeiro 18, 2013 at 11:14 pm
Mais do mesmo…
e não é que agora o meu caro Agnelo deu em cortar-me os comentários???
Sibéria….