Tenho evitado falar da aposentação precoce da fotogénica presidente da Câmara do município em que resido (sim, deve ser dos poucos boletins municipais em que vale a pena ter 32 fotos d@ edil) , aos 47 ou 48 anos (as fontes divergem), com perto de 2000 euros.
A razão porque evitei não passa pela fotogenia mas por causa da total hipocrisia do PCP nesta matéria, que remete o seu desacordo sobre este tipo de situações para uma posição tomada em 2005.
Ora… que eu me lembre… o presidente da câmara da Moita (concelho onde residi 33 anos e exerço a docência), ex-professor, pediu a sua aposentação aos 49 anos, antes das eleições de 2009, nos mesmos termos, vendo-a concedida milagrosamente no mês a seguir à sua reeleição (e em montante bem acima desta de Ana Teresa Vicente), sem que isso fosse conhecido na campanha eleitoral, e o PCP nem abriu pio, aliás porque o próprio presidente da Assembleia Municipal, também professor, fez exactamente a mesma coisa, só que com mais uns aninhos de vida e serviço.
Aliás, bastará falar nisto e o mafarrico vargas – outro aposentado precoce – aparecerá por aí a ofender-me abundantemente, não negando os factos mas usando do argumento burguês de “era legal e os outros também fizeram”, que é a justificação que eu ouço sempre que falo nisto com camaradas.
Vamos ser sinceros… anda tudo a tentar desenrascar-se no meio do desvario e, neste particular, as danças de cadeiras começam a ter os seus limites e obrigam a que, bem cedo, a velhice se acautele.
E eu acho bem, até poderei invejar. O que custa a aceitar é que se armem em reservas morais e éticas da sociedade. E tal como aqui os defendi das acusações parvas de despedimentos há coisa de uma semana, agora não tenho problemas em dizer que estas práticas só demonstram que o interesse individual se sobrepõe, sem rebuço, às proclamações do colectivo.
Janeiro 13, 2013 at 1:02 pm
touché..
Janeiro 13, 2013 at 1:09 pm
Pequenos lapsos de memória 😛
Janeiro 13, 2013 at 1:14 pm
A pirataria assume várias formas:
http://lishbuna.blogspot.pt/2013/01/blog-post_2290.html
http://lishbuna.blogspot.pt/2013/01/blog-post_5994.html
Janeiro 13, 2013 at 1:16 pm
Boa, embora tenha diferido bastante esta tomada de posição.
Janeiro 13, 2013 at 1:30 pm
Fora te post… ou não:
http://margarida-alegria.blogspot.pt/2013/01/esta-noite-sonhei-com-edp.html
Janeiro 13, 2013 at 2:02 pm
Pois.
Há, na vida, dos 2 pesos e 2 medidas…
Janeiro 13, 2013 at 2:05 pm
E o FMI não disse nada acerca destas benesses?
Janeiro 13, 2013 at 2:14 pm
caso para dizer..
Janeiro 13, 2013 at 2:29 pm
Muito bem, Paulo!!!!
Acrescente-se a esta “legalidade” (???) vergonhosa o “sacudir da água do capote” relativamente à entrega das subvenções ao partido (PCP) em vez de aos próprios. Há muitas “legalidades” que são OBSCENAS e NÃO as admito em partidos proclamados de esquerda – da igualdade, da luta dos trabalhadores…!!! Vão para …..
“Ensaio sobre a lucidez”!!!
Janeiro 13, 2013 at 2:30 pm
Eu gostaria de abordar a questão de outro prisma, que não este que leva uns a condenar a falta de ética de outros e estes a retorquir que, daqueles, só não fizeram o mesmo os que não puderam.
A meu ver seria mais urgente e produtivo separar águas e distinguir, entre os “reformados”, aqueles que tiveram uma carreira contributiva suficientemente longa para justificar as reformas que recebem, e os outros, que beneficiaram de benesses políticas, bonificações ou outras regalias do mesmo tipo. Incluindo aqueles que passaram brevemente por administrações bancárias e, já agora, os profissionais liberais que ainda não há muitos anos atrás construíam para si próprios reformas de luxo beneficiando daquela regra dos “melhores 10 dos últimos 5″…
Garantir a sustentabilidade futura da segurança social passa por determinar, relativamente a cada pensão paga, quanto corresponde à retribuição por descontos efectivamente realizados durante a vida activa e quanto deriva de decisões políticas que devem ser suportadas directamente pelo orçamento geral do estado. E é nesta segunda parcela que os cortes, inevitáveis, devem ser feitos.
Mas estas “refundações” não tem interessado discutir…
Janeiro 13, 2013 at 2:36 pm
#10,
Quando chega a esta parte, tens sempre “outro prisma”.
Essa é que é a parte chata e incoerente, mas…
Janeiro 13, 2013 at 2:47 pm
#0
Ah, mas não tenha dúvidas, Paulo. é cada um por si, infelizmente concluí isso há pouco. Se ainda estava à espera de solidariedade ou outras coisas do género..adeus pevide!!!
Depois há os que se “armam em defensores da moral e bons costumes”- pois sim, É vê-los dizer “venha a nós” assim que puderem. Eu defendo a classe. Mas defender quem se apresenta desunido…é difícil, senão impossível. Ainda me tomam por lorpa.
Janeiro 13, 2013 at 2:47 pm
#10
Há sempre um prisma ao gosto de cada um… Toca a mexer no quintal do vizinho, pq o meu está bem assim…
Janeiro 13, 2013 at 3:00 pm
Pios, Pois!
Uma lei não é justa por ser lei, mas por ser justa.
Alegar com o que está determinado na lei não basta, hoje.
E quando não se tem pejo em mudar as lei para cortar abonos de família, extorquir salários , reduzir pensões e saquear o que se pode, é obsceno não questionar , ignorar ou defender mordomias destas.
Mais condenável do que a iniciativa da autarca será a atitude de toda a classe política que persiste em ignorar estas (e são muitas)questões.
O comum do cidadão apenas esperaria que houvesse um sistema justo de distribuição de sacrifícios e de regalias, que a lei fosse igual para todos como num estado de direito.
Idade de reforma idêntica para todos e sempre com pensão em função da carreira contributiva, bem como um limite máximo para as pensões. Isto se não quizermmos acabar com elas de vez.
Janeiro 13, 2013 at 3:05 pm
Lembram-se da Fátima Felgueiras que esteve fugida no Brasil entre Maio de 2003 e Setembro de 2005 e recebeu a informação para se pirar vindo do próprio interior do tribunal?
2006:
Fátima Felgueiras recebeu pensão mensal de 3499 euros enquanto esteve no Brasil
Lusa e PUBLICO.PT
15/02/2006 – 09:06
A ex-autarca Fátima Felgueiras recebeu, ao longo de 2004, enquanto este fugida à justiça portuguesa no Brasil, uma pensão mensal de 3449 euros do Estado, escreve hoje o “Correio da Manhã”.
O diário, que consultou a declaração de rendimentos entregue pela autarca ao Tribunal Constitucional, adianta que a pensão mensal corresponde à reforma a que Fátima Felgueiras tem direito por ter sido professora na Escola Secundária de Felgueiras durante cerca de dez anos.
Além do tempo em que foi professora, a aposentação – publicada no Diário da República de 30 de Outubro de 2002 – diz também respeito ao período em que Fátima Felgueiras foi autarca.
A pensão mensal de 3449 euros durante 14 meses foi o único rendimento da autarca durante o ano de 2004, altura em que esteve fugida no Brasil para evitar o cumprimento de um mandado de detenção das autoridades portuguesas por envolvimento num caso de corrupção.
Apesar de estar a receber a pensão – recorda o jornal -, Fátima Felgueiras queixou-se recorrentemente de dificuldades financeiras, o que levou o seu advogado a agir junto do tribunal quando, em Junho de 2003, foi interrompido o pagamento do salário como presidente da Câmara de Felgueiras.
Fátima Felgueiras, acusada num caso de corrupção relacionado com o alegado “saco azul” da Câmara de Felgueiras, esteve fugida no Brasil entre Maio de 2003 e Setembro de 2005.
http://publico.pt/politica/noticia/fatima-felgueiras-recebeu-pensao-mensal-de-3499-euros-enquanto-esteve-no-brasil-1247917
Janeiro 13, 2013 at 3:08 pm
Lei qual lei?
Ela é mudada é função da conveniência…de alguns…veja-se o caso da Casa Pia.
Novo código penal salvou Fátima Felgueiras de condenação em pena de prisão efectiva
António Arnaldo Mesquita e José Augusto Moreira
08/11/2008 – 10:06
A reforma penal que entrou em vigor em 15 de Setembro de 2007 salvou Fátima Felgueiras de ir para a cadeia, cumprir a pena de três anos e três meses de prisão a que foi condenada em cúmulo jurídico pelos crimes de peculato, peculato de uso e abuso de poder. Até ao ano passado só podia ser suspensa a execução de penas de prisão inferiores a três anos, mas o diploma aprovado pela Assembleia da República elevou até cinco anos o limite das sanções que podem ser suspensas.
No acórdão sobre o caso do “saco azul” do PS de Felgueiras, que ontem foi conhecido, os juízes realçaram que “é mais censurável a prática” daqueles três crimes “por um presidente de câmara que por um vereador”.
Apesar de o juiz-presidente ter considerado que ficou provada “boa parte dos factos”, que houve “entregas de dinheiro” para a conta paralela do PS e que os pagamentos efectuados pela Câmara Municipal de Felgueiras (CMF) à empresa Resin tiveram na base concursos e contratos simulados, o colectivo de juízes entendeu que a acusação não conseguiu demonstrar “que a câmara não deveria ter pago aquelas quantias”, pelo que não ficou provado que daquelas situações tivesse resultado um efectivo prejuízo para o município.
(…)
Ler mais:http://publico.pt/politica/noticia/fatima-felgueiras-recebeu-pensao-mensal-de-3499-euros-enquanto-esteve-no-brasil-1247917
Janeiro 13, 2013 at 3:12 pm
Vergonha é mudanças de lei para servir os amigos e prescrições a preceito.
Fátima Felgueiras diz que esperou dez anos pela absolvição
Publicado em 2011-07-01
José Vinha
“Deixe-me respirar de alívio, por ao final de mais de dez anos, ouvir o Tribunal dizer “absolvida totalmente””. Foi a primeira reacção de Fátima Felgueiras ao ser absolvida do último crime de que foi condenada, no âmbito do processo “Saco Azul”. Outros 15 arguidos foram, também, absolvidos.
Demorou apenas meia hora a leitura da sentença que absolveu totalmente todos os arguidos do chamado processo “Saco Azul” de Felgueiras. Na prática, esta nova sentença anula a primeira proferida por aquele Tribunal.
Em 7 de Novembro de 2008, a primeira sentença do julgamento do “Saco Azul”, condenou a ex-presidente da Câmara de Felgueiras a uma pena suspensa de três anos e três meses de prisão. Foi obrigada a devolver à Câmara de Felgueiras a quantia de 177,67 euros e foi condenada na pena acessória de perda de mandato, referente às funções de presidente da Autarquia. Em causa estavam três crimes: peculato, abuso de poder e peculato de uso.
Interposto recurso, o Tribunal da Relação de Guimarães viria a absolver Fátima Felgueiras dos crimes de peculato de uso e abuso de poder, entretanto prescritos, e ordenou a repetição do julgamento, o que aconteceu ontem.
A repetição do julgamento deveu-se ao facto de, na primeira vez, a arguida ter sido condenada por um crime de peculato, pelo qual não estava formalmente acusada. Ou seja, do ponto de vista jurídico, o advogado Artur Marques alegou “alteração substancial dos factos” e o Tribunal da Relação de Guimarães mandou repetir o julgamento. O objectivo era saber se Fátima Felgueiras pretendia ou não ser julgada pelo crime de peculato, agora em novas circunstâncias, facto que a ex-presidente de Câmara recusou, dando origem à sua absolvição.
“Tendo-a absolvido desse crime, tendo o Tribunal da Relação absolvido dos outros dois e estando absolvida de todos os demais, a doutora Fátima Felgueiras está totalmente absolvida”, reafirmou o advogado Artur Marques.
Neste julgamento, todos os outros 15 arguidos foram absolvidos: uns porque já tinham sido absolvidos na primeira instância e não houve recurso por parte do Ministério Público (MP); e outros porque foram absolvidos e houve recurso do MP, embora ainda seja conhecida a decisão da “Relação”.
Neste sentido, fica em aberto a possibilidade de o Ministério Público recorrer de todos os crimes pelos quais a ex-presidente de Câmara de Felgueiras foi absolvida.
Mas para Fátima Felgueiras o “saco azul” está definitivamente enterrado. “Admitam que se alimentou, durante mais dez anos, uma farsa sobre Fátima Felgueiras. Era uma farsa. Não era a verdade, e agora não sou, apenas, eu a dizer isso, são os Tribunais. Fez-se Justiça. Estou absolvida e liberta destas acções, onde nunca deveria ter sido envolvida, porque só fui envolvida por ser uma presidente de câmara querida pela população”, desabafou Fátima Felgueiras, garantindo que, apesar de derrotada no último processo eleitoral autárquico, não está zangada com o povo de Felgueiras.
O Saco Azul de Felgueiras foi um dos mais mediáticos processos judiciais do país, envolvendo dezasseis arguidos. Além de Fátima Felgueiras responderam em Tribunal, acusados de diversos crimes, os antigos presidentes de Câmara Júlio Faria e António Pereira, administradores da Resin, técnicos da Autarquia e dois denunciantes deste caso: Horácio Costa e Joaquim Freitas. Ontem, saíram todos da sala de audiência, absolvidos pelo Tribunal de Felgueiras.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1894893&page=-1
Janeiro 13, 2013 at 3:15 pm
Nem faço comentários:
2012
Fátima Felgueiras diz não sentir “mínima motivação” para se envolver “em qualquer processo eleitoral autárquico”
Lusa 01 Nov, 2012, 09:37
A antiga presidente da Câmara de Felgueiras, Fátima Felgueiras, disse à Lusa não sentir “a mínima motivação” para se envolver “em qualquer processo eleitoral autárquico”.
“Nunca serei indiferente a Felgueiras. Mas neste presente, com a falta de nível a que a política chegou, não sinto a mínima motivação para um novo combate autárquico”, afirmou.
A atual vereadora da oposição no executivo de maioria PSD/CDS assumiu ter “muita pena que o PS não tenha sabido reunir a família”.
“Acho que tudo tem o seu tempo. E não fui eu quem desistiu de Felgueiras. Foi Felgueiras que preferiu mudar”, recordou.
Questionada sobre se legalmente está em condições de se candidatar depois de o Tribunal da Relação de Guimarães ter confirmado a condenação a oito meses de prisão, com pena suspensa, por alegados pagamento ilícitos a advogados, a edil respondeu:
“Já estou tão habituada ao lançamento de atoardas pelo que não me espanta mais essa!”.
À Agência Lusa, a antiga presidente da Câmara de Felgueiras insistiu:
“Fui completamente absolvida dos processos políticos em que me lançaram para os tribunais. Completamente absolvida!”.
Fátima Felgueiras disse não entender porque não se poderia candidatar em 2013.
“Desta vez, nem precisam de se dar ao trabalho de lançar confusões. Bem percebo que dariam muito jeito a alguns políticos da terra, que já andam assustados com o meu possível regresso”, observou.
A atual vereadora, que lidera o Movimento Sempre Presente (MSP), recorda que com ela estão rostos, “na sua generalidade do PS Felgueiras, que souberam granjear a confiança dos felgueirenses e dar muitas vitórias ao PS”.
“Foram dispensados e afastados. Alguns até expulsos. Caberá ao PS redefinir a sua estratégia e assumir as suas responsabilidades políticas em Felgueiras”, considerou.
Sobre os futuro político do concelho, a antiga presidente de câmara admitiu não augurar “nenhum bom futuro ao PS que não passe por emendar erros e tentar reunir a família”.
“Pelo menos os que tiverem valor e estiverem disponíveis. Até agora, não vi senão algumas iniciativas isoladas e, na minha opinião, sem qualquer interesse em termos de estratégia política”, observou.
Fátima Felgueiras acrescenta, por outro lado, que “o executivo que vier a ser eleito vai herdar uma situação muito difícil”.
“Pior do que a situação financeira é o desmantelamento de alguns serviços, a falta de projetos e de financiamentos. Os do executivo anterior estão a acabar. E novos, não há”, concluiu.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=599869&tm=8&layout=121&visual=49
Janeiro 13, 2013 at 3:17 pm
Engraçado, não altura não me lembro de ninguém preocupado com a reforma da Fátima Felgueiras:
(…)A ex-autarca Fátima Felgueiras recebeu, ao longo de 2004, enquanto este fugida à justiça portuguesa no Brasil, uma pensão mensal de 3449 euros do Estado, escreve hoje o “Correio da Manhã”.
O diário, que consultou a declaração de rendimentos entregue pela autarca ao Tribunal Constitucional, adianta que a pensão mensal corresponde à reforma a que Fátima Felgueiras tem direito por ter sido professora na Escola Secundária de Felgueiras durante cerca de dez anos.
Além do tempo em que foi professora, a aposentação – publicada no Diário da República de 30 de Outubro de 2002 – diz também respeito ao período em que Fátima Felgueiras foi autarca.
A pensão mensal de 3449 euros durante 14 meses foi o único rendimento da autarca durante o ano de 2004, altura em que esteve fugida no Brasil para evitar o cumprimento de um mandado de detenção das autoridades portuguesas por envolvimento num caso de corrupção. (…)
http://publico.pt/politica/noticia/fatima-felgueiras-recebeu-pensao-mensal-de-3499-euros-enquanto-esteve-no-brasil-1247917
Janeiro 13, 2013 at 3:19 pm
Sou professora, 57 anos, 35 de serviço. Aconselham-me a reforma? Estou cheia de inveja desta jovem fotogénica com menos dez anos que eu!
Janeiro 13, 2013 at 3:48 pm
#10, #13
Ora bem, a partir do “prisma” em que analisas a coisa, que há a acrescentar?
Que não lhes basta “abraçar a causa” para que entre eles nasça o “homem novo”? Já o sabemos, desde os sucessivos fracassos e as inúmeras tragédias provocadas pelo “socialismo real”…
Não sei se esta parte das éticas é chata e incoerente, mas julgo que será mais produtiva a questão que enunciei.
Janeiro 13, 2013 at 3:49 pm
Concordo com o Paulo! Voto na CDU para a AR e já votei desde o CDS até ao MRPP para outras eleições. Depende de quem concorre! Mas não há prisma que me salve de engolir alguns sapos. Tenho consciência disso mas não acredito em não votar ou votar em branco.
Janeiro 13, 2013 at 3:49 pm
pois, se não fosse a hipocrisia moralista do PC, a margem sul continuaria vermelha!!!
depois queixam-se……
Janeiro 13, 2013 at 3:51 pm
já agora, alguém sabe a lei que obriga a novas eleições em caso de elevado número de votos brancos?
E quando são as eleições?
Janeiro 13, 2013 at 4:01 pm
O Paulo referiu os presidentes da câmara da região onde vive e trabalha.
Margem sul, região de predominância tradicional do PCP, câmaras desse partido.
Poderia pegar no exemplo e referir o que se passa aqui pelos meus lados, onde a malta costumava dar grandes maiorias ao PS. Depois fartaram-se e ultimamente são maiorias de direita que se costumam formar. Pois bem, há cerca de 10 anos reformou-se o anterior presidente, do PS, também com menos de 50 anos. Que o homem não estava incapaz de trabalhar, é evidente, sobretudo agora, que vai ser de novo candidato à câmara.
Como este há centenas de casos, até ao nível de juntas de freguesia, motivados pelo facto de durante muitos anos ter sido contado o tempo de serviço a dobrar a essa gente, como se fossem militares a trabalhar em cenário de guerra.
E agora, vamos discutir a ética de cada um/a desses políticos/autarcas?
Ou definir uma ética de geografia variável, em que a uns, porque não sei quê, se deve exigir mais do que a outros?
Não será antes mais útil analisar globalmente a questão, e num cenário em que se afirma repetidamente a insustentabilidade da segurança social, separar as águas entre estas reformas “políticas” das que assentam em longas carreiras contributivas, em que as pessoas trabalharam todo o tempo exigido e fizeram todos os descontos devidos?…
Janeiro 13, 2013 at 4:05 pm
#25,
Como disse… a estratégia é de desculpabilizar porque “é legal e os outros também fazem”.
A “ética” é um empecilho.
Janeiro 13, 2013 at 4:06 pm
A quem possa interessar, não sou e nunca fui militante do PCP ou de qualquer outro partido, mas irritam-me, e raramente consigo não reagir a certos malabarismos éticos:
Ah, tu és de direita, portanto está bem que sejas oportunista, que aproveites para sacar o teu enquanto é tempo, e nós no fundo apreciamos isso e até votamos nisso é dessa forma que a direita ganha eleições!
Ah não, tu és de esquerda, então tens de dar o exemplo, tens de ter ética, não podes, ainda que cumprindo a lei, beneficiar-te a ti próprio ou ao teu partido de formas que nós não aprovamos…
Janeiro 13, 2013 at 4:06 pm
#0
Um indivíduo que se reformou em 2007, com 59 anos de idade e 42 anos de serviço e de descontos é um aposentado precoce?
Na opinião do Paulo Guinote, moralista de merd@ e culambista invertebrado, com que idade e com quantos anos de descontos pode alguém ter direito à reforma?
Pró raio que o parta,verme asqueroso.
Janeiro 13, 2013 at 4:09 pm
#28,
Chegou o “indivíduo”!!!
(adoro quando eles confessam…)
42 anos de descontos? Desde 1965?
A sério?
Sim, ‘miguinho!
Tens todo o direito à reforma e deixar os outros em paz!
E ainda bem que fica explícita a confissão do stalker mafarriquense que em Maio de 2008 ainda se declarava professor no activo…para efeitos de…
😆
Janeiro 13, 2013 at 4:09 pm
#27,
É isso mesmo… à minha “família” exijo mais do que aos outros.
Não é preciso ter cartão.l
Janeiro 13, 2013 at 4:12 pm
A “ética republicana” e a “superioridade moral dos comunistas” são expressões que, cada vez que são invocadas, me coíbo de qualificar para não utilizar o vernáculo que merecem…
Janeiro 13, 2013 at 4:22 pm
#30
Percebo isso.
Mas também sei, tal como tu, onde nos pode levar o teu raciocínio. Não concluíste, mas alguns comentadores já o fizeram – os políticos são todos iguais. Votar em branco. Não votar. Deixar lá os que lá estão, porque os outros não serão melhores…
Continuo a achar que se a lei está mal – e concordo que está – é mais importante exigir a mudança da lei do que apontar o dedo àqueles que dela beneficiam.
Olho para a classe política e não vejo que a ética dos “bons exemplos” dê frutos.
O que tem funcionado é aquela história da a “má moeda” expulsar a boa, e isto tenderá a acontecer tanto à esquerda como à direita…
Janeiro 13, 2013 at 4:24 pm
#31
Fiquemos entregues à ética dos relvas e à superioridade moral dos liberais encostados ao Estado e aumentadores de impostos, que estamos bem…
Janeiro 13, 2013 at 4:28 pm
MAS QUEM VOTOU ANTES ESTA LEI TÃO INÍQUA?? CONVINHA SABER ISSO…
Janeiro 13, 2013 at 4:36 pm
#34
Não sei, mas não me custa a crer que tenha sido votada por todos os partidos, naqueles tempos do PREC e do pós-PREC, uma vez que os acabava por beneficiar a todos. Como a remuneração dos cargos nunca foi muito elevada, pensava-se atrair os melhores com este tipo de recompensas…
E nessa altura a questão da sustentabilidade da segurança social não se colocava ainda. É um mal da política portuguesa, essa incapacidade de prever as consequências a longo prazo das medidas facilitistas que se tomam no momento…
Janeiro 13, 2013 at 4:51 pm
#33, parece, insisto, parece, que não consegue pensar para além de uma lógica binária… Que eu saiba, os liberais não consagraram a fórmula “superioridade moral dos liberais”, por um lado, e, por outro, o Relvas é que é do G.O.L., dizem, que nunca arregacei a perna e, como tal, não “prancho”… Tente ultrapassar o primarismo do quem não é por nós, é contra nós…
Janeiro 13, 2013 at 5:00 pm
Cambada de hipócritas! Não há retórica nem mania de “superioridade moral e intelectual de esquerda” que consiga justificar o injustificável, sobretudo quando as acções contradizem integralmente todas as palavras.
A classe política enferma de vícios, atropelos à verdade e contradições. Quando se trata de “comer” são TODOS IGUAIS!
E o Povo, pá? O Povo PAGA e assiste ao “banquete”. Assiste, apenas…
Janeiro 13, 2013 at 5:19 pm
#36
Não há, na afirmação do liberalismo, a invocação de uma moral e uma ética superiores?
Há sim senhor, e não é pouco. Se os comunistas a determinada altura invocaram uma “superioridade moral” para tentar justificar até mesmo certas atrocidades que cometeram em nome de um suposto bem maior, o mesmo se passou, e passa, em todo o processo histórico de afirmação da burguesia. Numa sociedade marcada pelos privilégios associados ao nascimento, a burguesia afirmou-se pelo mérito individual. A burguesia suplantou a nobreza como classe dominante e esse processo, que foi essencialmente económico e político, legitima-se ideologicamente pela afirmação da superioridade dos valores caros à burguesia.
Os liberais justificam a desigualdade social pela maior capacidade de iniciativa, trabalho, esforço, poupança dos que se tornaram ricos. Os pobres, por sua vez, são quase sempre responsáveis pela sua condição, porque são preguiçosos, desorganizados, indisciplinados. Ou seja, têm culpa da sua pobreza, pois não se esforçam o suficiente para superar a sua condição. Aqui tem a “superioridade moral” na perspectiva do liberalismo…
Janeiro 13, 2013 at 5:41 pm
#38, parece que não vale a pena explicitar a diferença entre a superioridade da “fórmula” e a necessidade das perífrases. Prefiro outras figuras, liberto que estou de palas nos olhos, que é como quem diz, nem opus dei nem copus night, isto para variar as tonalidades. Se preferir, nem ballets rose nem casa pias, embora as pias sejam mais “hard”, nada que se compare, entenda-se, com “certos” gulags nem laogais. Pasto noutros prados, coisa que, estou certo, consegue compreender. Agora, por favor, não me venha com mantras nem rezas.
Janeiro 13, 2013 at 5:57 pm
#38 e #39
Sugestão (humilde) de quem não defende, de “olhos vendados”, nem o Comunismo nem o Liberalismo:
– Nenhuma doutrina política é boa se da sua prática não resultar o bem-estar, quer o físico quer o psicológico, dos cidadãos…Portanto, que tal olharem para o Comunismo e para o Liberalismo (sem serem redutores e preconceituosos) e procurarem nessas doutrinas os aspectos mais vantajosos para o comum dos mortais? Algum elas hão-de ter, não?
Janeiro 13, 2013 at 6:11 pm
Certo, Matilde, deixe-me ser explícito, nestas coisas estou com o Poeta que até é luciferino: nem o trabalho de uns, nem o capital de outros… E isto até à vitória final.
Janeiro 13, 2013 at 6:17 pm
#39
Quem pretendeu ver apenas um dos lados da questão foi você, em #31. Em resposta a isso, procurei mostrar que se pode olhar também para o outro lado. Isto se não tivermos palas nos olhos, como é evidente.
O resto é discurso críptico que nada diz ou acrescenta ao que escrevi a seguir. Ou então, mais prosaicamente, falta de argumentos e vontade de desconversar…
Janeiro 13, 2013 at 6:25 pm
#40
Não sou defensor de qualquer das doutrinas que refere. Tanto uma como outra, aplicadas segundo as respectivas cartilhas, deram mau resultado.
A diferença é que, se hoje já ninguém defende – penso eu – que se implante o comunismo através da ditadura do proletariado e seguindo um processo idêntico ao que levou aos horrores do estalinismo e às economias e sociedades falhadas do antigo bloco de leste, em contrapartida ainda há muitos que nos querem fazer crer que o liberalismo económico nos conduzirá a uma sociedade mais próspera e mais justa…
Janeiro 13, 2013 at 6:41 pm
As ditaduras NUNCA são boas, nem as do proletariado nem as do capital…
Janeiro 13, 2013 at 7:04 pm
Os políticos todos eles arranjam as suas leis para se safarem.
E não sejamos hipócritas que ninguém, a maioria dos mortais se importava com isso.
O que revolta neste momento é o que é retirado à maioria dos portugueses, para continuarem a ter uma vida digna e o que é conservado, como um direito adquirido jamais sujeito a mudança para outros igualmente portugueses.
Penso que temos que reclamar mais, exigir e denunciar este tipo de coisas. Somos demasiado conformistas. Os políticos habituaram-se a ver-nos com esses olhos, daí que achem perfeitamente normal haver esta distância de tratamento entre políticos e não políticos.
Não fosse este conjunto de circunstâncias positivas cheias de benefícios, não haveria tanta gente com sede do poder, quer em câmaras quer em qualquer outro lugar onde possam beneficiar do mesmo pacote.
Então quando se fala na refundação do estado, vejam se algum político fala desta falta de vergonha, deste abuso pago com o dinheiro dos contribuintes.
Depois veem então dizer os comentadores da praça pública, jornalistas e políticos, que realmente o estado tem que cortar na despeza.
Já cortaram nos gastos com os carros?
Já cortaram com os cartões de crédito ? É que eu não consigo perceber porque cargas de água um político tem que ter tanto de tudo, para eu daqui a pouco não ter quase nada!
Cá para mim são todos iguais nestes aspetos, desde a direita à esquerda, porque omitem muito do que era importante mudar, para que ficassemos todos mais iguais em termos de benefícios.
Vergonha igualmente é os professores terem que andar até aos 65 ou 67 anos numa profissão de alto desgaste, esta sim, quando esta jovem senhora se reforma aos 48 anos.
Nunca vi nenhum partido político desde a direita à esquerda falar sobre a idade de reforma dos professores. Entramos no universo dos funcionários públicos, que atendem uma pessoa de cada vez e saem às 16h, sem trabalho para casa nem reuniões..
Não há paciência!..
Janeiro 13, 2013 at 8:18 pm
Descobertas fotos inéditas da Revolução Russa de 1917:
http://www.dailymail.co.uk/news/article-2261174/Photo-Palace-Bus-Russian-Revolution-photos-discovered-photographers-granddaughter-homes-basement.html
http://thephotopalace.blogspot.pt/2013/01/wwi-and-russian-revolution-photos-found.html