Desculpem lá mas… acham que os tipos que assaltaram a Bastilha levavam casas de banho portáteis?
E pensam que na Sierra Madre havia antenas da Vodafone?
Ou que no Gulag o room service era do melhor?
Ou que a malta na Praça Tahir só usava desodorizantes amigos do ambiente?
“Não nos deixaram ir à casa de banho, não nos deixaram sequer fazer um telefonema”
Revolução e papel higiénico perfumado não rimam.
Volta Cunhal que esta malta precisa de lições sobre coisas muito básicas…
Novembro 15, 2012 at 9:02 pm
Eles sabem lá o que é apanhar porrada a sério.
Novembro 15, 2012 at 9:07 pm
Este tinha saudades da mãe: uma semana de campo ao relento era o que ele precisava.
Olha querido, na primeira noite nem tirei as botas com medo que os pés inchassem e de manhã não ira conseguir calçar as botas…
Horas de pânico? Falta de conversa de m€rd@ ao tmv?
“(…)O PÚBLICO falou com um dos detidos, que relata horas de pânico desde a detenção até ao momento em que foi libertado. (…)
Novembro 15, 2012 at 9:07 pm
violência..bah..isto sim é violência..os nossos irmãos dão-nos lições sobre o que é mesmo violência…
Novembro 15, 2012 at 9:12 pm
O Henrique Monteiro não me aquece, nem me arrefece, mas, já agora:
O sôr desculpe, por acaso estava a apedrejar?
Henrique Monteiro (www.expresso.pt)
10:26 Quinta feira, 15 de novembro de 2012
Há coisas do arco-da-velha. Uma delas é acreditar que um polícia, depois de hora e meia a levar pedradas, tem discernimento para, durante uma carga, saber quem prevaricou e não prevaricou.
Vamos a factos. Vários energúmenos (que nada tinham a ver com o espírito da manifestação, e já depois de esta ter acabado) começaram a apedrejar polícias em frente ao Parlamento. Vários manifestantes (entre os quais Daniel Oliveira, segundo o próprio relata na sua crónica) pediram insistentemente para não o fazerem, no que não tiveram sucesso e abandonaram o local. Um dirigente do PCP, que se encontrava a dar uma entrevista a uma televisão, condenou o sucedido e disse que ia retirar-se imediatamente daquele sítio, o que fez. Mais de uma hora depois, as pedradas continuavam. Alguns populares (ligados, presumo, à manifestação da CGTP) colocaram-se em frente da polícia tentando demover os delinquentes. De nada serviu, a chuva de pedras continuou. A polícia fez um aviso: retirem-se da praça que vamos carregar. Dois minutos depois repetiu o aviso. Cinco minutos depois, carregou. Quem ainda estava na praça sabia o que ia acontecer.
Bateram em pessoas que jamais tinham atirado uma pedra? É possível. O que não é possível é ser de outra maneira; o que não é possível é durante uma carga, um polícia que esteve sob uma tensão enorme durante horas, indagar e interrogar-se sobre a justeza da sua ação. Isso é lírico.
A polícia cumpriu todas as normas. Mas porque não foi ao meio da manifestação buscar os apedrejadores? Bem, porque era arriscado. E porque as cargas têm de ter aviso, pelo menos nos países democráticos e civilizados.
E, já agora, uma nota final para os ignorantes que comparam estas cargas às que existiam antes do 25 de Abril. Estive em várias e era assim. Um estudante (lembro-me de José Luís Saldanha Sanches, por exemplo) saltava para a escadaria da Faculdade de Direito e discursava contra a guerra colonial. De repente, de trás da reitoria, saía a polícia de choque do célebre capitão Maltez. Às vezes traziam cavalos, mas a maioria das vezes cães. Batiam em quem podiam, sem que nada fosse arremessado contra eles. Sem avisos, sem jornalistas que pudessem presenciar. Acham que há comparação? Não brinquem com coisas sérias!
Twitter: @HenriquMonteiro https://twitter.com/HenriquMonteiro
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-sor-desculpe-por-acaso-estava-a-apedrejar=f767093#ixzz2CKOoCzOV
Novembro 15, 2012 at 9:14 pm
Tadinhos, levaram na corneta…como nunca levaram uma lambada do pai devem ter achado estranho.
Novembro 15, 2012 at 9:18 pm
Vão atrás da conversa do Otelo e depois querem imitar o Vale e Azevedo!!!
Novembro 15, 2012 at 9:19 pm
Isaltino voa.
http://umjardimnodeserto.wordpress.com/2012/11/15/isaltino-voa/
Novembro 15, 2012 at 9:20 pm
“Deviam era estar em casa a estudar”, disseram os agentes
Ora aí está um bom conselho.
Novembro 15, 2012 at 9:22 pm
#7:
O Isaltino já não volta do Gabão.
Logo o Gabão.
Comunicado divulgado esta quarta-feira
Isaltino diz que foi ao Gabão em busca de novos mercados
14.11.2012 – 13:54 Por Margarida Gomes
(…)
O autarca, que perdeu na última semana mais um recurso no Supremo para evitar ter de cumprir a pena de dois anos de prisão a que foi condenado pelos crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal, justificou a sua ida o Gabão com um programa que se insere nas “relações internacionais do município, e aproveitando o possível efeito reprodutivo dos êxitos da selecção nacional portuguesa, provavelmente a indústria nacional de maior visibilidade”, refere em comunicado.
Isaltino viajou para o Gabão integrado na comitiva da selecção nacional de futebol, que esta noite (às 19h30, hora de Lisboa) joga uma partida amigável contra a selecção daquele país africano.
(…)
http://www.publico.pt/Sociedade/isaltino-diz-que-foi-ao-gabao-em-busca-de-novos-mercados-1572439
Novembro 15, 2012 at 9:25 pm
Ó Pinto da Costa, fomos ao Gabão só para levar o Isaltino .
Pinto da Costa: “Ida ao Gabão foi um absurdo”
Presidente do FC Porto criticou duramente a Federação Portuguesa de Futebol, que acusa de andar “atrás do dinheiro à custa dos jogadores”, que são “matéria prima que tem de graça”.
Mariana Cabral (www.expresso.pt)
10:26 Quinta feira, 15 de novembro de 2012
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/pinto-da-costa-ida-ao-gabao-foi-um-absurdo=f767087#ixzz2CKRz9Kgn
Novembro 15, 2012 at 9:28 pm
Da tensão à explosão: O filme de uma carga policial
Novembro 15, 2012 at 9:28 pm
A diferença entre o n.º de detidos de que se fala e o nº indicado pela polícia deve espelhar o n.º de agentes infiltrados/provocadores.
Novembro 15, 2012 at 9:29 pm
Para mim é um não caso.
Novembro 15, 2012 at 9:32 pm
O arremesso da calçada…
sim, foi efetuado por portugueses!
e diz-se que é violencia gratuita!!!
sim!!!
e a violência gratuita, sim, aquelas pedradas que os políticos nos lançaram?
os cortes salariais,
as mentiras,
a agiotagem consentida,
o desemprego,
a fome!
…o faz de conta!
mas que violência é esta, contra um povo, outrora de brandos costumes?
Não é violência, não!
É apenas um sinal… mas não um faz de conta.
Reparai o que acontece na Síria,
na guerra entre Israel e Líbano;
na invasão do Iraque e do Afeganistão,
na guerra dos Balcãs,
na guerra do Golfo,
na guerra das Malvinas,
na independência de Timor,
na guerra do Vietname …
(…)
Sim! ontem,
foi um sinal.
ACORDAI!
Novembro 15, 2012 at 9:33 pm
Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012
A greve geral, a violência e a degradação económica e social do País
Confrontos na manifestação da greve geral de 14-11-2012
A greve geral de 14 de novembro de 2012 teve resultados mistos, com adesão da esquerda comunista, radical e parte dos socialistas, que trabalham na administração pública; no setor privado a perspetiva de desemprego e a aflição das empresas demove a maioria dos empregados da greve, mesmo aqueles que gostariam de participar.
À direita e ao centro existe a consciência de que a corrupção de Estado continua e a perspetiva é de que greves gerais (sendo a greve um direito legítimo dos trabalhadores) se fazem para mudar regimes e não para manter acesas chamas ideológicas e partidárias trémulas. Note-se que a greve é um direito legítimo dos trabalhadores para defender ou melhorar as suas condições de trabalho e um recurso eficaz para situações concretas; no que concerne a greves gerais a sua eficácia maior é na mudança de regime e não como forma vulgar de protesto mais ou menos ineficiente. O tachismo político, que queríamos reprimido, também continua: veja-se a garantia de retaguarda para autarcas sociais-democratas previsivelmente dizimados pelas eleições do outono de 2013 na notícia do Expresso, de 10-11-2012: «Relvas cria jobs para ex-autarcas».
Os patriotas da direita e do centro políticos não compreendem como pode continuar a vergonhosa omissão dos líderes da esquerda, e nomeadamente da sindical, sobre a corrupção de Estado nos governos socratinos – e mesmo a de agora. Calados, então, esquecidos depois. Se os dirigentes políticos da esquerda, e nomeadamente os comunistas e bloquistas, os seus deputados e opinadores institucionais engajados, além dos socialistas que nada sabiam, nem viram, nem dizem, sabem todos mais do que nós – porque têm notícia do que se passa nos altos escalões do Estado e têm acesso a informação interna das empresas – por que não denunciam a corrupção concreta, não a passam às autoridades judiciais, não a denunciam, quando estão protegidos pela imunidade parlamentar e, na prática, política?!…
A greve culminou com a habitual manifestação frente ao Parlamento dividida em duas partes: a primeira parte ordeira, cgtpínica, e a segunda violenta, bandeiras e intersindicais recolhidos, conduzida (!) pelos anarquistas, desta vez reforçados com radicais estrangeiros provocadores de zaragatas com a polícia. Multibancos queimados, a novidade dos incêndios dos eco-pontos (a combustão mais fácil dos plásticos…), montras partidas, quase duas horas de provocação, pedradas com paralelos e petardos ocasionais, desencadeando, após avisos de dispersão, uma carga policial que apanhou provocadores e manifestantes pacíficos que não arredaram.
Acredito que o efeito de contágio da violência desejado pela rede internacional anarquista, que enviou provocadores para a primeira linha dos confrontos, é preocupante. A ideia dos radicais é proporcionar a violência para radicalizar e engrossar as hostes dos anarquistas portugueses de mais brandos costumes e também puxar para a violência a esquerda tradicional, para lá dos estivadores-sempre-em-greve. O efeito de contágio pode ter sido conseguido ontem, em parte, com a provocação demorada e a carga policial. Possivelmente, seria melhor a detenção sucessiva de elementos provocadores do que a cartarse musculada após quase duas horas de provocação, pedrada e petardos ocasionais. Por outro lado, como até aqui não tinha havido uma carga policial de grande dimensão, os manifestantes não dispersaram após receberem avisos e ordens policiais para o fazerem, porque acreditaram que a carga não aconteceria, mesmo após chuva de pedradas e petardos, e na convicção ingénua de que a polícia distingue manifestantes violentos e pacíficos durante a carga, arriando bastonadas apenas naqueles que os enfrentam. Os polícias sujeitos a horas de confronto acreditam no efeito dissuasor da bastonada, mesmo se as bordoadas tendem a radicalizar manifestantes e telespectadores, como, presumo, os chefes os previnem.
Para lá da greve geral/parcial, assente na paralisação de setores críticos (transportes, contínuos nas escolas, administrativos e enfermeiros nos hospitais), existe a degradação económica e social do País. É essa que precisamos resolver com uma política patriótica rigorosa, sem corrupção política, nem abuso do sistema social.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): As entidades referidas nas notícias dos média, que comento, não são, que eu saiba, suspeitos ou arguidos do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade neste caso; e mesmo se, e quando, alguém for arguido goza do direito à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de eventual sentença condenatória.
Publicado por António Balbino Caldeira em 4:26:00 p.m. 3 comentários
http://doportugalprofundo.blogspot.pt/2012/11/a-greve-geral-violencia-e-degradacao.html
Novembro 15, 2012 at 9:41 pm
Podem ter a bexiga fraca mas mandar pedras à polícia não é para corações fracos… digo eu, independentemente das motivações e de se gostar ou não da atitude.
Novembro 15, 2012 at 9:45 pm
Os agitadores profissionais já há muito aprenderam a desandar quando as coisas dão para o torto. Até acredito que a maior parte dos que apanharam foram os incautos.
Novembro 15, 2012 at 9:50 pm
Fiz uma jura. Não comentar o que tenho lido e ouvido sobre o que aconteceu no final do dia de greve, pq é tão “politicamente incorrecto” que estava sujeita a levar com uma garrafa de água pelas ventas 😆
Novembro 15, 2012 at 9:56 pm
Aquilo foi malta que foi expulsa da Casa dos Segredos, que foi para ali armar sarilhos em directo….
Novembro 15, 2012 at 9:59 pm
#18:
Estou cá eu.
Até ver este vídeo, considerava que as actuação policial tinha sido exemplar. Agora não. Depois de ver estas imagens — parcelares, reconheço — fico com a ideia de que deviam ter carregado bem mais cedo.
http://destrezadasduvidas.blogspot.pt/2012/11/carga-policial.html
Novembro 15, 2012 at 10:00 pm
Vejam o vídeo de #20.
A polícia aguentou uma hora e meia: gabo a paciência à polícia.
Novembro 15, 2012 at 10:01 pm
O tal de Monteiro deve ter mesmo estado em muitas reuniões de estudantes antes do 25 de Abril. Deve deve. Bem me lembro das carecadas no dia a seguir.
Quem vai à guerra dá e leva mas até o pior assassino tem direitos quando é preso. Só manda bocas quem nunca esteve preso (ainda que por poucas horas) sem qualquer razão. Gostava de os ver… borravam-se de medo!
Novembro 15, 2012 at 10:03 pm
#22:
Já te disse que o Monteiro, não me aquece, nem me arrefece.
Novembro 15, 2012 at 10:05 pm
#21
Também lhes gabo a paciência. Só não entendo porque é que não atuaram ao fim de 5 ou 10 minutos. Para terem pretexto para desancar tudo e todos?
E diz o outro (o Monteiro) que era arriscado. Polícias bem treinados e bem equipados, arriscado irem caçar meia dúzia de gatos pingados no meio de uma multidão que, se fosse preciso, até os ajudava?
E os polícias à paisana que andaram nas outras ruas à caça? Porque não se posicionaram atrás dos meliantes para não os deixar fugir durante a carga?
Tretas e mais tretas. Tiveram todo o tempo e todas as condições para caçar os gajos que estavam a mandar pedras. Não fizeram porque não quiseram.
Novembro 15, 2012 at 10:07 pm
#23
Esqueçamos então o Monteiro.
Este também não me aquece nem me arrefece..
O que se passou ontem na AR (do ponto de vista de um manifestante pacífico):
«Para que não vinguem as mentiras da Administração Internas aqui têm o meu relato do que realmente se passou em frente à assembleia.
Sim, é verdade que cerca de 20 a 30 pessoas passaram mais de uma hora a atirar petardos, pedras e garrafas à polícia. Por essa razão, os outros 99% de CIDADÃOS PACÍFICOS mantiveram a devida
distância, para nem serem confundidos nem fazerem parte da acção de alguns animais. A certa altura, as pessoas perceberam que algo se estava a passar. Demasiadas movimentações de polícia na Assembleia demasiado organizadas.
Cá em baixo, numa das laterais um grupo de polícia à paisana abandona rapidamente a manifestação. Mais tarde, as televisões diriam que as pessoas foram avisadas para dispersar. Cá de baixo, posso-vos dar uma certeza, nenhuma pessoa com uma audição normal ouviu um único aviso.
A polícia disparou cerca de 4 a 6 petardos pela manifestação e carregou. Como estávamos todos bem afastados, os CIDADÃOS PACÍFICOS não fugiram. Mas quando vi um pai a fugir com o filho no colo e a levar bastonadas percebi que quem estava atrás das viseiras já não eram pessoas.
Fugimos, mas por mais rápidos que tentássemos ser, eram pessoas a mais para conseguirem ser mais rápidas que a polícia. Felizmente não recebi carga, infelizmente porque atrás de mim tinha um escudo humano a tentar fugir. Ao meu lado, um senhor tentava fugir com a mulher de cerca de 50 anos, que chorava com a cara cheia de sangue. Não, esta senhora não levou com pedras dos manifestantes. Esta senhora estava cá atrás. Esta senhora levou com um cassetete.
Fugimos para uma rua afastada, onde pensávamos estar todos seguros e mostrar à polícia que não queríamos estar na confusão, nós os CIDADÃOS PACÍFICOS. Nada nos valeu, pois a polícia perseguiu as pessoas pelas várias ruas em redor da Assembleia, carregando em todos. O que me safou foi uma porta aberta de um prédio, onde me refugiei com mais 8 CIDADÃOS, incluindo jornalistas da Lusa. O que lá fora se passava era incrível. Uma senhora de idade que chegava a casa tentava entrar no seu prédio mas a polícia gritava-lhe para que descesse a rua.
Só mais de 30 minutos depois conseguimos sair e o que mais me impressionou foi a quantidade de sangue que havia pelos passeios, bem longe da Assembleia.
NÃO ACREDITEM EM MENTIRAS. ERA POSSÍVEL NÃO TER PERSEGUIDOS CIDADÃOS PACÍFICOS QUE FUGIAM POR RUAS AFASTADAS MAIS DE 200 METROS DA ASSEMBLEIA.
Mesmo quando estava “barricado” no prédio, mesmo com a porta fechada tive, pela primeira vez, muito medo da polícia.
O que sinto agora não é nem raiva, nem revolta. É um vergonha enorme e uma imensa e profunda TRISTEZA.
É assim que se tira a vontade ao povo civilizado de se manifestar. Tira-se-lhe a esperança.»
[Foto: Tiago Miranda/Expresso]
Novembro 15, 2012 at 10:08 pm
#24:
É pá, as opiniões variam.
Para mim é um não caso.
Quinta-feira, Novembro 15, 2012
Carga Policial
Ontem quando a polícia carregou sobre os manifestantes em frente ao parlamento imediatamente pensei… Que erro monumental.
Quem estava comigo discordou e afirmou que num estado de Direito não é admissível a polícia estar mais de uma hora a ser agredida.
Sim é aceitável essa posição. Mas não me convenço, acredito que politicamente e estrategicamente foi uma oportunidade desperdiçada.
A actuação da polícia foi legitima, claro, depois de uma hora a levar com pedras da calçada em frente da casa da democracia, é óbvio que é legítima, legal e moralmente aceitável até.
Mas repito, para mim foi um erro estratégico monumental.
Porquê:
Cenário 1 – o que se passou
Polícia agredida continuamente com pedras de calçada, petardos e afins durante mais de uma hora. Após avisos dispersa a multidão.
Prevaricadores fogem em massa e espalham o caos por ruas adjacentes que incluem destruição de propriedade privada e incêndios na rua.
Resultado: Cenário à grega.
Imagens que ficam? Um polícia a agredir um manifestante que já está prostrado no chão ao pontapé e outro que larga o cão para morder essa pessoa. Muitos que pouco tiveram a ver com as agressões à polícia como idosos a levar bastonada.
Jornalista da TVI a proteger-se no chão por detrás de um carro.
Ora descontextualizando os acontecimentos, algo que acontece frequentemente na comunicação social o que vos parece que pensariam ao ver essas imagens.
Outra questão é a hora, se por um lado parece ter sido feita a carga para aparecer no jornal das 8, por outro seria para os deputados sairem do parlamento à vontade?
A esquerda por seu lado já faz o que sabe melhor. Inverte a realidade e faz o choradinho da vítima, sem razão absolutamente nenhuma, mas em termos de relações públicas funciona.
A acção da polícia acaba por alargar o fosso entre quem está a favor da ordem do estado e quem se revolta contra a figura de poder neste momento. Divide o país ainda mais.
Ou seja, quem ordenou a carga acabou por prestar um mau serviço ao estado. O ministro a ter palavra devia ter pedido contenção absoluta à polícia. Talvez não faça parte da sua personalidade.
Miguel Macedo tem razão quando diz que quem agrediu a polícia são profissionais da agitação, por isso mesmo, a Polícia não deveria ter caído na armadilha, o resultado foi exactamente o pretendido por esses agitadores profissionais da esquerda radical.
Cenário 2 – o que penso que deveria ter acontecido
A polícia aguentar até ao fim como o fez durante uma hora. Seria pedir muito. Certamente, mas estrategicamente seria uma vitória em toda a linha para a instituição e até para o governo num momento de tensões altas para o país.
O esforço abnegado daqueles policiais seria certamente recompensado com a solidariedade dos portugueses, unindo o país contra a minoria radical que provocou os distúrbios.
Vide aliás o programa opinião pública na SIC Notícias. Analisando as opiniões de quem falou para o programa, a polícia estava a ganhar aquele confronto enquanto não atacou a multidão.
Apesar da gravidade dos ataques dos manifestantes, a polícia está equipada e estava perfeitamente em condições de permanecer estóica. Aliás comprovando a mera provocação, que para estes filhotes da mamã que não têm mais nada para fazer na vida e cuja actuação se resume ao toca e foge, está o facto de nunca sequer ter existido a mínima tentativa de romper o cordão policial.
Neste caso a determinação policial em não dispersar a multidão seria uma excelente propaganda para a instituição, e o governo colheria a benesse dos portugueses ao evitar a concretização de uma acto sempre associado à direita (bem ou mal) de repressão sobre os cidadãos.
Ter-se-ia também evitado a dispersão da violência por outros locais da cidade de Lisboa e as tristes imagens que percorrerão o mundo, que poderá em última análise destruir a imagem cumpridora do país deitando para o lixo o difícil caminho que se fez até agora.
Foi, foi para mim, claramente uma oportunidade falhada para a PSP e o Estado colocar a maioria dos portugueses no seu lado da barricada no repúdio pela violência esquerdista.
E ainda mais, a acção policial teria sido mais eficaz. Nestas situações a tendência é a que os manifestantes legítimos acabassem por sair do local enquanto os radicais se mantinham no local. Apenas com estes no local teria sido muito mais simples cercar aquela centena de agressores e detê-los efectivamente sem hipótese de fuga, o que acabou por acontecer.
(PS: espero que se ande a investigar porque anda uma mole de gente desocupada, ligada à extrema esquerda a percorrer a Europa apenas para a provocação de um clima de insalubridade. A táctica é velha, espero que pelo menos os portugueses não se deixem ir nesta onda)
http://tasquinha.blogspot.pt/2012/11/carga-policial.html
Novembro 15, 2012 at 10:10 pm
Hum!, os domadores de pedras.
Uns atiram-nas, tal como aplaudiram o que fosse, eu determino-as jardins; acepções diferentes do uso da termodinâmica.
Novembro 15, 2012 at 10:11 pm
Vi do vídeo, o que tenho a dizer também é politicamente pouco correcto.
Novembro 15, 2012 at 10:12 pm
Revolução? Qual Revolução?
Este vandalismo do tipo de certas claques de futebol ou de alguns gangues? Estes actos de cobardia? Só havia um correctivo a aplicar-lhes: limpar e recuperar tudo o que vandalizaram. Ali, em público, à luz do dia.
Quanto à Revolução propriamente dita, essa é que se está a fazer às mijinhas…
Novembro 15, 2012 at 10:13 pm
(…)Realmente não há direito. Está uma pessoa 120 minutos toda sossegadinha e quentinha a apedrejar polícias, a incendiar carros e contentores do lixo, a arremessar cocktails molotoff e petardos, a destuir calçada. De repente, sem se perceber porquê vem uma carga policial, sendo que ainda por cima avisaram. É o fascismo, meus amigos. É o fascismo…
http://spectrumzx.wordpress.com/2012/11/15/algumas-consideracoes-imediatas/
Novembro 15, 2012 at 10:17 pm
#20
Obrigada 😆
Novembro 15, 2012 at 10:17 pm
Ensinamentos da Greve Geral
por Fernando Moreira de Sá
Não, não vou discutir se a Greve Geral foi um sucesso ou um fracasso. Não. A Greve Geral foi o que teve de ser e que sempre será: um direito dos trabalhadores. Uns fizeram. Outros não. Como em todas as outras desde o 25 de Abril. Prefiro sublinhar outro facto: a existência desse direito. É algo que nos deve confortar. É sinal que, felizmente, a democracia impera.
O que me surpreende, profundamente, foi o valente tiro no pé dado por alguns radicais. A tendência de muitos será chamar-lhes “esquerda radical”. Erro. Aquilo não é nem esquerda nem direita. É estupidez, pura e dura. Ao atacarem à pedrada a polícia esquecem algo fundamental: muitos daqueles agentes até defendem os motivos que levaram a CGTP a realizar mais uma greve. Também eles e as suas famílias estão a sofrer as consequências da crise e sendo, como são, funcionários públicos, sofrem na pele os cortes nos seus vencimentos.
Pior, simbolicamente, estiveram entretidos a apedrejar a Assembleia da República. Ignorando que ela é a marca essencial da Democracia. Uns por ignorância. Outros, os mais perigosos, por motivações políticas – não gostam de liberdade e desejam secretamente viver numa sociedade ditatorial onde impere os seus princípios de xenofobia, racismo, etc.
Porém, não perceberam os sinais dados pela população portuguesa. Os portugueses não gostam de radicais. Cada pedra arrancada da calçada e atirada aos polícias e à AR teve um efeito boomerang. O mesmo efeito que está a ter a eterna greve dos estivadores junto da opinião pública. A CGTP cedo o percebeu e por isso se demarca dos radicais. As suas pedradas abafam os objectivos dos sindicatos. Os cânticos estilo claque “ultra” de futebol dos estivadores afastam os moderados. E envergonham os democratas.
tags: estivadores, greve geral, radicais
tiro de Fernando Moreira de Sá
http://forteapache.blogs.sapo.pt/785304.html
Novembro 15, 2012 at 10:19 pm
quinta-feira, novembro 15, 2012
A Intifada da Carga Policial…
Num dos lados, a defender a suposta casa da democracia, tínhamos os Anonymous e a contestar a crise e os governantes, os moinas.
Os primeiros aguentaram estoicamente, durante horas, as cacetadas dos segundos.
Aliás, o corpo de intervenção, já há muito tempo que precisava de fazer ginástica de relaxamento muscular e o material, quiçá por usura moral, estava em processo de imparidade, para não referir-mo-nos a outro tipo de material de proteção, de fraca qualidade (made in china), que demonstrou haver uma grande cumplicidade em o MAI e o Império do Meio.
Do outro lado da barricada, havia um conjunto de bons malandros que ansiavam por uma ação de descompressão stressial, eram uns moços que aparentavam estar num momento de incompreensão emocional, com evidentes sinais de deficit afetivo e de ordem conjuntivite:
Quanto mais me bates, mais gosto de ti, poderia ser o princípio de um grande amor, entre os fardados e as mulas da calçada.
A comunicação social é que deturpou tudo e o Cavaco apoiou com a defesa de Trabalhos Forçados, a que foi sujeito, pelo bazófias do senhor dos passos.
Parecia um típico jogo de futebol entre os adeptos/claques do Sporting da Covilhã e do Desportivo da Mata, num qualquer domingo soalheiro, de um inverno envergonhado.
Publicada por Capitão de Rebordelo em 11/15/2012 07:02:00 PM
http://sacosmolhados.blogspot.pt/2012/11/a-intifada-da-carga-policial.html
Novembro 15, 2012 at 10:22 pm
Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012
Exemplar
A actuação da polícia ontem em S. Bento. Os direitos à greve e à manifestação não conferem qualquer direito à violência. Aquilo a que se assistiu ontem – um grupo de marginais que durante cerca de hora e meia apedrejou a polícia – é simplesmente inadmissível num Estado de Direito. E se é verdade que a carga policial atingiu pessoas que ali se manifestavam, não fazendo parte do grupo de marginais, também é verdade que a a polícia avisou, como é legalmente exigido, que iria proceder à dita carga e que, como tal, deveriam retirar-se da praça. O que estas pessoas deveriam ter feito imediatamente, tal como o Daniel Oliveira e outros dirigentes da CGTP e PCP fizeram ainda antes dos avisos, era abandonar o local. Não o fizeram, sujeitaram-se a ser alvo de bastonadas. Como escreve Henrique Monteiro, «Bateram em pessoas que jamais tinham atirado uma pedra? É possível. O que não é possível é ser de outra maneira;o que não é possível é durante uma carga, um polícia que esteve sob uma tensão enorme durante horas, indagar e interrogar-se sobre a justeza da sua ação. Isso é lírico.» Ademais, como escreve o Carlos Guimarães Pinto, «E, segundo, se não será apropriado concluir que as restantes pessoas que se mantiveram na manifestação muito tempo depois do tiro ao polícia ter começado estavam ou não a validar com a sua presença as acções daqueles indivíduos.»
Há ainda quem diga que a polícia deveria apenas ter investido e detido o grupo de arruaceiros que procedia ao apedrejamento. Se assim tivesse sido, a polícia colocar-se-ia numa situação complicada, podendo ser rodeada pelos restantes manifestantes, o que inclusive poderia originar ainda mais violência que aquilo a que se assistiu.
Por outro lado, ao contrário do Daniel Oliveira, não creio que a acção da polícia após a dispersão da praça em frente ao Parlamento possa ser considerada abusiva. Não há imagens do que se terá passado entre S. Bento e o Cais do Sodré, mas daquilo que as televisões captaram nas ruas adjacentes ao Parlamento nos momentos que se seguiram à dispersão e entre Santos e o Cais de Sodré posteriormente à confusão, os arruaceiros fugiram por várias ruas vandalizando estabelecimentos comerciais à sua passagem e ateando vários incêndios. É pena que não tenham sido detidos antes de o fazerem.
Para finalizar, tendo ainda em consideração o crescendo de violência que tem perpassado as manifestações das últimas semanas, a polícia não tinha alternativa a dar um sinal claro de que há certos limites que não podem ser ultrapassados. E a reacção da generalidade dos portugueses ao sucedido, excepção feita à extrema-esquerda – como seria de esperar -, aí está para provar que a polícia agiu como era esperado e se impunha.
http://estadosentido.blogs.sapo.pt/2305168.html
Novembro 15, 2012 at 10:23 pm
Fui.
Novembro 15, 2012 at 10:24 pm
a troika em acção..
Novembro 15, 2012 at 10:24 pm
#26
Claro que sim, as opiniões são como as vaginas.
Mas eu mantenho a minha. Os gajos que mandaram pedras são uns vândalos de m3rda e deviam ter sido todos caçados. A polícia só não os caçou porque não quis. Teve tempo e meios (de sobra) para isso.
Novembro 15, 2012 at 10:24 pm
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Excessos policiais
Fala-se hoje muito nos excessos cometidos pela polícia na carga contra os manifestantes que ontem aconteceu em frente à Assembleia da República. E eu concordo que as imagens são de facto muito fortes, é visivel a violência contra mulheres e pessoas de idade. Contudo, na sua esmagadora maioria essas pessoas sabiam muito bem onde estavam. Num local onde a violência estava a borbulhar, com imensas atitudes de destruição da propriedade pública e privada. Se estou num sitio onde estão a ser arremessados paralelos da calçada obviamente que sei que corro riscos, se não quero corrê-los tenho, à partida, a liberdade de me retirar.
A mim o que me choca não é a violência da carga policial, mas os excessos cometidos pela população, a destruição provocada sobre a propriedade pública e privada. Compreendo o descontentamento, compreendo a indignação, compreendo que as pessoas se manifestem no sentido de tentar mudar alguma coisa ou melhorar a situação pessoal de cada um… Aliás não só compreendo como também os sinto. Não compreendo a destruição. Por me faltar dinheiro no bolso não tenho vontade de destruir a calçada, de incendiar ecopontos, de partir montrar de lojas, de vandalizar automóveis de pessoas que tiveram o azar de deixar por ali os carros. No limite acabará por me voltar a sair do bolso a despesa provocada por estes estragos…
E preocupa-me imenso pensar que este país se está cada vez mais a transformar num barril de pólvora.
Até sempre,
Cookie
http://cookandcream.blogspot.pt/2012/11/excessos-policiais.html
Novembro 15, 2012 at 10:27 pm
#30
A democracia só o é se for nossa, isto é, vivamos segundo o princípios de sermos os tais, esqueçamo-nos dos que nos sugam em qualquer Paris, MASA há que não atirar pedras para cobrir o assunto: enquanto todos os socas não estiverem presos não haverá amanhãs de armanis para todos. Incluindo os idiotas.
Novembro 15, 2012 at 10:29 pm
#37,
Mas eu mantenho a minha.
Opinião e/ou vagina?
Novembro 15, 2012 at 10:32 pm
#39:
Dorme bem Lusitano.
Novembro 15, 2012 at 10:34 pm
Quem nunca prestou que atire a primeira pedra.
Novembro 15, 2012 at 10:36 pm
Enquanto andamos a discutir um não caso:
Papados outra vez.
Ministro alivia cortes previstos para o ensino superior
Nuno Crato informou hoje os reitores que a redução das verbas transferidas para as instituições ficará abaixo dos 9,4% previstos.
Isabel Leiria (www.expresso.pt)
19:41 Quinta feira, 15 de novembro de 2012
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ministro-alivia-cortes-previstos-para-o-ensino-superior=f767305#ixzz2CKk3pons
Novembro 15, 2012 at 10:46 pm
Desconfio que é a geração mais mal preparada para fazer uma revolução, e o resto…
Para chatearem professores ainda servem, porque não está lá a polícia para lhes dar porrada.
———-
Da próxima vez cada um leve um ferro e uma pedra da calçada no bolso. Arranjam um plano e uma coordenação, e vão ver como quem foge é a polícia ou então vão mesmo ter de disparar com munições reais!!!…
Novembro 15, 2012 at 10:51 pm
Já agora, em vez de andarem a atirar pedradas aos pobres dos polícias e se pregassem um sustozinho ao Borges ou ao Relvas?
Novembro 15, 2012 at 10:53 pm
Para a próxima levem os velhos, crianças, grávidas e deficientes na linha da frente…vão ver que resulta…
Novembro 15, 2012 at 10:53 pm
Se o Vale e Azevedo exige e tem uma cela de luxo, a rapaziada revolucionária mais bem preparada de sempre (desta gosto mesmo 🙂 ) tem o direito de receber um cacauzinho quente enquanto mostra o cartão do cidadão, gaita!
Novembro 15, 2012 at 10:53 pm
Caro Guinote, muito bem.
Novembro 15, 2012 at 10:56 pm
Muito embora o caro Guinote continue a bloquear o meu acesso, neste post acertou.
Rio D’Oiro
Novembro 15, 2012 at 10:57 pm
Novembro 15, 2012 at 11:08 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2012/11/15/impressionante-a-actualidade-deste-discurso-com-mais-de-35-anos-its-the-individual-thats-finished/
Novembro 15, 2012 at 11:17 pm
Quantos dos arruaceiros terão sido presos? Não devem ter sido os suficientes para impedir o vandalismo nas ruas próximas da Assembleia.
De qualquer modo acho que a mensagem (intencional) passou: é melhor ficar em casa, as coisas podem dar para o torto … os arruaceiros vão misturar-se na multidão, sabem escapar-se e a polícia não vai deixar de fazer o gosto ao dedo nos que acham que não há motivo para fugirem.
Novembro 15, 2012 at 11:27 pm
Quem terá ensinado os arruaceiros? Professores sérios e a sério? Duvido.
Isso permite-me, desculpem lá os luminosos, duvidar dos que nem isso são.
Novembro 15, 2012 at 11:34 pm
Polícia estóica, bando de anarcas (?) parvos e inúteis. Acho que não conseguia aguentar mais de dez minutos. Era agarrar neles e arranjar-lhes um trabalho no campo, numa mina ou num bacalhoeiro. Duas semanitas eram suficientes para lhes servir de lição. E muitos dos meus alunos também podiam participar; quando voltassem talvez já valorizassem a cultura, o conhecimento, enfim, a escola e os professores.
Novembro 15, 2012 at 11:37 pm
Isto só serve para dispersar a atenção do que se deve discutir realmente.
E se alguém quer descarregar noutros o seu descontentamente ou lá o que for, os polícias não são, de todo, os que merecem ser atacados.
Que eu saiba não foram os polícias que puseram o país neste estado. Se bem que podiam ter resolvido logo o assunto das pedras…
Novembro 15, 2012 at 11:56 pm
Bem mais grave:
A facilidade com que vi discutir hoje na sic notícias (mas não só) a necessidade de repressão destas acções, a facilidade em exigir a condenação e a acção da justiça nestas acções; a compreensão e partilha exacerbada perante suposta “linha vermelha” a partir da qual a intolerância terá que ser absoluta,… e por aí adiante…
CURIOSO é o facto de serem os mesmos que por lá andam há tempo suficiente… de serem os mesmos que têm sido tolerantes com a corrupção, serem os mesmos que nos governos e no parlamento nada fazem/fizeram para travar e punir a corrupção, de serem os mesmos que aprovam leis que favorecem o obscurantismo/ as clientelas e as negociatas que prejudicam o estado, de serem os mesmos que não fiscalizam a acção governativa (como lhes competiria), de serem os mesmos que nada fazem para a punição da má gestão do erário público, de serem os mesmos que permitiram a ocupação da administração pública por clientelas de vários tipos, de serem os mesmos que anos a fio e perante relatórios do tribunal de contas nunca “mexeram uma palha” para por termo aos roubos continuados do erário público e gritarem ofendidos e aviltados a exigência de punição dos responsáveis…
Imoralidade e Hipocrisia… pura hipocrisia… mas perigosa, muito perigosa… à espera do apoio de uma população que condena estes actos da mesma forma que condena os outros!
Não manifestam a mesma pujança de indignação com que os portugueses têm sido ROUBADOS, VILIPENDIADOS e HUMILHADOS!
Mais…
Gente que em dias de greve, compreendendo o direito à greve (fica bem dizê-lo mas os “apartes” – pouco inteligentes, diga-se, demonstram mais uma vez a hipocrisia da afirmação), e apenas nestes dias de greve, esta gente se lembra do DIREITO AO TRABALHO… patati patata … Nos restantes dias do ano não os ouço defender o direito ao trabalho… nos restantes dias do ano aprovam leis que precarizam, subalternizam e escravizam os trabalhadores, nos restantes dias do ano em que o desemprego aumenta continuamente (sendo maior que o estatístico)… paciência… é o preço do reajustamento…pois é, todos (todos?) estão a sofrer com a crise… pois é, nos restantes dias do ano estão muito preocupados e oferecem a sopa (e ao que parece o “take away”) aos pobres… então, e o DIREITO AO TRABALHO??? – É só nos dias de greve que se lembram dele???
Anda tudo a abotoar-se… continua com a saúde, não faltará a segurança social, já está a caminho a educação…
nesta, na educação: ele é os subsídios para os colégios que perdem alunos e perderiam muito mais sem subsídios estatais (futuras ppp); ele é o politécnico – POLITECNICO???- que não tem alunos para onde o ministro quer canalizar os cef e profissionais (sistema dual – é mais fino e muito mais “in”) – que se haveria de fazer aos muitos políticos/governantes e jornalistas que lá fazem perninhas e professores destes estabelecimentos?
Ele são os centros de emprego e as empresas públicas (serão as que vão ser privatizadas?) a darem formação equivalente até ao 12º ano, ele são…
um abotoar com os dinheiros quer do orçamento de estado, quer do POPH (do FSE para a qualificação dos recursos humanos) que todos havemos de pagar (não são a fundo perdido)… isto é um não acabar de tentáculos compridos a tentar chegar aos euritos… vamos lá tratar da vidinha… afinal, nada diferente do que tem sido feito até hoje… (não deixa, também, de lembar histórias antigas com os fundos para formação…)
Mas tudo isto…
…não, sem ofender, os professores do ensino público que maioritariamente têm mais formação que os dos colégios … (a propósito: lembram-se recentemente, da oportunidade que o governo lhes criou para virem a fazer a profissionalização?),
… não sem ofender os professores do ensino público que têm tanta ou mais formação que os dos politécnicos (conheço-os, onde leccionavam professores primários e outros que não conseguiriam entrar no público…)
… não, sem ofender, quem durante anos serviu o interesse público e fê-lo com toda a dignidade e competência…
A escola pública transforma-se a ritmo acelerado num cadáver… sugada por todos os lados e intencionalmente desestruturada e inundada de inoperâncias…
PQP
Já agora os srs opinadores/ comentadores e jornalistas (são muitos) que alinham, numa profunda irracionalidade, numa profunda falta de lógica e numa profunda falta de discernimento em dogmas ou chavões mastigados/ regurgitados/ engolidos/ mastigados/ regurgitados… do tipo: partidos do “arco da governação”, partidos de responsabilidade, partidos de poder… seriam um pouquinhos mais francos/ verdadeiros e isentos se falassem em
“partidos do ARCO DA DESGOVERNAÇÃO”, “PARTIDOS DA IRRESPONSABILIDADE”, …, que na verdade, estes três (ps, psd e cds), são os únicos – verdadeira e objectivamente – responsáveis pela situação a que o país chegou … não são, CERTAMENTE, os outros!
Já enjoa tanta mediocridade e tanto mais do mesmo!
Novembro 16, 2012 at 12:06 am
J. F.,
Totalmente de acordo!
Novembro 16, 2012 at 12:16 am
Este foi o país que o senhor SÓCRATES deixou!!!
Novembro 16, 2012 at 12:42 am
Este é um país de vasconcelos d’armanis e socas, isto é, de geadas que me tiram até da pilhéria; há demasiados, há que os reduzir abaixo das socas, à lama que representam, perguntarmo-nos porque é que ainda respiram, esquecer que o Fafe deveria perecer nalgum pelourinho, quiçá para favorecer o pelourino.
Sim, porque perecerei um dia destes.
Novembro 16, 2012 at 12:45 am
Curioso, depois de ler 57 comentários.
Até há pouco isto era um país de brandos costumes. Os gregos, sim, esses é que eram valentes, davam luta. Os espanhóis também. Por cá, muita ordem, muita contenção. Devíamos ser mais como os gregos, diziam. Pois estou maravilhado. Vou dormir mais descansado.
Novembro 16, 2012 at 1:08 am
Os geadas sempre quiseram a desordem, aquilo da utopia é para romance pago pelos purgados; a chatice é que, além de conhecido, é histórico e estatístico a sério.
Tentarão sempre, embora eu considere que o varguismo seja uma consequência da maioria silenciosa. A que se apressou a ter medo dos idiotas, portanto.
Novembro 16, 2012 at 1:28 am
#60
Dorme violentamente.
Novembro 16, 2012 at 9:29 am
O medo da desordem e a ancestral necessidade de uma protecção absoluta do Estado são as grandes amarras dos portugueses saídos de um abrilismo salazarista.
Exultam com a Ordem e com a Disciplina do grande Rebanho Colectivo.
Toleram os corruptos e os aldrabões, desde que lhes garantam alguma migalhas.
Insultam os revoltados e os desesperados, porque temem perder o pouco que lhes resta.
São mansos e temem o castigo do Pai.
Comportam-se como criados e criadas para todo o serviço.
Salazar e Cunhal foram a combinação perfeita para criar uma raça domesticada.
A Polícia e a CGTP estão de parabéns
Novembro 16, 2012 at 9:46 am
#63,
No meu caso não é isso que está em causa.
O que está em causa é ir-se para a revolução à espera de buffet quente, servido a horas.
Novembro 16, 2012 at 10:16 am
DA ORDEM NASCE SEMPRE A MESMA OREM DO CAOS SURGE SEMPRE OUTRO TIPO DE ORDEM …PIOR OU MELHOR NÃO SEI MAS A ORDEM PELA ORDEM APENAS PARA QUE TUDO ESTEJA ORDEIRO E MANSO PARECE-ME BAFIENTO E MESMO PASSADISTA… ORDEM.. ORDEM ..ORDEM…
A Ordem das Coisas
Natura deficit, fortuna mutatur, deus omnia cernit. A natureza trai-nos, a sorte muda, um deus vê do alto todas estas coisas. Apertava ao dedo a mesa de um anel onde, num dia de amargura, mandava gravar estas palavras tristes; ia mais longe no desengano, talvez na blasfémia; acabava por achar natural, senão justo, que devíamos perecer. As nossas letras esgotam-se; as nossas artes adormecem; Pâncrates não é Homero; Arriano não é Xenofonte; quando tentei imortalizar na pedra a forma de Antínoo não encontrei Praxíteles. Depois de Aristóteles e de Arquimedes, as nossas ciências não progridem; os nossos progressos técnicos não resistiriam ao desgaste de uma longa guerra; mesmo os nossos voluptuosos desgostam-se da felicidade. O abrandamento dos costumes, o avanço das ideias no decorrer do último século é obra de uma infima minoria de bons espíritos; a massa continua ignara, feroz, quando pode, de qualquer forma egoísta e limitada, e há razões para apostar que ficará sempre assim. Procuradores a mais, publicanos ávidos, demasiados senadores desconfiados, demasiados centuriões brutais comprometeram adiantadamente a nossa obra; e os impérios, como os homens, já não têm tempo para se instruírem à custa das suas faltas. Onde quer que um tecelão remendar o seu pano, onde um calculador hábil corrigir os seus erros, onde o artista retocar a sua obra-prima ainda imperfeita ou apenas danificada, a natureza prefere repartir sem intermediário a argila e o caos, e esse esbanjamento é o que se chama a ordem das coisas.
Marguerite Yourcenar, in ‘Memórias de Adriano’
Novembro 16, 2012 at 10:32 am
#64
Apenas tentei fazer um apanhado geral das reacções que alinharam na propaganda oficial contra os “profissionais das manifestações e da desordem”.
Não é revolucionário quem quer mas apenas quem consegue libertar-se das amarras de um qualquer colectivo.
Porque para fazer procissões e rezar ordeiramente, podem sempre continuar a ir ao Santuário de Fátima, que os resultados serão certamente semelhantes.
Mas tal como nos anos que antecederam 1933, agora também se aguarda pela vinda de um novo Salvador que meta Ordem na Pátria e a defenda contra o maldito Império do Mal.
Novembro 16, 2012 at 11:51 am
‘tadinhos deles!
Novembro 16, 2012 at 12:03 pm
“Não é revolucionário quem quer mas apenas quem consegue libertar-se das amarras de um qualquer colectivo.”
Pois, mas não sei de alguma revolução que tenha sido feita por heróis por conta própria. O Spartacus não acabou com a escravatura, pois não?
Novembro 16, 2012 at 12:40 pm
Manifestante de 21 Anos detido na Manifestação de 14 Novembro ,dia da Greve Geral Europeia ; Detido na Esquadra do Cálvario , foi despido e agredido por POLICIAS um dos quais ENCAPUÇADO , numa Esquadra Portuguesa Concerteza à moda Antiga …. A Democracia Feita à Maneira de SALAZAR 🙂
Espero que o Paulo Guinote também ache que isto é uma viiolência de ESTADO Inadmissivel….
VIOLÊNCIA POLICIAL é TERRORISMO OFICIAL…
Não venham cá com conversas antigas de Tomada da Bastilha ou Revolução de Outono. A REALIDADE da Pobreza em Portugal, Só não vê quem não quer ver!
Novembro 16, 2012 at 1:21 pm
Já repararam que desde que aumentaram os salários e descongelaram as progressões dos polícias eles desataram a bater forte!?
Novembro 16, 2012 at 7:06 pm
Benditos descongelamentos!
Novembro 16, 2012 at 9:17 pm
#44: “Desconfio que é a geração mais mal preparada para fazer uma revolução, e o resto…”
Quê, a tua é que era? Então porque é que ficaram com o cúzinho no sofá à espera dos militares? Ou andavam ocupados nas tertúlias da Fac de Direito, onde só entravam os filhos dos burgueses? Cambada.