Podem escolher o sentido do acordar.
Cada vez este processo me parece mais um barrete enfiado até aos pés…
Pessoalmente, acho que se deveriam reclamar vagas em escolas com contratos de associação e politécnicos… em nome da equidade…
Mudanças nos Quadros de Zona Pedagógica podem afectar 11 mil professores
O dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, acusou esta segunda-feira o Ministério da Educação e Ciência (MEC) de estar a aproveitar o processo para a vinculação dos docentes “contratados” para diminuir de 23 para cinco o número de Quadros de Zona Pedagógica.
Novembro 13, 2012 at 4:39 pm
Fui ler a notícia e nos comentários vi dois muito interessantes:
Tenho pena
Desculpem-me os professores. Mas quanto menos eles forem, menos impostos eu e outros temos que pagar.
.
E a avaliação?
Nunca mais ninguém ouviu falar da já célebre avaliação de professores. Já começou?
Novembro 13, 2012 at 4:58 pm
#0
Surpreendido?
Há muito que venho alertar para o facto dos actuais Agrupamentos terem limites geograficos próximos ou iguais aos das ZP.
Novembro 13, 2012 at 6:02 pm
“Nogueira nota que a própria Fenprof sugeriu, no início das negociações, que os candidatos à vinculação extraordinária concorressem às áreas correspondentes às direcções regionais de educação. Sublinha, no entanto, que “nem de longe nem de perto” pensou “na alteração dos QZP para efeitos de concurso dos professores que já estão no quadro”. O que o MEC está a fazer “é chantagem pura, é pôr professores contra professores”, acusou.”
Novembro 13, 2012 at 6:33 pm
#1
Evito ler comentários. Salvo raras excepções, é confrangedora a estupidez, a ignorância, a alarvidade, a grunhice… que por aí anda.
Novembro 13, 2012 at 6:39 pm
#0
Por causa de uma tal de Merkel a FNE não reuniu com o MEC.
Novembro 13, 2012 at 6:49 pm
E se tivesse reunido, adiantava?…
Percebo, inventavam uma desculpa…
Novembro 13, 2012 at 6:50 pm
#5,
Mas não me digas que oficiosamente não sabe do conteúdo que tu próprio postaste…
🙂
Novembro 13, 2012 at 7:41 pm
A FNE já “acordou” e já asneirou, como se esperava.
Já sabem que, a mim, a abrangência territorial do concurso não me escandaliza. Nem percebo sequer, que os mesmos que passaram a vida a dizer que os contratados o são por opção e que nunca concorreram para longe, agora achem mal que seja obrigatório o concurso a uma determinada área.
Percebo, no entanto, que alguns prefiram correr o risco de não vincular.
O que me preocupa a sério é o seguinte:
Que interessa a vinculação extraordinária, se:
– Pode entrar toda a gente (Artº 2º, a);
. Os vinculados extraordinariamente concorrem numa prioridade atrás de todos, exactamente equivalente à 1º prioridade do concurso externo (Artº 7º, 2.);
– Os vinculados extraordináriamente ficam sujeitos a “normas orçamentais em vigor à data de produção de efeitos”, desconhecendo, portanto, ao que e em que condições vão ser integrados na carreira (Artº 10º, 2.).
O que se está a preparar entre o MEC e a FNE não é um concurso; é UM LOGRO!
Chegou o momento de os contratados dizerem: Não queremos ser extraordinários. Deixem-se de mafiosices, apurem as vagas e abram concurso ordinário. Neste momento, com esta proposta, nenhum contratado tem qualquer vantagem com a vinculação extraordinária. Pelo contrário, ficarão muito pior do que no concurso ordinário,
Novembro 13, 2012 at 8:00 pm
#8 “Não queremos ser extraordinários. (…) apurem as vagas e abram concurso ordinário”.
ora muito bem… vagas ordinárias será no próximo ano.
Ou quer que os contratados fiquem com lugares de colocação vagos (professores entretanto reformados) e às quais os professores “efetivos” não podem concorrer desde o último concurso (há três anos).
Discriminação é sempre mau, mesmo se fosse positiva para ser simpático com os “provisórios”.
Portanto… vinculação a lugares específicos só no próximo concurso ordinário.
Se existirem vagas abstratas para vinculação extraordinária então sim que seja já este ano. Mas terão de ser vagas para escolas não específicas, ou seja, como o ministério parece querer fazer.
Não é perfeito? Não… mas não é tão imperfeito como a alternativa que pretende
Novembro 13, 2012 at 8:09 pm
#9,
Ora vá lá ler o que escrevi.
Apurem-se as vagas e ponham-nas a concurso ordinário.
Se não percebe, paciência. É a mesquinhice a toldar-lhe a razão.
Novembro 13, 2012 at 8:19 pm
#10
Uma tremenda inversão de pensamento.
Continuo a achar que a VE ou o que quer que lhe chamem seja a solução melhor para de facto entrarem docentes contratados nos quadros. Em 2009 as vagas positivas foram cerca de 20000 e as negativas perto de 3000 e no entanto só entraram 396 docentes nos quadros. A haver apenas uma vinculação ordinária, por muitas vagas que surjam, vai acontecer precisamente o mesmo.
Com uma VE é sempre garantido um número de novas vinculações. A questão essencial neste processo todo é saber-se quantas vagas podem surgir.
Tudo o resto é folclore, ou quase.
Novembro 13, 2012 at 8:46 pm
#11,
Mas achas mesmo que vão existir muitas vagas?
E se depois, no “ordinário” existir “bué” de vagas negativas?
Eu acho que é mais corridinho…
É que me parece que a VE continua a ser um trunfo em pasodoble…
Novembro 13, 2012 at 8:55 pm
Acho que na proposta inicial do MEC seria possível abrir mais vagas do que nesta proposta final.
Conheço bem os números das necessidades permanentes e na minha opinião seria possível, com a proposta inicial, abrir no mínimo 5000 vagas sem criar sem criar novos horários zero.
Nesta versão e pelo simples facto de quem quiser mudar de grupo ficar à frente dos novos vinculados não é seguro abrir um número tão elevado de lugares sob pena dos novos vinculados ficarem em horário “zero”.
Com esta proposta deixa de fazer grande sentido falar-se nesta vinculação sem se conhecer o número de vagas.
Novembro 13, 2012 at 9:03 pm
#13,
Mas acreditaste – a sério – mesmo no início que seria possível abrir milhares de vagas extraordinárias neste momento?
Já percebeste que se for concretizado o plano para o Ensino profissional, estão em risco milhares e milhares de vagas no Secundário?
A caminho de uma mudança de vínculo e tutela?
Novembro 13, 2012 at 9:14 pm
diria..
letra da Música Fio da Vida de Rodrigo Leão & Thiago Pethit:
Já madruguei mos teus braços
Toquei-te a boca num beijo sem fim
Já foste minha nesse sonho que acabou
Já foste a luz que agora o tempo apagou
E se essa luz me afagava
De cada vez que passavas por mim
Agora quem nasceu pavio desse amor
Fecha-se a porta pra tentar fugir à dor
É só poeira
Da caminhada que eu já fiz
Vou-me afastando
Num sonho onde eu fui feliz
Ando perdido
Comandante sem lugar
A vida acaba
Mesmo sem antes começar
Aqui…
Novembro 13, 2012 at 11:04 pm
Os colegas contratados têm o direito a uma vinculação, mas não a todo o custo!
A vinculação deve respeitar sempre a lista graduada em todas as fases deste e de outro concursos!
O que o MEC propõe não respeita a lista graduada na fase da Mobilidade Interna!
Assim um prof. contratdo concorre a um QZP, consegue a vinculação, mas de seguida não consegue um lugar de quadro numa escola/agrupamento. Imediatamente é considerado horário-zero (DACL) – sem o ser na realidade e concorre à frente de um prof. quadro de escola, que no último concurso foi impedido de concorrer por ser titular,
concorre à frente de um professor que luta há mais de 10 anos para se aproximar de casa (prof. desterrado) e que na época foi obrigado a ir para longe,
concorre à frente de um QZP que conseguiu escola, longe de casa,
concorre à frente de um QZP que ainda não está no seu QZP de residência e
pode concorrer à frente de um QZP local por ter mais tempo de serviço ( mas em que o ex- contratado por vezes nunca quis arriscar uma colocação).
Ou seja na Mobilidade Interna concorre à frente de quase todos! Espero que os sindicatos tenham vergonha na cara para não aceitar isto!
Lutem por um concurso unico, com todos a concorrer ao mesmo tempo, segundo a lista graduada, com muitas vagas (porque elas existem) e assim haveria imensas vinculações de contratados!
Novembro 14, 2012 at 2:15 pm
O Arlindo publicou duas posições no seu blogue que a meu ver complementam-se.
http://www.arlindovsky.net/2012/11/vinculacao-posicoes/#comment-25227
O Jorge Costa diz o seguinte:
http://porteduca.blogspot.pt/2012/11/o-outro-lado-da-discriminacao-entre.html
“Na filosofia sindical vigente, um professor do quadro que lhes paga quotizações, é intocável e por isso deve ser protegido dos malefícios de um concurso justo em que contratados e atuais professores de quadro concorram no concurso interno em pé de igualdade. Basicamente, na perspetiva sindical os professores contratados nunca foram para defender verdadeiramente, e por isso passaram onze anos desde que a Diretiva 70/99/CE deveria ter sido alegada por organizações sindicais, e nada fizeram, porque sempre acharam que o bolo devia ser só para os do quadro. E o medo que o bolo não chegasse para todos levou a onze anos de esquecimento e a outros tantos de faz-de-conta!
No fundo, neste país sindical medíocre, sempre houve dirigentes, até mesmo e sobretudo ligados a partidos que teoricamente defendem a igualdade, que entre os professores, depressa e sem um pingo de vergonha e coerência, estabelecem que os deve haver de primeira e de segunda.
Assume-se que é normal que assim seja. Uns com um estatuto superior a outros! E porquê? Porque pagam quotas! Ou seja, as organizações sindicais estão-se marimbando para a justiça social, o que verdadeiramente lhes interessa é garantir o seu sustento!
Portanto tudo é uma questão monetária! E o MEC está a deixar enredar-se pelas organizações sindicais em prol de uma podre paz social.”
Agradeço ao Jorge Costa, trata-se de um grito de revolta (em que me revejo) contra o lobby sindical. Acho que os sindicatos deviam saber aceitar críticas, o que nem sempre acontece. Tantos contratados estão descontentes com os sindicatos, porque será? Estarão dispostos a refletir sobre isso nos órgãos internos? Já há quem diga que temos que criar um sindicato dentro do sindicato.
Penso que com o decorrer das negociações “perderam-se direitos”. Na minha opinião:
– Devia manter-se a questão do tempo de serviço no público, embora dentro da lei do trabalho, mínimo 3 contratos e não pelos 10 anos, uma lista graduada nesses termos. (Ressalvo que tenho mais de 10 anos, mas lei é lei, em princípio é a única garantia de equidade.)
– A liberdade de escolha na manifestação de preferências pelos QZP atuais (nunca país inteiro).
– Entrando no quadro nunca ficar numa posição de precariedade, tal como está definido neste momento.
Quem está agora em QZP está aterrorizado com a invasão de meia-dúzia de novos vinculados, mas não tem motivo para isso. Primeiro porque serão poucos, segundo porque injustiças sempre existiram. Por exemplo, conheço pessoas que no último concurso vincularam com 30 dias de serviço no público.
Sobre as negociações e o processo da “vinculação – concurso externo” tenho a dizer que muita coisa não bate certo, a começar por uma vinculação extraordinária num ano de crise (passaram tantas oportunidades em vão numa legislatura em que se esbanjou em centros escolares de luxo), desconfio de tanta negociação só por meia-dúzia de contratados… Agora com esta ideia genial de alteração dos QZP começa a fazer-se luz, pelo menos para mim, parece-me bem que este “extra” traz muita água no bico para todos os grupos e grupinhos. Parece-me também que no limite serviremos de troca para interesses superiores. Lembram-se daquele texto “primeiro levaram os pretos, mas eu não me importei, não sou preto (…) até que um dia levaram-me a mim, porque já não havia mais ninguém para levar)?
Estado de alerta precisa-se, meus amigos…