Sublinhando que a maioria passará pelos professores.
Mas podemos sempre acreditar que existirá uma vinculação ultra-extraordinária.
Governo quer reduzir a metade número de contratos a prazo no Estado
(…)
Na proposta de legislação entregue esta segunda feira aos sindicatos da função pública, o Executivo exige que, “até 31 de Dezembro de 2013, os serviços e organismos das administrações, directa e indirecta do Estado, regionais e autárquicas reduzam, no mínimo, em 50% o número de trabalhadores com contrato de trabalho a termo resolutivo e ou com nomeação transitória existente em 31 de Dezembro de 2012, com exclusão dos que sejam cofinanciados por fundos europeus”.
Isto significa que metade dos trabalhadores do Estado com contrato a prazo não deverão ver o seu vínculo renovado no decorrer do próximo ano.
A entrada no quadro não será uma perspectiva realista tendo em conta o congelamento de admissões actualmente em vigor.
A administração central (incluindo os hospitais EPE) tinha 85.640 trabalhadores a termo em Junho passado. A maioria sob a alçada dos Ministérios da Educação (perto de 51 mil), da Saúde e da Defesa.
A menos que o plano seja empurrar muita gente para a aposentação com brutais reduções… ou ficar até toda a sanidade se esvair…
Governo antecipa aumento da idade da reforma para 65 anos na função pública
Outubro 8, 2012 at 8:12 pm
Mas existem dúvidas?? A vinculação extraordinária que abarcara+a quando muitos umas centenas será apenas um docinho ..isto se a mesma vier mesmo a acontecer..eu tenho algumas dúvidas..mas depois virá o dilúvio..
Outubro 8, 2012 at 8:17 pm
E aos 65 anos reformam-se com que % do vencimento?
Outubro 8, 2012 at 8:18 pm
65 por cento presumo…isto se lá chegar…
Outubro 8, 2012 at 8:21 pm
Na Educação, como sabemos, os contratados são, maioritariamente, jovens, na casa dos 20 e 30, logo não há reforma nenhuma.
A questão é simples: o que vão fazer 40 mil profissionais da Educação? Emigrar? Converter-se a…?
Outubro 8, 2012 at 8:25 pm
Para este tipo de “despesa pública” há presteza e vontade de agir.
Agora para a outra, para a despesa pública com as rendas e os contratos ruinosos a favor dos empreendedores-estato-dependentes-mas-liberais, vai-se adiando e assobiando para o lado.
Trata-se de um dado político que tem que ter uma resposta política – uma mudança de política.
Outubro 8, 2012 at 8:36 pm
Há ainda assim tantos contratados (no ensino)?
Esta gente para além de lunáticos são mentirosos e ignorantes…
Outubro 8, 2012 at 8:40 pm
Esqueçam a reforma. Cuidem-se, façam desporto, comam legumes, não fumem, não bebam e esperem por morrer a trabalhar.
Outubro 8, 2012 at 8:52 pm
AH E JÁ AGORA COMPREM O CAIXÃO A PRESTAÇÕES…NUNCA FIANDO…
Outubro 8, 2012 at 8:55 pm
A população não pode aceitar nem permitir que estes políticos levem a deles avante.
Ninguém faz nada para acabar com a verdadeira despesa pública, a dos contratos ruinosos, blindados e outros que tais (fundações Mário Soares e etc e tal).
Este discurso que impingem às pessoas, de que a despesa são as próprias pessoas, cheira mal que tresanda.
É absolutamente imoral continuarem a querer fazer desta a sua bandeira, quando todo o país sabe quais são as verdadeiras gorduras do estado.
Talvez queiram acreditar naquele ditote que diz que uma mentira dita muitas vezes torna-se verdade, mas querer fazer de uma mentira uma verdade quando toda a gente sabe da mentira é demasiado baixo.
Políticos assim são a vergonha de um país e cabe ao povo não deixar que esta gente continue a fazer e a dizer o que quer.
Os políticos existem para servir o país, a população, e não para se servirem a eles próprios.
Afinal, quem manda??
Outubro 8, 2012 at 9:02 pm
Fui um dos defensores da vinda da troika, pensando que eles conseguissem fazer com o poder político deixasse de estar refém do poder financeiro e de algum poder económico.
Claro que esperava uma reforma estrutural que não passasse apenas pela redução de salários e subida dos impostos. Afinal Isto é só o que os jotas sabem fazer.
A continuar assim passo a defender a saida da zona euro, o regresso do escudo, o não pagamento da dívida, a aposta em parcerias com angola, moçambique e brasil, o expulsar e o expoliar dos responsáveis por esta crise, o financiamento com recurso ao capital de pequenos e médios investidores em titulos de tesouro, (…)
Portugal não tem saída;
Portugal foi vendido aos banqueiros;
A europa está nas mãos da goldman sachs;
O poder político está refém de um eventual estado federado soberano;
Os povos dos países do sul da europa estão fod…. nas próximas décadas.
Vamos mas é seguir o exemplo da islandia, já que não podemos seguir bem o exemplo do equador
Outubro 8, 2012 at 9:10 pm
#9 Concordo plenamente consigo. Que se passa com este Povo ? Incapacidade de discernir? Enviesamento mental perante o óbvio?
O teor do seu post deveria ser tomado como declaração pública do sentir eda vontade nacional e inscrito, em letra garrafal, arvorado insistentemente, em todos os espaços públicos.
Urge!
Maria Nobre
Outubro 8, 2012 at 9:11 pm
#10
Pois eu sempre achei, e escrevi-o diversas vezes, que erravam aqueles que viam nos troikos uma espécie de justiceiros moralistas que vinham ensinar aos indígenas as artes de bem governar.
Que vinham finalmente corrigir este povo dos confins da Lusitânia que, já os Romanos se queixavam, “não se governa nem se deixa governar”…
Ora a troika só quer que as dívidas antigas do país continuem a ser escrupulosamente pagas e as contas públicas mantidas de forma a garantir o pagamento futuro do que nos emprestam agora.
Constava do acordo que o equilíbrio orçamental deveria ser conseguido com 2/3 de cortes na despesa e 1/3 de aumento de impostos. O governo está a fazer o contrário; parece-vos que a troika se rala com isso? Desde que o dinheiro apareça de uma forma ou de outra, e que os cortes, ainda que cegos, se façam, querem lá eles saber do resto…
Outubro 8, 2012 at 9:11 pm
A redução de professores já foi feita. Agora vão atacar sobretudo nos administrativos e auxiliares. Eventualmente, uma pequena redução dos prfs contratados, mas nao é especialmente por aí.
Veremos.
Outubro 8, 2012 at 9:19 pm
#12,
Isto não tem a ver com a troika ou menos troika.
isto resulta de uma opção ideológica de alguns think tank de teóricos “emílios” de aviário.
Vai por mim que vislumbrei alguns espécimes…
Outubro 8, 2012 at 9:31 pm
TT és optimista..by te way vi-te por lá nas Caldas..PENSEI QUE ERAS UM HOMEM..GOSTEI DE TE OUVIR EMBORA DISCORDE DE ALGUMAS COISAS…
Outubro 8, 2012 at 9:46 pm
#14
Precisamente.
É uma opção ideológica, claro. Mas que não é assumida como tal. Usam as supostas imposições da troika para fazer valer a ideia de que são obrigados a ir por este caminho, e que até vão contrariados…
Ainda há bocado ouvi o rapazola que puseram à frente deste desgoverno a dizer que também era contra o aumento de impostos, mas tinha que ser…
Outubro 8, 2012 at 9:48 pm
Corrijo:
Ainda há bocado ouvi o rapazola que puseram à frente deste desgoverno, com uma desfaçatez que lhe desconhecia, a dizer que também era contra o aumento de impostos, mas tinha que ser…
Outubro 8, 2012 at 9:52 pm
#16,
Rapazola por rapazola também o anterior era quando lá chegou.
Não é por aí que chegas a algum lado.
A parte da adjectivação é sempre uma tentação, mas eu prefiro outra forma de lá chegar… mais substantiva, se me permites.
E mantenho algo “esquisito”: era tempo desta deriva ter o seu tempo e fracassar.
Outubro 8, 2012 at 10:21 pm
#15
Bully, tu foste às Caldas e não foste capaz de dizer nada? Nem uma ctacaozinha, nada? Isso nao se faz!
🙂
Outubro 8, 2012 at 10:24 pm
Está cada vez mais evidente que o governo tem feito uma leitura politicamente selectiva e um aproveitamento ideológico do acordo com a troika.
Uma política de austeridade selectiva, incidindo preferencialmente sobre os sectores ligados ao estado e ao funcionalismo e, paralelamente, uma agenda ideológica própria travestida de “imposição externa”.
A narrativa ideológica global, de legitimação, por sua vez, insiste na “inevitabilidade” (para não dizer “infalibilidade”) desta política, insistindo na falácia da “ausência de alternativas”, quando estas vêm logo no memorando da troika, que aponta para um maior esforço (cerca de 2/3, como já referiu o A.Duarte) no corte das despesas do estado, em detrimento dos impostos.
Outubro 8, 2012 at 10:32 pm
Ó Farpas, e o que é que significa reduzir despesas do estado? Extinção de serviços e despedimentos, obviamente.
Entre impostos loucos e despedimentos em barda, eu confesso que, apesar de tudo, se a coisa for temporária e curtinha, prefiro contribuir com mais de 6 meses de trabalho para salvaguardar postos de trabalho. Bem sei que não é uma escolha racional, mas às vezes gosto de dar unsares de stuar mill e, balancando, privilegiar a emoção
Outubro 8, 2012 at 10:46 pm
O único comentário possível: SOCORRO
Outubro 8, 2012 at 10:48 pm
Por acaso subscrevo o adjectivo “rapazola” usado pelo António Duarte em #16 e #17. Acho-o, neste contexto, pleno de substância…
Outubro 8, 2012 at 10:59 pm
tt,
As despesas contraídas pelo estado mais ruinosas e irracionais – até porque correspondem a cedências democratica e moralmente ilegítimas aos grandes interesses que dele se alimentam – prendem-se com as rendas no sector energético e com os encargos das PPP e fundações.
Não atacar decididamente, prioritariamente, esta vertente da dívida pública é uma opção política, que deve ter uma leitura ideológica, e das quais se têm que retirar as devidas consequências.
No que toca especificamente à Educação, poupar neste sector ” é a maneira mais estúpida de poupar” (VGM).
Porque deve haver aqui, como em tudo o mais, uma política estratégica, uma visão de médio e sobretudo de longo prazo, que deve enquadrar e orientar a contenção do défice e da despesa pública, sob pena de esta se tornar um fim em si mesma, não trazendo mais do que a espiral recessiva que está à vista.
(Sempre me pareceu que o discurso de tt não podia ser senão de uma mulher, isto sem intenções machistas 😉 ).
Outubro 8, 2012 at 11:01 pm
Não pensem, como alguns querem fazer crer, que a maior despesa do estado são os salários! É falso.
Isso é o que eles querem que nós pensemos.
O Orçamento Geral Estado está disponível para ser consultado.
Outubro 8, 2012 at 11:17 pm
Outra aspecto fundamental, que o discurso ideológico dominante quer deixar na sombra, reside no facto de o maior encargo da dívida pública vir dos juros a que a mesma está sujeita, o que convém, com facilmente se depreende, acima de tudo à banca.
Por exemplo, em Itália, a dívida pública não está dependente dos juros usurários da banca, mas dos depósitos das poupanças das familias, pagando os juros a que estas teriam normalmente direito.
Outubro 8, 2012 at 11:21 pm
Gostava de ver nascer um site ou um blogue sério, onde as pessoas participassem devidamente identificadas, não se escondendo atrás de nicks e avatares e se discutissem abertamente os grandes temas da atualidade política.
Um site/ blogue com uma capacidade de crescimento e partilha ao nível do facebook e que fosse representativo da vontade do povo, capaz de gerar consensos e tomada de decisões e ações públicas.
Poderia ser o princípio do fim desta forma errónea de fazer política.
PS: por onde andam os nossos génios informáticos?
Outubro 8, 2012 at 11:32 pm
#24,
🙂
Muita perspicacia!
Estragou tudo com essa do “isto nao é machismo”. .. 🙂 🙂
As ideias nao têm genero. Nem o conhecimento. Nem a experiência da vida.
Outubro 9, 2012 at 12:29 am
Está bom de ver que não será VINCULAR esses contratados mas meramente mandá-los para a rua, semprre o caminho mais fácil (o que não requer conhecimentos nem sabedoria nem mero bom senso!).
Outubro 9, 2012 at 12:30 am
Fora de post mas com suco que andará aí nos próximos tempos:
http://margarida-alegria.blogspot.pt/2012/10/afinal-este-coelho-tambem-aprecia.html
saído há pouco da caçarola…
Outubro 9, 2012 at 1:32 am
O tt saiu do armário. Lol.
Outubro 9, 2012 at 2:18 am
A tt colocou o dedo numa das feridas, o doente doeu-se. Está velho e intratável, já não tem cara de tantas que tomou.
A culpa é dos outros.
Outubro 9, 2012 at 12:39 pm
Cada Povo tem o que merece! Agora vem para aqui carpir as mágoas!?!? Apenas “bocas” e “ocas” ! Estão surpreendidos que os colegas não façam nada?! Porquê? Doutrinação e amestração distilada dia-a-dia em blogues como este! Ação?! ZERO! Porque são os sindicatos que não sei o quê, porque são os movimentos de professores com nãoseioquê, porque, porque, porque…
Como dis o Cão Danado, só me apetece fugir! Não dos governantes traidores, mas da falta de intervenção cívica REAL desta classe esfrangalhada e moribunda, quais carneirros para o holocausto redentor que aí se adivinha.
ZEERO!
Outubro 10, 2012 at 11:21 am
Ao ler todos estes comentários, há uma ideia de fundo que sobressai: é necessário cortar naquilo que são as verdadeiras gorduras (já aqui enumeradas por várias pessoas) e não no que é essencial para o nosso país (também já aqui referido, não é necessário repetir). A esta ideia inicial surge logo colada uma outra: isto é mera opção ideológica política. Então, alguém me esclareça, já que toda a gente já constatou isto, porque é que os partidos que ao longo destes anos todos foram responsáveis por esta situação, partidários todos de uma mesma ideologia (senão não a teriam concretizado – e não me venham dizer que a culpa é só do PS ou do PSD, pois ambos estiveram no poder nos anos em que nos fomos afundando, e nas culpas de uns outros foram coniventes e nada fizeram para mudar), como é que são estes mesmos partidos a estar à frente nas sondagens? Se as eleições fossem hoje, será que ganharia um partido que nunca tenha estado no poder? Não. Não me venham com tretas, que todos se queixam, mas continuam a votar nos mesmos. Não é por mudar a cara do líder que muda a ideologia e a máquina partidária.