Há um deputado do PSD por Viseu, Pedro Alves de seu nome e alegadamente professor do Ensino Básico e Secundário, de quem brotou esta pérola que transcrevo (por pérola refiro-me tanto à forma de atropelar a língua portuguesa como aos erros factuais de conteúdo):
Que este tipo de discurso surja em opinador pouco versado na matéria (caso de Henrique Raposo no Expresso de hoje) já é coisa habitual.
Agora em quem se afirma professor é mais complicado.
Porquê?
Porque a conversa fiada da inexistência de Ensino Profissional, que agora teria sido introduzido pelo Governo revela uma de duas coisas… ou ignorância profunda do sector de que será (?) profissional ou uma grosseira manipulação dos factos.
Uma coisa é denunciar a forma deficiente como funciona o chamado Ensino Profissional, nas suas diversas vertentes. Ou seja, questionar a qualidade. Outra é falar na sua própria inexistência…
Vejamos as estatísticas das matrículas no Ensino Secundário para 2010-11 (não tenho aqui perto as de 2011-12):
Se o professor-deputado Pedro Alves se der ao trabalho de fazer as contas, entre cursos profissionais, de aprendizagem, CEF e EFA, houve 163.566 alunos matriculados o que representa 39% do total e 44% se retirarmos os RVCC.
O que está longe da inexistência, percebe, caro deputado-professor Pedro Alves?
Já agora, é professor exactamente de quê?
Agosto 25, 2012 at 3:00 pm
Mentecaptos ha muitos e brotam como cogumelos.
Agosto 25, 2012 at 3:17 pm
“Com o aumento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano …”
Será? Não é até aos 18 anos de idade?
Tenho alunos nos cursos EFA que escrevem melhor que este ilustre cavalheiro.
Agosto 25, 2012 at 3:28 pm
Pouca vergonha. Ainda há quem defenda que esta geração de políticos não é do mais baixo que a partidarite conseguiu parir!
Embora também seja verdade que todos os ministros da educação andam há décadas a “inventar” os cursos profissionais, já que não sabem inventar mais nada.
Quanto ao (não) saber escrever, por onde andará a Popota? A fazer algum curso de escrita criativa?
Agosto 25, 2012 at 3:46 pm
O problema dos pulitukus cá do burgo é uma explosiva conjugação de falta de visão, tacanhez e ignorância brutal. A Filândia e outros países não chegaram à excelência na educação mudando sistematicamente tudo em cima do joelho sem uma direcção definida (não chega atirar umas postas de pescada pseudo anti eduquês para resolver os problemas). Nuno Crato ficará certamente conhecido como o Grande Coveiro da Educação Portuguesa porque são disparates atrás de disparates.
Agosto 25, 2012 at 4:16 pm
O Dr. Paulo é perito em demagogia, ou seja, na MENTIRA.
O Dr. Paulo afirma ser Professor, mas desconhece a FRAUDE de um pseudo-ensino profissional existente na Escola Publica e afirma (com total desplante e falta de vergonha) que “…cursos profissionais, de aprendizagem, CEF e EFA, houve 163.566 alunos matriculados o que representa 39% do total e 44% se retirarmos os RVCC”
Dr. Paulo tenha um pouco de vergonha!
O Dr. Paulo sabe bem a pouca-vergonha que reina nestes cursos.
Já agora, sabe que existem Turmas CEF com 4 alunos ???? Ou desconhece?
Por acaso conhece os níveis de desempenho destes alunos (ilustres representantes dos ditos pseudo-cursos profissionais)?
Dr. Paulo ser coorporativista é uma coisa. Ser miope é coisa bem diferente.
Agosto 25, 2012 at 4:21 pm
estou pasma,
mas esta gente vive mesmo num mundo paralelo, só podem, isto é uma demência política, doença altamente contagiosa entre alguns iluminados!!!!
Agosto 25, 2012 at 4:49 pm
#5
Parece-me que a D. Emília é que não soube ler o que o “Dr. Paulo” escreveu.
Aquilo que afirma ou insinua é que parte do ensino profissional que existe actualmente não tem qualidade, o que Paulo Guinote não contraria.
Agora uma coisa é dizer que o que existe é mau, outra coisa é dizer que o que existe é inexistente. Custa assim tanto entender, ou vale tudo para defender a política sem norte de alguém que achou que bastava ser “anti-eduquês” para ter uma política educativa definida?
Por outro lado, chamo a atenção, a quem se preocupa com a falta de qualidade, que dizer que quer ter para o ano 50% dos alunos matriculados no ensino profissional também não dá, só por si, qualquer garantia de qualidade a coisa. Antes pelo contrário…
Agosto 25, 2012 at 5:00 pm
Também é verdade, como diz o #3, que já enjoa esta cantilena da reinvenção sucessiva do ensino profissional, alegadamente destruído pelos governos do pós-25 de Abril.
Fossem um bocadinho honestos consigo próprios e com os outros, e assumiriam que o entusiasmo de todos os partidos do “arco governativo” pelo ensino profissional tem sido directamente proporcional aos financiamentos comunitários que este subsistema educativo permite obter.
Porque a verdade é que o ensino centrado na prática profissional exige aulas práticas, logo turmas mais pequenas, laboratórios, oficinas, materiais, estágios e por aí adiante. Em suma, fica bastante mais caro do que o ensino de papel e lápis. Mas se forem os outros a pagar…
Quando os dinheiros da UE acabarem, veremos subitamente todos estes pedagogos da treta a bramar contra a “fraude” e a “ineficácia” dos cursos profissionais e a defender, com outro nome que entretanto hão-de inventar, o “ensino unificado” do final dos anos 70…
Agosto 25, 2012 at 5:02 pm
#5,
Mas eu sou míope, dona Relvette!
Ou será que a dona Relvette não passa de um daqueles putos relvettes que eu vislumbrei um par de dias, à beira da mesa do(s) senhor(es)… salivando…?
Já agora… sabe a dona Relvette que até me foi endereçado um convite acerca desta matéria?
Não pelo MEC, entenda-se…
Será que, sabendo isso, o despeito lhe assomou o verniz?
Fraudes são certas licenciaturas… e outras coisas que não vale a pena estarmos aqui a desmontar.
Quando me chamar “mentiroso”, não se esqueça que foi o MEC que quis que metade dos alunos se matriculassem na “fraude” já este ano.
E para si… já lhe expliquei, sou “professor doutor” porque mesmo que seja daqueles putos de aviário que foram fazer o MBA lá fora e esmolam apoios ao ministro Álvaro, há que manter distâncias e tratar-nos com respeito, dona Relvette.
Quanto ao “convite”… informe-se… foi feito a nível bem alto e com testemunhas…
Agosto 25, 2012 at 5:08 pm
Já agora, o que é “coorporativista”?
Sou de uma corporação em forma de cooperativa?
Já agora… será interessante que este comentário da “dona Emília Relvette” seja levado ao MEC para que lá se perceba que nas próprias hostes há quem ache uma fraude o que o ministro anunciou como desejável.
Desorientação em grande aceleração…
😆
Agosto 25, 2012 at 5:29 pm
O problem dos deputados professores é antigo e tem atravessado as legislaturas.
Ficam deslumbrados com a posição e, muito mais importante, com o vencimento e as mordomias. Por isso há que dizer amen a tudo e, se possível, “ir para além da troika” que é como quem diz, ser mais papista que o papa e aproveitar todas as oportunidades para beijar a mão ao dono.
Foi assim com o ps, é assim com o psd e há-de ser sempre assim enquanto os profesores ganharem mal e, por via disso (e da falta de ossinhos na coluna), se prestarem a estes servicinhos.
Tenho nojo da maioria dos deputados que “nos representam” e mais nojo ainda dos que se afirmam nossos colegas. Já nem falo dos que pululam nas direções gerais e regionais e que não perdem uma oportunidade para nos enterrar.
Agosto 25, 2012 at 6:12 pm
Esta Emília “Relvette” é mesmo um cromo tão grande quanto o seu colega deputado Pedro Alves. Esta gente não tem qualquer pudor em propagandear a sua ignorância, desde que isso possa servir para dar brilho às botas dos “senhores a quem servem”. Desconhecem o Ensino Profissional, desconhecem o excelente trabalho, e, os excepcionais resultados em alguns Cursos e Escolas deste país. Desconhecem que o seu Ministro deu e quer continuar a dar fortes machadadas nas condições exigíveis para a obtenção de resultados de excelência nas Escolas. Desconhecem que o seu Ministro despreza os professores, e, lhes nega as condições mínimas para que possam desenvolver o seu trabalho com dignidade. Enfim estes peralvilhos denotam bem a escola que frequentam, e, à saciedade a ignorância de que são portadores.
Agosto 25, 2012 at 6:35 pm
#5
Emilinha, parece que o Dr Caramujo também lhe deu a pílula falante em dose dupla …
Até eu, que sou míope e tenho reserva marcada na casa amarela, consegui inteligir o texto do post. Ouvi dizer que o Pingo Doce vai ter neurónios e filtros biliares em promoção, aproveite.
Agosto 25, 2012 at 7:58 pm
#0
“Já agora, é professor exactamente de quê?”
Professor Doutor Paulo, o Pedro Filipe dos Santos Alves é precisamente professor do grupo 300 – Português e o seu nome aparece nas listagens de DACL do ano passado.
João, MSc., PhD.
Agosto 25, 2012 at 8:10 pm
God!
Professor de Português e escreve tão mal?
Agosto 25, 2012 at 8:16 pm
Mas as matrículas para “este ano” não foram já em Julho?
E foi só na minha escola que não permitiram a abertura daqueles cursos profissionais, supostamente mais necessários,uma vez que os professores que leccionavam as disciplinas da componente técnica (por exemplo, Mecatrónica) eram formadores externos e a escola não tinha professores do quadro para leccionarem essas disciplinas? No entanto, a escola está agora equipada com uma oficina para mecânica de automóveis que ainda nem sequer foi estreada…
Agosto 25, 2012 at 8:40 pm
Vá lá, não gozem com a Milita.
Não podemos andar a exigir apoio para os alunos com desvantagens e depois atacarmos os adultos com handicaps semelhantes. 😉
Agosto 25, 2012 at 8:44 pm
#14,
O que torna tudo ainda mais grave…
Nem punha em causa a questão do grau académico, mas da disciplina…
Agosto 25, 2012 at 9:58 pm
#18
Eu por acaso questiono se ele alguma vez deu aulas… a avaliar pelas legislaturas e pelos cargos que ocupou enquanto esteve fora da Assembleia, será que teve tempo?
Agosto 25, 2012 at 10:43 pm
Fui colega do Pedro Alves na Sertã, no ano letivo 2005/2006. Lembro-me perfeitamente dele, apesar de (ele) estar grande parte do tempo de atestado (doenças!!!). Não me posso esquecer da justificação que ficou em ata, no final do 3.º período, pelo facto dos alunos a quem ele dava apoio, não terem melhorado o seu desempenho: “Os alunos não atingiram as competências e não melhoraram o seu desempenho devido à falta de assiduidade do professor”. É verdade, não deu nenhuma aula no 3.º período.
Professores destes, não fazem falta.
Armando Lopes (professor do grupo 550 – Informática, agora a leccionar em Paredes em Coura).
Agosto 25, 2012 at 10:59 pm
E assim fica tudo dito, caro Armando Lopes.
Obrigado pelo seu testemunho.
Agosto 25, 2012 at 11:18 pm
#20,
Tem a certeza de que a pessoa que conheceu na Sertã é o autor da pérola?
Certeza absoluta?
Agosto 25, 2012 at 11:35 pm
#9 – 10
O Dr. Paulo anda inquieto e arrogante na forma como trata os outros. Vá se lá saber as razões de tanta inquietude!
Estou certa que, muito em breve, vamos todos conhecer os motivos desta agitação.
De todo o modo, não deve fazer dos seus colegas uns “tontos”, mentindo descaradamente sobre a realidade vivida nas Escolas Públicas. Sei que tudo o que diga respeito a sector privado lhe causa ampla confusão e náuseas. Sei também que o Ensino Profissional para si deve ser algo relacionado com a preparação de jovens para o desemprego.
O Dr. Paulo ainda está de férias. Tenha calma. Fique tranquilo.
Agosto 26, 2012 at 12:26 am
#23
Todas as trafulhices que se fazem a favor do privado e contra a escola pública também me deixam inquieto, arrogante e muitas das vezes mal educado. Sobretudo com lambe botas que não têm onde cair mortos.
Agosto 26, 2012 at 2:16 pm
#23 Emilia devia ser despedida(o) e receber RSI
Agosto 26, 2012 at 2:16 pm
Quanto ao deputado deveria tb ser demitido com justa causa e banido da FP.
Agosto 26, 2012 at 3:04 pm
#23,
Sou arrogante com quem é desonesto(a).
Dona Emília Relvette é alguém que mente despudoradamente, acusando os outros disso.
A inquietação é mínima.
Apenas a falta de paciência para com a desonestidades.
O que o MEC propôs é claro. Metade dos alunos, já em 2012-13, no Ensino Profissional e o professor-deputado perorou como se isso fosse a “introdução” do Ensino Profissional na Escola Pública.
Não é.
Quanto ao resto, dificilmente se achará quem aqui tenha falado sobre as maleitas do Ensino profissional, CEF, EFA e essas coisas.
Que se queira agora – e eu lembro-me do que Nuno Crato TAMBÈM dizia sobre elas – que essas coisas se tornem metade da oferta educativa é ridículo.
Que há estudos a ser feitos com números e médias? Sei! E até sei que certamente se acharão as conclusões “certas” porque as “encomendas” estão a seguir a lógica dos tempos “capuchos”.
Aliás, o maior perigo é pedir coisas com conclusões não definidas à partida.
A Dona Emília Relvette, que cada vez mais me parece um daqueles miúdos (ou será um certo graúdo?) à espera das migalhas na mesa que outros não querem frequentar.
Setembro 27, 2012 at 10:34 pm
# 16
Onde é que se situa essa escola. Poderá interessar-me pois poderei entrar em horário zero e ando na mecatrónica há alguns anos (muitos).