Outra vez?!
Para corrrigir as anteriores?
Por isso a Helena Buescu, a Regina Rocha, etc tinham um artigo de opinião hoje no Público a defender a bondade das Metas que segundo eles não colidiam com os Programas! 😦
Só li na diagonal e à velocidade Obikwelu, para não me irritar logo cedo.
^Bem, vamos lá a espreitar isso.
Obrigada…
#6 NP66
Hummmm…não me parece.
Deviam já ter na manga umas alteraçõezitas a alguns detalhes mal feitos de propósito.
E alteram esses, deixando muitas outras proposts de lado. Com aquele Timing não pode ter sido de outra forma. Fingem que consultam, como já faziam no tempo da´Benavente e outros. Como poderemos confirmar quais eram os aspectos mais criticados pelos docentes?
#9
Exacto!
E estive eu, com o meu coordenador, a coligar todos os contributos recebidos dos nossos colegas… não sei para quê!!!
Se calhar “ficámos bem na fotografia”! 🙂
Desde logo, fica abismado com o dirigismo: 5 poemas do autor X desta lista de 10. E se o 11 é mais adequado à aprendizagem da Constelação de Cassiopeia?
E a colocação da poesia trovadoresca no 8.º ano, caída do céu, sem qualquer enquadramento, como os demais textos aliás?
E os manuais adotados, que não contemplam esta trampa?
Estou de férias. Só vou ler e pensar nisso em Setembro. Que me perdoem os miúdos, que vão continuar a ter pela frente um professor de EVT, mas esta cambada não me merece mais que isso.
As metas de Português são lindas, são. E acho lamentável o direccionismo ao quilo: 2 poemas de fulano, 4 de beltrano, 3 de cicrano.
Andaram os professores de Português, nos últimos 3 anos, em formações obrigatórias sobre os novos programas, a perderem horas e horas do seu tempo para nada. Além disso,
ainda há 2 meses tivemos de adoptar manuais para 6 anos que não contemplam grande parte do que as metas apontam. Nem tenho adjectivo para qualificar esta vergonha. Ninguém faz ideia do que anda a fazer e os garotos e nós é que temos de aguentar os experimentalismos e a incompetência.
Antes de mais, obrigado por disponibilizar as Metas.
Ainda não abri as de Português, as que me interessam, mas não me parece correto dizer que se vai deitar fora, etc… Na verdade, o que se relaciona com escrita, oralidade e leitura e está no PPEB, já se viu na versão provisória que se mantém tudo, as mesmas perspetivas didáticas. Na gramática é que aparecem as anualizações, o que é bom. Havia, contudo, erros científicos e desvios do DT. Vamos ver. Há depois aquela coisa da ‘leitura literária’: aqui é que estou com curiosidade de ver o que mudaram, se mudaram… Porque o que era proposto era frequentemente aberrante: gente da terceira idade a querer regressar a leituras literárias no 3º ciclo que já nem no secundário existem, como certos poemas de Sá de Miranda. Não lembra ao diabo. Outra coisa boa que as Metas trouxeram foi a certificação dos manuais de Português: o de 9º já será certificado. Não sei é por quem, mas atenção a algumas entidades de obscuras escolas superiores de educação: não lhes vai faltar trabalho. Trabalho?
É lamentável as metas elaboradas para o 1º ciclo na área da matemática!
Nem uma alteração!!!
Eu gostaria que os colegas de matemática dessem uma olhadela e vissem se o que apresentam para trabalhar com miudos de 9 anos é normal ?..
Eu penso que parte de alguns ítens era dado no 5º e 6º ano.
Certamente que esta coisa irá gerar muitas dificuldades!!
Minha rica formação de 2 anos com 150 h em matemática!!..
Aulas assistidas por quem dava a formação..
Tanta palhaçada para quê??
Ensinaram-me uma coisa: Não me apanham tão depressa numa outra com os mesmos moldes..
Ensino como sei, na base de que o que estou a ensinar é por pouco tempo e é um saber provisório, descartável a qualquer momento..
Se assim não for dou em tontinha, pois o desprezo pela minha formação, pelos alunos e pelos professores é enorme!!
Que eu saiba, e posso estar enganado, as metas só entram em 2013-2014.
Das duas uma, ou estou cada vaz mais ignorante, ou a vossa predisposição (de todos) para o dizer mal gratuito tende para o infinito. Não há SNS que resista a este tipo de patologia.
28: não me parece mal, obrigado.
Quanto a esta versão das Metas – Português: uma vergonha! Erros científicos, por exemplo: desafio a que digam onde, no Dicionário Terminológico, se fala em oração subordinante! Mostrem! Não estudam e são pessoas reacionárias.
Mais: a decantada ‘Educação literária’: só aqueles textos é que dão acesso à tal educação? Fascismo puro: imposição dos gostos e desgostos de quem fez as Metas.
E, 29, que as Metas entrem agora ou logo, que importância é que tem?
De uma coisa sabemos: também hão-de desapareer, principalmente as imposições de textos literários. Vamos ver é quando.
Sobre textos literários ainda: que sentido terá colocar em alternativa textos narrativos de duas páginas e textos de trinta? Esta gente não bate da bola: Portugal no seu melhor. O Ministro de nada disto sabe, até deve acreditar nas orações subordinantes 🙂
Não sei o que é pior: a fobia castradora das Metas ou os disparates que por aqui leio sobre o DT. Eu acredito que os elementos subordinantes correspondem a orações, nos casos em que frase e oração são termos equivalentes; o Programa de Português também acredita, as gramáticas de referência acreditam…
Só tenho pena de partilhar uma crença que seja com o sr. Ministro!
31
Isto de DT não é propriamente uma crença individual 🙂 Mas ainda bem que o disse, assim temos a certeza do que vai por aí.
O que lá está é isto: ‘Subordinante: palavra, constituinte ou frase de que depende uma oração subordinada’ – B4.4
Não podem fugir a isto.
Quanto a estar oração subordinante no PPEB: está no programa de 2º ciclo, sim, e está mal, como muita coisa que por lá está; na formação da DGIDC vários erros foram apontados, este foi um deles. Não está no DT!
Gramáticas: veja se a Domínios, da Plátano fala em oração subordinante, vá ver. Claro que o inefável prof. Costa, autor do DT, aceitou colocar o nome na capa da ‘sua’ gramática como consultor científico: desse modo, ao aceitar nessa gramática a noção de oração subordinante, foi contra o que está no DT e por que ele é responsável.
A senhora «crê» porque não estuda, o DT tem exemplos muito claros.
Infelizmente, a senhora até é capaz de ser uma das autoras destas extraordinárias Metas que importaram a ‘educação literária’ segundo as ‘melhores práticas internacionais’ ah, ah!
Mais: para as Metas só há educação literária com aqueles textos literários que lá estão, pois impedem outros.
TENHAM VERGONHA!!!
P. S. Olhe a definição de oração do DT: ‘Designação tradicional para os constituintes frásicos coordenados e subordinados contidos em frases complexas’ – B4.4. Claro que pode crer sempre outra coisa. Haja fé! 🙂
Fiquem na consciência com o seguinte: deviam ter ficado anualizações da gramática. O resto vai provocar mais descrédito sobre o ensino do Português.
32
Entendeu-me mal, mas já me fez rir, nestes tempos turbulentos, com algumas afirmações que tece sobre o que faço ou o que penso. Considero as Metas uma aberração e fiz chegar a minha opinião no período de consulta pública, tal como o fiz em relação a questões mal resolvidas no PPEB.
Quanto às orações subordinantes, as gramáticas de referência não são as gramáticas escolares e o DT não é uma gramática nem a substitui. Para além disso, se ler a definição de frase complexa do DT verá que é um absurdo não considerar a existência de orações subordinantes. Ainda que não estejam presentes em todas as frases complexas com subordinação, surgem em algumas (habitualmente, as adverbiais condicionais, temporais, causais).
Cara colega, nestas que refere aquilo que subordina chama-se FRASE SUBORDINANTE! É que uma frase complexa já não é a que têm duas ou mais orações, como deve saber…
Quanto aos absurdos do DT: quem sou eu para os classificar como tal, se existem? Sou funcionário público, já fui professor 🙂
A melhor gramática no mercado chama-se Domínios, de certeza que conhece. Vá ver ao índice se está lá alguma oração subordinante…
Diga-me uma gramática de referência – será o famoso tijolo 🙂 – onde estejam as orações subordinantes. Mas não me traga uma do tempo da Maria Castanha… Já agora: fui ver uma dessas, de referência, Celso Cunha e L. Cintra: só nas adverbiais dizem que dependem de ‘outras orações’, p. 601. Há o cuidado de nunca referirem o termo ‘oração subordinante’, a menos que eu tenha visto mal. De qualquer modo, o ridículo nas Metas é aquela coisa do ‘dividir e classificar orações’. Nesta gramática os autores apontam sempre, somente, para as orações subordinadas, tal como nas provas do GAVE desde há muuito. Mas estas senhoras das Metas querem dividir alhos e bugalhos: já sabemos no que vai dar…
34
Mais uma vez, entendeu-me mal: usei a palavra «absurdo» não para qualificar o DT, mas sim a posição que defende.
No DT, a entrada sobre Frase Complexa diz o seguinte: Frase em que existe mais do que um verbo principal ou copulativo. As frases complexas são frases que contêm mais do que uma oração.
E por aqui me fico, porque tenho esta questão bem resolvida, ao contrário de muitas outras colocadas pelas Metas, e porque há problemas mais graves a ensombrarem o ensino nos tempos que correm.
Só uma nota final: a gramática que refere é interessante e teve como consultora uma pessoa que muito respeito e admiro. Na gramática que mais uso, a do Bechara (o «tijolo» não resolve os problemas dos professores do E. Básico) opta-se pela classificação mais tradicional de oração principal. Esta questão não é pacífica, até porque, aí estamos de acordo, uma subordinada pode estar dependente de várias coisas, difíceis de distinguir pelos alunos e, por isso, de baixo interesse pedagógico ao nível da classificação.
Concordâncias e discordâncias à parte, há uma característica que nos afasta e que me afasta em definitivo desta conversa: o tom utilizado.
Tanto trabalho para participar na discussão pública das metas!
Não li com atenção, mas parece-me que as alterações não foram nenhumas. Fica sempre bem dizer que os professores tiveram oportunidade de participar…
#27 Não desvalorize o que aprendeu e o que sabe, nem subestime a sua capacidade para aprender.
Repare que tudo isso é transparente para os miúdos… e não há pior do que um aluno perceber que o “mestre” não acredita no que faz. Não conseguirá incutir-lhes o gosto por aprender, se não o tiver em si.
Andamos assim, deprimidos e deprimentes, há algum tempo. Mas somos gente! Temos cabeça para pensar e, por enquanto, ainda temos liberdade para expressar a nossa opinião.
Claro que vale o que vale e, para este MEC, a opinião que consta em 178 pareceres foi escrupulosamente selecionada: o que do contra – lixo; o que é a favor – guardar-se para a posteridade.
#9 – Pois é, onde param esses 178 documentos?
Desconfio que se arrependeram do que fizeram com a “discussão ligeiramente mais pública” da revisão curricular…
O que está a acontecer é uma vergonha! Atiram areia para os olhos da opinião pública e atropelam os princípios mais básicos da democracia. Até nisso, estamos a regredir. Voltámos ao autoritarismo e, de mansinho, quando nem dermos por ela, chegou…
Agosto 3, 2012 at 10:23 pm
mas quanto meses durou a última invenção, e não há um balanço?
Againeeeee????!!!
Agosto 3, 2012 at 10:24 pm
As outras não li, as de ET são… simples.
Agosto 3, 2012 at 10:40 pm
Jeter.
Agosto 3, 2012 at 10:45 pm
já?
Agosto 3, 2012 at 10:48 pm
dejá?????
mas a que horas te levantas?
os gambozinhos não existem!
Não vás caçar pela alvorada!
Só fragas, para mostrares, estou cheia de saudades das minhas fragas 😦
Agosto 3, 2012 at 10:48 pm
Tiveram tempo para incorporar os contributos recebidos “da sociedade civil”? Não creio!
Agosto 3, 2012 at 10:48 pm
Outra vez?!
Para corrrigir as anteriores?
Por isso a Helena Buescu, a Regina Rocha, etc tinham um artigo de opinião hoje no Público a defender a bondade das Metas que segundo eles não colidiam com os Programas! 😦
Só li na diagonal e à velocidade Obikwelu, para não me irritar logo cedo.
^Bem, vamos lá a espreitar isso.
Obrigada…
Agosto 3, 2012 at 10:49 pm
é forró, é uma alegria
é o cúmulo da cagança
o ensino ao rebolão
a golpes de contradança
Agosto 3, 2012 at 10:53 pm
#6 NP66
Hummmm…não me parece.
Deviam já ter na manga umas alteraçõezitas a alguns detalhes mal feitos de propósito.
E alteram esses, deixando muitas outras proposts de lado. Com aquele Timing não pode ter sido de outra forma. Fingem que consultam, como já faziam no tempo da´Benavente e outros. Como poderemos confirmar quais eram os aspectos mais criticados pelos docentes?
Agosto 3, 2012 at 10:55 pm
#9
Exacto!
E estive eu, com o meu coordenador, a coligar todos os contributos recebidos dos nossos colegas… não sei para quê!!!
Se calhar “ficámos bem na fotografia”! 🙂
Agosto 3, 2012 at 10:57 pm
Desde logo, fica abismado com o dirigismo: 5 poemas do autor X desta lista de 10. E se o 11 é mais adequado à aprendizagem da Constelação de Cassiopeia?
E a colocação da poesia trovadoresca no 8.º ano, caída do céu, sem qualquer enquadramento, como os demais textos aliás?
E os manuais adotados, que não contemplam esta trampa?
‘Da-se!
Agosto 3, 2012 at 10:58 pm
# 10
Tens sorte: no meu departamento, népias! Ninguém falou nisso. Ainda bem, por um lado, pois a malta não perdeu tempo.
Agosto 3, 2012 at 11:11 pm
Este era absolutamente necessário e faz todo o sentido. Finalmente começamos a ver mudanças significativas em toda a lógica socratina.
Agosto 3, 2012 at 11:16 pm
#2 As de ET são uma cópia das metas curriculares de ET do 3º ciclo ((disciplina extinta por ordem se sua Exª. Crato)).
Agosto 3, 2012 at 11:17 pm
as de português, são uma obscenidade!!!! A coisa do cronómetro está lá againeeeeeeeeee ips!!!
Agosto 3, 2012 at 11:17 pm
As tic são boas! 10% dos tic não as sabe… 90% dos outros não as atinge! é lindo…
Agosto 3, 2012 at 11:19 pm
Agosto 3, 2012 at 11:23 pm
Agosto 4, 2012 at 12:14 am
#16: Hã?
Agosto 4, 2012 at 12:39 am
# 19
É linguagem TIC.
Agosto 4, 2012 at 12:48 am
Estou de férias. Só vou ler e pensar nisso em Setembro. Que me perdoem os miúdos, que vão continuar a ter pela frente um professor de EVT, mas esta cambada não me merece mais que isso.
Agosto 4, 2012 at 12:56 am
As metas de português continuam com os trovadores, mas pelo menos tiraram o Auto Da Barca… a ver com tempo os pormenores…amanhã!
Agosto 4, 2012 at 1:24 am
As metas de Português são lindas, são. E acho lamentável o direccionismo ao quilo: 2 poemas de fulano, 4 de beltrano, 3 de cicrano.
Andaram os professores de Português, nos últimos 3 anos, em formações obrigatórias sobre os novos programas, a perderem horas e horas do seu tempo para nada. Além disso,
ainda há 2 meses tivemos de adoptar manuais para 6 anos que não contemplam grande parte do que as metas apontam. Nem tenho adjectivo para qualificar esta vergonha. Ninguém faz ideia do que anda a fazer e os garotos e nós é que temos de aguentar os experimentalismos e a incompetência.
Agosto 4, 2012 at 1:36 am
Este Fernando que por aqui anda é o Ramiro!
Agosto 4, 2012 at 2:30 am
Há por aqui colegas a defender que sejam as editoras (ou os autores de manuais escolares) a definirem os conteúdos programáticos e não o Ministério?
Agosto 4, 2012 at 8:15 am
Antes de mais, obrigado por disponibilizar as Metas.
Ainda não abri as de Português, as que me interessam, mas não me parece correto dizer que se vai deitar fora, etc… Na verdade, o que se relaciona com escrita, oralidade e leitura e está no PPEB, já se viu na versão provisória que se mantém tudo, as mesmas perspetivas didáticas. Na gramática é que aparecem as anualizações, o que é bom. Havia, contudo, erros científicos e desvios do DT. Vamos ver. Há depois aquela coisa da ‘leitura literária’: aqui é que estou com curiosidade de ver o que mudaram, se mudaram… Porque o que era proposto era frequentemente aberrante: gente da terceira idade a querer regressar a leituras literárias no 3º ciclo que já nem no secundário existem, como certos poemas de Sá de Miranda. Não lembra ao diabo. Outra coisa boa que as Metas trouxeram foi a certificação dos manuais de Português: o de 9º já será certificado. Não sei é por quem, mas atenção a algumas entidades de obscuras escolas superiores de educação: não lhes vai faltar trabalho. Trabalho?
Agosto 4, 2012 at 8:45 am
É lamentável as metas elaboradas para o 1º ciclo na área da matemática!
Nem uma alteração!!!
Eu gostaria que os colegas de matemática dessem uma olhadela e vissem se o que apresentam para trabalhar com miudos de 9 anos é normal ?..
Eu penso que parte de alguns ítens era dado no 5º e 6º ano.
Certamente que esta coisa irá gerar muitas dificuldades!!
Minha rica formação de 2 anos com 150 h em matemática!!..
Aulas assistidas por quem dava a formação..
Tanta palhaçada para quê??
Ensinaram-me uma coisa: Não me apanham tão depressa numa outra com os mesmos moldes..
Ensino como sei, na base de que o que estou a ensinar é por pouco tempo e é um saber provisório, descartável a qualquer momento..
Se assim não for dou em tontinha, pois o desprezo pela minha formação, pelos alunos e pelos professores é enorme!!
Agosto 4, 2012 at 8:45 am
#26 Segundo soube, os grupos de certificação têm profs. das FL de Lisboa e Coimbra:
Agosto 4, 2012 at 9:35 am
Que eu saiba, e posso estar enganado, as metas só entram em 2013-2014.
Das duas uma, ou estou cada vaz mais ignorante, ou a vossa predisposição (de todos) para o dizer mal gratuito tende para o infinito. Não há SNS que resista a este tipo de patologia.
Agosto 4, 2012 at 10:30 am
28: não me parece mal, obrigado.
Quanto a esta versão das Metas – Português: uma vergonha! Erros científicos, por exemplo: desafio a que digam onde, no Dicionário Terminológico, se fala em oração subordinante! Mostrem! Não estudam e são pessoas reacionárias.
Mais: a decantada ‘Educação literária’: só aqueles textos é que dão acesso à tal educação? Fascismo puro: imposição dos gostos e desgostos de quem fez as Metas.
E, 29, que as Metas entrem agora ou logo, que importância é que tem?
De uma coisa sabemos: também hão-de desapareer, principalmente as imposições de textos literários. Vamos ver é quando.
Sobre textos literários ainda: que sentido terá colocar em alternativa textos narrativos de duas páginas e textos de trinta? Esta gente não bate da bola: Portugal no seu melhor. O Ministro de nada disto sabe, até deve acreditar nas orações subordinantes 🙂
Agosto 4, 2012 at 11:49 am
Não sei o que é pior: a fobia castradora das Metas ou os disparates que por aqui leio sobre o DT. Eu acredito que os elementos subordinantes correspondem a orações, nos casos em que frase e oração são termos equivalentes; o Programa de Português também acredita, as gramáticas de referência acreditam…
Só tenho pena de partilhar uma crença que seja com o sr. Ministro!
Agosto 4, 2012 at 1:14 pm
31
Isto de DT não é propriamente uma crença individual 🙂 Mas ainda bem que o disse, assim temos a certeza do que vai por aí.
O que lá está é isto: ‘Subordinante: palavra, constituinte ou frase de que depende uma oração subordinada’ – B4.4
Não podem fugir a isto.
Quanto a estar oração subordinante no PPEB: está no programa de 2º ciclo, sim, e está mal, como muita coisa que por lá está; na formação da DGIDC vários erros foram apontados, este foi um deles. Não está no DT!
Gramáticas: veja se a Domínios, da Plátano fala em oração subordinante, vá ver. Claro que o inefável prof. Costa, autor do DT, aceitou colocar o nome na capa da ‘sua’ gramática como consultor científico: desse modo, ao aceitar nessa gramática a noção de oração subordinante, foi contra o que está no DT e por que ele é responsável.
A senhora «crê» porque não estuda, o DT tem exemplos muito claros.
Infelizmente, a senhora até é capaz de ser uma das autoras destas extraordinárias Metas que importaram a ‘educação literária’ segundo as ‘melhores práticas internacionais’ ah, ah!
Mais: para as Metas só há educação literária com aqueles textos literários que lá estão, pois impedem outros.
TENHAM VERGONHA!!!
P. S. Olhe a definição de oração do DT: ‘Designação tradicional para os constituintes frásicos coordenados e subordinados contidos em frases complexas’ – B4.4. Claro que pode crer sempre outra coisa. Haja fé! 🙂
Fiquem na consciência com o seguinte: deviam ter ficado anualizações da gramática. O resto vai provocar mais descrédito sobre o ensino do Português.
Agosto 4, 2012 at 2:09 pm
32
Entendeu-me mal, mas já me fez rir, nestes tempos turbulentos, com algumas afirmações que tece sobre o que faço ou o que penso. Considero as Metas uma aberração e fiz chegar a minha opinião no período de consulta pública, tal como o fiz em relação a questões mal resolvidas no PPEB.
Quanto às orações subordinantes, as gramáticas de referência não são as gramáticas escolares e o DT não é uma gramática nem a substitui. Para além disso, se ler a definição de frase complexa do DT verá que é um absurdo não considerar a existência de orações subordinantes. Ainda que não estejam presentes em todas as frases complexas com subordinação, surgem em algumas (habitualmente, as adverbiais condicionais, temporais, causais).
Agosto 4, 2012 at 2:51 pm
Cara colega, nestas que refere aquilo que subordina chama-se FRASE SUBORDINANTE! É que uma frase complexa já não é a que têm duas ou mais orações, como deve saber…
Quanto aos absurdos do DT: quem sou eu para os classificar como tal, se existem? Sou funcionário público, já fui professor 🙂
A melhor gramática no mercado chama-se Domínios, de certeza que conhece. Vá ver ao índice se está lá alguma oração subordinante…
Diga-me uma gramática de referência – será o famoso tijolo 🙂 – onde estejam as orações subordinantes. Mas não me traga uma do tempo da Maria Castanha… Já agora: fui ver uma dessas, de referência, Celso Cunha e L. Cintra: só nas adverbiais dizem que dependem de ‘outras orações’, p. 601. Há o cuidado de nunca referirem o termo ‘oração subordinante’, a menos que eu tenha visto mal. De qualquer modo, o ridículo nas Metas é aquela coisa do ‘dividir e classificar orações’. Nesta gramática os autores apontam sempre, somente, para as orações subordinadas, tal como nas provas do GAVE desde há muuito. Mas estas senhoras das Metas querem dividir alhos e bugalhos: já sabemos no que vai dar…
Agosto 4, 2012 at 3:23 pm
Já que obrigam a estas metas, podiam abolir o tonto DT de uma vez por todas. Varrrer com a idiotice da TLEBS e, já a gora, do novo AO/90!
Agosto 4, 2012 at 4:49 pm
35
Tonto é quem não quer estudar e permanecer na mesmice toda a vida, acho eu de que 🙂
Agosto 4, 2012 at 7:24 pm
Bom… apreciei os últimos comentários do ora! e o que diz a profa?
OM
Agosto 4, 2012 at 8:33 pm
34
Mais uma vez, entendeu-me mal: usei a palavra «absurdo» não para qualificar o DT, mas sim a posição que defende.
No DT, a entrada sobre Frase Complexa diz o seguinte: Frase em que existe mais do que um verbo principal ou copulativo. As frases complexas são frases que contêm mais do que uma oração.
E por aqui me fico, porque tenho esta questão bem resolvida, ao contrário de muitas outras colocadas pelas Metas, e porque há problemas mais graves a ensombrarem o ensino nos tempos que correm.
Só uma nota final: a gramática que refere é interessante e teve como consultora uma pessoa que muito respeito e admiro. Na gramática que mais uso, a do Bechara (o «tijolo» não resolve os problemas dos professores do E. Básico) opta-se pela classificação mais tradicional de oração principal. Esta questão não é pacífica, até porque, aí estamos de acordo, uma subordinada pode estar dependente de várias coisas, difíceis de distinguir pelos alunos e, por isso, de baixo interesse pedagógico ao nível da classificação.
Concordâncias e discordâncias à parte, há uma característica que nos afasta e que me afasta em definitivo desta conversa: o tom utilizado.
Agosto 4, 2012 at 9:39 pm
Tanto trabalho para participar na discussão pública das metas!
Não li com atenção, mas parece-me que as alterações não foram nenhumas. Fica sempre bem dizer que os professores tiveram oportunidade de participar…
Agosto 8, 2012 at 11:11 pm
#27 Não desvalorize o que aprendeu e o que sabe, nem subestime a sua capacidade para aprender.
Repare que tudo isso é transparente para os miúdos… e não há pior do que um aluno perceber que o “mestre” não acredita no que faz. Não conseguirá incutir-lhes o gosto por aprender, se não o tiver em si.
Andamos assim, deprimidos e deprimentes, há algum tempo. Mas somos gente! Temos cabeça para pensar e, por enquanto, ainda temos liberdade para expressar a nossa opinião.
Claro que vale o que vale e, para este MEC, a opinião que consta em 178 pareceres foi escrupulosamente selecionada: o que do contra – lixo; o que é a favor – guardar-se para a posteridade.
#9 – Pois é, onde param esses 178 documentos?
Desconfio que se arrependeram do que fizeram com a “discussão ligeiramente mais pública” da revisão curricular…
O que está a acontecer é uma vergonha! Atiram areia para os olhos da opinião pública e atropelam os princípios mais básicos da democracia. Até nisso, estamos a regredir. Voltámos ao autoritarismo e, de mansinho, quando nem dermos por ela, chegou…