Não é de agora… vem de trás e com jeitinho e memória é tradição que os governantes se queixem do povo que governam, do país que dirigem.
Que está errado, que tem traços anacrónicos, que não acompanhou os tempos, que não é o que devia ser.
Não consigo encontrar ofensa maior para a inépcia desses mesmos governantes, queixarem-se por terem querido ser os pastores de um rebanho que desprezam, num campo que acham estar todo mal amanhado.
Em coerência, deveriam ser eles a emigrar para um povo melhor, um país mais adequado à sua grandeza imaginada.
Fevereiro 9, 2012 at 10:09 am
Num país com outra grandeza, evidenciava-se mais a sua pequenez.
E corriam o risco de ter de mostrar o que valem, sem a família, o partido, a loja ou a seita por detrás a amparar…
Fevereiro 9, 2012 at 10:25 am
Em boa coerência o bom governante seria aquele que deixaria o país afundar-se tanto quanto possível, para que ele perceba finalmente a sua maleita e encontre forma de se continuar. Se alguém pretende governar de boa fé sabe que não o pode fazer agora, numa altura em que, ao mesmo tempo que a mamadeira ainda pinga para os decanos da oligarquia, a população em geral não está ainda ciente das grandes mudanças que são necessárias. Por isso quem governar neste tempo ou é muito ingénuo ou está apenas a procurar amparo para a velhice e sustento para os vícios.
Fevereiro 9, 2012 at 10:41 am
Falta só a de fim de ano.
Fim de tolerância de ponto na Páscoa e no Natal não preocupa Igreja
Por Nelson Pereira, publicado em 9 Fev 2012 – 03:10 | Actualizado há 7 horas 28 minutos
A dois meses da Páscoa está por saber se o governo dará a habitual tolerância de ponto na tarde de Quinta-Feira Santa. Bispos sem reservas
Fevereiro 9, 2012 at 11:01 am
Creio que se está a exagerar, tanto no modo como no tempo, em relação a uma expressão pessoal, não sei se dirigida ao “rebanho” dos portugueses, ou antes a umas certa raça de ovelhas, com a qual o PG até nem simpatiza muito.
O PPC é um político mediano, de aviário, mas que responde a todas as exigências da Comunidade Europeia.
O actual estado do país decorre, em larga medida, dos velhos hábitos instalados que fazem parte da matriz cultural deste povo imposta pelas respectivas elites.
Continuamos a corresponder àquela avaliação antropológica de que nem nos sabemos governar nem tão pouco deixamos que nos governem.
De alguma maneira é uma marca de infantilidade e de desestruturação mental que nos tem mantido, enquanto povo, numa dimensão de dependência estrutural, de menoridade intelectual, de enfezamento político, tudo colmatado pela corrupção e pelo clientelismo político-mafioso que coloniza a cúpula do Estado e que mina toda a estrutura económica e social.
Neste quadro, insistir nesta versão de desencanto em relação a um mero burocrata que olha para o país com a visão de um gestor de um grande rebanho, não passa de um acto de masoquismo e de rendição à condição de ovelha.
Fevereiro 9, 2012 at 11:12 am
O homem quis fazer pedagogia (e falou na 1ª pessoa do plural, já agora); não chamou piegas a nínguém, sugiriu que não poderíamos sert (ele incluído).
Há umas décadas, um treinador de futebol incentivava os seus rapazes pedindo-lhes que se entregassem ao jogo que nem “Tarzões”. A chacota passou pelo neologismo, não pela afirmação de que o cavalheiro insinuava que os seus jogadores eram umas “janes”.
Fevereiro 9, 2012 at 11:22 am
E não será de acabar com os sábados e com os domingos também??? Tudo a trabalhar!!!
E férias para quê se não há dinheiro?
Fevereiro 9, 2012 at 1:15 pm
#4,
Até concordo com a argumentação.
Mas por outro lado, gosto de um certo nível de massacre ad nauseum..