(in)felizmente tive razão muito antes do tempo: sempre disse, com um argumentário racional, que Cavaco foi muito mais malévolo para Portugal do que Guterres, Santana ou Sócrates (porra! venha o Diabo e escolha).
Porquê?
Porque é pouco inteligente e sofre, como muitos outros (é uma doença nacional), de Síndroma Messiânico (ele é o messias).
Texto publicado no jornal Público a 24 de Janeiro de 2012
Crónica 4/2012
“Um dos objectivos principais das empresas e do sistema capitalista passou a ser gerar desempregados
1. Cavaco devia ter vergonha de invocar a sua condição de pensionista e de usufruir de duas pensões quando está ainda no activo, a trabalhar a tempo inteiro, como Presidente de República.
Cavaco devia ter vergonha de ter prescindido do seu salário de Presidente da República para poder receber mais uns milhares de euros, quando deixou legalmente de poder acumular as suas pensões com esse ordenado. E de insinuar que o facto de prescindir do salário de PR em favor das suas pensões se deveu a um gesto voluntário, quando a escolha entre os dois rendimentos era um imperativo legal.
Cavaco devia ter vergonha de insinuar que o facto de prescindir do salário de PR em favor das suas pensões se deveu a um gesto de abnegação, quando a escolha que fez consistiu apenas em escolher o maior rendimento possível.
Cavaco devia ter vergonha de referir a sua pensão de 1300 euros como se fosse a sua única ou principal fonte de rendimento, quando não é. E de escamotear o montante da sua pensão como funcionário do Banco de Portugal, dizendo não saber exactamente qual é. Cavaco devia ter vergonha de dizer “aos senhores jornalistas” que poderiam inteirar-se facilmente do valor da sua pensão do BdP, quando sabe que essa informação não é fornecida pela instituição nem seria fornecida por ele próprio.
Cavaco devia ter vergonha de esconder o facto de, apesar de não receber salário como PR, ter as suas despesas pessoais pagas pela Presidência da República.
Cavaco devia ter vergonha de se queixar da sua situação financeira quando conhece a situação de fragilidade da esmagadora maioria dos portugueses, quando sabe que em Portugal o salário médio é de 800 euros líquidos, que um quinto das famílias vive abaixo do limiar de pobreza, quando conhece a situação miserável em que vive a maioria dos verdadeiros pensionistas, com pensões de 200 e 250 euros (devido aos diplomas que ele próprio promulga), quando sabe que existem em Portugal um milhão de desempregados, muitos dos quais sem subsídio.
Cavaco devia ter vergonha de se recusar a esclarecer cabalmente os seus negócios com o BPN e a compra da sua casa em Albufeira e de tentar intimidar quem pede os esclarecimentos a que todos temos direito. Cavaco devia ter vergonha de dizer que já esclareceu tudo o que há para esclarecer sobre as suas finanças quando apenas publica notas crípticas a propósito de metade dos factos que todos os portugueses gostariam de conhecer.
Cavaco devia ter vergonha de ter uma tal duplicidade de critérios que considera a sua pensão de 1300 euros como miserável, mas as pensões muito inferiores de muitos outros cidadãos como adequadas.
Cavaco devia ter vergonha de se apresentar como um pobre pensionista com dificuldades quando possui uma situação de total desafogo financeiro e de objectivo (e compreensível) privilégio. Cavaco devia ter vergonha de estar em tal dessintonia com o país e com os portugueses que diz representar.
Cavaco devia ter vergonha. Mas não tem. Cabe-nos a nós ter vergonha por ele.
2. O “acordo de concertação social” assinado na semana passada vem aumentar o número de dias de trabalho, liberalizar os despedimentos e reduzir os apoios aos despedidos e desempregados. Como o Governo, os patrões e a troika pretendiam. O acordo é sustentado por um discurso oficial que diz que estas medidas promovem a “competitividade da economia” e fazem “crescer o emprego”. Mas é apenas uma táctica para facilitar despedimentos e pauperizar os desempregados. Os trabalhadores vão ganhar menos, ser mais maltratados nos seus empregos, postos na rua mais facilmente, despedidos por razões arbitrárias ou por delito de opinião, vão ter indemnizações mais baixas, subsídios de desemprego mais reduzidos e durante menos tempo e, quando encontrarem outro emprego, vão ser mais mal pagos e mais maltratados que no emprego anterior. E os desempregados que deixarem de ter direito a subsídio vão aceitar condições de trabalho mais “competitivas”, constituindo uma pressão poderosa para baixar os salários de todos. Os patrões chamam a isto “competitividade” mas avisam que esta não chega. E vão continuar a exigir mais “competitividade” até termos os salários e as condições de trabalho da China ou da Nigéria.
O que este acordo deixa claro é que, cada vez mais, o objectivo principal das empresas e do sistema capitalista passou a ser gerar desempregados. Isso é visível na Bolsa, quando vemos as cotações das empresas que despedem milhares de trabalhadores a subir. Os mercados gostam de desempregados. Claro que os patrões dizem que despedem em nome da eficiência e garantem que, se houver mais competitividade, o emprego vai “retomar”. Mas sabemos que não é assim. Os patrões também não gostam do emprego.
A situação poderia não ser dramática se as empresas apenas pedissem flexibilidade para mudar os trabalhadores daqui para ali (o que se compreende), ou mesmo para os despedir em certos casos, mas se houvesse uma sólida rede de segurança social para sustentar os desempregados e as suas famílias até ao próximo emprego. Mas os patrões também não querem isso. Mesmo que não sejam eles a pagar. Os patrões querem uma massa de desempregados miseráveis, sem subsídio de desemprego, dispostos a aceitar qualquer trabalho por qualquer preço. O mais grave é que um desempregado não é apenas alguém que não tem trabalho. Um desempregado é alguém que está de facto excluído da sociedade e da política, que condena à pobreza os seus filhos e que ainda é acusado de parasitismo pelos Álvaros desta vida. Vamos mesmo aceitar uma sociedade com uma massa crescente de sub-humanos sem direitos? ”
“Quando cumpria o seu segundo mandato, Ramalho Eanes viu ser-lhe apresentada pelo Governo uma lei especialmente congeminada contra si.
O texto impedia que o vencimento do Chefe do Estado fosse «acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência» públicas que viesse a receber. Sem hesitar, o visado promulgou-o, impedindo-se de auferir a aposentação de militar para a qual descontara durante toda a carreira. O desconforto de tamanha injustiça levou-o, mais tarde, a entregar o caso aos tribunais que, há pouco, se pronunciaram a seu favor. Como consequência, foram-lhe disponibilizadas as importâncias não pagas durante catorze anos, com retroactivos, num total de um milhão e trezentos mil euros. Sem de novo hesitar, o beneficiado decidiu, porém, prescindir do benefício, que o não era pois tratava-se do cumprimento de direitos escamoteados – e não aceitou o dinheiro. Num país dobrado à pedincha, ao suborno, à corrupção, ao embuste, à traficância, à ganância, Ramalho Eanes ergueu-se e, altivo, desferiu uma esplendorosa bofetada de luva branca no videirismo, no arranjismo que o imergem, nos imergem por todos os lados. As pessoas de bem logo o olharam empolgadas: o seu gesto era-lhes uma luz de conforto, de ânimo em altura de extrema pungência cívica, de dolorosíssimo abandono social.
Antes dele só Natália Correia havia tido comportamento afim, quando se negou a subscrever um pedido de pensão por mérito intelectual que a secretaria da Cultura (sob a responsabilidade de Pedro Santana Lopes) acordara, ante a difícil situação económica da escritora, atribuir-lhe. «Não, não peço. Se o Estado português entender que a mereço», justificar-se-ia, «agradeço-a e aceito-a. Mas pedi-la, não. Nunca!»
O silêncio caído sobre o gesto de Eanes (deveria, pelo seu simbolismo, ter aberto telejornais e primeiras páginas de periódicos) explica-se pela nossa recalcada má consciência que não suporta, de tão hipócrita, o espelho de semelhantes comportamentos.
“A política tem de ser feita respeitando uma moral, a moral da responsabilidade e, se possível, a moral da convicção”, dirá. Torna-se indispensável “preservar alguns dos valores de outrora, das utopias de outrora”.
Quem o conhece não se surpreende com a sua decisão, pois as questões da honra, da integridade, foram-lhe sempre inamovíveis. Por elas, solitário e inteiro, se empenha, se joga, se acrescenta crescentando os outros. “Senti a marginalização e tentei viver”, confidenciará, “fora dela. Reagi como tímido, liderando”. O acto do antigo Presidente («cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum», como escreveu numa das suas notáveis crónicas Baptista-Bastos) ganha repercussões salvíficas da nossa corrompida, pervertida ética.
Com a sua atitude, Eanes (que recusara já o bastão de Marechal) preservou um nível de dignidade decisivo para continuarmos a respeitar-nos, a acreditar-nos – condição imprescindível ao futuro dos que persistem em ser decentes.”
Janeiro 24, 2012 at 6:22 pm
Está neste momento a haver uma manifestação frente ao palácio de Belém com o objectivo de levar uma moeda ao sr. presidente. Parece que há problemas.
Janeiro 24, 2012 at 6:24 pm
Então onde anda a solidariedade institucional? O PPC não pode dar uma mãozinha ao Cavaco?
Janeiro 24, 2012 at 6:29 pm
(in)felizmente tive razão muito antes do tempo: sempre disse, com um argumentário racional, que Cavaco foi muito mais malévolo para Portugal do que Guterres, Santana ou Sócrates (porra! venha o Diabo e escolha).
Porquê?
Porque é pouco inteligente e sofre, como muitos outros (é uma doença nacional), de Síndroma Messiânico (ele é o messias).
Janeiro 24, 2012 at 6:35 pm
“Tenho uma lágrima no canto do olho, tenho uma lágrima no canto do olho…”
Janeiro 24, 2012 at 6:57 pm
Grande Vitor Malheiros!
Este sim !
TERÇA-FEIRA, JANEIRO 24, 2012
Vergonha e desemprego
por José Vítor Malheiros
Texto publicado no jornal Público a 24 de Janeiro de 2012
Crónica 4/2012
“Um dos objectivos principais das empresas e do sistema capitalista passou a ser gerar desempregados
1. Cavaco devia ter vergonha de invocar a sua condição de pensionista e de usufruir de duas pensões quando está ainda no activo, a trabalhar a tempo inteiro, como Presidente de República.
Cavaco devia ter vergonha de ter prescindido do seu salário de Presidente da República para poder receber mais uns milhares de euros, quando deixou legalmente de poder acumular as suas pensões com esse ordenado. E de insinuar que o facto de prescindir do salário de PR em favor das suas pensões se deveu a um gesto voluntário, quando a escolha entre os dois rendimentos era um imperativo legal.
Cavaco devia ter vergonha de insinuar que o facto de prescindir do salário de PR em favor das suas pensões se deveu a um gesto de abnegação, quando a escolha que fez consistiu apenas em escolher o maior rendimento possível.
Cavaco devia ter vergonha de referir a sua pensão de 1300 euros como se fosse a sua única ou principal fonte de rendimento, quando não é. E de escamotear o montante da sua pensão como funcionário do Banco de Portugal, dizendo não saber exactamente qual é. Cavaco devia ter vergonha de dizer “aos senhores jornalistas” que poderiam inteirar-se facilmente do valor da sua pensão do BdP, quando sabe que essa informação não é fornecida pela instituição nem seria fornecida por ele próprio.
Cavaco devia ter vergonha de esconder o facto de, apesar de não receber salário como PR, ter as suas despesas pessoais pagas pela Presidência da República.
Cavaco devia ter vergonha de se queixar da sua situação financeira quando conhece a situação de fragilidade da esmagadora maioria dos portugueses, quando sabe que em Portugal o salário médio é de 800 euros líquidos, que um quinto das famílias vive abaixo do limiar de pobreza, quando conhece a situação miserável em que vive a maioria dos verdadeiros pensionistas, com pensões de 200 e 250 euros (devido aos diplomas que ele próprio promulga), quando sabe que existem em Portugal um milhão de desempregados, muitos dos quais sem subsídio.
Cavaco devia ter vergonha de se recusar a esclarecer cabalmente os seus negócios com o BPN e a compra da sua casa em Albufeira e de tentar intimidar quem pede os esclarecimentos a que todos temos direito. Cavaco devia ter vergonha de dizer que já esclareceu tudo o que há para esclarecer sobre as suas finanças quando apenas publica notas crípticas a propósito de metade dos factos que todos os portugueses gostariam de conhecer.
Cavaco devia ter vergonha de ter uma tal duplicidade de critérios que considera a sua pensão de 1300 euros como miserável, mas as pensões muito inferiores de muitos outros cidadãos como adequadas.
Cavaco devia ter vergonha de se apresentar como um pobre pensionista com dificuldades quando possui uma situação de total desafogo financeiro e de objectivo (e compreensível) privilégio. Cavaco devia ter vergonha de estar em tal dessintonia com o país e com os portugueses que diz representar.
Cavaco devia ter vergonha. Mas não tem. Cabe-nos a nós ter vergonha por ele.
2. O “acordo de concertação social” assinado na semana passada vem aumentar o número de dias de trabalho, liberalizar os despedimentos e reduzir os apoios aos despedidos e desempregados. Como o Governo, os patrões e a troika pretendiam. O acordo é sustentado por um discurso oficial que diz que estas medidas promovem a “competitividade da economia” e fazem “crescer o emprego”. Mas é apenas uma táctica para facilitar despedimentos e pauperizar os desempregados. Os trabalhadores vão ganhar menos, ser mais maltratados nos seus empregos, postos na rua mais facilmente, despedidos por razões arbitrárias ou por delito de opinião, vão ter indemnizações mais baixas, subsídios de desemprego mais reduzidos e durante menos tempo e, quando encontrarem outro emprego, vão ser mais mal pagos e mais maltratados que no emprego anterior. E os desempregados que deixarem de ter direito a subsídio vão aceitar condições de trabalho mais “competitivas”, constituindo uma pressão poderosa para baixar os salários de todos. Os patrões chamam a isto “competitividade” mas avisam que esta não chega. E vão continuar a exigir mais “competitividade” até termos os salários e as condições de trabalho da China ou da Nigéria.
O que este acordo deixa claro é que, cada vez mais, o objectivo principal das empresas e do sistema capitalista passou a ser gerar desempregados. Isso é visível na Bolsa, quando vemos as cotações das empresas que despedem milhares de trabalhadores a subir. Os mercados gostam de desempregados. Claro que os patrões dizem que despedem em nome da eficiência e garantem que, se houver mais competitividade, o emprego vai “retomar”. Mas sabemos que não é assim. Os patrões também não gostam do emprego.
A situação poderia não ser dramática se as empresas apenas pedissem flexibilidade para mudar os trabalhadores daqui para ali (o que se compreende), ou mesmo para os despedir em certos casos, mas se houvesse uma sólida rede de segurança social para sustentar os desempregados e as suas famílias até ao próximo emprego. Mas os patrões também não querem isso. Mesmo que não sejam eles a pagar. Os patrões querem uma massa de desempregados miseráveis, sem subsídio de desemprego, dispostos a aceitar qualquer trabalho por qualquer preço. O mais grave é que um desempregado não é apenas alguém que não tem trabalho. Um desempregado é alguém que está de facto excluído da sociedade e da política, que condena à pobreza os seus filhos e que ainda é acusado de parasitismo pelos Álvaros desta vida. Vamos mesmo aceitar uma sociedade com uma massa crescente de sub-humanos sem direitos? ”
(jvmalheiros@gmail.com)
Janeiro 24, 2012 at 7:14 pm
Seres Decentes,
por Fernando Dacosta
“Quando cumpria o seu segundo mandato, Ramalho Eanes viu ser-lhe apresentada pelo Governo uma lei especialmente congeminada contra si.
O texto impedia que o vencimento do Chefe do Estado fosse «acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência» públicas que viesse a receber. Sem hesitar, o visado promulgou-o, impedindo-se de auferir a aposentação de militar para a qual descontara durante toda a carreira. O desconforto de tamanha injustiça levou-o, mais tarde, a entregar o caso aos tribunais que, há pouco, se pronunciaram a seu favor. Como consequência, foram-lhe disponibilizadas as importâncias não pagas durante catorze anos, com retroactivos, num total de um milhão e trezentos mil euros. Sem de novo hesitar, o beneficiado decidiu, porém, prescindir do benefício, que o não era pois tratava-se do cumprimento de direitos escamoteados – e não aceitou o dinheiro. Num país dobrado à pedincha, ao suborno, à corrupção, ao embuste, à traficância, à ganância, Ramalho Eanes ergueu-se e, altivo, desferiu uma esplendorosa bofetada de luva branca no videirismo, no arranjismo que o imergem, nos imergem por todos os lados. As pessoas de bem logo o olharam empolgadas: o seu gesto era-lhes uma luz de conforto, de ânimo em altura de extrema pungência cívica, de dolorosíssimo abandono social.
Antes dele só Natália Correia havia tido comportamento afim, quando se negou a subscrever um pedido de pensão por mérito intelectual que a secretaria da Cultura (sob a responsabilidade de Pedro Santana Lopes) acordara, ante a difícil situação económica da escritora, atribuir-lhe. «Não, não peço. Se o Estado português entender que a mereço», justificar-se-ia, «agradeço-a e aceito-a. Mas pedi-la, não. Nunca!»
O silêncio caído sobre o gesto de Eanes (deveria, pelo seu simbolismo, ter aberto telejornais e primeiras páginas de periódicos) explica-se pela nossa recalcada má consciência que não suporta, de tão hipócrita, o espelho de semelhantes comportamentos.
“A política tem de ser feita respeitando uma moral, a moral da responsabilidade e, se possível, a moral da convicção”, dirá. Torna-se indispensável “preservar alguns dos valores de outrora, das utopias de outrora”.
Quem o conhece não se surpreende com a sua decisão, pois as questões da honra, da integridade, foram-lhe sempre inamovíveis. Por elas, solitário e inteiro, se empenha, se joga, se acrescenta crescentando os outros. “Senti a marginalização e tentei viver”, confidenciará, “fora dela. Reagi como tímido, liderando”. O acto do antigo Presidente («cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum», como escreveu numa das suas notáveis crónicas Baptista-Bastos) ganha repercussões salvíficas da nossa corrompida, pervertida ética.
Com a sua atitude, Eanes (que recusara já o bastão de Marechal) preservou um nível de dignidade decisivo para continuarmos a respeitar-nos, a acreditar-nos – condição imprescindível ao futuro dos que persistem em ser decentes.”
Fonte Tempo Livre, Fernando Dacosta
Janeiro 24, 2012 at 7:19 pm
OK. Disponibilizo um saco de cimento. Podem passar cá por casa a qualquer hora.
Janeiro 24, 2012 at 7:27 pm
Eu dou dois tijolos,só no fim de semana.
Janeiro 24, 2012 at 10:01 pm
Eu dou isqueiros, lenha e gasolina!
Janeiro 24, 2012 at 10:03 pm
Posso dar um resto de bolo rei que tenho para aí…
Janeiro 25, 2012 at 2:25 am
Já agora… CARTOONS! (os tais!):
http://margarida-alegria.blogspot.com/2012/01/cartoonsquatro-o-pai-de-todos-os-pobres.html