Quer dizer que se um tipo levar com um camião desgovernado em cima ou com um carro conduzido por um bêbedo irresponsável é porque não quis viver?
E que tal apelas a este senhor para emigrar para… tipo, sei lá… a Polinésia? A Patagónia?
Tenente-coronel da GNR diz que mortos ‘não cooperaram’
Lourenço da Silva, tenente-coronel da GNR, declarou, no Programa Bom dia Portugal da RTP, que a Guarda Nacional Republicana está de «consciência tranquila» e que os cidadãos que morreram na estrada durante a época do Natal «não quiseram manter-se vivos».
Dúvida parva: como chegou esta pessoa ao cargo a que chegou e como vai, por certo, manter-se nele?
Dezembro 30, 2011 at 1:44 pm
Não sabendo eu os contornos dos acidentes das pessoas que faleceram, pergunto:
Está provado que as pessoas que morreram foram as culpadas dos acidentes em que estiveram envolvidas?
Dezembro 30, 2011 at 1:51 pm
A frase do militar é infeliz e disparatada, mas continua a fazer-se muita asneira nas nossas estradas por parte de quem não pensa em si e muito menos nos outros. E com as portagens nas SCUTS criou-se um novo paradoxo: auto-estradas que custaram milhões estão às moscas. Em contrapartida, o tráfego nas estradas secundárias aumentou significativamente com o aumento da insegurança e dos acidentes.
Dezembro 30, 2011 at 1:52 pm
O que significa dizer-se que os cidadãos que faleceram durante a época do Natal «não quiseram manter-se vivos»?
E não quiseram manter-se vivos porquê?
Foi por não se quererem manter vivos que foram ter um acidente na estrada, ou não isso tem nada a ver?
Dezembro 30, 2011 at 2:04 pm
#2,
Não é isso que está em causa.
Mas seria mais adquado dizer que há muita gente que não quer que se viva em paz nas estradas…
Dezembro 30, 2011 at 2:10 pm
#4, de acordo.
Dezembro 30, 2011 at 2:13 pm
O Sr. guarda tem razão, as pessoas são teimosas e insistem em andar de carro… o que vale é que também temos uma alta taxa de natalidade nas estradas.
Dezembro 30, 2011 at 2:24 pm
Limitações……racionalidade….
Quer queiramos, quer não, voltamos sempre ao eterno problema da escola, educação, formação, competência.
O que importa é estar de” consciência tranquila”.
Dezembro 30, 2011 at 3:38 pm
Pois, os militares… (há até quem queira que façam um novo 25 de Abril).
Dezembro 30, 2011 at 3:46 pm
Façam-lhe o teste do balão!
Dezembro 30, 2011 at 3:48 pm
As campanhas de prevenção rodoviária no nosso país têm-se resumido à repressão da condução sob efeito de álcool – vejam os slogans e os cartazes da PRV, revejam as reportagens das estações de televisão (nada de manter passeios e bermas dentro das localidades, nada de ensinar que uma passadeira não justifica os atravessamentos suicidas, nada de impor a utilização de piscas, nada de reprimir a condução agressiva, etc, etc.)
Se o propósito é bondoso, o efeito é altamente perverso: nas cabecinhas minúsculas da generalidade dos indígenas a mensagem que passa é esta: “se não beber, sou um Fitipaldi”.
Dúvidas? Façam um pequeno inquérito informal à malta que frequenta os “locais de diversão nocturna” (maldita mania do eufemismo!) e espantem-se com os resultados.
Dezembro 30, 2011 at 3:59 pm
existe no youtube o vídeo é de ficar de boca aberta. Bom 2012.
Dezembro 30, 2011 at 4:06 pm
E este não tem um processo disciplinar?
Dezembro 30, 2011 at 4:07 pm
Lembram-se das piadas do alumínio?
Dezembro 30, 2011 at 4:14 pm
Mas enquanto o tambores rufam e a pira que consumirá o senhor tenente-coronel não é acesa, conviria determinar a percentagem de vítimas do camião desgovernado ou do bêbado “irresponsável” (sic.)
Dezembro 30, 2011 at 5:01 pm
Diria o Juca Chaves::
“Vc se lembra do Coronel português que aprendeu karaté quando bateu continência morreu?”
Dezembro 30, 2011 at 5:05 pm
Os mortos não cooperam pá!
Dezembro 30, 2011 at 5:28 pm
O senhor tenente não está habituado a ensinar português na escola, daí não ter sentido o sentido do que disse, mas não deixa de ter uma certa razão. Os portugueses continuam a matar-se na estrada. É uma vergonha a forma irresponsável como se comportam quando têm um carro na mão. Não têm a mínina consciência de que quando usado de forma leviana é uma arma assassina terrível que mata de forma cega quem o conduz e quem passa ao lado. Aliás, esta é a postura comum dos portugueses, só que aqui as consequências são trágicas.
Dezembro 30, 2011 at 6:06 pm
E são ainda mais inconscientes quando não têm o carro na mão. Deixam-no em qualquer lado e de qualquer maneira.
Dezembro 30, 2011 at 6:56 pm
#18, nesse aspecto, Lisboa é caótica. Só para dar um exemplo, é ver em alguns lugares próximos de colégios e infantários à hora de ponta o regabofe de carros por todo lado (passeios, segunda-fila, paragens de autocarro) e a ginástica dos autocarros da Carris para atravessarem o caos.
Mas parar em segunda-fila já se tornou norma com a total indiferença face aos que estão bem estacionados e impedidos de circular, e às vezes com estacionamento livre a 100 metros.
Dezembro 30, 2011 at 7:36 pm
Não é só a frase infeliz “os cidadãos que morreram na estrada durante a época do Natal «não quiseram manter-se vivos»”, é todo o discurso do tenente-coronel. Será que a GNR tira à sorte para ver quem vai botar faladura na televisão?