Leio com espanto na página 16 do Sol:
Ao SOL, o gabinete de Nuno Crato assegura que «durante as negociações sobre o novo modelo de avaliação do desempenho docente ficou acordado com os sindicatos que se procederia à publicação dessas alterações». Segundo o gabinete do ministro, «ficou consensualizado com todos os treze sindicatos que ao proceder à republicação seria necessário fazer-se a adaptação da designação da relação jurídica laboral de acordo com a lei nº 12-A/2008». Aliás, o MEC frisa que este acordo ficou «registado em acta».
Isto não bate certo com o que a Fenprof afirma.
Venham, portanto, as actas…
Dezembro 9, 2011 at 10:24 am
WHAT!?
Venham as actas porque alguém mente.
Dezembro 9, 2011 at 10:31 am
Eu ia dizer uma coisa mas depois de ver que um comentário meu, ontem, deu origem a dois posts até tenho receio de provocar uma apoplexia em alguém.
Dezembro 9, 2011 at 10:44 am
#2,
Não seja pretensioso que eu não escrevi a pensar em si, mas apenas em gente canhestra que desentende o que lhe apetece de forma instrumental.
É o seu caso?
E foi um só post.
Quanto a apoplexias, não se incomode, a forma de não as ter é chamarem-se as coisas pelos nomes e não ficar a remoer.
Mas fazê-lo de cara destapada e não na sombra dos Silvas.
Um dia tente, verá que o prazer é maior do que o do comentário encoberto.
Dezembro 9, 2011 at 10:46 am
O que alguns comentadores não estão habituados é que se lhes responda à letra, não dando a outra face ao bofetão.
Dezembro 9, 2011 at 10:50 am
#2:
“O efeito Sócrates”?
O efeito Sócrates
(…)
Os media nacionais, com destaque para a RTP2 por exemplo, enviaram repórteres de feira para a porta de casa da empregada do Sofitel, aquando do escândalo DS-K. Chegaram lá, tocaram à campainha e fizeram disso reportagem. Uma tal Sandra Felgueiras, “apresentadora” de telejornal fez gala dessa reportagem.
Agora, com José Sócrates em sítio esconso mas de luxo, segundo consta na zona de Saint Germain des Près, em plena Paris rive gauche, já não conseguem lá chegar; não o encontram e têm dificuldade em arranjar motivo para noticiar como é que um ex-ministro português, responsável por uma catástrofe económica que se avizinha para milhões de portugueses, ganha a vida para pagar a renda de casa, os estudos do filho e fazer ainda uma vida de rico em Paris. Parece que tal não é notícia…porque para estas alunas de uma Fátima Campos Ferreira, notícia é saber onde mora a empregada do Sofitel. Vergonha de jornalismo como este? Isso era se soubessem o que é a vergonha…
Mas voltando a José Sócrates, para quem andava a ler Niall Ferguson há uns meses, tal significa que de Economia política saberia o que aprendeu nas reuniões no largo do Rato e em casas particulares a conspirar para ser líder partidário.
José Sócrates evidentemente é um ignorante, um analfabeto em muitas matérias e o modo como conseguiu a licenciatura na Independente diz mais do que isso: diz tudo sobre um carácter. E no entanto, teve muitos cientistas, catedráticos, homens e mulheres de cultura e saber a mostrarem-lhe os sorrisos e ademanes próprios de quem dependia profissionalmente do que o indivíduo fizesse.
Tal diz mais sobre os portugueses em geral que muitos tratados de sociologia, mesmo sem serem do ISCTE. E sinceramente, tenho mais nojo dessa gente de “saber” do que do próprio José Sócrates que ainda não pagou o que fez e por uma questão de justiça elementar deve pagar, mas que não passa de um pobre diabo a quem deram o poder de bandeja.
– posted by josé @ 8.12.11 7 comments
http://portadaloja.blogspot.com/2011/12/o-efeito-socrates.html
Dezembro 9, 2011 at 10:52 am
Adoro este país – é uma alegria andar em roda livre:
Natal: César dá tarde do dia 23
Açores com tolerância
(…)
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/acores-com-tolerancia
Dezembro 9, 2011 at 10:58 am
Aguarda-se esclarecimentos:
EDUCAÇÃO
Sindicatos discutem com ministério alterações à carreira
por LusaHoje
Os principais sindicatos dos professores reúnem-se hoje com o Ministério da Educação para discutir alterações à carreira docente que têm oposição garantida pelo menos da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
A Fenprof afirma que a coberto de “adaptações” ao regime de vínculos e remunerações da Função Pública, a tutela quer aplicar aos professores um regime diferente do Estatuto da Carreira Docente, com alterações que não foram negociadas na discussão do modelo de avaliação.
Na versão final do Estatuto proposta pelo Governo, todos os docentes contratados ou dos quadros passam para o Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas, aponta a Fenprof, que recusou assinar o acordo sobre a avaliação de desempenho a que se pretende agora adequar o estatuto.
“Abre-se caminho para uma futura e mais fácil redução do número de docentes no sistema”, acusa a Fenprof, considerando que os professores perderão “a especificidade da profissão” que está consagrada no atual estatuto, quer no que toca ao vínculo profissional quer ao salário.
De um vínculo “por nomeação provisória ou definitiva” passar-se-ia para um modelo em que todos os professores ficariam “em regime de contratação, uns sem termo, outros a termo certo”.
A ronde negocial, pedida pela Fenprof, começa com este sindicato a ser recebido no Palácio das Laranjeiras às 11:00.
Ao meio dia segue-se a Federação Nacional da Educação, que assinou o acordo com o Ministério da Educação e Ciência sobre a avaliação.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2174325&page=-1
Dezembro 9, 2011 at 11:22 am
Os sindicatos não levam já as suas próprias propostas? Antigamente até faziam questão de divulgar. Agora não, porquê? Não há?
Dezembro 9, 2011 at 4:37 pm
Esta questão da “relação jurídica laboral” é de extrema importância. Aliás é um dos poucos motivos pelos quais ainda faz sentido a existência de um Estatuto. Crato “estica-se” demasiado.
Dezembro 9, 2011 at 5:15 pm
As actas estão disponíveis para os sindicalizados.
Os não-sindicalizados de má fé, amigos do Crato, vira-casacas e outros exemplares troikistas (envergonhados ou arrependidos) tem sempre acesso às versões oficiais publicadas no Sol.
Dezembro 9, 2011 at 5:58 pm
#10,
Olhó Varguitas, dos amigos da Alçada & Ventura!
Não se esqueça dos circunflexos, ó perfeccionista dos erros alheios!

(mas o problema é se a acta diz mesmo o que vem no jornal…)
Dezembro 9, 2011 at 6:33 pm
O quê, voltámos à sempiterna discussão das actas?…
Enquanto os outros se governam à grande e decretam a austeridade para quem não pertence à pandilha, nem pertenceu em devido tempo à anterior, nós entretemo-nos a disputar os amendoins que nos vão lançando nos jornais?
Já agora, um pormenor que talvez interesse para contextualizar: não me parece que a Fenprof tenha feito parte dos tais 13 sindicatos que assinaram a nova ADD e que agora suscita a enésima revisão do ECD.
Portanto, e lamentando desiludir os antifenprofianos que por aqui vêm saber as novidades, quer-me parecer que desta vez terão de ir pedir as “iatas” a outro lado…
Dezembro 9, 2011 at 7:12 pm
#12,
Estás com problemas em ler o que está escrito.
Não foram 13 os sindicatos que assinaram a ADD, terão sido os 13 a anuir a que na nova versão do ECD viriam contemplados os novos vínculos laborais.
Relé o post.
Não confundas, como é costume, defesa da transparência dos processos com ser ani-fenprof.
Dezembro 9, 2011 at 7:27 pm
As atas,escreveria eu, que tb ando às voltas com o acordo!
Dezembro 9, 2011 at 7:37 pm
#13
Ok, os alegados “13 sindicatos” serão os sindicatos todos. Como fazem sempre aquele truque de misturar sindicatos e federações nunca sei bem o que estão a contabilizar. Naquele caso, interessava dar a ideia de que os que assinaram eram mais do que os que ficaram de fora, e então saiu o “7-em-13”.
Quanto às tais actas, é capaz de ser isto que encontrei no JN da altura:
“A Fenprof assinou ainda uma acta negocial global evidenciando os pontos de acordo e desacordo relativamente ao novo modelo de avaliação.”
Custa-me a crer que tenham concordado expressamente com a perda do vínculo dos professores do quadro, mas não custa nada lançar o barro à parede…
Dezembro 9, 2011 at 9:00 pm
http://margarida-alegria.blogspot.com/2011/12/o-alergias-no-publico.html
😉 🙂
Dezembro 9, 2011 at 9:40 pm
«Não confundas, como é costume, defesa da transparência dos processos com ser ani-fenprof.»
Sabendo todos nós a enorme dificuldade que têm os governantes em ser honestos, permitam-me achar que vai sendo tempo de equilibrar as responsabilidades. Por que diabo é sempre a Fen apontada como eventual falseadora dos acordos, encobridora da verdade, opacidadora da transparência? E obrigada a mostrar as provas do crime? E os governos? O tempo tem demonstrado que nunca, em nenhuma circunstância, disseram a verdade, nem foram claros nas propostas. Muito menos nas promessas.
A insisistir no mesmo ponto de vista, é bem naturar continuarmos a admitir uma certa costela anti. O que, para mim, é igualzinho, diga-se. Mas dava uma arejadura de pluralidade.
Dezembro 9, 2011 at 9:50 pm
#15,
Ai o delegado sindical de serviço mais acima diz que os sindicalizados têm acesso ás ditas actas.
Será que tu e o 25 (#17) se poderiam dar ao trabalho de?
E eu metia a viola no meu saco…
Dezembro 9, 2011 at 11:39 pm
atão não é Atas?
Dezembro 10, 2011 at 12:49 am
Quantos vezes é necessário repetir o mesmo erro para aprender ???
Para além de outras considerações … estranho que NENHUM dos 13 sindicatos tenha, na altura, feito qualquer referência ao facto (que seja do meu conhecimento e ainda que a matéria seja “antiga”) …. e, acima de tudo… acredito mais na má fé dos governantes e decisores… (aprendizagem pela experiência)
Em qualquer dos casos, das 2 uma: ou ninguém sai sem acta feita, assinada e com cópias validadas para todos ou as reuniões deverão ser filmadas/gravadas e com cópia para todos os participantes.