É uma herança pesada, porque representa uma espécie de espírito que cultiva a fast lane como forma de atingir os objectivos com um mínimo de esforço, elevando o truque chico-esperto ao estatuto de inteligência.
Surgiu de novo a polémica em torno do acesso a Medicina por alunos que, via ensino recorrente, conseguem elevar artificialmente as suas médias, não fazendo os exames nacionais e usando apenas as classificações internas.
Na peça do Expresso de ontem recorda-se a polémica de 2003 que levou David Justino a alterar a lei em 2004. E como em 2006, o primeiro governo de Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues recuperaram a lei que permite a habilideza. O espírito Novas Oportunidades em todo o seu esplendor que a dupla Lemos-Capucha elevou a política de sucesso quantitativo, inclusivamente com pretensões de moralização igualitária.
Não é verdade. É apenas chico-espertismo. Como entregar trabalhos em papel do gabinete governamental e obter certificações ao domingo.
Sobre o assunto, ler no Atenta Inquietude:
O ACESSO AO ENSINO SUPERIOR E OS EXAMES DO SECUNDÁRIO. O grande equívoco
Setembro 25, 2011 at 12:28 pm
Eu acho que o Paulo está com ciúme social… 😆
Setembro 25, 2011 at 12:30 pm
#1,
Era para ter sido o título do post!
Setembro 25, 2011 at 12:37 pm
Só não acerto no euromilhões! 😆
Setembro 25, 2011 at 12:46 pm
Nem eu!
Setembro 25, 2011 at 1:02 pm
O espírito NO está envolto numa série de equívocos ideológicos – em que o “ciúme social” valteriano figura como a face mais caricata e pueril -, que convém esclarecer.
As NO têm sido caucionadas por todo um discurso supostamente de “esquerda” e que, na minha óptica, parte de uma confusão, diria filosófica, de fundo, a saber: tomando como premissa (que, em princípio, não é contestável) que os homens são iguais “por natureza”, quer deduzir daí que a realização desta “natureza” – mediante a educação, sobretudo – deve permanecer igual. Ora, a questão é que esta “natureza” significa apenas uma potencialidade da espécie, que é actualizada, concretizada diferentemente em cada indivíduo (visível logo a nível intelectual…), cabendo precisamente à educação dar expressão a essa contingência, quer dizer, ao modo diferenciado como aquela potencialidade é realizada.
Uma coisa é respeitar e promover a igualdade de oportunidades, o que é uma exigência absolutamente fundamental na educação (o que alguns neoliberalóides parecem esquecer…), outra bem diversa – perversa e, no fundo, inconsequente – é pretender que esta seja um instrumento nivelador e igualitarista de promoção pessoal indiferenciada e indiferenciadora.
Aquele concepção “igualitarista” plasma-se no modelo educativo vigente num nivelamento por baixo que, a pretexto de auxiliar os “menos aptos” e os “desfavorecidos”, remete, no caso dos “menos aptos”, todos para um sistema facilitista que mascara as diferenças e incentiva objectivamente a mediania, e, para os “desfavorecidos”, destina-lhes um limbo paternalista de “ensino promocional fast-food”, que não passa de uma discriminação mais requintadamente cínica (subjectivamente dá-lhes a ilusão de uma “promoção pessoal e social”, que eles devem agradecer ao sistema, mas objectivamente mantém-nos no mesmo limiar de indigência) que culmina nas NO.
Setembro 25, 2011 at 1:21 pm
http://zebedeudor.blogspot.com/2011/09/governo-prepara-central-de.html
Chocante…!!!
Setembro 25, 2011 at 1:32 pm
‘Ontem foi a vez do cronista Sousa Tavares expôr o seu excelso entendimento sobre a nossa História contemporânea. Não me interessa muito o que Sousa Tavares pensa sobre o assunto, a não ser para dar conta do panorama intelectual de certas figuras que ganham a vida a escrever em jornais e Sousa Tavares é uma delas, porque sempre figurou em fichas de redacção ou colaboração em jornais . É uma notória figura pública que tem acesso aos media e isso faz do indivíduo um alvo de atenção crítica.
Hoje é a vez de Vasco Pulido Valente, no Público de hoje, dar a sua versão da nossa História contemporânea. VPV tem uma óbvia vantagem: é notoriamente mais inteligente e versado, instruído, que o truão de banalidades.
Por isso mesmo a sua versão sobre a nossa decadência merece maior reflexão- para mais tarde.
O mote de VPV é que a sua geração pouco ou nada teve a ver com a decadência…
Pois então iremos ver se assim foi.’
http://portadaloja.blogspot.com/
Setembro 25, 2011 at 1:53 pm
Esta é a velha questão do acesso ao ensino superior através da escola pública versus escola privada.
Estranho que só agora alguém se preocupe e divulgue o que se passa com o ensino recorrente diurno, sim porque muitos destes alunos pertencem ao ensino diurno, privado, mas diurno.
O acesso ao ensino superior deveria passar por exames especificos para acesso ao ensino superior, a certificação obtida pelos alunos deveria ser validada anualmente com a realização de exames anuais. Designadamente os exames de fim de ciclo que deveriam ter um peso de 50% e não os 25% agora propostos.
Temos que propôr aos adultos que pretendem concluir estudos um programa completo e adequado aos mesmos, com um nível de exigência consentaneo com o nível de ensino que pretendem atingir, mais devemos distinguir aqueles que procuram o prosseguimento de estudos daqueles que só pretendem concluir o ensino não superior.
Acima de tudo temos que lutar pela igualdade da qualidade de ensino e exigência em todos os niveis de ensino tenham eles origens no particular, no público ou na escola ali ao lado.
Setembro 25, 2011 at 2:24 pm
SOS: http://lishbuna.blogspot.com/2011/09/meditacao-na-pastelaria-sob-ataque.html
Setembro 25, 2011 at 3:32 pm
Mesmo que se arrume a casa, há espíitos que permanecem por lá. Temo que o das NO seja um deles.
Setembro 25, 2011 at 4:55 pm
A concretização das Novas Oportunidades é o resultado de quem terá tido, em tempos de juventude, uma epifania com os textos de Bourdieu.
Arrumada a revolução no baú e metido o socialismo na gaveta, o que é que resta a quem quer mudar o mundo?
Inventar um modo de fingir que se promovem os pobres e os excluídos, mantendo tudo na mesma.
É este o espírito dos Lemos, Capuchas, Lurdes e outros companheiros de estrada que leram Bourdieu e entretanto chegaram ao poder.
“Vamos embora criticar a escola do passado, enquanto montamos o cenário de uma escola pública que anula as diferenças sociais e económicas por decreto”.
A esquerda aplaudiu e os figurantes desta farsa ainda continuam a acreditar que o país mudou profundamente, em termos académicos, pela via do desejo e da manipulação dos dados.
Setembro 25, 2011 at 4:59 pm
#11
Ainda bem que não se esqueceu de mencionar os “Lemos, Capuchas, Lurdes”. Que todos conhecemos como esquerdistas radicais…
Não o tivesse feito e ainda poderia haver quem levasse a sério o seu argumento…
Setembro 25, 2011 at 5:22 pm
#12
Ponha os óculos, leia pausadamente, respire fundo, pense e responda calmamente e logicamente.
Quem falou em esquerda radical?
Experimente argumentar em vez de mergulhar nos preconceitos que diz serem um pecado que impede os outros de verem a realidade.
Mas a Lurdes até foi anarquista, e o Capucha talvez PCP-ml…
Não se esqueça que o MRPP também tem mártires da repressão fascista, ou acha que o PCP tem o monopólio?
Setembro 25, 2011 at 5:29 pm
É inteligência..e mta dor de corno. O teu cérebro deve ser tão pequenino que enjoo.
Setembro 25, 2011 at 5:52 pm
#13
Exactamente, ver a realidade. Interessam-me muito pouco as ideologias deste ou daquele quando eram adolescentes. Mesmo assim, anoto que nesta segunda intervenção se “esqueceu” do Valter Lemos, independente próximo do CDS, partido pelo qual chegou a ser candidato à presidência da câmara de Penamacor. Antes do amigo Socas o ir buscar para o governo PS…
Olhando a realidade, o que temos nos últimos 35 anos é uma grande coligação de partidos, PS-PSD-CDS, que alternadamente, sozinhos ou com coligações diversas entre eles, governaram o país segundo uma linha que oscilou entre o centrismo e a política de direita. Mesmo o PS, quando sozinho no poder, sempre praticou a famosa máxima de Mário Soares, de meter o socialismo na gaveta.
Fizeram na educação e nos restantes sectores aquilo que convinha aos interesses que os apoiaram, reconstituindo grupos económicos, alimentando clientelas públicas e privadas, subordinando as políticas nacionais aos desígnios da integração europeia, privilegiando ganhos de curto prazo e objectivos eleitoralistas em detrimento de investimentos a longo prazo e mudanças estruturais.
E depois procuraram todo o tipo de justificações para as suas políticas, sobretudo quando se torna evidente o seu falhanço e a clamorosa falta de visão dos seus mentores. Na educação, então, parece ter pegado de estaca este disparate que nunca me cansarei de combater: a política é de direita, são de direita os seus executores e os interesses que eles servem, mas a culpa é de ideologias esquerdistas que contaminaram as mentes de todos os que passaram pelo ME e que acabaram por decidir contra as suas mais firmes convicções.
Depois, os menos versados em filosofia dizem que a culpa é do Rousseau e ficam-se por aí. Os mais entendidos na matéria citarão Bourdieu e, quem sabe, Althusser…
Setembro 25, 2011 at 5:57 pm
OU MESMO A DEGENERAÇÃO GENÉTICA ALGUNS…PORQUE UNS SÃO OS DETENTORES DA LUZ E OS OUTROS SÃO OS CEGOS QUE NEM CÃO GUIA TÊM…
MUITOS AINDA DEFENDEM ISTO…
Setembro 25, 2011 at 7:46 pm
#15
Quem leu bem Rousseau, até poderia dispensar Althusser e Bourdieu. Não é por aí…
(Aqui só para nós, para os da direita não ouvirem, quem tem assumido esse discurso hipócrita de um pseudo-igualitarismo, que reserva para os desfavorecidos um ensinozinho light à sua medida, têm sido realmente os partidos da esquerda).
Setembro 25, 2011 at 7:55 pm
Desde quando o E.Recorrente é NO? Desde quando se faz o Ensino Secundário num só ano? Mais uma vez fala-se, escreve-se, discute-se e critica-se sem se conhecer a realidade!!!
O Ensino Recorrente foi o melhor que existiu no Ensino Nocturno e infelizmente está a acabar – programas, avaliação e manuais escolares identicos aos de dia permitindo aos estudantes-trabalhadores candidatarem-se à Universidade, se conseguissem ter aprovação e média no Exame Nacional – especifica idêntica aos do Ensino Regular!
Naturalmente, eram os alunos do E.Nocturno melhor preparados para ingressarem e concluir os cursos Universitários. Infelizmente está em extinção e só sobram as NO, demasiado limitadas para quem deseja perseguir estudos e tem que trabalhar de dia….
Setembro 25, 2011 at 8:05 pm
ATÉ PODE MAS COMO EXPLICA ISTO?
Ensino Secundário recorrente por unidades capitalizáveis
A reforma do Ensino Secundário, no âmbito do Decreto-Lei nº 74/2004, de 26 de Março, determinou a substituição do Ensino Secundário Recorrente por Unidades Capitalizáveis pelo Ensino Recorrente de nível secundário da educação por Módulos Capitalizáveis. Deste modo, o sistema de Ensino Secundário Recorrente por Unidades Capitalizáveis funciona apenas em regime presencial até ao ano lectivo de 2006/2007 e em regime não presencial até ao ano lectivo de 2007/2008.
Para quem
Podem ingressar no Ensino Secundário Recorrente os alunos que:
– tenham idade igual ou superior a 18 anos.
Dado que o Ensino Secundário Recorrente por Unidades Capitalizáveis se encontra em processo de extinção, o mesmo destina-se, no ano lectivo de 2007-2008, apenas aos alunos que já o frequentam, permitindo a conclusão do seu plano de estudos.
Qual o objectivo
Estes cursos possibilitam a aquisição de conhecimentos e competências de secundário, permitindo a obtenção de um certificado e de um diploma escolar de 12º ano e, ainda, no caso dos cursos técnicos e dos cursos do ensino artístico especialzida (cursos tecnológicos), uma qualificação profissional de nível 3.
O que é
O Ensino Secundário Recorrente por Unidades Capitalizáveis caracteriza-se pela flexibilidade e adaptabilidade dos ritmos de aprendizagem à disponibilidade, aos conhecimentos e às experiências que os adultos possuem, traduzindo-se num sistema de unidades capitalizáveis. Assim, a duração dos cursos depende do itinerário de cada aluno.
Dadas as caracteristicas da população que pretende abranger (indivíduos que interromperam os estudos sem terem concluído o ensino secundário e trabalhadores-estudantes, entre outros), o Ensino Recorrente é uma modalidade de ensino que funciona em regime nocturno.
Enquadram-se nesta modalidade o Curso Geral, os Cursos Técnicos e os Cursos do Ensino Artístico Especialiado Recorrente (Curso Geral de Artes e Cursos Tecnológicos).
Setembro 25, 2011 at 8:37 pm
Os apologistas do ensino privado (como NC) ficam sempre embaraçados quando saem notícias deste teor.
Setembro 25, 2011 at 8:52 pm
Deixem-me aqui lançar uma nota de optimismo, ou uma crítica construtuva, se preferirem, para não ser o comentador que está sempre do contra…
Nuno Crato pode não ter condições políticas para tomar algumas medidas de que gostaria, mas há um contributo decisivo que poderia dar para a melhoria do sistema educativo, tirando partido do facto de ter a tutela sobre todos os níveis de ensino, o que já há muito tempo não sucedia: reformar definitivamente o acesso ao ensino superior, separando a candidatura dos exames do secundário.
O acesso à universidade deveria ter provas específicas e ser da responsabilidade das próprias instituições, com regras claras para evitar fraudes e compadrios, mas que avaliassem efectivamente as competências, conhecimentos e capacidades dos alunos em função das especificidades dos cursos a que se candidatam.
Setembro 25, 2011 at 9:01 pm
#17
E o discurso da direita, qual é? O discurso da exigência, dos exames e mais exames, leva-nos onde? Aos que não correspondem à elevação da fasquia, faz-se-lhes o quê? Excluem-se da escola? Impossível, pois tanto a direita como a esquerda aprovaram a escolaridade obrigatória de 12 anos. Vão repetindo anos, sempre a atrasar-se e a chatear os outros, ou criam-se respostas alternativas?…
Porque aqui é que está o problema, encontrar alternativas válidas. É muito fácil culpar o PREC e a extinção do ensino técnico, mas isso foi há mais de 30 anos, e o que vi até agora, por parte da direita, foi o aproveitamento oportunista e deturpado de ideias de esquerda, ao mesmo tempo que vai criticando a “pedagogia romântica”…
Setembro 25, 2011 at 9:01 pm
#21
Pois e, já agora, varrer com toda a burocracia que existe nas escolas e cuidar das direções que andam muito assanhadas.
Continuo com reuniões atrás de reuniões e ainda não começaram as quotas, sou relatora e as minhas avaliadas tiveram todas excelente, são todas ótimas mas disseram-me que as advertisse que aquelas notas poderiam descer…
Vai sobrar para mim.
Setembro 25, 2011 at 9:02 pm
Ah… e sabem que porcaria de nota tive? 7,1, por causa da ação de formação dos NPLP…
Setembro 25, 2011 at 9:03 pm
O que vale é que me ESTOU A BORRIFAR para esta porcaria toda, caso contrário estava num hospício.
Setembro 25, 2011 at 9:21 pm
#22
Educar é transformar, não é aceitar simplesmente o dado natural. A qualidade das aprendizagens deve ser pedra de toque do sistema educativo. Haverá alunos que não conseguem (e os que não querem…) acompanhar essa exigência? Com certeza, e vai havê-los sempre. A resposta não passa por rebaixar toda a qualidade do sistema para um nível “mais acessível” ou um patamar “mais inclusivo”, mas na criação de percursos alternativos que não sejam paternalistas ou facilitistas. Por exemplo, percursos de uma via profissionalizante a sério (deixando de lado as querelas ideológicas) que dote os alunos de competências técnico-instrumentais efectivas (falo com conhecimento de causa porque conheço por dentro o ensino profissional nas escolas regulares e nas profissionais) para poderem enfrentar o mercado de trabalho (ensiná-los a pescar…).
Setembro 25, 2011 at 9:24 pm
#21
E não tem impactos financeiros.
Setembro 25, 2011 at 9:50 pm
#26
Isso é o discurso consensual, tanto à esquerda como à direita. Agora o problema é que é sempre mais fácil enunciar princípios do que passá-los à prática.
O que eu gostava de saber é se, em contraponto a um “discurso hipócrita de um pseudo-igualitarismo” que na sua opinião é apanágio da esquerda, poderemos falar, por exemplo durante os 10 anos de cavaquismo, de uma aposta consequente em “percursos de uma via profissionalizante a sério (…) que dote os alunos de competências técnico-instrumentais efectivas”…
Setembro 25, 2011 at 10:09 pm
#28
Esse discurso não é assim tão consensual, porque há logo quem lhe introduza reservas ou preconceitos ideológicos… Em todo o caso, sem princípios válidos dificilmente haverá acção consequente.
O problema é que essa política de ensino centrada na qualidade das aprendizagens implica autênticas reformas de estruturas e de mentalidades (p.ex. ao nível dos currículos, programas, cargas horárias, formação de docentes, ou de ultrapassar o conceito de escola enquanto fábrica a tempo inteiro) que não se compadecem com a estreiteza de visão dos governantes e da classe política em geral (da esquerda à direita), interessados noutras prioridades.
Setembro 25, 2011 at 10:31 pm
#24
Boa noite Caneta, na tua escola anda tudo muito depressa na minha lá para 31 de Dezembro pelas 23h59 deve sair qualquer coisita.
É engraçado ter ver como uma professora que só vale 7,1 tem competência para avaliar outras com excelente ;), ou será que elas valem um excelente 7,1?
Nada como um excelente sistema de ADD da dupla Milú/IA para produzir este tipo de situações.
Força Caneta, não te deixes intimidar pelas quotas e mantem-te longe dos hospicios não vá a tentação ser demasiado forte.
Por muito borrifanço que se coloque nesta situação e/ou muito divertimento a verdade é que a nota final pode afectar a vida de muitos professores contratados, QZP’s e QE’s nos concursos (por muito marados que estejam) pelo que é bom que existam relatores conscienciosos no meio desta realiadade toda.
Realidade é um bom termo? Não! 😉
Setembro 25, 2011 at 11:02 pm
#19
O Ensino Secundário Recorrente por Módulos Capitalizáveis ainda existe nalgumas escolas, em regime presencial e não presencial – turmas residuais de 12º ano uma vez que no ano passado já não abriram turmas de 10ºano. Mas na maioria das escolas que tem Ensino Nocturno já não tem turmas presenciais de Ensino Recorrente – os alunos que deixaram módulos em atraso tiveram que se inscrever em escolas com E.Recorrente residual (mais longe) ou ingressarem num percurso EFA para concluir o Secundário (engolindo muitos “sapos” pois não se identificam com esse percurso escolar) e talvez concorrerem à faculdade, realizando os Exames Nacionais como alunos externos.
Não se confundam Unidades capitalizáveis que já estão extintas há muito tempo e que obedeciam a percursos diferentes dos do Recorrente por Módulos: as Unidades tinham programas, manuais e avaliação completamente distintos do ensino regular logo do Recorrente por Módulos, não dando qualquer preparação aos adultos estudantes-trabalhadores para enfrentarem um exame nacional!
É e foi esta realidade nas Escolas públicas… agora se no privado acontecem outros procedimentos “facilitistas”, excelentes para denegrir Professores e Alunos que ensinam, estudam, trabalham, tudo com muito esforço, rigor e valentia no Ensino Secundário Recorrente por Módulos Capitalizáveis de boa memória!
Setembro 26, 2011 at 11:44 am
31,
tem razão, o SEUC não tem nada a ver com as NO. No SEUC, há oportunidade de aprender. Agora, se não exigem exames a quem faz o SEUC, o problema não é do SEUC. E também concordo que o SEUC foi o melhor que apareceu no ensino nocturno.