… no combate a tudo o que empobrece o país, delapida os recursos públicos e corrompe os costumes:
Alegada especulação de 3,62 euros leva farmácia a tribunal
O Tribunal de Barcelos começa a julgar na segunda-feira a proprietária de uma farmácia do concelho “apanhada” com um medicamento à venda por um preço superior em 1,81 euros ao máximo permitido pela Direcção-Geral das Actividades Económicas.
Em causa estão duas embalagens de Venex Forte, um medicamento indicado para o tratamento de varizes, o que significa que a farmacêutica vai a julgamento por 3,62 euros.
Setembro 25, 2011 at 2:47 pm
se tivesse desviado um milhão e fosse vereadora ou deputada era inimputável….. país com justiça estupidificante…….
Setembro 25, 2011 at 2:50 pm
Neste tenebroso caso, tal como no de uma anciã levada a tribunal por ter furtado um cosmético no LIDL (com um valor semelhante ao deste desvio), bem se pode dizer:
Para que todos saibam, em Portugal, dura lex, sed lex!
Mainada!!! 😀
Setembro 25, 2011 at 2:53 pm
é mais “mole lex” 🙂
Setembro 25, 2011 at 3:02 pm
É assim mêmo. Haja justiça neste país.
E aquela quantia do bpn e coiso?! Ah, isso não interessa nada.
Setembro 25, 2011 at 4:33 pm
O maior espelho da justiça em Portugal (ou da falta dela) são as peripécias deste sujeito:
PGR
Os casos polémicos de Pinto Monteiro
Inês David Bastos
25/09/11 13:34
Mandato marcado por processos que envolviam José Sócrates e pela reclamação de poderes.
Pinto Monteiro ascendeu em 2006 ao lugar cimeiro do MP. Viu-se envolvido em algumas polémicas por causa de processos judiciais que envolviam o ex-primeiro-ministro e desde sempre reclamou mais poderes.
1 – Processo ‘face oculta’
Foi acusado não só pelos seus pares como por grande parte da classe política de ter gerido mal o processo das escutas que alegadamente envolviam o então primeiro-ministro, José Sócrates, no caso ‘Face Oculta’. A Procuradoria entendeu que não havia matéria-crime contra Sócrates nas escutas e ordenou o arquivamento, uma decisão que levantou acusações de politização.
2 – Caso freeport
Outro processo judicial que envolvia o nome do então primeiro-ministro José Sócrates. Quando sai a acusação, os procuradores do processo alegam que não ouviram José Sócrates por “falta de tempo”. O PGR abriu inquérito aos procuradores responsáveis pelo processo e abriu uma ‘guerra’ com o Sindicato do Magistrados do MP.
3 – Poderes da ‘rainha de Inglaterra’
Já fragilizado e sob críticas de vários sectores, Pinto Monteiro, numa entrevista ao “Diário de Notícias”, em Agosto de 2010, compara-se à Rainha de Inglaterra para reclamar mais poderes ao Governo. A declaração incendiou o Verão e Pinto Monteiro viu-se debaixo de uma chuva de críticas. Na altura, Passos pediu a sua demissão e o Sindicato dos Magistrados do MP disse que o Procurador -Geral não “tinha capacidade” para exercer os seus poderes.
4 – Braço-de-ferro com o conselho superior do MP
Perante o desafio do Governo para que apresentasse uma proposta com os poderes que pretendia, Pinto Monteiro entrou num braço-de-ferro com o Conselho Superior do MP para retirar poderes a este órgão. Perdeu essa batalha.
5 – Escutas ilegais e fugas de informação
Foram polémicas algumas das suas entrevistas. Numa delas, admitiu que havia escutas ilegais a muitas personalidades em Portugal e reconheceu que a Procuradoria não as conseguia controlar. Mais uma vez reclamou poderes. E viu a PGR ser muitas vezes acusada de não controlar, também, o segredo de justiça e as fugas de informação.
http://economico.sapo.pt/noticias/os-casos-polemicos-de-pinto-monteiro_127009.html
Setembro 25, 2011 at 4:35 pm
Numa inspecção, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apanhou naquela farmácia duas embalagens de Venex Forte com os preços acima da tabela.
Duas? É grave… reincidência.
Os preços são colocados nas embalagens pelos laboratórios, mas as farmácias que os recebem podem averiguar se respeitam as tabelas da DGAE e do Infarmed, consultando os respectivos sites.
Podem? Logo, se não consultarem… é crime.
Esta é mesmo daquelas notícias que mesmo depois de ler não acho possível.
Setembro 25, 2011 at 4:37 pm
Ele bem tentou que estas escutas fossem “queimadas”:
Escutas a Sócrates guardadas num cofre no tribunal
Ontem
“Justiça Guarda Escutas de Sócrates” é o título que faz hoje, sábado, manchete no jornal “Correio da Manhã”.
Segundo o jornal diário, as gravações que envolvem o ex-primeiro-ministro obtidas durante a investigação a Armando Vara no processo Face Oculta continuam guardadas num cofre no Tribunal de Ovar à espera de uma decisão do Tribunal Constitucional.
Ainda segundo o “Correio da Manhã”, as escutas poderão ainda ser utilizadas caso seja reaberto o processo de atentado contra o Estado de Direito, mas para isso é necessário serem obtidos novos factos.
http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=2016826&especial=Revistas%20de%20Imprensa&seccao=TV%20e%20MEDIA
Setembro 25, 2011 at 4:46 pm
Escrevam:
Ainda vamos morrer todos e este processo andará nas calendas gregas…
Pois…o centrão no seu melhor: puteto, roubo, traição, corrupção, chantagem, uma verdadeira máfia…entretanto o Bal.daia concorda com isto – o importante é decidir…lixar o erário público…
Face Oculta já tem 800 testemunhas
23 Setembro 2011 | 00:01
Prazo de contestação ainda decorre. Julgamento pode demorar anos. [Livresco: ANOS? VAI SE RESOLVER É NO DIA DE SÃO NUNCA HÁ TARDE!
São já cerca de 800 as testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação para o julgamento do caso Face Oculta, que tem início a 8 de Novembro no Tribunal de Aveiro. Um número que deverá ainda aumentar, tendo em conta que o prazo para os arguidos apresentarem contestação ainda não terminou.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=507625
Setembro 25, 2011 at 4:57 pm
Já agora:
2007/02/25
As calendas gregas
No antigo calendário romano, não havia “dias da semana”. Havia apenas três dias fixos: calendas, nonas e idos.
Calendas: As calendas eram o primeiro dia de cada mês. Esta palavra deu origem à palavra “calendário”.
Nonas: o quinto ou o sétimo dia, de acordo com o mês.
Idos: A 15 em Março, Maio, Julho e Outubro, e a 13 nos restantes meses.
Dos idos é que provém a expressão “nos idos de Março”, por exemplo. Ficaram célebres os idos de Março do ano 44 a.C., data em que foi assassinado Júlio César.
Os restantes dias eram contados de forma decrescente relativamente aos dias fixos, por exemplo:
quatro dias antes das nonas…
três dias antes das nonas…
o dia antes das nonas.
Nunca se chegava a dizer “dois dias antes” de uma determinada data, porque os romanos contavam inclusivamente. Por exemplo, o dia 2 de Março era considerado 4 dias antes de 5 de Março, e não 3 dias antes.
A partir dos idos, começava a contagem decrescente para o mês seguinte.
A expressão “calendas gregas”, significa “um dia que jamais chegará”, porque os gregos…
…não tinham calendas.
http://osignificadodascoisas.blogspot.com/2007/01/as-calendas-gregas.html
Setembro 25, 2011 at 5:57 pm
Uma pequena questão. Quem fica com o dinheiro levado a mais ? A farmácia ou o laboratório ?
Não me parece que possa dizer, sem mais, uma questão menor.
Repare-se que o medicamento vem com aquele preço impresso, logo isto deverá passar-se por todo o país, isto é, estamos a falar de muito mais que 1,81.
Ou será que se a CGD decidisse surrupiar um euro a cada professor que recebe através dela o ordenado também era coisa a não perder tempo ?
Até pode ser um disparate, mas a notícia é omissa em muita coisa para que possamos sentenciar.
Setembro 25, 2011 at 9:53 pm
@10
Sabe-se que as caixas de medicamentos . estavam assim marcadas nas não se sabe se o sistema informático não estaria correctamente configurado.
Por outro lado, esperar que os farmacêuticos confiram todos os medicamentos em venda, sabendo que todos os dias (ou quase, dependendo da localização do establecimento) há reabastecimentos e sabendo também que é o estado que legisla se os medicamentos são marcados ou não e as farmacêuticas é que os marcam, não faz sentido nenhum.
P.S.:
A notícia tem três páginas. Aqui a parte interessante:
” Numa inspecção, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apanhou naquela farmácia duas embalagens de Venex Forte com os preços acima da tabela.
Os preços são colocados nas embalagens pelos laboratórios, mas as farmácias que os recebem podem averiguar se respeitam as tabelas da DGAE e do Infarmed, consultando os respectivos sites.
Um procedimento que, segundo disse à agência Lusa o responsável de uma outra farmácia, “normalmente nunca é feito”, porque “são às centenas os medicamentos que chegam todos os dias”.
“Se fôssemos conferir os preços de cada um, não fazíamos outra coisa”, referiu.
No caso que na segunda-feira vai a julgamento, a farmácia de Barcelos, a exemplo de muitas outras no país, foi “apanhada” no meio de uma disputa judicial que está em curso entre o laboratório que fabrica o Venex Forte (Decomed) e a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).
Em 2006, o Ministério da Saúde decidiu acabar com a comparticipação dos medicamentos para tratamento de insuficiência venosa, mas o Decomed não se conformou e avançou para tribunal.”
Fonte: DN
Setembro 25, 2011 at 10:03 pm
Eu li e fiquei na mesma com a dúvida: é só a farmácia a infringir ou já vem de trás ?
Setembro 25, 2011 at 11:28 pm
@12
Tem que vir de trás. Não faz sentido que a farmacêutica não tenha responsabilidade no processo de marcacao do preco no medicamento. Resta saber se tinha intencao de defraudar o cliente em conluio com a farmácia ou se esta a exercer um direito ao abrigo da lei.
Como a farmacêutica até ganhou o processo em primeira instância pode ser que a responsabilidade caiba em atacado ao INFARMED (daqui a 15 anos, mais coisa menos coisa, sabe-se).
Mas tem razão, a noticia é omissa em factos importantes (nomeadamente em que é que consiste exactamente o processo/divergência e se a farmácia estaria a pagar mais pelo produto ou a embolsar tudo ou ainda se o preco nao estaria corrigido para o valor normal na caixa, o que ajudaria a definir a responsabilidade) e bastava mais um paragrafo de ums 6 ou 8 linhas máx. para se perceber tudo muito melhor.
Setembro 25, 2011 at 11:28 pm
marcação
Setembro 25, 2011 at 11:49 pm
Isto é que é combater as especulações deste país!