De muita coisa, está longe de ser algo monolítico. A liberdade de escolha tem muitas variantes… não se fica pela enunciação vaga:
- Universal Voucher Programs
All children are eligible. Example: Sweden. - Means-Tested Voucher Programs
Children from families below a defined income level are eligible. Examples: Milwaukee, Cleveland, Washington, D.C., Louisiana. - Failing Schools, Failing Students Voucher Programs
Children who are performing poorly in public school or who are attending failing public schools are eligible. Example: Ohio. - Special Needs Voucher Programs
Children identified as having special educational needs or who have Individualized Education Plans (IEPs) are eligible. Examples: Ohio, Florida, Utah, Georgia, Oklahoma, and Louisiana. - Pre-Kindergarten Voucher Programs
Children in pre-kindergarten programs are eligible. Example: Florida. - Town Tuitioning Programs
Children who live in towns that do not operate public schools at their grade levels are eligible. In a few cases the town picks the schools to which its students will be tuitioned, but usually the choice of the school is left to parents. Examples: Maine and Vermont.
Aqui.
Setembro 25, 2011 at 4:55 pm
“De Que Falam(os) Quando Falam(os) De Cheques-Ensino?”
Bom, para começar talvez convenha falar claro, num país onde cada vez há mais aldrabões.
Aqui falamos de Estados que dispõem de dinheiros públicos para financiar escolas privadas, em nome de princípios mais ou menos consensuais, mais ou menos discutíveis.
Mas como em Portugal o fundo de maneio que foi gerado no orçamento da educação à custa da diminuição do número de professores e de turmas e do aumento dos horários dos docentes foi estoirado em magalhões e negociatas da Parque Escolar, pura e simplesmente não há dinheiro para brincadeiras destas…
Setembro 25, 2011 at 5:42 pm
Caro Paulo, deixo umas notas qe coloquei no Atenta Inquietude sobre o que chamei de “Grau de liberdade na escolha da escola”
http://atentainquietude.blogspot.com/2010/12/o-grau-de-liberdade-na-escolha-da.html
Setembro 25, 2011 at 7:19 pm
#1,
Como muitos defensores do cheque-ensino, também pareces ignorar que eles podem ter financiamento privado.
Setembro 25, 2011 at 8:08 pm
COM QUE DINHEIRO – MESMO PRIVADO – SE O PIOR AINDA ESTÁ PARA VIR….??
As maiores dificuldades ainda estão para vir”, diz Vítor Gaspar
Inserido em 25-09-2011 11:10
Também na reunião anual do Banco Mundial e do FMI, o comissário europeu dos assuntos económicos, Olli Rehn, afirmou que Portugal está no bom caminho.
O ministro das Finanças avisa que o pior das dificuldades ainda está para vir. Na reunião anual do Banco Mundial e do FMI, Vítor Gaspar admitiu que ainda há muito trabalho a fazer para estabilizar a economia portuguesa.
“Este processo de ajustamento é um grande desafio e as maiores dificuldades ainda estão para vir. Quanto à possibilidade de um segundo empréstimo, caso a Grécia entre em incumprimento, os líderes europeus estão comprometidos a disponibilizarem apoio financeiro na medida do que for necessário, assumindo que os programas que estão a ser intervencionados, ou seja, Irlanda e Portugal, continuarão a cumprir com a sua parte do acordo”, afirmou Vítor Gaspar.
Na resposta, o comissário europeu dos assuntos económicos afirma que Portugal está no bom caminho. Já quanto à crise da dívida grega, Olli Rehn acredita que o programa de reformas em curso afasta o país de um cenário de incumprimento.
“É um assunto muito sério, estou confiante que a Grécia não cairá na bancarrota, estamos a trabalhar com a Grécia de modo a ajudar o país a reformar a sua economia e sociedade”, disse Olli Rehn, este sábado, em Washington durante a reunião do Banco Mundial e do FMI.
Setembro 25, 2011 at 8:23 pm
#3
Ora aí está a saída para os nossos problemas. Entre nós os privados desviam as fortunas para os off-shores e fogem aos impostos, obrigam-nos a todos a pagar desfalques e fraudes gigantescos como o BPN, estabelecem com o Estado parcerias ruinosas para o erário público.
Mas bem convencidos ainda hão-de fazer a caridade de dar uns chequezinhos aos pobrezinhos para meterem os filhos no colégio.
Setembro 25, 2011 at 8:25 pm
#3
É não deixa de ser curioso que essa parte da teoria nunca a vi ser defendida nem pelas associações do ensino privado, nem por aqueles senhores do Forum para a Liberdade da Educação ou os outros trafulhas da EPIS. Devem andar mal informados…
Setembro 25, 2011 at 8:49 pm
Muito ouço falar em reformas estruturais…Frase feita dos pimps…Nunca dizem quais…
Setembro 25, 2011 at 11:28 pm
E desde quando a sociedade portuguesa está preparada para entrar nesta lógica do cheque-ensino?
Continuam a querer copiar dos outros países esquecendo que as sociedades têm características diferentes…
Setembro 25, 2011 at 11:37 pm
Paulo, não ignoro que o financiamento dos cheques-ensino pode ser privado mas volto a sublinhar que, todos sabemos, alguns dos colégios mais “exclusivos”, por assim dizer, não aceitam alguns miúdos apesar de no fim do mês os pais pagarem a mensalidade com um cheque-ensino (de origem pública ou privada). Pode argumentar-se que a instituição do cheque ensino seria acompanhada da obrigatoriedade de aceitação por parte dos estabelecimentos privados, inibindo a recusa, mas nunca oiço esta referência que duvido que fosse bem aceite por alguns dos titulares de estabelecimentos privados.
Setembro 26, 2011 at 9:41 am
O fervilhar intelectual do terceiro mundo:
Diane Ravitch, especialista da educação na Universidade de Nova Iorque, assumiu funções governativas como Secretária Assistente da educação entre 1991 e 1993, na presidência de Georges Bush. Em 2010 lança um livro intitulado «Death and Life of the Great American School System. How Testing and Choice Are Undermining Education». Neste livro, a autora repudia o seu trabalho governativo, reconhecendo que a privatização, a avaliação assente em padrões de desempenho, a prestação de contas punitiva, as «charter schools» e o modelo empresarial estão a destruir a escola pública americana. Propõe, em alternativa, deixar as decisões acerca das escolas aos educadores e não aos políticos ou aos consultores empresariais; preservar um currículo nacional e pagar um salário justo aos professores, em vez de o fazer depender de um «mérito» baseado numa avalição de desempenho padronizada e pouco fiável.
Trata-se de um testemunho de alguém muito relevante pois delineou, implementou e avaliou todo um sistema que não só não produziu os resultados esperados como acelerou a degradação da escola norte-americana. Quase à distância de duas décadas, teve tempo de reflectir maduramente em todo o processo.
A lenta exportação e implementação de práticas e ideias provenientes da América do Norte provoca estes anacronismos em boa parte do resto do mundo: já eles estão a tentar livrar-se do legado concorrencial na educação e ainda andam por aqui indígenas a agitar bandeiras defuntas