A Volúpia De Decisão
Posted by Paulo Guinote under
Catavento,
Cavalgando As Ondas,
Vazios
[17] Comments
Este é um daqueles que estão a favor seja do que for, desde que seja decisão. Direita, esquerda, centros, práfrente, àsarrecuas, prólado, desde que seja com firmeza, ele está a favor! Seja bosta ou bestial!
Querem peixe sem dúvidas? Está a favor! Querem carne, com toda a certeza? Está a favor! Querem gaivota, e que ninguém diga o contrário? Está a favor! Preferem macrobiótica,l porque sim? Adorou, adorou, adorou!
Só não percebo como se assume uma posição destas, assim, sem um pingo de… sei lá…
Dito isto, importa salientar que o País precisa de alguém com capacidade de decidir. Nessa matéria estou de alma e coração com este Governo, como estava com o anterior e estarei com o próximo. Apoio a vontade de decidir, mesmo quando decidem em sinal contrário às minhas convicções. A Democracia serve para, em cada legislatura, mudarmos colectivamente o rumo do País, não tem como servir para fazer a vontade de todos em todos os momentos. Sim, é preciso debater todas e cada uma das opções, é preciso contribuir com ideias para melhorar o nível de decisão de quem nos governa, mas não podemos aspirar a parar o País de cada vez que considerarmos que os nossos interesses estão a ser postos em causa.
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Setembro 25, 2011 at 2:49 pm
Sei lá! Você arrasa….
Setembro 25, 2011 at 2:56 pm
quem são estes cata ventos????? deve ser trabalhoso todos os dias catar novo vento!!!!
Setembro 25, 2011 at 2:57 pm
este é um dos que estão (plural)
Setembro 25, 2011 at 3:00 pm
#3,
Apressado, tinha mais duas gralhas, já corrigidas.
Setembro 25, 2011 at 3:02 pm
Paulo: quem foi o/a missionário/a que disparou este disparate?
Setembro 25, 2011 at 3:05 pm
#5,
Paulo Baldaia. Faltava o link no post.
Setembro 25, 2011 at 3:17 pm
Desta forma, o “regime” dispensa a figura do intelectual orgânico, pois não há que convencer ninguém da bondade das políticas.
Setembro 25, 2011 at 3:18 pm
tsf e acne aos 30…altera as sinapses..logo…babam-se constantemente…consoante o master
Setembro 25, 2011 at 3:24 pm
Vou ficar à espera que alguém decida algo contra ele (prejudicando-o9, para o ver, de seguida, discursar…
Setembro 25, 2011 at 3:27 pm
Vais ter de esperar quando ele tiver 80 andar a babar-se incontinente e com alzheimer….
Setembro 25, 2011 at 3:29 pm
O texto transcrito defende uma tese (se assim se lhe pode chamar) em que o socratismo se apoiou até à exaustão. Rejeitando as hesitações crónicas dos governos de Guterres, que conduziram ao “pântano” que levou a direita de novo ao poder, os socratinos defenderam sempre que era preciso tomar decisões em tempo útil e andar com elas para a frente. Que era preferível decidir mal do que não decidir.
Ora isto é completamente falso, e espanta-me que tão pouca gente tenha contestado esta ideia de que fazer mal é melhor do que ficar quieto. Na verdade o problema não está no decidir, mas sim na capacidade de tomar decisões correctas, fundamentadas em estudos, debate, reflexão e opções políticas claras e assumidas. Em reconhecer, primeiro, que qualquer decisão tem à partida custos e benefícios, pelo que só deve ser tomada se estes suplantarem aqueles. Em segundo lugar, que qualquer problema ou necessidade se pode resolver de mais do que uma maneira. Há sempre opções alternativas, e há uma escolha a fazer. E essa escolha implica discussão e não imposição.
É espantoso que, chegados onde estamos por uma catadupa de decisões erradas – nacionalização do BPN, novo aeroporto, TGV, Parque Escolar, complacência com o défice madeirense – se continue a pensar que o caminho é continuar a decidir apressadamente e à toa, a impor medidas erradas apenas para mostrar a “determinação” de quem manda, a encomendar estudos e pareceres não para decidir mas para fundamentar decisões previamente tomadas.
Que os baldaias se baldeiam para o lado de onde está a dar, já todos sabemos. Resta descobrir quantos dos que são vítimas desta forma de fazer política e de assim decidir dos destinos colectivos estão dispostos a continuar a deixar-se enganar.
Setembro 25, 2011 at 3:31 pm
O que ele quer é isto…
http://zebedeudor.blogspot.com/2011/09/governo-prepara-central-de.html
Setembro 25, 2011 at 3:37 pm
Hum, quem idolatra deste modo a decisão, quem encontra nos homens decididos, no grandes decisores o seu fetiche, está apto a abraçar e incensar qualquer ditadura.
Percebe-se que a indecisão e frouxidão de, p.ex., de um Guterres ou de um Barroso, não sejam muito mobilizadoras e recomendáveis – excepto para cargos decorativos. Sob a máscara de defenderem e quererem salvaguardar (consensualmente, pois claro…) o interesse de todos, não acautelam o interesse de ninguém.
Coisa bem diversa, porém, é, para ultrapassar esse consensualismo estéril e paralizante, pretender elevar a capacidade de decidir a um fim em si mesma, i.e, o que importa mesmo é decidir, não interessa os valores que essa decisão serve ou os objectivos a que aponta. Uma boa decisão não é igual a uma má decisão, ainda que ambas sejam decisão. O voluntarismo pode parecer um motor enérgico para a acção, inebriar os seus protagonistas (flagrante no socratismo) – mas não substitui nem a legitimidade nem a deliberação democráticas.
A arbitrariedade, o unanimismo e o despotismo: tais são, em suma, os irmãos gémeos deste fervor pela decisão.
Setembro 25, 2011 at 4:20 pm
Assim, tipo cortiça que nunca vai ao fundo. Boiar é o melhor!
Setembro 25, 2011 at 5:13 pm
Enquanto as decisões políticas forem tomadas pelos comités dos partidos que estão completamente separados da realidade e pouco ou nada sofrem com a aplicação das medidas aprovadas em reuniões de condomínio fechado, nada de significativo mudará.
A democracia directa seria a única forma de acabar com a alienação e com as pretensas decisões acertadas ou correctas.
Porque não há nenhum estudo nem nenhuma ciência que ajude a decidir de forma justa e verdadeira, nem tão pouco representantes que consigam exercer a virtude da vontade de decisão em nome de outrém.
Setembro 25, 2011 at 8:11 pm
é um baldas..
Setembro 25, 2011 at 10:24 pm
É assim porque tem de ser assim. E todos os governos decidem sempre sobre qualquer coisa, mesmo quando se trata de decidir o não decidir. Neste contexto, Baldaia apoiou e apoiará tudo o que mexa, até porque o seu jornal não dá ponta de lucro e o dinheiro tem que vir de algum lado. Isto sabe-o melhor que ninguém o seu patrão, o “amigo” Oliveira, o tal que aparece citado nuns telefonemas escutados ao novel estudante de filosofia, que era para destruir mas que ainda não estão bem destruídos e coisa e tal.